quinta-feira, 21 de março de 2013

Dia Internacional da Sindrome de Down

Fonte: Youtube

Mais uma vez o nome se justifica a partir de seu descobridor. A Síndrome de Down foi descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico inglês John Langdon Down e recebeu deste o seu nome.
A Síndrome de Down é popularmente conhecida como mongolismo, devido a aparência facial de seus portadores com a população mongol, mas a aparência é mera coincidência e uma denominação inadequada e preconceituosa a respeito da população e dos portadores da síndrome.
Apesar de descrita pela primeira vez em 1866 foi somente em 1959, com Jerôme Lejeune, que veio a descoberta da causa genética da Síndrome de Down. Até então a síndrome tinha apenas relatos descritivos, não se sabia portanto a origem da mesma. Lejeune descobriu que um acidente genético acontecia durante a fase de divisão celular embrionária. Desta maneira, enquanto uma pessoa dita “normal” possui 46 cromossomos, a pessoa com Síndrome de Down possuía 47 cromossomos, sendo que este cromossomo “extra” aparecia no cromossomo 21.  Foi a primeira vez na história que uma anomalia cromossômica era ligada a um índice de capacidade mental. Mas Lejeune fez mais do que simplesmente descobrir a síndrome, ele lutou a seu favor. Não, Lejeune não queria que mais pessoas nascessem com a síndrome, o que aconteceu foi o seguinte:
A partir de sua descoberta, Jerôme Lejeune, tornou-se o primeiro professor de genética na Faculdade de Medicina de Paris, em 1964. Daí em diante descobriu também a chamada Síndrome Cri-Du-Chat, ou Síndrome do Miado de Gato, nome que Lejeune deu devido ao choro de um dos pacientes lembrar o miado de um gato. Pois então, Lejeune, depois das descobertas, dedicou-se a buscar a cura genética para as síndromes que descobrira. Ele acreditava que descobrir a cura genética para essas síndromes beneficiaria e levaria a descoberta de cura para outras doenças. Neste meio tempo Lejeune se deparou com uma infeliz notícia: deu-se conta de que seus trabalhos estavam sendo utilizados para descobrir precocemente a Síndrome de Down – nada ruim até aqui, até aqui – mas que a descoberta de embriões portadores dessa síndrome era utilizada para se interromper a gravidez. Diante dessa constatação o médico decide defender publicamente as crianças com Down, de seu nascimento até o fim de suas vidas, e começa uma luta contra o aborto.
O diagnóstico é feito através do cariótipo, que é o raio-x dos cromossomos das células, a partir de uma amostra sangüínea do embrião, com 11 semanas, ou após o nascimento do bebê. A incidência da Síndrome de Down é de 1:600, ou seja, a cada 600 nascimentos, 1 pode ter Síndrome de Down. A probabilidade é maior conforme aumenta a idade materna, porém qualquer pessoa pode ter um filho com Síndrome de Down.
O desenvolvimento de uma criança com Síndrome de Down, geralmente é muito similar ao desenvolvimento de uma criança dita normal, porém as etapas são atingidas com certo atraso. E é justamente nesse atraso que se apóiam os preconceitos de que as crianças com a síndrome não sejam ou tenham a mesma capacidade de outras. Por este motivo, durante muito tempo elas não eram submetidas a atividades comuns, experiências fundamentais para o seu desenvolvimento, no entanto, atualmente, sabe-se que crianças e jovens com Síndrome de Down podem alcançar estágios avançados de raciocínio e desenvolvimento.
Com os dois parágrafos anteriores podemos chegar a conclusão de que pessoas com Síndrome de Down tem a possibilidade de se desenvolver física e psicológicamente, basta que acreditemos nisso e tratemos de maneira igualitária, mas respeitando as dificuldades como qualquer outra pessoa. Sendo assim, se você quiser encontrar um idiota, basta olhar naquela rede de fast-food o que fica rindo ao encontrar uma pessoa diferente.
Atualmente a Síndrome de Down é a síndrome sobre a qual mais se tem conhecimento, e o dia 21 de março de 2006 foi escolhido para comemorar e instituir o Dia Internacional da Síndrome de Down. Motivo? A data é geralmente escrita 3/21 ou 21/3, referência a trissomia do cromossomo 21.
“Não é a medicina que se deve temer, mas a loucura dos homens. Nosso poder de modificar a natureza utilizando as suas leis, aumenta cada dia por meio da experiência daqueles que nos precederam. Mas utilizar este poder com sensatez, eis o que cada geração deve também aprender . Certamente, hoje somos mais poderosos do que outrora, porém menos sensatos : a tecnologia é cumulativa, a sabedoria não é.” (Jerôme Lejeune)

Fonte:http://historica.com.br/hoje-na-historia/dia-internacional-da-sindrome-de-down

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