quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma defende negociação de novo salário mínimo com centrais sindicais

A presidente eleita Dilma Rousseff defendeu, em entrevistas às emissoras de TV Bandeirantes e SBT nesta terça-feira, 2, que novo salário mínimo saia de discussão com centrais sindicais.

"Nós vamos de maneira sistemática valorizar o salário mínimo", disse a petista, que pretende manter fórmula de reajuste que envolve inflação e crescimento do PIB.

Ainda a estas emissoras, Dilma afirmou desconhecer alguma briga ou "ciumeira por cargos do seu governo. "A mim, a briga ainda não chegou. Não tenho nenhuma prova ou evidência de que há uma briga por cargos no meu governo", garantiu.

Na Bandeirantes, a petista reforçou que, apesar de o país ter ficado dividido com a campanha eleitoral acirrada, governará para todos os brasileiros.

“O critério de preenchimento dos cargos vai combinar capacidade técnica com condições políticas, ou seja, características de liderança pessoal”, afirmou, acrescentando que não terá tolerância com malfeitos.

“Quem errou será afastado. Não se pode pré-julgar, mas investigar e punir a quem seja. A impunidade é madrinha do malfeito”, advertiu

Dilma ainda ressaltou que trabalhará para fortalecer o agronegócio — que hoje encontra barreiras na discussão da reforma agrária, na questão ambiental e na agricultura familiar, e reafirmou sua posição contrária ao controle de conteúdo da imprensa.

A petista, no entanto, se mostrou favorável ao marco regulatório do capital estrangeiro e da interação das mídias. “Não vou compactuar com qualquer tentativa de controle de propostas, opiniões, tudo que for conteúdo. O barulho, a crítica que for da imprensa, é construtivo. Isso é infinitamente melhor que o silêncio das ditaduras”, ressaltou.

"Saco de maldades" - No SBT, a petista afirmou que não pretende criar novos impostos semelhantes à CPMF. “Pretendo, no caso da reforma tributária, fazer uma redução. Pode ter uma diminuição na folha de salário que permita uma melhoria nas condições econômicas”, disse Dilma, acrescentando que impostos nos medicamentos, no saneamento e na energia elétrica também poderão ser reduzidos.

A petista disse também que podem ocorrer ajustes econômicos realizados pelo governo Lula até o final do ano para serem incluídos no Orçamento da União de 2011, mas negou que o presidente adotará medidas impopulares para poupá-la.

"Eu não acredito que o presidente vai tomar medidas duras, o presidente vai fazer aquilo que ele tem de fazer. Não tem o menor sentido fazer um saco de maldades", afirmou.

As entrevistas foram as últimas da série com emissoras de TV. Dilma falou para a Record, Globo, Rede TV!, TV Brasil, SBT e Bandeirantes.

Fonte:http://atarde.com.br/eleicoes2010/noticias/noticia.jsf?id=5644893

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