segunda-feira, 4 de maio de 2020

WhatsApp e checadores lançam serviço para verificar fake news sobre Covid-19



A Aliança Internacional de Checagem de Fatos (IFCN, na sigla em inglês) lança nesta segunda-feira (4) um chatbot (robô) para que as pessoas possam checar a veracidade de mensagens de WhatsApp sobre o coronavírus.

O usuário de WhatsApp adiciona o número de telefone do chatbot a sua lista de contatos e, a partir daí, pode checar se mensagens que recebeu abordando a pandemia são fake news. A IFCN tem uma base de dados de 4.000 mensagens falsas sobre a pandemia que estão circulando. Essa base é atualizada constantemente pelas 80 agências de checagem de 74 países que participam.

O chatbot inicialmente só estará disponível em inglês, mas será lançado em português, espanhol e hindi nas próximas duas semanas.

"Será a primeira vez que os brasileiros vão ter um instrumento independente para verificar se são falsas as mensagens sobre coronavírus que estão recebendo pelo WhatsApp", diz Cristina Tardáguila, diretora-adjunta do IFCN.

"As pessoas deveriam tornar isso um hábito -todo dia, de manhã, acessar o chatbot para verificar quais notícias falsas que estão circulando e, assim, não cair em cilada; é um escudo para não repassar mentiras."

O WhatsApp é um dos principais canais de circulação de notícias falsas. Por ser criptografado, é difícil checar se está circulando conteúdo falso. E a epidemia de coronavírus gerou uma quantidade monumental de notícias falsas, segundo Cristina.

"É a pior batalha que os checadores de fatos já enfrentaram, nunca houve um episódio que gerasse tanta notícia falsa, em várias línguas, ao mesmo tempo", diz a diretora-adjunta do IFCN.

Segundo ela, houve sete ondas de fake news sobre a Covid-19. Na primeira onda, em janeiro e fevereiro, multiplicaram-se conteúdos falsos sobre a origem do vírus, falando sobre laboratórios na China, morcegos, e até a participação do bilionário filantropo Bill Gates.

Na segunda onda, houve uma proliferação de vídeos editados ou manipulados mostrando supostos efeitos do vírus sobre as pessoas, com gente desmaiando, exibindo problemas de pele.

A terceira onda é a mais perigosa e a mais resistente, segundo Cristina -são conteúdos mentirosos sobre supostas curas e métodos de prevenção para Covid-19. Isso inclui desde recomendações inócuas, como prender a respiração, até beber água sanitária ou urina de vaca, injetar desinfetante, ou tomar álcool puro -boato que levou à morte de dezenas de pessoas no Irã.

A quarta onda era essencialmente ligada à sinofobia, com relatos falsos de que os chineses iriam sacrificar infectados, por exemplo. A quinta onda mistura bandeiras de supremacia racial com notícias falsas, descrevendo falsamente, por exemplo, como determinada raça ou religião protegeriam contra o vírus.

A sexta onda nasceu quando vários países começaram a fazer lockdowns, e começou a circular desinformação sobre o que seria fechado, até quando, e rumores sobre impactos na economia. E a sétima onda trouxe conteúdo com politização da doença, com relatos mentirosos sobre políticos e de políticos.

No Brasil, as agências de checagem participantes são a Aos Fatos, a Lupa e a Estadão Verifica.

Para usar o chatbot, que é gratuito, as pessoas precisam apenas salvar o número +1 727 2912606 em sua lista de contatos e mandar a mensagem "hi".

Para usar, basta selecionar números do menu do chatbot -ao enviar o número 1, a pessoa pode ver quais são os boatos mais recentes que foram checados; ao selecionar 2, ela pode fazer uma busca usando palavras-chave; o número 3 traz dicas para combater desinformação e o 4 indica checadores de fatos.

O sistema do chatbot identifica o país do usuário, por meio do código do país do telefone, e indica agências de checagem mais próximas. A pessoa pode então enviar diretamente a uma dessas agência uma informação para checagem.

O chatbot não elimina conteúdo e nem tem acesso a mensagens trocadas entre usuários pelo WhatsApp. Os checadores só têm acesso a mensagens enviadas por usuários ao número.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/77888-whatsapp-e-checadores-lancam-servico-para-verificar-fake-news-sobre-covid-19.html

FBF mantém futebol baiano paralisado e sede fechada por tempo indeterminado



A Federação Bahiana de Futebol (FBF) manteve a paralisação do futebol baiano por tempo indeterminado, assim como o funcionamento da sua sede devido a pandemia do coronavírus. A decisão foi anunciada na manhã desta segunda-feira (4) em seu site oficial. Porém, os membros da diretoria da entidade continuam à disposição através de e-mails e telefones.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), prorrogou na última sexta (1º) a suspensãodos eventos esportivos no estado até o dia 18 de maio.

No último dia 17 de março, a FBF determinou a paralisação do Campeonato Baiano e todas as suas outras competições. No dia seguinte, as atividades administrativas da entidade também foram suspensas, inicialmente até o dia 1º de abril, depois prorrogada até 3 de maio.

Na última atualização divulgada na noite deste domingo (3), a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou 3.566 casos confirmados de Covid-19 e 128 óbitos. Já foram curados 764 pacientes.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/54665-fbf-mantem-futebol-baiano-paralisado-e-sede-fechada-por-tempo-indeterminado.html

ACM Neto mantém fechamento do comércio, shoppings, escolas e restaurantes



O prefeito ACM Neto (DEM) estendeu nesta segunda-feira (4) o fechamento do comércio, shoppings centers, bares e restaurantes, além de outros serviços como medida para conter o avanço da Covid-19 em Salvador. Agora, a suspensão dessas atividades vale até o dia 18 de maio.

Academias de ginástica, cinema, teatros, clubes sociais também continuam impedidos de funcionar até o dia 18. A população continuará proibida de utilizar as praias da cidade na capital baiana. "As atividades do comércio de rua que estão suspensas, continuarão suspensas", falou ACM Neto.

Continuam suspensas também, por determinação do prefeito, as atividades na rede de ensino de Salvador. “Infelizmente não há perspectiva de retorno das atividades acadêmicas em nossa cidade. [...] Prefeitura e rede de ensino farão todo o esforço para que não haja qualquer risco para o ano letivo de 2020”, disse o prefeito.

Segundo ACM Neto, há uma equipe na prefeitura empenhada em estabelecer um protocolo para o retorno das atividades em Salvador. Não há, porém, data ou prazo para tal.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247846-acm-neto-mantem-fechamento-do-comercio-shoppings-escolas-e-restaurantes.html

Ipiaú: Capacetes, bancos, vasos e sacolas são usados para marcar lugar em fila da Caixa



Beneficiários do auxílio emergencial em Ipiaú, no sudoeste, marcaram os lugares na fila com capacetes, bancos plásticos, vaso de água e sacolas. A cena foi vista nesta segunda-feira (4) na Rua Dois de Julho, nas proximidades de uma agência da Caixa Econômica Federal. Segundo o Giro em Ipiaú, enquanto usavam os objetos para marcar a posição na fila, moradores se aglomeravam em frente a estabelecimentos comerciais como forma de se proteger da chuva.

Ao G1, o diretor de trânsito do município, Antônio Carlos dos Santos, disse que a prefeitura resolveu marcar o chão para evitar aglomerações devido à pandemia do novo coronavírus. No entanto, quem chegou mais cedo, na noite deste domingo (3) e madrugada desta segunda, colocou objetos no local de marcação da fila. Ele disse que já por volta das s 7h, as pessoas ocuparam os lugares.

A partir desta segunda, a Caixa abre duas horas mais cedo em todo país [abriu às 8h]para dar mais rapidez ao saque de R$ 600 pelos beneficiários. O atendimento vai até as 14h.

Segundo último boletim da secretaria de saúde de Ipiaú deste domingo, o município registra 37 casos confirmados e um óbito por novo coronavírus. Há ainda 307 casos suspeitos, 92 descartados, 118 em aguardo dor resultado, 14 recuperados e 466 em quarentena.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/20547-ipiau-capacetes-bancos-vasos-e-sacolas-sao-usados-para-marcar-lugar-em-fila-da-caixa.html

Aos 85 anos, ator Flávio Migliaccio é encontrado morto em seu sítio



O ator Flávio Migliaccio, de 85 anos, foi encontrado morto em seu sítio na Serra do Sambê, em Rio Bonito, interior do Rio de Janeiro. A informação foi antecipada pelo colunista Ancelmo Gois. 

A morte foi registrada pelo 35º Batalhão de Polícia Militar do estado nesta segunda-feira, após atender a um chamado feito pelo caseiro do sítio do artista, de acordo com a Veja.


Na Globo, participou de novelas como "Rainha da Sucata", "Perigosas Peruas", "A Próxima Vítima", "Vila Madalena", "Senhora do Destino" e "Passione", além da série "Tapas e Beijos". O último trabalho do ator na TV foi como o Mamede, em "Órfãos da terra", que terminou em 2019.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/58007-aos-85-anos-ator-flavio-migliaccio-e-encontrado-morto-em-seu-sitio.html

Senhor do Bonfim: Motorista é preso ao dirigir embriagado e com cocaína na cueca



Um homem embriagado foi preso com dez pinos de cocaína escondidos na cueca em um trecho da BR-407 de Senhor do Bonfim, no Piemonte Norte do Itapicuru, na noite deste domingo (3). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA), o flagrante ocorreu na altura do km 117 da rodovia. Os agentes fiscalizam o trecho quando deram ordem de parada a um GM Celta, com três ocupantes.

Ao se aproximar do motorista, os policiais perceberam um forte odor de bebida alcoólica, além de sinais visíveis de embriaguez, como dificuldade no equilíbrio e olhos vermelhos. O homem também não era habilitado para dirigir veículo. Ainda assim, os PRFs notaram que o condutor tentava se afastar a todo instante da abordagem, fazendo um movimento estranho no corpo.

Os policiais continuaram o trabalho e encontraram dez pinos de cocaína prontos para venda. A droga estava na cueca do motorista. Na ação também foi apreendida a quantia de R$ 1,3 mil em espécie. O caso foi encaminhado para a delegacia de Senhor do Bonfim. Ao todo, as multas aplicadas deram mais de R$ 3,8 mil.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/20546-senhor-do-bonfim-motorista-e-preso-ao-dirigir-embriagado-e-com-cocaina-na-cueca.html

Bahia tem 3.708 casos confirmados de Covid-19, com 134 óbitos



O boletim da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) divulgado no início da tarde desta segunda-feira (04) mostra que o estado já registra 3.708 casos confirmados do novo coronavírus.

Até o momento, são 134 óbitos confirmados na Bahia e 784 pacientes recuperados.

Ao todo, 2.970 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19. Até o momento, 215 profissionais de saúde tiveram diagnóstico positivo para Covid-19.

As mortes confirmadas foram registradas nos seguintes municípios: Adustina (1); Água Fria (1); Araci (1); Belmonte (1); Buerarema (1); Camaçari (1); Capim Grosso (1); Catu (1); Feira de Santana (2); Gongogi (2); Ilhéus (5); Ipiaú (1); Itabuna (5); Itagibá (1); Itapé (1); Itapetinga (2); Jequié (1); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (5); Maraú (1); Nilo Peçanha (1); Salvador (86); São Francisco do Conde (1); Ubaitaba (1); Uruçuca (4); Utinga (1); Vereda (1); Vitória da Conquista (4). Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até as 12h horas desta segunda.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247853-bahia-tem-3708-casos-confirmados-de-covid-19-com-134-obitos.html

Na Coreia do Sul, paciente recebeu alta apenas após 4º teste negativo



Nascido na Coreia do Sul, mas vivendo no Brasil desde criança, o comerciante Ho Song, 45, sentiu na pele por que seu país de origem é considerado um sucesso mundial no controle da pandemia de coronavírus.

No fim de março, logo depois de chegar a Seul para visitar os pais, descobriu que estava com a Covid-19.

No mesmo dia em que saiu o resultado do exame, o governo rastreou os lugares e as pessoas com quem ele esteve para em seguida testá-las, enviou uma equipe de descontaminação para sua casa e uma ambulância para levá-lo a um hospital, onde ficou em isolamento por 19 dias. "Parecia cena de filme, foi tudo muito rápido. Fiquei impressionado com a eficiência", afirma.

As medidas foram tomadas mesmo com Ho tendo sintomas leves inicialmente. E foi sua sorte: após alguns dias, uma tomografia feita no hospital detectou uma pneumonia.

"Eu não tive tosse nem catarro, só descobri por já estar sendo acompanhado no hospital", conta. "Soube de casos no Brasil em que a pessoa tem sintomas leves e só se dá conta de que o pulmão foi todo atingido quando já está com insuficiência respiratória."

Neste domingo (3), a Coreia do Sul registrou apenas 13 novos infectados -dez deles se contaminaram no exterior- e uma morte. A preocupação maior agora é com casos importados, como o de Ho -com base no dia do surgimento dos sintomas, as autoridades de saúde especulam que ele tenha contraído o vírus no Brasil ou no avião.

Um dos trunfos sul-coreanos no combate ao vírus é a realização de testes em massa: são mais de 600 postos com exames, com capacidade para 20 mil testes por dia cada um.

Só Ho fez seis ao longo do processo, e ganhou alta apenas quando obteve dois resultados negativos consecutivos e já não apresentava mais nenhum sintoma da doença.

Na última semana, o governo anunciou que fará um amplo estudo com exames para ver qual porcentagem da população adquiriu anticorpos contra o vírus -a chamada imunidade de rebanho é atingida quando ao menos 60% contraiu o patógeno.

Outra medida que ajudou a controlar a epidemia por lá foi o rastreamento de todos os que têm contato com os infectados, o que só é possível porque há um órgão central de controle de doenças com autoridade sobre polícia, instituições financeiras, de telefonia e de transporte, entre outras.

Cada vez que surge um novo caso, os moradores da mesma região recebem um SMS com o percurso do paciente e a orientação de fazer o teste caso tenham estado no mesmo trajeto.

"Vigésimo caso no bairro, 26 anos, chegou 17/4 dos EUA. Está em isolamento, realizada descontaminação na casa", diz uma dessas mensagens recebidas por Ho.

Com tamanho nível de controle, não foi necessário fechar o comércio, apenas suspender aulas nas escolas e eventos esportivos. Estes últimos já estão voltando a acontecer, e o governo estuda agora uma forma segura de reabrir as instituições de ensino em breve.

Ho gravou vídeos de vagões de metrô lotados e de grandes grupos de pessoas passeando em parques e nas ruas.

Segundo ele, o clima é de normalidade. "As medidas de prevenção continuam: em lugares fechados, quase 100% das pessoas usam máscaras, por exemplo. Mas parques, bares, shoppings, cinema, tudo está funcionando."


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/77868-na-coreia-do-sul-paciente-recebeu-alta-apenas-apos-4-teste-negativo.html

‘Missa drive-in’: devotos assistem de carro celebração religiosa em Salvador

Após decreto da Prefeitura de Salvador proibindo encontros presenciais de templos religiosos para evitar aglomeração em meio à pandemia de coronavírus, os devotos encontraram uma maneira diferente de celebrar a fé: no estilo drive-in.
Sem sair de seus carros, os frequentadores da paróquia católica Nossa Senhora da Vitória se reuniram para assistir uma missa em terreno próximo ao Largo da Vitória. Isso é o que mostra uma publicação de ontem (3), no Instagram, da diretora artística do Teatro Castro Alves, Rose Lima.
Na foto, cerca de 61 veículos estão presentes na celebração. À frente deles, aparece uma tenda onde estão o padre e, aproximadamente, outras sete pessoas. Ainda segundo Rose, a missa foi realizada sem uso de caixas de som.
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/cidade/91423,missa-drive-in-devotos-assistem-de-carro-celebracao-religiosa-em-salvador

Rui diz que Teich 'não tem mínima noção de saúde pública'

O governador Rui Costa (PT) reclamou da gestão do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, e das ações do governo federal para conter o avanço do coronavírus. Em entrevista a hoje (4) a Mário Kertész, durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, o petista comentou que a única ajuda recebida de Brasília foi do antecessor, Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido por Jair Bolsonaro. "As três parcelas de recursos que chegaram vieram do ministro anterior. O atual ministro parece que chegou no caminhão de mudança e está olhando para que lugar vai. Não se encontrou ainda. Não é fácil, alguém que não tem uma história no setor público e saúde pública, não conhece o ministério. Ele era homem de saúde, mas era consultor de saúde do mercado privado. Não tem a mínima noção do que é saúde pública. Entra no ministério no meio de uma pandemia", declarou Rui.
Ainda segundo o mandatário estadual, o consórcio de governadores do Nordeste cobra uma atuação mais incisiva do governo federal para a compra de respiradores no exterior. "Na minha opinião, ele ainda está buscando se encontrar e o grande problema que nós temos hoje no consórcio, que tivemos duas reuniões com ele, é que o governo federal precisa ajudar os estados a encontrar os respiradores. Uma coisa é cada estado subnacional ir lá fora e tentar buscar respirador, outra coisa é uma nação. Os respiradores da Bahia ficaram presos por uma nação chamada EUA. Outros países estão brigando. Nós ficamos aqui, prefeitura e estados, lutando com nações enquanto o governo federal está omisso e não ajuda os estados", acrescentou.
Na avaliação de Rui Costa, o mês de maio deve ser um dos mais críticos para o sistema de saúde do país. Por isso, o Governo do Estado aguarda o repasse desses respiradores. "O mês de maio sinaliza que será o pior mês, onde chegaremos no limite da capacidade de oferta do serviço de saúde. A Bahia teria direito somente a 26 respiradores apenas em um mês inteiro. Eu disse a ele, se o critério for começar por onde os lugares piores, se 26 é insuficiente, o senhor me diz que nem esses a Bahia pode esperar do ministério da Saúde? Estamos na expectativa. Há um verdadeiro leilão no mercado. Os preços que tínhamos há seis meses atrás, que sempre compramos esses equipamentos, quadruplicou. Mesmo assim, não consegue ser entregue. A sensação é que tem gente entrando na frente e pagando mais do que a gente pagou", disse o governador.
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/politica/91426,rui-diz-que-teich-nao-tem-minima-nocao-de-saude-publica

Rui aponta 'gigantesca subnotificação' e explica rejeição por testes em massa na Bahia

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), demonstrou preocupação com o alto número de subnotificações de Covid-19 no estado e o crescente número de mortes dentro das casas. Tomando como exemplo o Pará, que registrou mais de 3 mil casos e cerca de 310 mortes, o petista comentou o risco de colapso do sistema funerário. "Vamos ter uma gigantesca subnotificação por Covid-19. Neste patamar lá, morrendo 50 pessoas por dia nas casas, como se recolhe o corpo e como faz exame nessas pessoas? Vamos enterrar milhares de pessoas sem saber a causa da morte. Tem corpos esperando 48h para ser enterrado. Perde qualquer condição, seja de fazer o exame, seja de manter o corpo para poder tentar recolher algum material do ponto de vista saúde pública. Eles não estavam conseguindo o recolhimento destes corpos. Enquanto isso, o presidente está brincando na Esplanada", comentou, em entrevista a Mário Kertész, durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole.
Questionado sobre a forma de testagem em massa da população, Rui afirmou que não há confiabilidade no carregamento enviado pelo Ministério da Saúde. "Ele só dá resultado a partir do sétimo dia de contágio mínimo. Alguém no quinto ou quarto dia, faz o exame e dá negativo. A pessoa acha que está tudo bem, sai para falar com todos e acha que está tudo bem. A taxa de acerto só dá mais forte a partir do décimo dia de contágio. Nós optamos por não fazer isso massivamente porque pode dar falsa ilusão para as pessoas. Muitas estão assintomáticas e ninguém convenceria essa pessoa de que ele tem o vírus já que ele tirou o sangue, testou e deu negativo. Não iria segurar ninguém em casa", disse. "Ficamos preocupado com essa autorização do governo federal em fazer nas farmácias. Em tese, quem procura fazer exame é quem está com sintoma. Você leva uma pessoa para um ambiente que não é uma UPA ou um hospital. Ali tem uma senhora que vai comprar o remédio da pressão, outro medicamento que um idoso usa e está ali com contato próximo que alguém potencialmente tem o vírus. Acho inadequado isso. Pode ser um foco de ampliação do contágio das pessoas", acrescentou.
Na Bahia, a população ganhará dois novos pontos de testagem: em Barreiras e Vitória da Conquista. De acordo com Rui Costa, os locais vão garantir que o sistema de testagem do estado seja aliviado em relação à demanda. "Nós optamos por fazer o teste que chamam de PCR, que é o mais seguro e com maior percentual de acerto, que é o que colhe na narina e na garganta. A partir de hoje faremos em Vitória da Conquista, pelo LACEN, e em Barreiras, pela universidade. Vamos aumentar a quantidade disso no interior. Encomendamos máquinas que fazem esses exames. A promessa de entrega está atrasada em duas semanas", disse Rui.
"Esses dois locais são importante que são importantes porque a gente aumenta a quantidade e diminuiu o tempo. Em Conquista, dá para pegar de Lapa, Guanambi, Brumado, Caetité, Itapetinga e Jequié ao invés de mandar para Salvador. Hoje começam a funcionar esses dois, terão três dias de validação pelo protocolo, em paralelo ao exame de Salvador. Após o terceiro dia, eles estão autorizados a fazer sozinhos, dizendo assim", comenta.
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/politica/91427,rui-aponta-gigantesca-subnotificacao-e-explica-rejeicao-por-testes-em-massa-na-bahia

Morre compositor e escritor Aldir Blanc, vítima de Covid-19

Autor de uma vasta obra musical e literária, ele estava internado desde o dia 15 de abril em estado grave


O compositor e escritor Aldir Blanc, de 73 anos, morreu na madrugada de hoje (4) no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava internado com Covid-19 desde o dia 15 de abril, e seu quadro de saúde era considerado grave.
Nascido em 2 de setembro de 1946, no Rio de Janeiro, Blanc ingressou na Faculdade de Medicina em 1966, mas abandonou o curso sete anos depois para dedicar-se exclusivamente à música. Um dos mais importantes composições da Música Popular Brasileira, Blanc formou uma frutífera parceria com João Bosco. Os dois são autores de canções como "O Mestre-Sala dos Mares", "De Frente Pro Crime", "Cabaré", "Kid Cavaquinho", "Agnus Sei" e "Bala Com Bala", além de "O Bêbado e a Equilibrista", gravada em 1979 por Elis Regina, que se tornou o "hino da Anistia" aos presos políticos do regime militar.
Aldir Blanc ainda escreveu músicas em parceria com nomes como Maurício Tapajós, César Costa Filho e Carlos Lyra, e publicou livros de crônicas e contos, nos quais narrava histórias bem-humoradas de personagens da Zona Norte do Rio. É autor de obras como "Porta de tinturaria" (1981) e "Brasil passado a sujo" (1993).
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/cultura/91425,morre-compositor-e-escritor-aldir-blanc-vitima-de-covid-19

Deputado pede ao STF para investigar Sérgio Moro por outros crimes


O deputado federal Rui Falcão (PT) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Sérgio Moro seja também investigado pelos crimes de prevaricação e corrupção passiva. O deputado pediu ao STF para juntar ao inquérito 4.831 uma petição encaminhada ao procurador-geral da República,Augusto Aras. 

O inquérito foi autorizado pelo ministro Celso de Mello para apurar as condutas do presidente Jair Bolsonaro e declarações do ex-juiz federal Sergio Moro ao anunciar sua demissão do Ministério da Justiça. A petição já havia sido protocolada no Ministério Público Federal (MPF) antes da abertura do inquérito no STF. 

O deputado também requer a oitiva do presidente Jair Bolsonaro, do chefe do gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno Ribeiro Pereira e da deputada federal Carla Zambelli. Para o deputado, há condutas de Moro que podem ser consideradas penalmente típicas, como exigir vantagem indevida para assumir o Ministério e prevaricação. 

O pedido de inquérito apresentado pelo PGR ao STF aponta que Moro pode ter incorrido em outros crimes, como denunciação caluniosa, mas não os apontados pelo deputado. O parlamentar diz que Moro teria a obrigação de comunicar infrações penais ao órgão judiciário competente, assim que tomasse conhecimento dos fatos. 

Rui Falcão ainda acusa policiais federais de violarem sigiloso funcionais quando Bolsonaro pediu para os agentes colherem depoimento em Mossoró, no Nordeste, a respeito de seu quarto filho ter namorado ou não a filha de um militar. À época, Bolsonaro disse: "Eu fiz um pedido para a Polícia Federal. Quase com um por favor: 'Cheguem em Mossoró e interrogue o ex-sargento'. Foram lá, a PF fez o seu trabalho, interrogou e está comigo a cópia do interrogatório. Onde ele diz simplesmente o seguinte: 'A minha filha nunca namorou a filha do presidente Jair Bolsonaro, porque a minha filha sempre morou nos Estados Unidos'". "Os fatos revelam que houve determinação do Presidente da República para que policiais federais interrogassem um suspeito. E que fornecessem cópia de mencionado material ao Presidente da República", afirma a petição. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247824-deputado-pede-ao-stf-para-investigar-sergio-moro-por-outros-crimes.html

Lei de Responsabilidade Fiscal completa 20 anos



A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) completa 20 anos nesta segunda-feira (4) em uma situação inusual. Devido à decretação de estado de calamidade pública pelo governo federal por causa da pandemia de coronavírus, parte das regras previstas nessa legislação está suspensa.

A União, por exemplo, está dispensada do cumprimento da meta que limita o deficit e do bloqueio de despesas previstos na lei orçamentária de 2020. Para estados e municípios, ficam suspensos prazos para ajuste no excesso de despesa de pessoal e endividamento não só durante a pandemia mas até que a economia cresça pelo menos 1%.

Isso ocorre por causa de mecanismos previstos na própria LRF, que permitem suspender medidas de ajuste nas contas públicas para que seja possível aumentar despesas em situações como a atual.

A LRF foi sancionada em 4 de maio de 2000 por Fernando Henrique Cardoso, após tramitar por quase um ano no Congresso. Chegou ao Legislativo após longa negociação do governo com governadores e prefeitos, como destaca José Roberto Afonso, professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e membro da equipe do Ministério do Planejamento que elaborou o projeto.

Nem todas as medidas previstas na lei foram implementadas nesses 20 anos. Parte delas foi considerada inconstitucional. Outras foram ignoradas por prefeitos, governadores ou presidentes da República, que encontraram formas de burlar as regras com ajuda do Judiciário e do Legislativo.

"Os problemas que nós tivemos têm mais a ver com políticas fiscais que se revelaram equivocadas e práticas fiscais incorretas, que inclusive geraram o impeachment de uma presidente [Dilma Rousseff], do que com a responsabilidade fiscal. A LRF dá as regras do jogo. Não trata do jogador e não trata do resultado do jogo", afirma Afonso.

Ele diz que a LRF ajudou a criar uma nova cultura, mas que ela deveria ser complementada por outros projetos que não foram aprovados. Afonso cita como exemplo a falta de um limite de endividamento para o governo federal, algo que poderia ser aprovado neste momento para sinalizar que o país voltará ao caminho do ajuste fiscal após o final da pandemia e que daria ao Brasil uma regra que existe na maior parte dos países desenvolvidos.

"Muitos dos problemas que a gente teve com a LRF é que se implantou uma disciplina muito dura para estados e municípios, e não sobre a União. E, quando estados e municípios desandaram, desandaram por causa da União, sobretudo quando o governo federal saiu dando empréstimos para eles em 2014. Não posso ter regras fiscais diferenciadas como tem hoje e, ao contrário do que muita gente fala, muito mais duras para estados e municípios do que para a União."

Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, afirma que a LRF é a maior inovação na área de contas públicas dos últimos 40 anos, principalmente por prever controles para as finanças de estados e municípios e ajudar a conter a piora nos indicadores da dívida gerada pelas políticas adotadas pelos governo Lula e Dilma Rousseff a partir de 2010.

"A prática da lei precisa ser melhorada. Não basta ter regras, precisamos ter as lideranças políticas mais atentas a esse compromisso com a responsabilidade fiscal", afirma.

Para ele, não só a LRF mas todo o arcabouço de contas públicas é moderno e com regras dignas de países de desenvolvidos. "Mas isso não é suficiente para fazer com que a gente melhore as contas, porque o espírito da responsabilidade fiscal não está compartilhado na sociedade."

Segundo ele, no país prevalece a ideia de que gastar mais é melhor, o que, diz, nem sempre é verdadeiro. "É importante renovar o espírito da responsabilidade fiscal. E ela precisa de ajustes. Alguns estados voltaram a ter aumento de dívida. Ela é bem completa, mas precisa ser cumprida. No pós-crise, a gente tem um encontro marcado com essa discussão."


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/77865-lei-de-responsabilidade-fiscal-completa-20-anos.html

Bebê com coronavírus morre no Hospital Português, em Salvador



Uma bebê de quatro meses diagnosticada com o novo coronavírus morreu no último domingo (3), em Salvador. Ela estava internada no Hospital Português. A informação foi confirmada pela assessoria da unidade hospitalar.

A criança estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital, pois havia nascido com um problema congênito cardiopulmonar que evoluiu para complicações respiratórias. Ela já utilizava ventilação mecânica para sobreviver. 

A bebê contraiu o coronavírus na UTI do hospital. Segundo a unidade, o caso dela foi pontual. Por conta disso, a unidade iniciou testes de diagnóstico da Covid-19 em todas as pessoas com acesso a ala Neonatal: recém nascidos, pais dos bebês e todos os colaboradores. 

No último boletim divulgado pela Sesab, a Bahia registrou 3. 566 casos confirmados de Covid-19 e 128 óbitos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247828-bebe-com-coronavirus-morre-no-hospital-portugues-em-salvador.html

Ex-presidente do Bahia, Fernando Schmidt morre aos 76 anos



O ex-presidente do Bahia, Fernando Schmidt  morreu nesta segunda-feira (4). Ele estava internando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cárdio Pulmonar desde a semana passada em decorrência de problemas neurológicos.

Nome histórico do PT, Fernando Schmidt foi eleito vereador em 1984 pelo partido. Entre 1993 e 1996, exerceu a função de secretário de governo da prefeitura de Salvador, na gestão de Lídice da Mata. Já em 2003, no governo do então presidente Lula, se tornou chefe de gabinete do Ministério do Trabalho e Emprego. No mesmo ano, entre 31 de julho e 6 de agosto, foi ministro interino da pasta. Em 2006, assumiu a assessoria especial do Ministro para Assuntos Internacionais da Secretaria de Relações Internacionais da Presidência da República e também diretor presidente da Companhia das Docas da Bahia (Codeba). No ano seguinte, se tornou chefe de gabinete do governador Jaques Wagner. Em 2011, foi nomeado secretário para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia.

Schmidt foi o primeiro presidente do Bahia eleito de forma democrática e direta após a intervenção judicial no clube em 2013. Ele ficou no posto até o fim de 2014. Antes, o dirigente havia presidido o Tricolor entre 1975 e 1979.

O sepultamento será realizado nesta segunda-feira (4), às 15h, no Cemitério do Campo Santo, em Salvador.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/bahia/23827-ex-presidente-do-bahia-fernando-schmidt-morre-aos-76-anos.html

Bolsonaro diz estar com Forças Armadas e 'povo' e mira STF ao citar 'limite'



O presidente Jair Bolsonaro mais uma vez prestigiou pessoalmente uma manifestação em Brasília com ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso, disse estar junto com as Forças Armadas "ao lado do povo" e deu recados intimidatórios.

"Peço a Deus que não tenhamos problemas essa semana. Chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui pra frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem dupla mão", afirmou Bolsonaro, em declaração transmitida ao vivo neste domingo (3) em rede social.

Um dia após ter se encontrado com os chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica, o presidente afirmou que "temos o povo ao nosso lado, nós temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia e pela liberdade".

Além de incluir pautas autoritárias, de desrespeitar recomendações sanitárias em meio ao coronavírus e de voltar a atacar as medidas de governadores na pandemia, a manifestação apoiada por Bolsonaro foi marcada desta vez também por ataques ao ex-ministro Sergio Moro, que pediu demissão do governo com acusações ao presidente, e por agressões e ameaças a jornalistas.

A conduta do presidente foi repudiada por integrantes dos Poderes Legislativo e por chefes de Executivo estaduais, como João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ). O presidente do STF, Dias Toffoli, não se pronunciou, e entre os ministros da corte as principais manifestações públicas foram para criticar agressões de bolsonaristas à imprensa.

O ministro Luís Roberto Barroso disse à Globonews que "não se deve lançar as Forças Armadas no varejo da política".

O pano de fundo da nova investida de Bolsonaro é sua irritação com as derrotas que vem sofrendo no Supremo. Com isso, ele busca respaldo entre os militares para reagir ao Judiciário. E tem recebido sinais de apoio nos bastidores, sobretudo em relação às decisões do tribunal que interferem em medidas do governo.

O presidente atacou nos últimos dias a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de barrar a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo de sua família, para comandar a Polícia Federal, após a acusação de Moro de tentativa de interferência política na corporação. Neste domingo, disse que deve indicar um novo nome nesta segunda-feira (4).

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada neste domingo e foi até a rampa do Planalto para acenar aos manifestantes, aglomerados, que gritavam "Fora Maia", entre outras coisas. Uma bandeira do Brasil foi estendida na rampa.

O presidente disse querer "um governo sem interferência, que possa atrapalhar para o futuro do Brasil". "Acabou a paciência", disse. "É uma manifestação espontânea, pela democracia", afirmou.

Ele repetiu discurso de que estão destruindo os empregos no país. "É inadmissível." Segundo ele, o efeito colateral das medidas de isolamento pode ser mais "danoso" que o próprio coronavírus.

Um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao Museu Nacional, em Brasília. Em seguida, foi organizada uma carreata em direção ao Palácio do Planalto. O ato promoveu aglomerações num momento que Brasil tem mais de 7.000 mortes pela Covid-19.

Embalados por palavras de ordem e cartazes com críticas a Moro, chamado de "canalha" e "moleque de Curitiba", apoiadores afirmavam que estão "fechados com Bolsonaro".

Ao chegar em frente ao Congresso, o grupo deixou os carros e desceu em direção ao Palácio do Planalto diante da promessa feita por um dos organizadores de que Bolsonaro apareceria para vê-los.

Entre as mensagens dos cartazes havia "Armas para cidadãos de bem", "Fora Maia", "Fora Alcolumbre". Em frente ao STF, alguns gritaram "vamos invadir". "Olé, olé, STF é puxadinho do PT", afirmavam.

Em meio às críticas a Moro, feitas em um microfone de um caminhão de som, uma apoiadora gritou que o ex-juiz é aliado ao centrão. O grupo de partidos, formado por legendas como MDB, PP, PL, Solidariedade, DEM e Republicanos, tem feito tratativas de apoio a Bolsonaro e deve ganhar novos cargos no governo.

No sábado (2), Bolsonaro recebeu os chefes das três Forças Armadas e os generais que integram sua equipe ministerial, em encontro que não estava previsto na agenda oficial.

A eles se queixou de estar com dificuldades para governar devido ao que ele chama de "constante interferência do Judiciário". Ele ameaçou fazer uma ruptura institucional, no sentindo de eventualmente descumprir determinações futuras da corte.

Segundo militares ouvidos pela Folha de S.Paulo, as declarações de Bolsonaro em ato deste domingo (3) transmitem essa mensagem. A ala fardada, embora costume atuar como "apagadora de incêndios" de atitudes mais extremadas de Bolsonaro, deu sinais de incômodo com decisões do Supremo.

Não há uma unanimidade, e o comandante do Exército, Edson Pujol, tem se mostrado refratário às atitudes do presidente. Mas outros generais da alta cúpula ainda mantêm um maior alinhamento ao Planalto e têm maior proximidade com o antecessor de Pujol, general Eduardo Villas Bôas, conselheiro de Bolsonaro.

Além da decisão que barrou Ramagem, incomodou o presidente a redução de prazo dada pelo decano Celso de Mello, para 5 dias, para que Moro fosse ouvido sobre acusações contra Bolsonaro. O depoimento ocorreu no sábado.

Entre militares, há um temor de que a corte imponha que o presidente mostre o resultado de seu exame para coronavírus. Bolsonaro diz não ter contraído a doença, mas se recusa a mostrá-lo. Aliados defendem que, mesmo se houver determinação da corte, ele mantenha o sigilo.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/77856-bolsonaro-diz-estar-com-forcas-armadas-e-povo-e-mira-stf-ao-citar-limite.html

Ataques a jornalistas são apenas mais empurrões à beira do precipício

Foi sintomático que jornalistas do Estadão tenham sido atacados neste dia 3 de maio. Na data se comemora o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, algo que perceptivelmente incomoda quem detém algum tipo de poder. Talvez por essa razão estejamos tão bem posicionados no ranking internacional dos Repórteres Sem Fronteiras: na posição 107 de 180 países pesquisados. Enquanto jornalistas eram atacados, muitos aplaudiam e até comemoravam. Justo para quem tem um projeto diferente da democracia em mente.

Desde a última semana tenho feito muitos questionamentos acerca do nosso papel enquanto imprensa. Nesse momento de caos social iminente, ao invés da informação ser uma arma contra o problema que se instala com a pandemia, ela se torna o problema. É como se a mensagem não fosse mais importante e o mensageiro fosse um cavaleiro do Apocalipse. Não são e não devem ser, apesar de jornalistas serem pintados como alvos a serem abatidos, o tempo inteiro e por todos os lados. Nesse dia em que o fotógrafo Dida Sampaio foi agredido por manifestantes pró-governo, o ataque ao fotógrafo foi um sintoma de que a república anda combalida.

Mais uma vez, limites foram cruzados como se já não mais existissem. Entramos em uma fase de negação tão absurda que o risco de milhares de pessoas morrerem em decorrência do novo coronavírus é minimizado por uma meia dúzia de macacos de auditório prestes a aplaudir qualquer coisa feita ou dita pelo mestre. Tem sido assim há algum tempo e assim permanecerá enquanto o sistema de freios e contrapesos instituído pela Constituição for subjugado, seja pelo presidente, pelo Congresso Nacional ou pelo Supremo Tribunal Federal. Lembra daquele acordo costurado por todos? Talvez haja uma ruptura democrática exatamente pelo fato de não ser mais possível acontecer um entendimento viável. 

Quero muito estar enganado. Porém o ataque à imprensa, de maneira tão frequente e incisiva, é representação mais óbvia e visível de que as peças da democracia estão distantes da harmonia necessária. Não adianta fingir que é culpa da imprensa que o número de mortos pela Covid-19 não para de crescer. Ou que governadores e prefeitos querem gerar pânico deliberadamente para manter os respectivos status quo. As sucessivas cortinas de fumaça escondem atitudes genocidas. Enxerga quem quer. E por mais que seja sofrível noticiar, alguém precisa fazê-lo. O pecado da omissão está do outro lado do balcão. 

Se a ameaça do retorno da ditadura não amedronta, se o AI-5 reiteradamente repetido não assusta, criei a esperança de que a morte talvez fosse um elemento imponderável nessa balança antipatriótica que veste verde e amarelo. Já não a nutro mais. O luto deverá ser constante. Queiramos ou não.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/fernando-duarte/51-ataques-a-jornalistas-sao-apenas-mais-empurroes-a-beira-do-precipicio.html