
Estes, por sua vez, provam exatamente o oposto. A minha curiosidade surgiu depois de perceber que os jornalistas, de uns tempos para cá, só falam risco de morte. Mas por que, se até há bem pouco todo mundo falava risco de vida e não havia problema nenhum nisso? Ah, a língua tem seus modismos.
Da noite para o dia uma expressão que caia tão bem fica terrivelmente démodé. Por falar nisso, você já conhecia a palavra démodé? Fiquei espantado quando o corretor automático do Word colocou dois acentos nela. Pensei que não havia em língua portuguesa palavra com dois acentos, mas corri ao Aurélio e ele me confirmou: sim, démodé leva dois acentos. Herança francesa.
Mas voltando aos modismos da língua: De repente, aparece um desocupado que resolve implicar com risco de vida e sai por aí formulando teorias científicas sobre esse assunto tão fundamental. De implicância em implicância, a moda pega e agora todo mundo adere ao risco de morte. Que coisa linda é a língua.
Dá espaço para todo mundo brilhar, principalmente aqueles mais chatos. Acho que na moda de vestuário é assim também. Cuidado para não ficar démodé usando expressões fora de moda como démodé.
Fonte: http://radamesm.wordpress.com/2007/06/07/risco-de-vida-ou-risco-de-morte/
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