De acordo com o Dieese, a farinha foi o produto com maior variação em Fortaleza, com elevação de 96,63% em 12 meses
Cinco
das seis mais altas inflações da cesta básica do País no ano passado
são de capitais nordestinas, e Fortaleza lidera esse ranking. A
metrópole cearense acumulou 17,46% de aumento nos alimentos essenciais. É
a maior elevação do País, seguida por João Pessoa (PB) e Recife (PE),
com, 16,47% e 15,26%, respectivamente. A estiagem é a razão
preponderante para a majoração dos preços dos alimentos em Fortaleza e
na maioria das capitais do Nordeste. No País, o conjunto de produtos
subiu mais de 10% em dez das 17 cidades pesquisadas.
Com maior peso na ração, tomate foi um dos principais responsáveis pela alta FOTO: THIAGO GASPAR
Por
aqui, os fortalezenses encerraram dezembro gastando mais R$ 37,57 para
comprar a mesma quantidade de produtos na comparação com 12 meses atrás.
Com o maior aumento do preço da cesta básica do Brasil, Fortaleza
passou a ter o conjunto de itens essenciais mais caros do Nordeste, ao
custo de R$ 252,78. Ainda assim, na comparação com os demais principais
centros urbanos brasileiros, a capital cearense fechou 2012 com a 12ª
cesta básica mais cara. Os dados são do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Impacto da seca
Na
opinião da economista do Dieese, Elizama Paiva, a principal explicação
desse reflexo nos preços dos produtos essenciais é a maior seca das
últimas décadas no Nordeste. "A estiagem foi a principal causa. Nós
passamos a trazer produtos de mais longe. O arroz, por exemplo, passou a
vir do Rio Grande do Sul, que, por sua vez, deu preferência à plantação
de soja, encarecendo ainda mais o produto", explica.
De acordo com o Dieese, a farinha foi o produto com maior variação em
Fortaleza, com alta de 96,63% nos 12 meses do ano anterior. O preço do
arroz também deu um salto, aumentando em 15 cidades em igual período. Na
Capital cearense, a alta foi de 7,69%. Contudo, na opinião da
economista, o tomate foi o produto com maior impacto. "O tomate pesa
mais porque ele representa variação de 15% na cesta, quando o valor da
farinha só representa 4%", afirma.
Mínimo de R$ 2.561,47
De
acordo com o Dieese, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria
ter sido de R$ 2.561,47 em dezembro para que ele suprisse suas
necessidades básicas e da família.
Em Fortaleza, ele teve que
trabalhar 89 horas e 24 minutos no mês para pagar a cesta básica. Em
dezembro/2012, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica da
Capital cearense registrou inflação de 3,37%. O tomate apresentou a
maior elevação com, 24,60%.
Peso no bolso37
reais e 57 centavos foi o valor que o fortalezense pagou a mais na
cesta básica em um intervalo de 12 meses até dezembro do ano passado
ILO SANTIAGO JR.REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1221354
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