domingo, 23 de janeiro de 2022

Emergência climática pressiona empresas a buscar vitrine na mata atlântica

 Na esteira do esforço de relações públicas de empresários que querem se afastar da pecha de negligentes climáticos, um projeto pioneiro de investimento privado na conservação e restauro de florestas nativas da mata atlântica está ganhando sobrevida no Sul do Brasil, no Paraná.
 

Seu lançamento ocorreu há duas décadas, bem antes de a agenda ambiental entrar na lista de prioridades no mundo dos negócios com a incorporação de termos como ESG (sigla em inglês para designar boas práticas ambientais, sociais e de governança). Em 1999, três multinacionais decidiram aportar US$ 18 milhões (R$ 102 milhões, sem considerar a correção da inflação) em um projeto de manutenção de mata nativa no litoral norte daquele estado.
 

Motivadas pelo tratado internacional de redução de gases que causam o efeito estufa, assinado dois anos antes em Kyoto, no Japão, American Electric Power, Chevron e General Motors decidiram compensar no Brasil suas emissões de CO2 (dióxido de carbono). Na época, já miravam o incipiente mercado de crédito de carbono.
 

Sem a participação dos Estados Unidos e com problemas regulatórios no comércio de crédito de carbono entre países, o Protocolo de Kyoto virou letra morta. Só recentemente, graças a acordos firmados na COP26, a conferência do clima realizada em 2021 na Escócia, a proposta coloca em marcha no Japão tem chances de avançar.
 

Lá atrás, porém, frustradas, as companhias desistiram de incorporar as reservas naturais paranaenses aos seus programas de compensação.
 

No entanto, as multinacionais mantiveram o investimento no parque, gerido pela SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem). O fundo permite até hoje a manutenção de 19 mil hectares de mata atlântica distribuídos em três reservas naturais nos municípios de Guaraqueçaba e Antonina.
 

Constituídas por meio da compra de fazendas outrora destinadas à criação de búfalos, as reservas Papagaio-de-cara-roxa, Guaricica e das Águas podem estocar ao longo de 40 anos (tempo inicial estimado para o projeto) cerca de 4 milhões de toneladas de CO2 retiradas da atmosfera por meio da fotossíntese de suas árvores e solo.
 

O volume equivale a aproximadamente à metade do gás carbônico gerado anualmente por Curitiba, capital do estado.
 

O valor remanescente do fundo é suficiente para os próximos cinco anos, aproximadamente, de gestão dos três parques. A expectativa de captação de novos recursos para manutenção e expansão das reservas, porém, ganha impulso com o amadurecimento, nos últimos anos, do mercado de VERs (sigla em inglês para Reduções Voluntárias de Emissões), segundo Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS.
 

Esse comércio voluntário, criado de forma paralela e em meio aos tropeços do mercado regulado entre países signatários do Pratado de Kyoto, permite que empresas neutralizem suas emissões e negociem entre si sumidouros de carbono excedentes.
 

"O que eu tenho recebido de contato com empresas é quase uma corrida", diz Borges. "Há uma perturbação no mercado em relação às cobranças [por neutralização de carbono nas cadeias de suprimentos de grandes empresas]. O posicionamento ambiental estratégico tem a ver com ganhar ou perder uma concorrência", afirma.
 

A incorporadora Altma é um exemplo de empresa que vê oportunidades nesse novo posicionamento. Investiu R$ 300 mil na conservação, por cinco anos, de uma porção de 50 mil metros quadrados da Reserva Natural das Águas, em Antonina.
 

Para tomar a decisão, a Altma considerou a boa recepção dos moradores do primeiro edifício de apartamentos residenciais de Curitiba com emissões de CO2 totalmente neutralizadas do país.
 

Suficiente para compensar 2.600 toneladas de dióxido de carbono produzidas pela obra, incluindo a extração de matérias-primas e transporte dos materiais, o aporte acelerou as vendas do empreendimento.
 

Quatro meses após o lançamento, 65% das 32 unidades foram vendidas. "Esperávamos estar com 20% de vendas", afirma Gabriel Falavina, diretor de desenvolvimento imobiliário da Altma.
 

"Nos surpreendemos com o mercado de clientes que valorizam isso. A gente já consegue identificar um nicho que, no processo de compra do imóvel, não olha só localização, metragem e preço, mas também se o projeto corresponde aos seus valores", diz Falavina.
 

No caso das reservas da SPVS, novos contratos de compensação são viáveis porque as multinacionais que viabilizaram o projeto abriram mão de reivindicar os créditos gerados pela floresta.
 

Outros cerca de 20 mil hectares de propriedades rurais no entorno têm potencial de aquisição para a conversão em áreas de preservação e reflorestamento.
 

A sobrevivência do ecossistema local, porém, precisa de mais espaço e investimento. Depende da multiplicação de projetos semelhantes na área conhecida como Grande Reserva Mata Atlântica. Com mais de 2 milhões de hectares em uma faixa litorânea de floresta entre os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a Grande Reserva é o último remanescente contínuo do bioma.
 

Esse é o tamanho do potencial para a geração de negócios que envolvem a neutralização e a emissão de créditos de carbono e promoção de diversificados negócios e serviços ambientais nesse trecho de mata atlântica, afirma Borges.
 

Movimentos semelhantes em outras partes do país são observados por ativistas como uma oportunidade para que o bioma seja vitrine para a atuação do setor corporativo no combate ao aquecimento global.
 

Nessa direção, a pressão gerada pela emergência climática sobre empresas de diversos portes e segmentos começa a se refletir em números.
 

Entre 2019 e 2021, o programa voluntário de reflorestamento da SOS Mata Atlântica avançou 79% em áreas de plantio de mudas, que passaram de 119 para 213 hectares por ano.
 

Ainda sem fazer frente ao ímpeto desmatador, o projeto também serve de termômetro para medir a temperatura dos investimentos privados para conservação do bioma, cujos fragmentos se estendem por 17 estados que concentram 70% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
 

Com os holofotes do mundo corporativo direcionados à questão do clima, a floresta que está no quintal das maiores metrópoles brasileiras possui potencial para projetos ambientais valiosos para o empresariado porque está ao alcance dos olhos de clientes, fornecedores e funcionários, segundo Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de conhecimento da SOS Mata Atlântica.
 

"É natural que as empresas queiram neutralizar suas emissões mais perto do seus negócios, dos seus clientes. Isso realmente está acontecendo em uma velocidade maior", afirma Guedes.
 

O engajamento empresarial impulsionado pela pauta climática mostra força até mesmo fora dos segmentos mais visados pela opinião pública, como o agronegócio e grandes conglomerados industriais.
 

Após uma campanha de doação de mudas destinadas ao reflorestamento para funcionários no primeiro semestre, posteriormente estendida a clientes, a empresa do ramo de coberturas de lona e aço Tópico Galpões verificou sinais de fortalecimento na relação com o seu público.
 

Entre alguns clientes, o brinde verde virou vantagem competitiva. Duas grandes empresas dos setores de mineração e industrial, que têm metas de neutralização, quiseram conhecer o projeto para uma pesquisa de mercado sobre práticas sustentáveis nas suas respectivas cadeias produtivas.
 

"Para essas empresas, foi uma surpresa ver uma iniciativa que colabora com seus programas de neutralização vir de baixo para cima, partindo de uma empresa de médio porte como a nossa", diz Arthur Lavieri, presidente da Tópico.
 

Os primeiros cinco meses do projeto resultaram no plantio de 2.360 brotos de espécies nativas da mata atlântica, que reflorestaram mais de 14 mil metros quadrados de área --dois campos de futebol-- no entorno de reservatórios do Sistema Cantareira, na Grande São Paulo.
 

Para 2022, a empresa planeja a neutralização das suas emissões através do plantio de mais 4.000 mudas certificadas, produção de energia solar por meio de películas fotovoltaicas instaladas nas lonas que revestem galpões que ela fabrica e aluga e pela contratação de transportadores que deem preferência à utilização de biocombustíveis.
 

Apesar de animadores, os projetos voluntários de conservação são parte de uma caminhada em que, para cada passo à frente, dão-se dois para trás.
 

O Atlas da SOS Mata Atlântica, que compila dados da fundação e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, apontou a perda de 13 mil hectares de florestas nativas do bioma entre 2019 e 2020. São 130 quilômetros quadrados de desflorestamento que, para comparação, equivalem a mais da metade (60%) da área de Recife (PE).
 

No período reportado no relatório, o desmatamento dobrou em 10 dos 17 estados abrangidos pelo bioma.
 

"A mata atlântica tem potencial para grandes projetos de reflorestamento. Somente para cumprir o Código Florestal, seria necessário restaurar 5 milhões de hectares. Isso é maior do que o estado do Rio de Janeiro", diz Guedes, da SOS Mata Atlântica.
 

"Isso é apenas para recuperar florestas nas beiras de rios, que fixam carbono, mas não geram uma economia de produtos florestais. Podemos ter mais 10 milhões de hectares para gerar negócios. O potencial é enorme, mas os projetos ainda são pequenos."

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/150083-emergencia-climatica-pressiona-empresas-a-buscar-vitrine-na-mata-atlantica.html

TSE dá dois dias para que Bolsonaro explique suposta propaganda eleitoral antecipada

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até dois dias para prestar informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a acusação de propaganda eleitoral antecipada feita pelo PT.

 

O despacho feita pelo ministro Alexandre de Moraes divulgado na última sexta (21), é referente as declarações dadas durante um evento no Palácio do Planalto no último dia 12 de janeiro.

 

Além das informações, Moraes pediu parecer do caso à Procuradoria–Geral Eleitoral.

 

Na representação apresentada pelo PT, o partido afirma que o atual presidente promoveu uma propaganda antecipada a favor de sua reeleição, além de uma propaganda "negativa em relação ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva, também pré-candidato à Presidência da República".

 

Segundo o partido, Bolsonaro teria insinuado que Lula "estaria ‘loteando Ministérios’, indicando também a Caixa Econômica Federal, além de insinuar que sua reeleição seria o retorno do ‘criminoso’ à ‘cena do crime'".

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/65325-tse-da-dois-dias-para-que-bolsonaro-explique-suposta-propaganda-eleitoral-antecipada.html
 

Surtos de gripe e Covid-19 afastam doadores dos postos de coleta de sangue

A Fundação Hemoba tem sofrido o impacto no movimento de doadores de sangue devido ao aumento nos casos de infecções por Covid-19 e por gripe influenza na Bahia. As contaminações tornam os doadores inaptos à doação por um determinado período. A inaptidão por gripe, por exemplo, aumentou mais de 300% em relação ao mesmo período do ano passado. 

 

Todos os anos, entre dezembro e janeiro, a Hemoba registra uma queda no número de doações de sangue, devido às festas de fim de ano e temporada de férias, mas desde a nova onda de contaminação pelo coronavírus, a situação está ainda mais delicada. 

 

Até o momento já são 102 voluntários impedidos de doar por apresentar algum sintoma gripal, contra 25 no mesmo período do ano passado. Segundo Fernando Araújo, Diretor Geral da Fundação Hemoba, esse número pode ser ainda maior, visto que aponta apenas os doadores que compareceram nas unidades e passaram pela triagem.

 

“Nossos doadores fidelizados que apresentam sintomas já sabem que estão inaptos, por este motivo não comparecem à unidade para tentar fazer a doação. Essa baixa nos impede de atender as demandas transfusionais dos hospitais da rede própria, seja para pacientes em tratamento ou para realizar cirurgias eletivas e de emergência”. 

 

 

INAPTIDÃO

Pessoas que estão gripadas ou que testaram positivo para Covid-19 devem aguardar o período de 15 dias após o total desaparecimento dos sintomas para realizar a doação de sangue. Já quem tomou a vacina da gripe ou o imunizante Coronavac, deve aguardar 48h para realizar a doação. As demais vacinas contra a Covid-19, como Astrazeneca, Pfizer e Jassen, impedem a doação de sangue por 07 dias.

 

CRITÉRIOS

Para doar sangue, o voluntário deve estar de máscara, em boas condições de saúde, sem sintomas virais, pesar mais de 50 quilos, estar bem alimentado, ter dormido pelo menos 6h, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12h, não fumar por pelo menos, duas horas, e ter entre 16 e 69 anos incompletos. Menores de 18 anos precisam estar acompanhados de um responsável legal, e apresentar documento original com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional, além de cartão de vacinação.

 

ONDE DOAR

A Fundação Hemoba conta com 29 unidades de coleta em todo estado nas cidades de Salvador, Camaçari,  Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Eunápolis, Barreiras, Brumado, Jequié, Guanambi, Irecê, Jacobina, Itaberaba, Itapetinga, Juazeiro, Paulo Afonso, Teixeira de Freitas, Ribeira do Pombal, Seabra, Senhor do Bonfim, Valença.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/265504-surtos-de-gripe-e-covid-19-afastam-doadores-dos-postos-de-coleta-de-sangue.html
 

sábado, 22 de janeiro de 2022

Atlético de Alagoinhas vê Nordestão como 3º em importância, mas quer fazer boa campanha

Pela primeira vez na sua história, o Atlético de Alagoinhas entra em campo para disputar a fase de grupos da Copa do Nordeste. Neste domingo (23), o Carcará visita o Altos-PI, no Lindolfo Monteiro, em Teresina, pela primeira rodada. Apesar de ver a competição regional abaixo do Campeonato Baiano e da Copa do Brasil em termos de importância, o técnico Agnaldo Liz mira em fazer uma boa campanha começando pela estreia.

 

"Nós estamos bem próximos das estreia, ansiosos para estrear e estrear bem. A equipe vem se comportando muito bem. Vamos jogar contra um adversário muito difícil que é o Altos e depois os demais do nosso grupo", disse em entrevista ao Bahia Notícias. "Pretendemos fazer uma campanha boa, mas nosso objetivo maior é realmente o Campeonato Baiano e depois a Copa do Brasil. A terceira importância é a Copa do Nordeste. Mas vamos encarar esse jogo tentando fazer um bom resultado e estrear bem, com o pé direito. Esse é o nosso objetivo", completou.

 

O Atlético de Alagoinhas está no Grupo A do torneio regional ao lado de Fortaleza, Sport, CSA, Sampaio Corrêa, Campinense, Globo-RN e Sergipe. Porém, os adversários serão da B, que além do Altos, também tem Bahia, Ceará, Náutico, CRB, Botafogo-PB, Floresta e Sousa-PB.

 

"É uma competição que há muito tempo está sendo aguardada. Estamos na fase de grupo, foi muito importante isso. A conquista do título nos deu essa oportunidade para vivenciarmos uma coisa importante, diferente. Você tem adversários de tradição, é uma competição que cresce a cada ano, motiva a todos os envolvidos", comentou Agnaldo.

 

A bola rola para Altos-PI e Atlético de Alagoinhas a partir das 16h.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/60770-atletico-de-alagoinhas-ve-nordestao-como-3-em-importancia-mas-quer-fazer-boa-campanha.html
 

Definição do TSE sobre uso do Telegram gera preocupação

A sinalização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de que não descarta determinar o bloqueio do Telegram no Brasil sobe o tom do tribunal em relação ao aplicativo, em meio a um contexto de grande pressão para que o cenário de desinformação eleitoral seja controlado.
 

Tal possibilidade, contudo, gera preocupação de parte dos especialistas na área, dadas as possíveis consequências da medida, que está inserida em debate não só da perspectiva legal como técnica. Por outro lado, o Telegram não responde às autoridades, tampouco a pedidos da imprensa.
 

De acordo com nota do tribunal, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, "entende que nenhum ator relevante no processo eleitoral de 2022 pode operar no Brasil sem representação jurídica adequada, responsável pelo cumprimento da legislação nacional."
 

A nota afirma ainda que "na volta do recesso, o presidente irá discutir internamente com os ministros as providências possíveis. O TSE já celebrou parcerias com quase todas as principais plataformas tecnológicas e não é desejável que haja exceções."
 

Em 16 de dezembro, Barroso enviou um ofício ao Telegram, direcionado ao diretor executivo do aplicativo, Pavel Durov. Na comunicação, o ministro solicitou uma reunião para discutir possíveis formas de cooperação sobre o combate à desinformação.
 

Até o momento, porém, o tribunal não teria tido resposta ao email e tampouco o documento físico enviado foi recebido pela empresa, uma vez que as tentativas de entrega da carta na sede da empresa em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, não foram bem-sucedidas, aponta registro de rastreamento dos Correios.
 

Esta não foi a primeira tentativa do tribunal de contatar a plataforma. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em junho de 2021 a secretária-geral do TSE, Aline Osorio, já mencionava a dificuldade de alcançar a plataforma e definia o Telegram como um grande desafio para 2022.
 

Osorio comanda o Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, por meio do qual foram firmadas parcerias com plataformas, como Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp e Tik Tok, nas eleições de 2020. O objetivo do tribunal era que o Telegram integrasse o programa.
 

Francisco Brito Cruz, diretor do InternetLab, é um dos especialistas que entende que os diferentes caminhos jurídicos que poderiam ser utilizados para justificar um eventual bloqueio do Telegram são controversos. Ele avalia que optar por medidas que vê como menos drásticas seria uma alternativa mais adequada.
 

"Talvez uma coisa que possa ser uma etapa intermediária seja, ao invés de enviar um ofício, abrir um processo judicial e tentar intimar o escritório da empresa formalmente", diz ele. "Deixar a cordialidade de lado e tentar estabelecer um outro tipo de diálogo num outro nível, em um nível formal oficial, e judicial."
 

"Às vezes é uma alternativa que possa ser considerada, para começar a escalar um pouco, mas sem tomar a providência mais drástica que tem [bloqueio]. Seria um desastre tomar essa providência, é muito grave."
 

A situação já é conhecida por brasileiros, que tiveram em mais de uma oportunidade o WhatsApp bloqueado após decisão judicial.
 

Por ser considerada uma medida mais extremada, o bloqueio abre a discussão de que é preciso uma violação grave para justificá-lo.
 

"Muitos usuários que não são esses usuários maliciosos, que disseminam conteúdos que violam a lei ou que são desinformativos no Telegram, também serão punidos por esse tipo de medida", diz Bruna Santos, pesquisadora visitante no WZB Berlin Social Science Center e membro da Coalizão Direitos na Rede.
 

Santos considera que a medida pode ser desproporcional. "Eu acho que a gente deveria estar pensando em medidas para fazer com que essas empresas cumpram, de fato, a legislação brasileira, ao invés de simplesmente escalar o debate para o bloqueio", diz.
 

A constitucionalidade dos bloqueios está em discussão em uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal). Entre as argumentações jurídicas que têm sido levantadas como possíveis embasamentos para punir o Telegram está o uso das regras eleitorais relativas à propaganda eleitoral.
 

Em evento da Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo, transmitido online em dezembro, a procuradora regional eleitoral do Rio de Janeiro Neide Cardoso de Oliveira defendeu a tese de que qualquer propaganda eleitoral divulgada no Telegram é irregular, já que a empresa não possui representante legal no país.
 

Ela é coordenadora-adjunta do Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética do Ministério Público Federal.
 

Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, que é procurador regional eleitoral auxiliar de São Paulo, defende uma atuação do Ministério Público tenha como foco a punição dos candidatos que fizerem uso irregular das ferramentas, destacando a tese estabelecida pelo TSE no ano passado, ao julgar o pedido de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, de que disparos em massa podem ensejar a cassação do mandato.
 

Para ele, caso o candidato use uma plataforma que não poderia para propaganda eleitoral, pode ser punido. Já a interdição da plataforma depende de outros elementos.
 

"O simples fato de não ter representação no Brasil me parece insuficiente [para o bloqueio]", argumenta. "Mas se ficar demonstrado que a empresa X ou Y, está colaborando para a prática de ilícitos que estão prejudicando a campanha no Brasil, aí não tenho a menor dúvida que o próprio Ministério Público vai a juízo para pedir essas medidas."
 

Já o advogado Henrique Rocha, sócio do escritório Peck Advogados, considera que as reiteradas infrações da empresa podem, em tese, ser consideradas como elementos para, por meio judicial, determinar o bloqueio do Telegram.
 

"Se eu, como usuário, preciso pleitear algo ao Telegram, eu não consigo ter contato efetivo. Eu não estou falando de desinformação, mas de uma relação de consumo."
 

Ele cita como exemplo um usuário que busque a Justiça para remover um foto ou conteúdo ilegal que esteja circulando na plataforma. "Eu não consigo fazer remover esse conteúdo. Já há uma infração, eu vou agravando a situação."
 

O fato de uma empresa não ter sede nem representação legal no país não significa que ela não tenha que obedecer à legislação brasileira.
 

A diferença fundamental, a partir do momento em que uma empresa não possui um representante, está no nível de dificuldade para notificá-la de decisões judiciais ou mesmo para aplicação de punições.
 

Enquanto medidas de suspensão e bloqueio são feitas pela infraestrutura da rede, multas dependem de cooperação internacional com outros países, no caso de empresas que não estejam no Brasil.
 

No Congresso, o projeto de lei das fake news pretende tornar obrigatório que redes sociais e aplicativos de mensagem tenham representantes legais no país. A legislação brasileira em vigor não possui determinação do tipo.
 

O projeto, contudo, ainda não foi votado. Aprovado em 2020 no Senado, o texto está em tramitação na Câmara.
 

Na proposta, a proibição de funcionamento das plataformas no país e a suspensão temporária são as punições mais severas previstas. Já as punições mais leves são a advertência e a multa.
 

Apesar de o WhatsApp continuar sendo o aplicativo com maior número de usuários no Brasil, o Telegram tem aumentado sua fatia do bolo.
 

Em 2018, apenas 15% dos celulares no Brasil tinham o aplicativo instalado, número que cresceu para 45% em 2021. Já o WhatsApp está em praticamente todos os aparelhos.
 

Além disso, Jair Bolsonaro é líder na plataforma. Em outubro, seu canal atingiu a marca de um milhão de inscritos. Seu principal rival, Lula, não atingiu os 50 mil seguidores.
 

Apesar de o Telegram ter despontado como um novo alvo de preocupação para as eleições de 2022, a disseminação de desinformação no WhatsApp ainda é um desafio.
 

Em relação aos disparos em massa, embora o TSE tenha proibido a prática após as eleições de 2018 e o próprio WhatsApp vete em suas regras o envio automatizado, serviços terceirizados continuam sendo oferecidos na internet.
 

Outra lacuna apontada por especialistas é diminuir as possibilidades de viralização dos próprios aplicativos, algo visto como um problema ainda maior no caso do Telegram.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/150040-definicao-do-tse-sobre-uso-do-telegram-gera-preocupacao.html

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

39 anos depois, Elza Soares morre no mesmo dia que Garrincha

Morreu nesta quinta-feira a cantora Elza Soares, aos 91 anos. A artista construiu uma respeitável trajetória na cultura brasileira e foi casada com o craque Garrincha, que morreu também em um dia 20 de janeiro, no ano de 1983, há exatos 39 anos.

"É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais. Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação", disse a assessoria da cantora.

"A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim", completou.

Elza Soares e Garrincha foram casados até 1982 (Foto: Reprodução)
Elza Soares e Garrincha foram casados até 1982 (Foto: Reprodução)
Foto: Lance!

Relacionamento com Garrincha

Elza Soares conheceu Garrincha em 1962, ano que o craque era considerado o melhor jogador do mundo após ser o destaque da conquista do bicampeonato mundial da Seleção Brasileira. A cantora revelou como eles se conheceram e confessou que não conhecia o jogador.

"(Em 1962) alguns cantores foram convidados para um show na concentração dos jogadores. No lugar, não tinha onde trocar de roupa. Aí veio um moço me oferecendo o quarto dele para trocar de roupa. Não tinha ideia de quem era. Depois me contaram que o quarto que troquei de roupa era do Garrincha, do melhor jogador do mundo", revelou.

O casal começou o relacionamento enquanto o craque ainda era casado, mas só oficializaram a união em 1966. O matrimônio durou até 1982 e o casal teve apenas um filho, Manoel Francisco dos Santos Júnior. O motivo da separação foi o alcoolismo, que afetou a vida pessoal do craque. Elza Soares lamentou a perda da luta contra a doença.

"O Mané (Garrincha) era alegre e feliz, apesar das maldades que faziam com ele. Ele era muito alegre, brincalhão e estava sempre sorrindo. Se não fosse a maldita bebida, talvez o Mané ainda estivesse aqui conosco", afirmou.

Garrincha morreu em 1983 em decorrência de cirrose hepática. O "Anjo das Pernas Tortas" é considerado o maior driblador da história. Entre as principais conquistas, Garrincha foi tricampeão carioca com o Botafogo e bicampeão mundial com a Seleção Brasileira, além de ser eleito o melhor do mundo em 1962 - ano que foi o destaque do bicampeonato com a seleção.

O auge do "Anjo das Pernas Tortas" foi defendendo o Botafogo, entre 1953 e 1965. Pelo Alvinegro, Garrincha jogou 614 jogos e marcou 245 vezes, sendo o melhor jogador nos três títulos cariocas que conquistou. Além do Glorioso, o Mané atuou também por Corinthians, Portuguesa Santista, Flamengo, Novo Hamburgo, Rio-Grandense, Cordeiros e Olaria, onde encerrou a carreira em 1972. Fora do Brasil, ele jogou pelo Júnior Barranquilla, da Colômbia.

Fonte: https://www.terra.com.br/esportes/39-anos-depois-elza-soares-morre-no-mesmo-dia-que-garrincha,69685b4a8708d5954cc8e17abc0fd97e97mojnhr.html

Morre aos 91 anos Nadinho, goleiro campeão brasileiro pelo Bahia em 1959

O futebol baiano está de luto. Morreu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos, Nadinho, goleiro que foi campeão da Taça Brasil com o Bahia em 1959. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória em decorrência da covid-19. Nos últimos tempos, ele vinha morando em um abrigo para idosos, já debilitado, e diagnosticado com mal de Alzheimer.

 

Em nota oficial, o clube lamentou a morte do ídolo tricolor e prestou condolências aos familiares.

 

"Com profunda dor, a diretoria do Esporte Clube Bahia manifesta solidariedade aos familiares e amigos de Leonardo Conceição Cardoso, o ídolo Nadinho, que faleceu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos, em Salvador. O Tricolor entrou em contato com um de seus dois filhos, Lúcio, prestou todas as condolências e providenciará uma bandeira para o sepultamento, nesta sexta (21), em Alagoinhas, cidade natal. O outro filho se chama Leonardo", escreveu o Bahia.

 

Nadinho disputou 421 partidas pelo Bahia e não sofreu gol em 177 destas. Além do título nacional, ele ganhou seis títulos baianos. É o goleiro com mais jogos com a camisa do Esquadrão de Aço.

 

Em 2020, ele ganhou o Diploma do Mérito Esportivo do Bahia. Confira o vídeo divulgado pelo clube: 

 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/bahia/26862-morre-aos-91-anos-nadinho-goleiro-campeao-brasileiro-pelo-bahia-em-1959.html
 

Chuvas no Brasil causaram prejuízo de R$ 55,5 bi entre 2017 e 2022, diz CNM

Os prejuízos econômicos causados pelas chuvas no Brasil já geraram prejuízo de R$ 55,5 bilhões entre 1º de outubro de 2017 e 17 de janeiro de 2022, segundo estudo da CNM (Confederação Nacional de Municípios) com base em dados do Ministério do Desenvolvimento Regional.
 

A maior parte (R$ 18,9 bilhões) desse valor corresponde apenas ao período chuvoso — que vai do início de outubro ao fim de março, de acordo com o Sinpdec (Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil) — de 2020 a 2021. O segundo maior prejuízo foi registrado entre outubro de 2021 e janeiro deste ano, com R$ 17,3 bilhões, ainda segundo a CNM.
 

Depois, aparecem o período chuvoso de 2018/2019 (R$ 8,2 bilhões), o de 2019/2020 (R$ 7,5 bilhões) e o de 2017/2018 (R$ 3,6 bilhões). Mais de 549 mil casas foram danificadas ou destruídas no Brasil por conta das chuvas dos últimos cinco anos. A maior parte dos prejuízos aconteceu entre 2019 e 2020, quando 139.204 ficaram danificadas e 4.398, completamente destruídas. No período atual (2021/2022), o balanço já está em 84.539 e 7.574, respectivamente.
 

Minas Gerais e Bahia foram dois dos estados mais afetados pelas fortes chuvas deste último período chuvoso, que começou em outubro de 2021 e terminará apenas em março.
 

De acordo com dados levantados pelos governos e divulgados pela CNM, os municípios mineiros já contabilizam R$ 10,3 bilhões em prejuízos; os baianos, R$ 2,1 bilhões. Juntos, os dois somam 51 mortes, sendo 25 em Minas e 26 na Bahia. "As prefeituras sentem mesmo os prejuízos após o período das chuvas, quando precisam reconstruir o que perderam. Esses danos, não há como se mensurar. Há municípios que, passada uma década, ainda não conseguiram se reestruturar", diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
 

Danos humanos
 

Além do prejuízo econômico, as chuvas dos últimos anos afetaram quase 28,9 milhões de pessoas, direta ou indiretamente. Entre 2017 e 2022, morreram 637. O estudo ainda contabiliza 171.789 desalojados e 819.843 desabrigados.
 

O período chuvoso mais letal foi o de 2018/2019, com 327 mortos. Neste cálculo, porém, estão inclusas as 264 vítimas da tragédia em Brumadinho (MG), causada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale em 25 de janeiro de 2019. Ainda há seis pessoas desaparecidas.
 

Para lidar com os efeitos das chuvas e tentar minimizar as perdas — materiais e humanas —, a CNM orienta aos municípios que:
 

- em desastres naturais, solicitem a integração dos três entes (União, estado e município) nas ações de socorro e assistência humanitária;
 

- busquem sempre o apoio técnico da União e do estado na avaliação dos danos e prejuízos causados por desastres naturais;
 

- solicitem o reconhecimento de anormalidade tanto do estado quanto da União, que poderão liberar recursos técnicos, materiais, humanitários e, em especial, financeiros.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/149884-chuvas-no-brasil-causaram-prejuizo-de-r-555-bi-entre-2017-e-2022-diz-cnm.html
 

Mãe de Bolsonaro morre aos 94 anos

A mãe do presidente Jair Bolsonaro, Olinda Bolsonaro, morreu na madrugada desta sexta-feira (21), aos 94 anos. O anúncio foi feito pelo presidente em suas redes sociais. "Com pesar o passamento da minha querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade", escreveu ele no Twitter. A causa da morte ainda não foi informada.

 

Olinda estava internada no Hospital São João, em Registro, no interior de São Paulo, desde a última segunda-feira (17).  De acordo com o G1, Ela morava em Eldorado (SP), que fica a aproximadamente 52 quilômetros de distância de Registro e não conta com hospital de referência.

 

Na mesma publicação Bolsonaro informou que vai voltar ao Brasil viajou na manhã desta quinta-feira (20) para Paramaribo, no Suriname.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/265466-mae-de-bolsonaro-morre-aos-94-anos.html

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Covid: Sem vacina, aluno da rede estadual pode se matricular, mas não entrará na escola

Apesar de poderem se matricular para o ano letivo de 2022, os alunos da rede estadual de ensino não poderão adentrar nas instituições para assistir às aulas caso não apresentem o comprovante de vacinação contra a Covid-19. Isso porque o decreto estadual nº 20.907 exige a comprovação para o acesso a prédios públicos (o que inclui escolas). Já na rede municipal, o comprovante, tanto para matrícula, quanto para ingresso nos prédios, não será exigido. 

 

Nesta quarta-feira (19), o secretário de educação de Salvador, Marcelo Oliveira, chegou a confirmar ao programa Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM, que o município não cobraria a obrigatoriedade da comprovação (reveja). "Não vai ser cobrado cartão de vacinação para as crianças frequentarem as escolas. A vacinação de crianças é voluntária, é uma decisão dos pais. Eu recomendo firmemente que sejam vacinadas, já abrimos a vacinação e sempre vai ser melhor que as crianças vão para a escola vacinadas. Embora a gente venha defendendo que o ambiente escolar é muito seguro para as crianças em termos de risco de contágio", afirmou. 

 

O posicionamento foi criticado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), que reforçou a exigência da vacinação para garantir a segurança da coletividade. Para Rui Oliveira, presidente do sindicato, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) deve rever a decisão. 

 

"Vamos lutar para que o passaporte seja uma exigência legal para todos aqueles que queiram [adentrar nas instituições]. Se o cara não quer se vacinar e quer morrer, é problema dele, mas ele não pode colocar em risco a coletividade. É um princípio. O direito coletivo se sobrepõe ao direito individual. As vidas importam e vamos lutar para que seja garantida essa exigência", assegurou o presidente da APLB. 

 

Diante do posicionamento do município, o Bahia Notícias procurou a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) para saber se a mesma postura seria adotada pela pasta. Por meio de assessoria de imprensa, a SEC informou que não poderá obrigar os pais e responsáveis a vacinar os alunos, mas que estes, sem o comprovante, não terão acesso aos prédios públicos como determina o decreto nº 20.907.  

 

Ainda de acordo com a SEC - que divulgou os pré-requisitos para as matrículas que se iniciam na próxima segunda-feira (confira aqui) - a apresentação do cartão de vacina dos estudantes de até 18 anos de idade já era uma exigência obrigatória no ato da matrícula desde 2019. 

 

Com a portaria de Matrícula nº 2043/2021, a apresentação da caderneta de vacinação será solicitada para todos que desejarem se matricular na rede estadual de ensino, mas a falta desta não se tornará um impeditivo para a matrícula. Mesmo assim, nas escolas estaduais, os estudantes, pais e responsáveis serão orientados sobre a necessidade da imunização para acesso às escolas como medida de prevenção à Covid-19.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/265425-covid-sem-vacina-aluno-da-rede-estadual-pode-se-matricular-mas-nao-entrara-na-escola.html

Site da SSP-BA é invadido por hackers e fica fora do ar

O site da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi invadido por hackers na madrugada desta quinta-feira (20). De acordo com o G1, um grupo do Paraná assumiu a autoria do ataque.

 

Durante a madrugada, o acesso ao portal exibia uma mensagem que comparava a violência na Bahia ao Rio de Janeiro, além de insultos ao governador Rui Costa e à vacina. A SSP ainda não se posicionou sobre o acontecido.

 

Até o momento da publicação desta nota, o site ainda não havia sido normalizado e o endereço está sendo direcionado para o site do governo do estado.

 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/265432-site-da-ssp-ba-e-invadido-por-hackers-e-fica-fora-do-ar.html
 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Anvisa deve aprovar nesta quarta-feira o uso de autoteste de Covid

A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve aprovar nesta quarta-feira (19) o uso do autoteste de Covid-19 no Brasil.
 

O Ministério da Saúde pediu na última quinta-feira (13) para a agência liberar o exame que pode ser feito em casa. Utilizado há meses em outros países, os autotestes são proibidos no país por causa de uma resolução da Anvisa de 2015.
 

Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que os produtos não devem ser comprados pelo governo federal.
 

Técnicos da agência também tentavam levar para a mesma reunião a votação sobre pedido de uso da Coronavac para o público de 3 a 17 anos. Mas a análise da diretoria deve ser feita em outra data, ainda nesta semana, pois alguns pareceres sobre a vacina estão sendo finalizados.
 

A tendência é aprovar o autoteste e o uso da Coronavac em crianças e adolescentes, mas a decisão final depende do voto da maioria dos cinco diretores da Anvisa.
 

A testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender à demanda diante da circulação da variante ômicron.
 

Entidades científicas cobraram, na semana passada, uma política de testagem mais ampla do governo federal e a permissão do exame em casa. A procura pelos testes disparou com o avanço da contaminação na virada do ano.
 

O ministro Queiroga disse que o autoteste pode desafogar as unidades de saúde, mas afirmou que a compra do produto para o SUS pode não ter o efeito desejado.
 

"O Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes. A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos", disse o ministro no último dia 14.
 

Presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa disse à Folha que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia. "Hoje a gente vê valores de R$ 70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$ 45 a R$ 70", afirma Gouvêa.
 

Na proposta envidada à Anvisa, o ministério orienta que pacientes que detectaram a infecção pelo autoteste procurem atendimento em unidade de saúde ou teleatendimento para confirmar o diagnóstico e receber orientações.
 

Segundo a mesma nota, a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social.
 

VACINA
 

A campanha de vacinação das crianças foi aberta na última sexta-feira (14), com o imunizante da Pfizer destinado ao grupo de 5 a 11 anos. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos.
 

Integrantes da Anvisa afirmam que algumas condições podem ser definidas para aprovar a Coronavac para o grupo de 3 a 17 anos. Entre elas, que o laboratório paulista se comprometa a gerar dados sobre o uso das doses no Brasil, além de apresentar o desfecho de estudo global que está sendo conduzido na China, África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.
 

Os pareceres das áreas técnicas devem apontar que a vacina demonstra dados sólidos de segurança. Além disso, destacar que o imunizante é largamente aplicado nos mais jovens em outros países, como o Chile. O país andino já imunizou 1,4 milhão de pessoas entre 3 e 17 anos.
 

O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças, caso haja aprovação da Anvisa. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.
 

?A vantagem da Coronavac é a disponibilidade de doses, devido ao fato de que o imunizante parou de ser usado pelo governo federal.
 

A vacinação de crianças e adolescentes é tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), pois o mandatário distorce dados e desestimula a imunização dos mais jovens. Ele chegou a ameaçar expor nomes de servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer em crianças.
 

Em nota divulgada no último dia 8, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu insinuações de supostos interesses escusos da Anvisa na vacinação de crianças e cobrou retratação do presidente.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/149541-anvisa-deve-aprovar-nesta-quarta-feira-o-uso-de-autoteste-de-covid.html
 

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Funcionário é demitido após ida ao motel com carro de prefeitura no interior da Bahia

Um funcionário do município de São José do Jacuípe, no interior da Bahia, foi demitido nesta segunda-feira (17) após usar o veículo da prefeitura em uma ida a um motel em Jacobina, no Piemonte da Diamantina.

 

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que supostamente o servidor público deixa o motel localizado na cidade que fica a cerca de 76 km de São José do Jacuípe.

 

Em nota, a prefeitura de São José do Jacuípe informou que um funcionário do município conduzia o veículo e agiu de forma contrária às normas estabelecidas por lei. O homem foi desligado da administração municipal. A identidade não foi revelada.

 

 

"Assim como o prefeito, os funcionários têm o compromisso firmado com a população e deve honrá-lo, prestando serviços de qualidade e respeitando os cidadãos do município", escreveu Alberlan Peris Moreira da Cunha, prefeito da cidade.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/28499-funcionario-e-demitido-apos-ida-ao-motel-com-carro-de-prefeitura-no-interior-da-bahia.html