domingo, 5 de julho de 2020

OMS paralisa testes com lopinavir e ritonavir no tratamento de coronavírus


A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou neste sábado (4) que vai abandonar os estudos com os antivirais lopinavir e ritonavir para tratamento de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Assim como no caso da hidroxicloroquina, os experimentos mostraram que não há eficácia no uso destes remédios, quando seu desempenho é comparado com o procedimento padrão de tratamento.

A paralisação dos experimentos foi recomendada pelo comitê diretor do Solidarity, programa coordenado pela OMS em 21 países, com mais de 5.000 pacientes hospitalizados, com o objetivo de encontrar um tratamento eficaz para casos mais sérios de Covid-19.

Segundo o comitê, foram revisados também resultados de outros ensaios clínicos usando as substâncias, durante a cúpula sobre pesquisa e inovação em Covid-19, na quarta (1º) e quinta (2) passadas.

As duas substâncias haviam sido incluídas no estudo por já terem sido licenciadas para o tratamento de pacientes com HIV.

Mas as análises provisórias mostraram que, assim como a hidroxicloroquina, lopinavir e ritonavir produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes com coronavírus hospitalizados, quando comparados ao padrão de atendimento.

Também não houve evidências fortes de que esses medicamentos aumentem a mortalidade, segundo a OMS. Segundo comunicado da entidade, o estudo britânico Discovery, que faz parte do Solidarity, encontrou alguns dados relacionados à segurança das substâncias, que serão publicados depois de revisados por outros cientistas.

"Esta decisão se aplica apenas à condução do estudo Solidarity em pacientes hospitalizados e não afeta a possível avaliação em outros estudos de hidroxicloroquina ou lopinavir/ritonavir em pacientes não hospitalizados ou como profilaxia pré ou pós-exposição para Covid-19", afirma o texto

Os resultados provisórios do Solidarity estão agora sendo preparados para publicação revisada por pares.

A entidade afirma que, até que haja evidências suficientes, não é recomendado o uso desses tratamentos para nenhum paciente de Covid-19: "A OMS está preocupada com relatos de indivíduos que se automedicam com cloroquina, o que pode causar sérios danos".

A cloroquina fazia parte de uma lista iniciais de substâncias que seriam testadas pelo Solidarity, mas não chegou a entrar nos experimentos, pois os cientistas julgaram que não tinha potencial terapêutico suficiente para participar do estudo.

Apesar das contra-indicações e de críticas de médicos e cientistas, o governo federal brasileiro continua permitindo o uso de cloroquina e hidroxicloroquina.

Os testes continuam com as substâncias remdesivir, e, até as 16h deste sábado, a OMS não havia confirmado se seria mantido o braço de experimento com lopinavir/ritonavir em combinação com Interferon beta-1a.

O remdesivir, que já recebeu autorização da agência de saúde americana para tratamento de casos graves de Covid-19, foi previamente testado como tratamento contra o vírus ebola e gerou resultados promissores em estudos com animais para Síndrome Respiratória no Oriente Médio (Mers-CoV) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que também são causadas por coronavírus.

Estudos nos Estados Unidos mostraram resultados positivos no tratamento de Covid-19. Seu fabricante, o laboratório Gilead Sciences, abriu a patente do medicamento para facilitar o acesso em 127 países.

O interferon beta-1a é utilizado no tratamento da esclerose múltipla.


Font: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/84412-oms-paralisa-testes-com-lopinavir-e-ritonavir-no-tratamento-de-coronavirus.html

Com saúde básica, cidades do Brasil conseguem frear novo coronavírus



Com dores de cabeça e no corpo, perda do olfato e do paladar, vômito e febre, a secretária Ariana dos Santos, 27, de São Caetano do Sul, ligou para um 0800. Foi orientada sobre o que deveria fazer e recebeu em casa um kit de autocoleta de secreções da garganta e do nariz para o teste da Covid-19.

Em 48 horas, foi avisada que o resultado deu positivo e teve que se isolar por 14 dias. Durante o período, esteve monitorada a distância por profissionais da saúde.

"Como tinha um número de telefone para acionar caso tivesse qualquer problema, fiquei mais tranquila. Me recuperei em casa, tive sorte", diz.

O teste domiciliar feito pela Prefeitura de São Caetano do Sul (SP), em parceria com a universidade municipal (USCS), é um dos exemplos de cuidados oferecidos na atenção primária à saúde (APS), a porta de entrada do SUS.

Entre as iniciativas adotadas durante a emergência sanitária, há também monitoramento de doentes crônicos, principal grupo de risco para complicações e morte pela infecção. O agravamento dessas condições se devem a uma sobrecarga do SUS após a pandemia, a chamada terceira onda.

Mais de mil experiências em atenção primária estão concorrendo a uma premiação da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) e do Ministério da Saúde. As inscrições se encerram no próximo dia 15.

Em São Caetano, há cinco programas de testagem, entre eles, o domiciliar que atendeu Ariana, um em sistema de drive-thru, em que pacientes fazem o teste no carro, e um outro em bloqueios de trânsito (barreiras sanitárias). Ao todo, foram testadas mais de 38 mil pessoas, o que representa 24% da população.

No caso de resultado positivo na testagem domiciliar, por exemplo, um médico da atenção primária vai até a casa do paciente, faz avaliação clínica e mede o nível de oxigênio no sangue (oximetria).

"Tivemos casos encaminhados direto para internação", diz a secretária municipal da Saúde, Regina Zetone.

Nos bloqueios de trânsito, é aferida a temperatura de motoristas e passageiros. Quem tiver febre e alteração nos níveis de oxigênio é submetido ao teste rápido no local. Caso o resultado seja positivo, o morador é atendido em uma carreta ao lado do Hospital Municipal de Emergências.

São Caetano também é o primeiro município do Brasil a testar idosos, inclusive os que vivem em asilos. A cidade possui um dos maiores índices de longevidade do país (78 anos) e tem 21% da população de idosos (cerca de 34 mil).

Para Zetone, o cuidado ofertado pela atenção primária e os testes em massa são os responsáveis pelas baixas taxas de letalidade e de ocupação de UTIs pela Covid-19 (que chegou a 60% e hoje está em 28%).

Até o último dia 30, a cidade tinha 1.924 casos confirmados, com uma taxa de letalidade de 4,4% (86 mortos). "Pelo perfil mais envelhecido da nossa população, poderia se esperar um cenário muito pior", diz a secretária.

As unidades básicas de saúde permaneceram abertas, mas com fluxos diferentes para quem tiver sintomas gripais. Para não terem que ir até as unidades de saúde, idosos receberam seus medicamentos em casa e tiveram a validade de suas receitas ampliadas.

Em Belo Horizonte (MG), também houve uma iniciativa de manter o cuidado com doentes crônicos, como diabéticos e hipertensos.

Segundo a médica de família e comunidade Juliana Santos, da gerência da APS da Secretaria Municipal de Saúde, desde o início da pandemia, em março, os usuários deixaram de procurar por atendimentos nas unidades de saúde. Por isso, foi elaborada uma lista com os dados dos que tinham condições crônicas mais complexas. Esse material foi distribuído a todas as equipes de saúde da família.

"Se o usuário estiver dentro de um período de controle adequado é oferecido para ele o teleatendimento. Se não estiver controlado ou se estiver há mais de três meses sem consulta, a equipe chama para consulta presencial", explica.

Foram agregados à listagem os usuários acamados, os egressos de hospitais e os com uso de medicamentos controlados.

De acordo com Maria José Evangelista, assessora técnica do Conass, há uma preocupação com a terceira onda que virá pós-pandemia.

"Em muitos municípios, está havendo um descontrole de quem tem hipertensão, diabetes, dos idosos que frequentam as unidades", disse ela em debate online do Portal da Inovação na Gestão do SUS.

O médico Renato Tasca, coordenador de sistemas e serviços de saúde da Opas no Brasil, lembra que experiências de países que fecharam a APS para colocar os profissionais de saúde nos hospitais de campanha, como a Itália e a Espanha, foram dramáticas.

Elas causaram a interrupção do cuidado às pessoas com sintomas leves de Covid-19 e também àquelas que dependem da atenção primária.

Quatro dias após confirmar o primeiro caso de Covid-19, a prefeitura de Florianópolis(SC) lançou um serviço de atendimento clínico por telefone. As equipes de saúde da família receberam celulares para atender os usuários e responder mensagens pela WhatsApp.

Em abril, primeiro mês do serviço, foram mais de 40 mil atendimentos. Desses, ao menos 7.000 eram pessoas com sintomas gripais e que deixaram de circular pela cidade em busca de consulta presencial.

No entanto, o atendimento por telefone não fechou as portas das unidades de saúde. Segundo João Silveira gerente de atenção primária da Secretaria da Saúde de Florianópolis, foram criados fluxos diferenciados, com salas específicas para pacientes com sintomas respiratórios.

Ao receber e triar os casos leves na atenção primária, a pressão sobre os hospitais é reduzida. O sucesso não aparece nos indicadores, diz Filipe Perini, gerente de integração assistencial da secretaria.

"Ninguém diz os leitos de UTI que a APS evitou, ninguém diz as mortes que ela evitou, justamente porque ela conseguiu detectar os casos de uma maneira rápida ou precoce", afirma.

Em Teresina (PI), a prefeitura reservou 23 unidades básicas de saúde, de um total de 90, para atender aos pacientes suspeitos e confirmados de Covid-19. Nas unidades e nas visitas domiciliares são testadas cerca de mil pessoas por dia.

Cerca de 27% dos testes são positivos. Os dados são enviados para um sistema que importa a lista de casos confirmados das redes pública e privada.

A relação dos pacientes é enviada para um grupo de enfermeiros, que monitora os sintomáticos e identifica os contatos a serem testados.

A capital do Piauí trabalha com um número de Whatsapp em que é possível agendar o teste de Covid-19. "A gente conseguiu evitar a circulação de pessoas possivelmente infectadas e o agravamento do quadro da infecção", diz Andréia Sena, da diretoria de atenção básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS)

Na clínica da família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, na zona norte do Rio de Janeiro, um profissional da saúde fica na parte externa da unidade e direciona para uma sala de isolamento os usuários com sintomas respiratórios.

Segundo o médico de família e comunidade Marcio Silva, os suspeitos de Covid-19 são cadastrados em uma planilha de telemonitoramento e localizados no mapa do bairro. "Se a pessoa piora, a gente a inclui na rota de visita domiciliar ou a encaminha para uma UPA", conta.

Com a ferramenta de georreferenciamento, os profissionais elaboraram estratégias diferentes de acordo com o perfil de usuários, de vídeos sobre contraceptivos para as redes sociais à arrecadação de alimentos para as famílias mais vulneráveis.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/84437-com-saude-basica-cidades-do-brasil-conseguem-frear-novo-coronavirus.html

Muquém do São Francisco: PM incinera 2 toneladas de maconha



Duas toneladas de maconha foram apreendidas neste sábado (4) em Muquém do São Francisco, na região do Velho Chico, oeste baiano. Uma denúncia anônima de plantio ilegal fez os policiais se deslocarem até uma propriedade. No local, os agentes descobriram em torno de 4,5 mil pés do entorpecente.

Foto: Divulgação / SSP-BA

A plantação foi incinerada e quatro amostras foram levadas para a delegacia de Ibotirama, na mesma região. Nenhum responsável pela propriedade foi encontrado. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), a ação foi feita por guarnições da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cerrado.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21650-muquem-do-sao-francisco-pm-incinera-2-toneladas-de-maconha.html

OMS registra novo recorde de casos de Covid-19 em um único dia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em novo relatório um novo recorde de casos do coronavírus. Na última sexta-feira (3), mais de 212 mil casos confirmados foram registrados em um único dia, maior número desde o início da pandemia. O último recorde havia saído no relatório do dia 28 de junho, com 189.077 casos da doença. 

Com os novos números, mais de 10,9 milhões de pessoas somam o número de casos de contaminação no planeta, segundo a OMS. Mais de 523 mil óbitos já foram registrados decorrentes da doença, com uma taxa global de mortalidade pela Covid-19 de 4,7%. 

Na soma recorde de novas contaminações, os Estados Unidos, com 53.213, Brasil, com 48.105, e a Índia (22.771) foram os países que apresentaram maior quantidade de contaminados. Os dois países da América e o México foram os que tiveram maior taxa de óbitos no dia.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250410-oms-registra-novo-recorde-de-casos-de-covid-19-em-um-unico-dia.html

Paraguaçu: Quinta vítima de naufrágio é localizada e buscas são encerradas

O quinto corpo do naufrágio em Cabaceiras do Paraguaçu, no Recôncavo, foi também localizado neste domingo (5). Mais cedo, a Marinha tinha informado da localização da quarta vítimaO último corpo foi encontrado por volta das 10h, também nas proximidades da Fazenda Haras. Segundo a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), um inquérito instaurado pela Marinha vai apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido.

No sábado, Marinha, bombeiros, familiares e pescadores locais trabalharam nas buscas e três corpos foram localizados. O acidente que vitimou cinco pessoas ocorreu na última quarta-feira (1°)Apenas uma pessoa, pai de uma das vítimas, sobreviveu.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21654-paraguacu-quinta-vitima-de-naufragio-e-localizada-e-buscas-sao-encerradas.html

Anvisa autoriza testes para outra vacina contra covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a empresa chinesa Sinovac Biotech a realizar testes para uma nova vacina contra o novo coronavírus. O teste da vacina deve ser feito em 9 mil pessoas, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal.
O estudo aprovado pela Anvisa se refere a um ensaio clínico fase III duplo-cego, controlado com placebo. Antes de dar a autorização, a agência analisou as fases anteriores de teste da vacina. Foram realizados estudos não-clínicos em animais, cujos resultados demonstraram que a vacina apresenta segurança aceitável. A vacina é feita a partir de cepas inativadas do novo coronavírus.
O termo “ensaio clínico” se refere aos estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para validar a relação de eficácia e segurança do medicamento e também para validar novas indicações terapêuticas.
Este é o segundo teste de vacina contra covid-19 realizado no Brasil. O primeiro, desenvolvido pela universidade de Oxford, no Reino Unido, tem sido realizado em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com participação do grupo farmacêutico Astrazeneca. Essa vacina já se encontra em estágio mais avançado de testes e há possibilidade de ser distribuída à população ainda este ano.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/anvisa-autoriza-testes-para-outra-vacina-contra-covid-19

As fases de uma vacina: entenda o processo de teste antes da distribuição

Nunca se falou tanto em vacinas e testes clínicos, mas você sabe qual é o caminho de uma vacina contra a Covid-19 precisa percorrer?

Nunca se falou tanto de vacina quanto nos últimos dias. O mundo já percebeu que a melhor chance de uma retomada de uma vida próxima da normalidade é a indução da imunidade. A indústria farmacêutica e centros de pesquisa pelo planeta estão em uma corrida para descobrir uma forma de proteger as pessoas. Mas por que tanta demora?
Isso dito, a criação de uma vacina é um processo lento, que não combina muito bem com a urgência de uma pandemia. E é lento porque há várias etapas antes de que ela chegue ao cidadão comum, que visam certificar-se de que ela é eficaz e segura. Entenda o que cada uma dessas etapas:

Fase pré-clínica

Aqui é a fase inicial de pesquisa. Os cientistas estão antes de tudo testando ideias e estratégias para saber quais têm alguma chance de se mostrarem eficazes. Para isso, eles podem fazer testes em laboratório com o vírus in vitro e com células, mas sem envolver qualquer outro ser vivo nesse processo.
Mostrando alguma eficácia, os pesquisadores podem passar a analisar os resultados da vacina em seres vivos, procurando por animais, muitas vezes camundongos e macacos, cujos corpos reajam ao vírus de forma similar ao organismo humano. A partir daí se têm as informações preliminares de eficácia e segurança do composto.
Nas vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19, esse processo foi radicalmente encurtado, mas ele pode levar anos. Algumas das vacinas que passaram mais rapidamente por esta etapa o fizeram graças a outras pesquisas mais avançadas sobre outros coronavírus, causadores de Sars e Mers. É o caso de Oxford: os pesquisadores da universidade já trabalhavam em vacinas contra essas doenças relacionadas e já tinham dados promissores de segurança e eficácia que permitiram avançar para a fase seguinte.

Fase 1: a vacina é segura em humanos?

Depois de obter dados positivos com testes em animais, é hora de ver como a vacina se sai em humanos. No entanto, por mais que os dados obtidos com macacos possam ser encorajadores, seu organismo é diferente, e não há como garantir que uma vacina promissora em animais não cause danos irreversíveis quando aplicadas em nós.
É por isso que, na fase 1, a vacina é aplicada em um número muito pequeno de pessoas. A Pfizer, por exemplo, recentemente anunciou resultados positivos em um estudo com 45 pessoas, o que dá uma dimensão de quantas pessoas participam dessa fase inicial.
Aqui, os pesquisadores estão preocupados primariamente em averiguar a segurança. Eles medem potenciais efeitos colaterais, sua intensidade e diferentes dosagens para tentar achar o equilíbrio entre a dose mais eficaz para neutralizar o vírus sem que se cause dano a quem se vacinou.
Paralelamente a isso, os pesquisadores também medem a resposta imunológica provocada pela vacina nesse pequeno grupo de pacientes, mas esse é um resultado secundário. Por se tratar de um grupo limitado, não é possível concluir a eficácia do composto, mas é possível perceber se os indícios são ou não encorajadores para o prosseguimento da pesquisa.

Fase 2: a vacina produz a resposta esperada?

Aqui os pesquisadores já têm em mãos dados importantes sobre dosagens ideais e efeitos colaterais esperados e podem testar seu composto em um número consideravelmente maior de pessoas.
Nesta fase, os testes já começam a envolver algumas centenas de pessoas e passa a ser importante avaliar os resultados desses voluntários em comparação com um grupo de controle, que recebe apenas um placebo. O objetivo é ver como o organismo responde à vacina e já ter informações mais claras sobre a eficácia da vacina, se os anticorpos produzidos são os esperados e se ela realmente tem potencial para imunizar os voluntários contra o vírus.
Os pesquisadores também podem aproveitar essa etapa para observar potenciais efeitos colaterais mais raros que não apareceram durante a primeira etapa de testes e definir a dosagem mais adequada.

Fase 3: agora é para valer

Aqui os cientistas já têm uma ideia mais clara do que esperar da vacina em termos de segurança e resposta do organismo, então é hora de ver se a vacina realmente funciona na prática.
Para isso, são vacinadas milhares de pessoas, ampliando consideravelmente a escala dos testes. A ideia dessa fase é ver como a vacina se sai no mundo real, então a expectativa dos pesquisadores é que os voluntários efetivamente se exponham ao vírus para saber se eles estão ou não protegidos pelo composto.
Nesta etapa, é crucial a utilização de um grupo de controle, que vai receber apenas o placebo, mas nem cientistas nem voluntários sabem se a aplicação é realmente a vacina que se quer testar ou o composto ineficaz, para evitar que uma potencial mudança de comportamento afete os resultados do estudo. É o que se chama de duplo-cego. Comparando os resultados dos dois grupos é possível ver com clareza se a vacina está fazendo a diferença na proteção dos voluntários.
No entanto, a ética não permite que os pesquisadores infectem os voluntários propositalmente, então é necessário deixar que eles se exponham por conta própria ao vírus. Por este motivo, em uma situação normal, essa etapa costuma levar vários anos. Os pesquisadores acabam procurando áreas de maior incidência de uma doença, onde existe maior risco de contágio, para poder conferir os resultados e se a vacina realmente tem o efeito desejado de proteção.
Não é à toa que o Brasil entrou na rota de testes de duas das vacinas contra Covid-19 em fases mais avançadas de testes. Com dezenas de milhares casos novos detectados a cada dia, o país se tornou o cenário ideal para o teste de fase 3. Os pesquisadores também estão mirando um público que tem o risco máximo de exposição ao coronavírus, que são os profissionais de saúde na linha de frente da pandemia.
É só depois dos resultados da fase 3 que é possível cravar se uma vacina realmente funciona como se espera ou não. A partir dos resultados, que mostram uma vantagem clara sobre o grupo de controle, é possível pensar em distribuir a vacina para a população.

Acelerado pela Covid-19

Todas essas etapas levam tempo. Como dito, esse processo costuma levar vários anos, porque muitas vezes os pesquisadores precisam acompanhar os resultados não apenas imediatamente, mas em médio e longo prazo também, para descobrir efeitos colaterais que podem não aparecer imediatamente, e para medir por quanto tempo o composto é eficaz.
No caso da Covid-19, as coisas estão andando em um ritmo inédito. Para isso, os pesquisadores estão encavalando as etapas de testagem, realizando fases 1 e 2 ou 2 e 3 simultaneamente. Isso garante que a resposta chegue mais rapidamente, mas também gera mais riscos.
Vale notar que, neste momento, a Organização Mundial de Saúde (OMS), já reconhece 18 vacinas que já entraram nas fases clínicas de teste, com humanos. Já em fase pré-clínica há outros 129 estudos em andamento.

Fonte: https://olhardigital.com.br/coronavirus/noticia/as-fases-de-uma-vacina-entenda-o-processo-de-teste-antes-da-distribuicao/103060

Defensoria baiana pede registros de violência doméstica em Delegacia Digital



O Estado da Bahia registrou 15 feminicídios durante o mês de maio deste ano contra seis cometidos no mesmo período em 2019, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA). O número representa um crescimento de 150%. Por isso, a Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) reforçou o pedido para que os crimes possam ser registrados na Delegacia Digital da SSP-BA.  

“A Defensoria da Bahia é uma das principais portas para atendimento dessas mulheres. Estamos fazendo o atendimento sem a necessidade de registro de ocorrência em prol das mulheres, evitando o risco de contaminação e a revitimização, mas também em prol das profissionais de segurança pública, que tiveram seu quadro reduzido em Salvador. No entanto, a possibilidade de registros de violência doméstica pela Delegacia Digital é necessária e não pode mais ser adiada. O feminicídio é a última etapa do ciclo da violência, mas, antes dele, essa mulher já passou por todos os outros, desde a violência moral e psicológica a violência física”, afirma a defensora pública Lívia Almeida, coordenadora da Especializada de Direitos Humanos da Defensoria. Em março deste ano, a Defensoria havia recomendado que a SSP o uso da Delegacia Digital para os casos de violência doméstica durante a pandemia. 

As vítimas de violência doméstica podem procurar atendimento na Defensoria através dos seguintes contatos: 129 ou 0800 071 3121, e de forma virtual (agendamento on-line pelo site da Defensoria; pelo aplicativo Defensoria Bahia, apenas para sistemas Android). A página Defensoria Bahia, no Facebook, também disponibiliza atendimento – basta enviar uma mensagem e selecionar a opção 2 para ser direcionado ao Nudem. 

Antes da pandemia, o Nudem registrava uma média de 200 atendimentos por mês. Após o início do distanciamento social os números não chegam à mesma marca: foram 30 atendimentos em abril, 44 no mês de maio e, em junho, houve 78 mulheres atendidas (dados contabilizados até a última sexta-feira, 26).  Os tipos de atendimentos mais buscados são, nos casos de violência doméstica, medida protetiva e ações de família adicionais para que seja possível romper o ciclo de agressões. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/62837-defensoria-baiana-pede-registros-de-violencia-domestica-em-delegacia-digital.html

Investidores buscam oportunidades no Brasil com pandemia e juro baixo



A crise derivada da pandemia do coronavírus derrubou os níveis de investimento e o número de fusões e aquisições no país, que vinham em ritmo acelerado. No entanto, abriu espaço para investidores qualificados, com caixa e visão de longo prazo.

Esse grupo reúne fundos institucionais e os chamados family offices, empresas fechadas que fazem a gestão de patrimônio de famílias ricas, além de grandes grupos que querem ampliar presença nos setores em que já atuam.

Eles têm ido às compras em setores que consideram estratégicos, seja porque mantêm demanda mesmo durante a recessão, seja porque têm ativos com preço baixo e boas perspectivas de retomada pós-pandemia.

Na lista de segmentos que despertam interesses, estão saúde, educação, agronegócio, tecnologia e infraestrutura, com destaque para saneamento e redes de telecomunicação.

O movimento de fusões e aquisições havia começado 2020 em ritmo acelerado. Foram 89 transações no mês, 68% a mais que a média dos últimos cinco anos. Mas o ritmo de negócios sofreu desaceleração com o agravamento da pandemia, de acordo com a PwC Brasil, que monitora os negócios anunciados.

O total de transações chegou ao seu índice mais baixo em abril. Foram 46, queda de 21% em relação ao mesmo mês de 2019. Porém, o número voltou a crescer em maio, quando foram divulgadas 59 transações. No acumulado do ano, há estabilidade em relação a 2019.

O cenário local de juros baixos derrubou a atratividade de investimentos de renda fixa, menos arriscados, e serviu de estímulo para que investidores mais qualificados buscassem alternativas.

"Esse patamar de juros veio para ficar, e todos precisam se adaptar ao ganho baixo com capital parado. O setor financeiro e a alocação de capital mais arriscada ganham atratividade", diz Julio Erse, diretor da Constância Invest.

Apesar da crise, investidores com caixa têm saído às compras, segundo Felipe Setter, da Setter Investimentos.

"Quem tem visão estratégica entende que as premissas econômicas de certos setores, como infraestrutura, podem levar a uma recuperação a médio e longo prazo", diz.

"Há quem tenha dinheiro e verifica que, devido à crise, há empresas em setores que iam bem, passaram a ter dificuldades de caixa agora devido à pandemia e, consequentemente, estão baratas."

De uma maneira geral, momentos como o atual também beneficiam as grandes redes que têm maior eficiência na operação e que tenham mantido caixa, de acordo com Luis Gustavo Pereira, sócio da Guide Investimentos.

Entre os setores que mais se destacam está o da saúde.

Os hospitais particulares, que em geral vinham em um ritmo de crescimento e tinham rentabilidade elevada, passaram a sofrer queda de receita em meio à pandemia.

"Eles estão sofrendo com a crise porque deixaram de ter público para cirurgias e exames de alta complexidade, com maior margem. Os planos, que tiveram alta de inadimplência, também deixam de fazer repasses", diz Leonardo Dell'Oso, sócio da área de fusões e aquisições da PwC.

Esse cenário adverso criou oportunidades para os operadores mais bem posicionados, de acordo com ele.

"O maior custo dos planos de saúde é com hospitais, que vinham aumentando os custos havia anos. Os que têm caixa têm aproveitado o momento para avaliar a compra de hospitais. Os que têm mais de cem leitos têm interessados", diz Leonardo Nascimento, sócio da Urca Investimentos.

"Os hospitais de médio porte que estejam na região em que um grande plano passa a ter um hospital acabam perdendo clientela e passam a ter uma pressão para a venda", afirma Dell'Oso.

Além disso, há um movimento de busca por hospitais voltados a procedimentos mais simples, sem a necessidade de internação, e com custos menores, de acordo com Leonardo Dell'Oso, sócio da área de fusões e aquisições da PwC.

Grandes redes de outros setores de saúde, como companhias de laboratórios, também têm buscado ativos hospitalares. "A estratégia é diversificar o risco. A Dasa, por exemplo [gigante do setor laboratorial], tem tido como pilar de sua estratégia as aquisições de hospitais", diz.

Ainda nesse segmento, fundos têm buscado adquirir redes de clínicas especializadas, afirma Leonardo Nascimento.

"Tem muita rede de clínica familiar com uma boa clientela, mas sem gestão profissionalizada. Isso é uma oportunidade para o investidor adquirir e maximizar a margem. O Grupo Opty, de clínicas de oftalmologia, é um exemplo de consolidadora", afirma ele.

O Opty, que tem 40 unidades, tem como sócio o Pátria.

Áreas como oncologia, reumatologia, oftalmologia e nefrologia são atrativas, de acordo com Felipe Setter, da Setter Investimentos.

"Temos visto consolidação em especial porque muitas clínicas são familiares e têm um problema de sucessão", afirma Bruno Carvalho, da Pantalica Partners.

A área da educação privada também sofreu com o impacto da crise, que aumentou a inadimplência do segmento e deve congelar ou reduzir os valores das mensalidades.

O ensino básico sofreu mais porque não estava totalmente preparado para o ensino a distância como as operadoras de ensino superior, diz Dell'Oso.

"Grandes cadeias, como a Marista, seguem em movimento de consolidação, em busca especialmente de colégios com mensalidades mais elevadas", diz ele.

Para Leonardo Nascimento, embora o segmento tenha tido uma explosão da inadimplência, a tendência é de acomodação nos próximos meses.

"No caso da educação básica, há certa resiliência em escolas com mensalidades mais altas, que têm substituição de alunos, mas mantêm taxa de ocupação. Nos tíquetes menores, a decisão do consumidor é entre o filho ficar na escola e ir para a escola pública."

A característica que atrai o investidor institucional para o setor é a possibilidade de fidelização por longo prazo, diz.

"Há alunos que podem ficar até 12 anos na mesma escola, o que mitiga os riscos do negócio. Como o setor é pulverizado, com escolas fundadas por professores e sem sofisticação de gestão, tem espaço para ganho de eficiência."

No segmento de ensino superior, o interesse é mais focalizado, afirma Flávia Conrado, sócia da Setter.

"Os alvos mais procurados são as faculdades ligadas às áreas médicas, como medicina e enfermagem, que são cursos de mensalidades mais elevadas e com demanda. O objeto de desejo de grandes grupos é comprar faculdades de medicina", diz ela.

Faculdades com cursos de veterinária também são alvos em potencial. Entre os grupos que miram expansão na área da saúde estão Afya e Estácio.

Os ativos mais atrativos são os posicionados em grandes centros com alta demanda ou regiões com maior carência de médicos, como o Nordeste.

Para Luis Gustavo Pereira, no entanto, a educação superior demanda cautela.

"O setor deve ter uma retomada difícil, a população perdeu muita renda, é difícil ter um cenário claro. As operadoras de ensino superior que têm operação em Bolsa estão subavaliadas por causa dessa perspectiva não tão clara."

Entre os segmentos mais resilientes da economia estão o do agronegócio e o de tecnologia, que se mantêm atrativos.

O ramo de fertilizantes e químicos é o mais aquecido, segundo Dell'Oso.

"Quem domina o mercado de químicos são grandes empresas internacionais, mas há muita empresa familiar brasileira que faz as misturas dos produtos e fazem o serviço de logística de safra para produtores. Elas têm sido alvo de investidores estrangeiros, como chineses, japoneses e europeus", afirma.

As companhias médias do setor, com receita entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões, são as mais procuradas.

"A região Centro-Oeste e o interior de São Paulo têm bons ativos com problemas de gestão não profissionalizada, por exemplo, e preços justos", afirma Bruno Carvalho.

Já em infraestrutura, o segmento do saneamento básico é o que deve apresentar maior possibilidade de consolidação, com interesse de fundos e operadores de água e esgoto estrangeiros no páreo, segundo a PwC.

"Temos grandes operadores globais bem posicionados que aguardavam a aprovação do novo marco e querem investir em ativos como a Cedae, por exemplo", diz Dell'Oso. O maior movimento de investidores deverá acontecer nos próximos cinco anos, de acordo com ele.

De forma mais imediata, o ramo das telecomunicações é atrativo, de acordo com João Carlos Mendonça, sócio do escritório Felsberg.

"Com a pandemia, as empresas precisaram ampliar infraestrutura e capacidade de tráfego. Quem já possuía estrutura instalada em cidades médias e grandes está visado."

"Provedores pequenos e médios são baratos, especialmente para o investidor estrangeiro, devido ao câmbio."


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/84390-investidores-buscam-oportunidades-no-brasil-com-pandemia-e-juro-baixo.html

OMS vê primeiros resultados de testes com medicamentos para covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve obter em breve resultados de ensaios clínicos que está conduzindo com medicamentos que podem ser eficazes no tratamento de pacientes com covid-19, disse nesta sexta-feira (3) o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Cerca de 5.500 pacientes em 39 países foram recrutados até agora para o ensaio ´Solidariedade´", disse ele em entrevista coletiva, referindo-se aos estudos clínicos que a agência da ONU está conduzindo pelo mundo.
"Esperamos resultados intermediários nas próximas duas semanas", acrescentou.
O programa da OMS começou com cinco braços analisando possíveis tratamentos para a covid-19: atendimento padrão; remdesivir; os medicamentos antimalária cloroquina/hidroxicloroquina; os medicamentos para HIV lopinavir/ritonavir; e lopanivir/ritonavir combinados com interferon.
No início deste mês, a OMS interrompeu o teste com cloroquina/hidroxicloroquina, depois que estudos indicaram que não mostravam benefício para quem tem a doença, mas ainda são necessários mais estudos para verificar se podem ser eficazes como medicamento preventivo.
Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que seria imprudente prever quando uma vacina pode estar pronta contra a covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, que matou mais de meio milhão de pessoas no mundo.
Embora uma candidata a vacina possa mostrar sua eficácia até o final do ano, a questão é quanto tempo levará para a vacina ser produzida em massa, disse ele à associação de jornalistas da ONU em Genebra.
Atualmente, não existe vacina comprovada contra a doença, e 18 possíveis candidatas estão sendo testadas em seres humanos.
As autoridades da OMS defenderam sua resposta ao vírus que surgiu na China no ano passado, dizendo que foram movidos pela ciência. Ryan disse lamentar que as cadeias globais de suprimentos tenham sido interrompidas no início da pandemia, privando equipes médicas de equipamentos de proteção.
"Lamento que não houvesse acesso justo e acessível às ferramentas da Covid. Lamento que alguns países tenham mais do que outros e lamento que os trabalhadores da linha de frente tenham morrido por causa disso", acrescentou.
Ele cobrou os países a identificarem novos surtos de casos, rastrear pessoas infectadas e isolá-las para ajudar a quebrar a cadeia de transmissão.
"As pessoas que se sentam ao redor de mesas de café e especulam e falam (sobre transmissão) não conseguem nada. As pessoas que perseguem o vírus conseguem conquistar as coisas", disse.
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-07/oms-ve-primeiros-resultados-de-testes-com-medicamentos-para-covid-19

OAB apresenta propostas para retomada de atividades no Judiciário baiano



A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA) encaminhou propostas para a retomada das atividades judiciais no estado. As propostas foram encaminhadas para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA) e Justiça Federal. 

A OAB propôs que medidas de teleatendimento continuem sendo adotas e, mais do que isso, sejam aprimoradas, com todos os cuidados de higiene e controle sanitário para se evitar a disseminação da Covid-19. A Ordem também pediu a digitalização dos autos que ainda tramitam na forma física, para evitar a necessidade de comparecimento pessoal e o risco de transmissão oferecido pelo manuseio de papeis; a padronização do sistema de videochamada; e o agendamento junto à unidade judiciária, em casos de necessidade de atendimento presencial, isso para evitar aglomerações e preservar a saúde de todos. 

A Ordem também solicitou a criação de ouvidoria para controle e fiscalização da efetividade dos atendimentos remotos; disponibilização de álcool gel e medição de temperatura por profissionais habilitados daqueles que precisem ingressar nos prédios das unidades judiciárias; higienização diária das áreas comuns e limitação de pessoas no uso do elevador; além de contratação de especialistas para dar suporte no atendimento; e aumento da quantidade de vagas de estacionamento nos Fóruns. 

De acordo com o presidente da OAB-BA, Fabrício Castro, o momento pelo qual a advocacia baiana está passando é extremamente delicado sob o ponto de vista da vulnerabilidade econômica, mas também em relação aos aspectos sociais e sanitários. Daí a necessidade de aliar a retomada das atividades jurisdicionais com a prevenção. "Estamos trabalhando para defender a advocacia, mas também para preservar vidas", destacou.  

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/62839-oab-apresenta-propostas-para-retomada-de-atividades-no-judiciario-baiano.html

BNDES disponibiliza R$ 5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou a linha de empréstimo para capital de giro para micro, pequenas e médias empresas. O valor total deve ultrapassar R$ 5 bilhões e estava previsto no plano inicial de enfrentamento ao novo coronavírus, apresentado pelo banco de fomento em março, no início da pandemia de Covid-19. 

Segundo o BNDES, já foram aprovadas 16.318 operações com 15.094 empresas, que empregam 372.800 pessoas, com valor médio de R$ 318 mil por operação. “Devido ao sucesso da iniciativa, e considerando a extensão da pandemia e dos impactos econômicos para as micro, pequenas e médias empresas, o Banco vai disponibilizar mais R$ 5 bilhões para novos empréstimos pela linha, que terá sua vigência ampliada de 30 de setembro para 31 de dezembro de 2020”, informou o banco. 

O BNDES informa que o principal setor econômico contemplado pela linha de empréstimo foi o de comércio e serviços, que adquiriu 79,7% dos recursos, seguido pelo de indústria de transformação (19,5%). O agronegócio ficou com 0,7% dos recursos e a indústria extrativista, 0,1%. 

O objetivo do Crédito Pequenas Empresas nesta segunda etapa será o mesmo, segundo o banco. “Oferecer recursos para o uso livre das empresas, de maneira simples e ágil, por meio dos agentes financeiros parceiros (cooperativas de créditos e bancos comerciais, públicos ou privados)”. Atualmente, o BNDES conta com 31 agentes parceiros atuando nos estados. 

Podem solicitar o financiamento empresas com faturamento de até R$ 300 milhões anuais. O valor liberado é de até R$ 70 milhões por ano, com carência de até 24 meses e prazo para pagamento de até 60 meses. As taxas de juros são negociadas entre a empresa e o agente financeiro. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250407-bndes-disponibiliza-r-5-bilhoes-para-micro-pequenas-e-medias-empresas.html

Brasil reconhece 16 estrangeiros como apátridas; veja o que significa

Entre janeiro e maio deste ano, sete estrangeiros foram formalmente reconhecidos como apátridas no Brasil. De acordo com o Ministério da Justiça, no total, o Brasil possui 16 pessoas nesta condição, segundo G1. 

Apátridas  são pessoas que não têm nacionalidade de nenhum país por motivos diversos: desde a falta de reconhecimento de uma etnia específica dentro de um território a restrições da extensão da cidadania entre pais e filhos.


No Brasil, essas pessoas são protegidas pela Lei de Migração de 2017. Ao ser reconhecido, o estrangeiro passa a ser regularizado no território nacional, podendo ter acesso a tirar documentos e trabalhar. Além disso, essas pessoas podem requerer a nacionalidade brasileira após dois anos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250398-brasil-reconhece-16-estrangeiros-como-apatridas-veja-o-que-significa.html