segunda-feira, 27 de abril de 2020

Maia adota cautela para falar sobre pedidos de impeachment contra Bolsonaro



Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) tentou evitar falar nesta segunda-feira (27) sobre a possibilidade do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No entanto, com a insistência dos repórteres, o parlamentar defendeu que qualquer análise sobre o tema seja feita com cautela. Atualmente, ele possui quase 30 pedidos para serem analisados.

“Nosso papel é ter paciência e equilíbrio. Acho que é legítimo a sociedade, os parlamentares, parte deles, tentarem discutir CPIs e outros instrumentos, mas acho que a Câmara deve, sobre minha presidência, respeitando a posição de outros parlamentares, ter essa paciência e esse equilíbrio para que nós possamos tratar o que é mais importante, que é a vida, os empregos e a renda dos brasileiros”, declarou.

Para o deputado federal, a Casa não pode contribuir para a crise que o governo vem passando.  “O que nós não podemos de forma nenhuma é que o parlamento seja mais um instrumento de crise e incertezas que, infelizmente, hoje têm sido gerados no nosso país”, disse.

Maia ainda justificou a hesitação em falar sobre o assunto. “Quando se trata de um impeachment, eu sou o juiz. Eu não posso ficar comentando tema das qual a decisão é minha de forma independente. É uma questão que a gente tem que tomar muito cuidado. Já passei por isso no governo do presidente Michel Temer, e com equilíbrio e paciência a gente superou esse período”, finalizou.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247553-maia-adota-cautela-para-falar-sobre-pedidos-de-impeachment-contra-bolsonaro.html

Maioria dos brasileiros quer Moro na disputa presidencial de 2022



A maioria dos brasileiros acredita que o ex-juiz Sergio Moro, recém-saído do Ministério da Justiça após tensões com o presidente jair Bolsonaro, deve ser candidato à presidência em 2022. O dado é do Instituto Paraná, que ouviu 2.650 pessoas de 220 municípios brasileiros entre os dias 24 e 26 de abril. De acordo com a pesquisa 56,3% dos brasileiros veem o ex-ministro como uma opção considerável para as próximas eleições presidenciais. 

A pesquisa concluiu ainda que para 48,9% dos brasileiros Moro acertou em deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, enquanto 56,5% acredita que Jair Bolsonaro perde muito com a saída de Moro. Nesta mesma perspectiva, 22% crê que perde pouco; 18,6% acha que não perde nada e 3% não opinou sobre o tema. 

O Instituto Paraná avaliou ainda a percepção da população em relação à corrupção no país, questionando se ela aumenta, diminui ou permanece no mesmo patamar diante do novo cenário da gestão federal, que perdeu parcela importante de apoiadores com a substituição no Ministério da Justiça. 

Para 42% dos entrevistados a situação tende a permanecer igual ao período anterior a saída de Moro. Outros 33,4% acredita que a corrupção tende a aumentar e 20,3% enxerga possibilidade de diminuição.

O Instituto Paraná ouviu pessoas dos 26 estados da federação mais o Distrito Federal,sendo estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247554-maioria-dos-brasileiros-quer-moro-na-disputa-presidencial-de-2022.html

15 vezes mais barato, respirador desenvolvido na USP passa em testes com humanos



O ventilador pulmonar emergencial criado por um grupo de engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da USP foi aprovado em testes técnicos e agora será enviado para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O equipamento supre a necessidade de respiradores durante a pandemia do coronavírus, pode ser fabricado em duas horas e custa 15 vezes menos que os aparelhos comerciais mais baratos.

Os testes com humanos foram feitos com quatro pacientes nas dependências do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da USP, entre 17 e 19 de abril. O respirador foi aprovado em todos os modos de uso, não havendo nenhum problema com os pacientes utilizados.

“O objetivo era ter medidas na frequência da respiração do paciente, para permitir a sincronização do fornecimento de oxigênio do aparelho com a frequência respiratória. Foram testadas várias frequências respiratórias, porque havia controle das variáveis, tais como pressão e vazão”, explica o professor Guenther Krieger Filho, coordenador do Laboratório de Diagnóstico Avançado de Combustão da Poli.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247543-15-vezes-mais-barato-respirador-desenvolvido-na-usp-passa-em-testes-com-humanos.html

OMS prega prudência com estratégia brasileira para reabrir economia



A cúpula da Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades de saúde pública veem com ressalvas a estratégia de ampliar a testagem para Covid-19 com o objetivo de reabrir a economia. A tese é defendida pelo ministro da Saúde brasileiro, Nelson Teich. As informações são do jornal O Globo. 

Teich avalia que, a partir da testagem, o país poderia “sair da política de isolamento e distanciamento”. A OMS, no entanto, se opôs a recomendar a estratégia por ainda não ter certeza se uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez pelo vírus. 

Até 18 de abril, o Ministério da Saúde havia distribuído 2 milhões desses testes, com a previsão de mais 7 milhões até o final de maio, visando testagem em massa. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247541-oms-prega-prudencia-com-estrategia-brasileira-para-reabrir-economia.html

Ministério da Saúde constata avanço de diabetes, hipertensão e obesidade no Brasil



A diabetes, hipertensão e obesidade, circunstâncias que agravam o quadro de coronavírus, tem avançado no Brasil. Dados da pesquisa Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, indicam que no país 7,4% dos brasileiros tem diabetes, 24,5% tem hipertensão e 20,3% estão obesos.

O MS constatou que no período de 13 anos, desde o início do monitoramento, o maior aumento é em relação a obesidade, que passou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, uma ampliação de 72%. A pasta ressalta que o número significa que dois em cada 10 brasileiros estão obesos. Se considerando o excesso de peso, metade dos brasileiros está nesta situação (55,4%).

Quanto a diabetes o avanço foi de 5,5% em 2016 para 7,4% em 2019 e a hipertensão arterial subiu de 22,6% para 24,5%.

A pesquisa indicou que no que se refere ao perfil das pessoas acometidas pelas doenças, a maior prevalência de diabetes está entre mulheres e pessoas adultas com 65 anos ou mais. O mesmo perfil se aplica a hipertensão arterial, chegando a acometer 59,3% dos adultos com 65 anos ou mais, sendo 55,5% dos homens e 61,6% das mulheres.

Quanto ao excesso de peso, o índice passou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. O maior índice está entre os homens, alcançando 57,1% e entre as mulheres o percentual de 53,9%. A pesquisa apontou que o excesso de peso tende a aumentar com a idade: para os jovens de 18 a 24 anos, a prevalência foi de 30,1% e entre os adultos com 65 anos e mais de 59,8%. Por outro lado, a incidência diminui com a escolaridade: para as pessoas com até oito anos de estudo, a prevalência foi de 61,0%, já entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo, de 52,2%.

Em relação à obesidade, o maior percentual está entre as mulheres (21%) e aumenta conforme a idade: para os jovens de 18 a 24 anos é de 8,7% e entre os adultos com 65 anos e mais, alcança o patamar de 20,9%. A obesidade é maior para as pessoas com até oito anos de escolaridade (24,2%) ante e aqueles com 12 anos ou mais (17,2%).

O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. O objetivo é conhecer a situação de saúde da população para orientar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade de doenças, melhorando a saúde da população.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24058-ministerio-da-saude-constata-avanco-de-diabetes-hipertensao-e-obesidade-no-brasil.html

Bahia tem 83 mortes e 2.365 casos confirmados de coronavírus

A Bahia registra, até a tarde desta segunda-feira (27), 2.365 casos confirmados do novo coronavírus, com 83 mortes. As informações foram atualizadas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Outras 501 pessoas já são consideradas recuperadas da Covid-19.

No momento, 253 pacientes confirmados para Covid-19 em toda a Bahia encontram-se internados, sendo 73 em UTI. O boletim epidemiológico registra ainda 5.360 casos descartados e 11.430 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.

ÓBITOS
A Sesab contabiliza 83 mortes pelo coronavírus nos seguintes municípios: Adustina (1); Água Fria (1); Araci (1); Belmonte (1); Camaçari (1); Capim Grosso (1), Catu (1), sendo que a paciente foi contaminada na capital baiana; Feira de Santana (1); Gongogi (2); Ilhéus (4); Ipiaú (1); Itabuna (3); Itagibá (1); Itapé (1); Itapetinga (2); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (5), um dos óbitos era residente no Rio de Janeiro; Nilo Peçanha (1); Salvador (48); Uruçuca (4); Utinga (1); Vitória da Conquista (1). Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até às 17 horas desta segunda-feira (27).

O 77º óbito foi registrado em 25 de abril, no entanto, apenas hoje (27) a vigilância epidemiológica estadual obteve acesso a Declaração de Óbito do paciente que estava internado em um hospital filantrópico de Salvador, mesmo após reiterados contatos telefônicos e o envio de e-mails para a unidade. A paciente era uma mulher de 60 anos, com histórico de diabetes e doença cardiovascular.

O 78º óbito foi registrado em 26 de abril. A paciente era uma mulher de 82 anos, residente em Salvador, que estava assintomática e possuía histórico de hipertensão, hipotireoidismo e doença de Alzheimer. Ela estava internada em um hospital filantrópico da capital baiana.

O 79º óbito foi registrado em 26 de abril. O paciente era um homem de 70 anos, residente em Salvador, com histórico de diabetes e doença cardiovascular. Ele estava internado em um hospital filantrópico da capital baiana.

O 80º óbito foi registrado em 24 de abril. O paciente era um homem de 25 anos, residente em Salvador, com histórico de Sarcoma Mielóide de Mediastino. Ele estava internado em um hospital filantrópico da capital baiana.

O 81º óbito foi registrado em 25 de abril. A paciente era uma mulher de 88 anos, residente em Salvador, com histórico de hipertensão e doença cardiovascular. Ela estava internada em um hospital filantrópico da capital baiana.

O 82º óbito foi registrado em 26 de abril. A paciente era uma mulher de 62 anos, residente em Salvador, com histórico de doença pulmonar obstrutiva crônica. Ela estava internada em um hospital filantrópico da capital baiana.

O 83º óbito foi registrado em 23 de abril. O paciente era um homem de 39 anos, residente em Salvador, com histórico de hipertensão, diabetes e epilepsia. Ele estava internado em um hospital filantrópico da capital baiana.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247561-bahia-tem-83-mortes-e-2365-casos-confirmados-de-coronavirus.html

Veja o número de casos e mortes por coronavírus no Brasil e na Bahia

O Brasil tem, até o momento, 66.501 casos confirmados de coronavírus, com 4.543 mortes. Já na Bahia, testes já apontaram a contaminação de 2.365 pessoas até o momento. Destas, 83 morreram. 

Os casos confirmados ocorreram em 123 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (60,7%). Ao todo, 501pessoas estão recuperadas na Bahia. Outras 253 estão internadas, 73 delas na UTI.

O gráfico abaixo mostra o avanço diário dos casos registrados no país e no estado:
 
Veja abaixo o gráfico com o avanço diário do número de mortes confirmadas no Brasil e na Bahia:
 
Veja abaixo o mapa da Bahia com as cidades que possuem casos confirmados da Covid-19:
 
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/246870-veja-o-numero-de-casos-e-mortes-por-coronavirus-no-brasil-e-na-bahia.html

Wuhan, epicentro da covid-19 na China, não registra novos casos

A cidade chinesa a que se atribui o início da pandemia de covid-19, não registrou qualquer novo caso de infeção, informaram as autoridades sanitárias nesse domingo (26). Os receios voltam-se agora à possibilidade de uma segunda onda de infeções, em meio às novas medidas para conter o vírus e a reabertura da economia.
Em toda a China continental foram notificados apenas três novos casos, revelou a Comissão Nacional de Saúde na China, referindo-se às últimas 24 horas. Em Wuhan, o epicentro inicial da pandemia, não se registrou nenhum novo caso, a primeira vez que isso acontece em vários meses, e não houve registro de morte. Todos os pacientes que estavam internados já tiveram alta.

Mi Feng, porta-voz da comissão, destacou os "esforços conjuntos de Wuhan e dos profissionais de saúde de todo o país”.

Dos três novos casos registrados, dois foram importados de outros países.
Desde o início da epidemia, a China registrou um total de 82.830 infetados e 4.633 mortos. Até o momento, 77.474 pessoas tiveram alta.
As autoridades estão flexibilizando gradualmente as regras de isolamento. Nesta segunda-feira (27), voltaram às aulas quase 50 mil alunos do último ano de escolas secundárias de Pequim, o mais importante para o acesso à universidade. Outras cidades já anunciaram datas para a volta à escola.
O receio de uma segunda onda de infeções não está, no entanto, afastado. Nesse domingo, Pequim anunciou novas regras para “promover um comportamento civilizado”. Uma delas é que as pessoas cubram a boca e o nariz quando tossem, não comam em transportes públicos e usem máscara na rua quando doentes.
Aos restaurantes, é pedido que apresentem porções separadas para almoços familiares, conforme novas regras que entram em vigor em 1º de junho.
Pequim acrescentou agora sete dias de “observação clínica” para aqueles que completam 14 dias de quarentena, o tempo em que se deve permanecer em casa.
*Emissora pública de notícias de Portugal
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-04/wuhan-epicentro-da-covid-19-na-china-nao-registra-novos-casos

Série mexicana da Netflix associa Bolsonaro a um 'burro'; entenda



A série mexicana da Netflix "La Casa de las Flores", que está na terceira e última temporada, comparou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com um "burro".  
  
De acordo com o UOL, a citação acontece no quinto episódio em discussão entre a personagem Paulina de la Mora (papel de Cecília Suarez) e Diego Olvera (interpretado por Juan Pablo Medina). 
  
Na cena, ela grita para o homem: "Cale a boca! Você é burro? Você é do Alabama [estado norte-americano]? Seu sobrenome é Bolsonaro ou o quê?". A empresa de vídeos, inclusive, manteve o nome do chefe do Executivo na legenda.  
  
Vale dizer que em "La Casa de Papel", outra série de sucesso da Netflix, usou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover sua quarta temporada com o público brasileiro. 
  
Na ocasião da divulgação, o ator Rodrigo De La Serna mandou um recado ao petista. "Um carinho imenso para todos e todas. Força. Lula livre". Veja: 

Detran-BA inicia emissão do documento de licenciamento de veículo pela internet



O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) iniciou nesta segunda-feira (27) a emissão a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) pela internet.  O documento será baixado gratuitamente no celular e terá a mesma validade da versão impressa.

A versão impressa e a segunda via do documento deixarão de existir. Porém, a pessoa poderá fazer uma cópia do CRLV em papel comum, caso queira. 


A mudança atende a deliberação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº180/19, que estabelece a substituição do CRLV pela via eletrônica, CRLV-e.


O documento impresso via internet possui um QR Code. Isso garante a autenticidade, e pode ser apresentado às autoridades de trânsito durante fiscalização.

Para ter acesso ao documento digital no celular, a pessoa deverá fazer o cadastro no site do SAC Digital (acesse aqui), clicar em CRLV-e e digitar o número o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Para pessoa jurídica, será necessária informar a placa do veículo, caso a empresa não possua certificado digital. 

“Agora, a renovação anual do licenciamento do veículo já nasce digital. Acabamos com a impressão e o envio do CRLV pelos Correios e a possibilidade de buscar o documento em nossas unidades, o que consumia um volume importante de recursos. Trocamos por economia, mais segurança e facilidade para o cidadão, em tempos de coronavírus e seu isolamento social", disse o diretor-geral do Detran-BA, Rodrigo Pimentel.
Versão de papel foi extinta | Foto: Glauber Guerra/ Bahia Notícias
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247527-detran-ba-inicia-emissao-do-documento-de-licenciamento-de-veiculo-pela-internet.html

Regina Duarte pode ser próxima baixa no governo de Jair Bolsonaro



A atriz Regina Duarte deve ser a próxima baixa no governo de Jair Bolsonaro após a queda dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro. De acordo com a revista Veja, a secretária de Cultura vem, aos poucos, percebendo que caiu em uma armadilha ao deixar uma carreira artística de sucesso e aceitar o convite de Bolsonaro para entrar no governo.

Regina está isolada na secretaria, sem força para convencer ministros a destravar sua agenda cultural e também não conta com apoio do Planalto para escolher a própria equipe.

Em uma publicação no fim de semana, Regina deu sinais de que pode abandonar o governo: “Quando me desapego do que tenho, recebo o que necessito. É tudo que preciso aprender… desapego. Tá em tempo ainda”.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247529-regina-duarte-pode-ser-proxima-baixa-no-governo-de-jair-bolsonaro.html

Mortes por Covid-19 crescem mais entre pessoas com menos de 60 anos



Se por um lado idosos e pessoas com doenças crônicas são as maiores vítimas do novo coronavírus, as mortes de adultos mais jovens ou entre pessoas sem registro de fatores de risco avançam no Brasil.

Embora representem uma parcela menor, a quantidade de óbitos pela doença entre homens e mulheres com menos de 60 anos cresceu cerca de 64 vezes em um intervalo de menos de um mês.

No mesmo período, as mortes entre aqueles com mais de 60 anos aumentaram aproximadamente em 18 vezes. A análise foi feita pela reportagem em dados do Ministério da Saúde.

No fim de março, quando a pasta começou a divulgar um detalhamento das mortes, 89% delas eram de idosos. Em menos de um mês, o percentual caiu para 72%.

O balanço de março mostrava ainda que 85% das pessoas que tiveram as mortes por Covid-19 analisadas tinham registro de ao menos uma doença prévia ou outra condição de risco conhecida.

Na última segunda (20), esse número chegava a 70%. Desde então, com a troca no comando da pasta, o ministério suspendeu a divulgação de balanços completos com esses dados.

Especialistas ouvidos pela reportagem apontam diferentes fatores para essa mudança no perfil das mortes.

Um deles é o fato de que a população brasileira é majoritariamente mais jovem em comparação a países europeus, por exemplo.

"O Brasil tem um núcleo majoritário de pessoas que estão entre a segunda e a quarta década de vida. Era natural e esperado que a doença, ao alcançar um patamar de transmissão acelerada, alcançasse esse grupo da população", afirma a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e uma das principais especialistas na linha de frente do combate à Covid-19.

Para ela, a epidemia rejuvenesceu no Brasil na medida em que começou a migrar de áreas mais ricas, onde foram registrados os primeiros casos, também para áreas mais pobres, onde há mais jovens e problemas de assistência são mais visíveis.

"A doença tem um vetor de crescimento para comunidades menos favorecidas. Nessas áreas de concentração urbana, de muita densidade demográfica, tem muitos jovens", diz.

"A doença é democrática, no sentido de que atinge qualquer um. Ninguém precisa ter diferença de idade para isso", afirma.

Ela lembra, porém, que o risco de gravidade e complicações ainda é mais alto em idosos e pessoas com doenças crônicas prévias.

Entre idosos, as principais são cardiopatia e diabetes. Já entre os mais jovens, aparecem asma e obesidade.

Mas o que explica o fato de haver mortes por coronavírus em pessoas sem registro desses fatores?

"Podemos ter, por exemplo, a ocorrência de uma suscetibilidade individual que nunca foi observada", diz a médica Fátima Marinho, do Instituto de Estudos Avançados da USP.

É o caso de doenças autoimunes, ou outras em que há frequentemente atraso no diagnóstico ou ficam de forma latente, com manifestação tardia.

"E não se sabe como receberiam um vírus como esse", afirma Marinho, que lembra que o novo coronavírus chama a atenção por causar pneumonias graves e ser mais agressivo em comparação a outros vírus respiratórios mais comuns.

Para Luciano Goldani, professor de infectologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o aumento de mortes entre mais jovens impressiona.

"Uma hipótese são comorbidades escondidas, porque temos uma radiografia maior dos problemas em população mais idosa. Jovens fazem menos exames, então é difícil analisar se são isentos de comorbidades. Há também questões genéticas que precisam ser estudadas", afirma.

O médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Leonardo Weissmann coloca como hipóteses uma suscetibilidade genética ou mesmo uma maior exposição ao vírus.

Weissmann também menciona o fenômeno conhecido como tempestade de citocina, ainda pouco explicado, que pode se dar quando o corpo combate agentes infecciosos.

Uma possível reação a esse quadro leva a uma ativação excessiva do sistema imunológico, com fortes consequências para o paciente. "Pode atacar vários órgãos e levar à morte", afirma.

Um outro fator apontado é a obesidade.

Atualmente, 56% dos brasileiros estão com excesso de peso e 18% são obesos, grupo que tem se mostrado mais vulnerável à Covid-19, de acordo com Mário Carra, da Abeso (associação brasileira para estudo da obesidade).

Para os especialistas ouvidos pela reportagem, é preciso considerar ainda a subnotificação nos registros gerada pela baixa oferta de testes, o que afeta a análise da mortalidade, e diferenças no modelo de registros.

Um deles é a possibilidade de falhas no preenchimento dos dados completos sobre comorbidades em alguns municípios.

Ao mesmo tempo, de acordo com Marinho, da USP, pode haver casos em que o registro da morte ocorreu como infarto, mas análises posteriores confirmaram também uma infecção pelo vírus Sars-CoV-2 --sem que isso estivesse incluído na notificação.

Questionado sobre os fatores que levam ao aumento no índice de mortes em alguns grupos, o Ministério da Saúde não respondeu.

Recentemente, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, apontou a possibilidade de que a ocorrência de mortes em pessoas sem fator de risco conhecido esteja ligada a uma possível coinfecção por outros vírus respiratórios. A hipótese, porém, ainda precisaria ser confirmada.

No Recife, um caso que chamou a atenção foi a morte de um bebê de sete meses, faixa etária que inicialmente estaria fora de complicações.

A criança, no entanto, tinha uma cardiopatia grave, o que pode ter agravado o quadro.

"O vírus parece poupar em maioria as crianças sem comorbidades, e é muito raro ter mortes nessa faixa etária. No adulto jovem o risco individual é menor, mas ele existe. A verdade é que, quanto maior o número de casos, mais vamos vendo escapes à regra", afirma o secretário municipal de Saúde do Recife, Jailson Correia.

Dados divulgados pelos estados também indicam especificidades locais.

Em São Paulo, 75,8% das mortes ocorreram entre idosos, segundo dados do governo estadual. Já no Rio Grande do Sul, esse índice é de 83% --acima da média do país.

A pirâmide etária do estado fornece algumas explicações. "A população idosa do Rio Grande do Sul é proporcionalmente a maior do país, um perfil parecido com o da Itália", diz Goldani, da UFRGS.

Por causa dessa semelhança, afirma, houve um receio de que a situação do país se repetisse, o que fez o estado ser um dos primeiros a implementar uma política de distanciamento mais rígida.

O mesmo foi feito em outras regiões --que, no entanto, avaliam agora uma flexibilização, em meio a pressão do governo federal.

Para Margareth Dalcolmo, o aumento de mortes entre pessoas mais jovens mostra riscos em alterar a política de isolamento social.

"Se flexibilizarmos agora, em um momento em que a epidemia está em franca ascensão, vamos pagar um preço humanitário de mortes evitáveis."


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/76888-mortes-por-covid-19-crescem-mais-entre-pessoas-com-menos-de-60-anos.html

Maioria dos brasileiros tem medo de ser infectada pelo coronavírus, aponta pesquisa



Com mais de 60 mil casos de Covid-19 no Brasil, a maioria da população do país tem medo de ser infectada pelo novo coronavírus. Isso é o que aponta o levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas e divulgado na sexta-feira (24).

A entidade ouviu 2.218 pessoas, espalhadas em 212 municípios do país de 13 a 16 de abril. O resultado da pesquisa indica que 60,6% delas temem o vírus, 36,6% não têm medo de contraí-lo e outras 2,8% não sabem ou não opinaram a respeito.

No extrato por região, é possível que no Nordeste do Brasil a população está mais temerosa. Essa é a avaliação de 62% das pessoas ante 35,8% que dizem não ter medo da Covid-19. Já as regiões Norte e Centro Oeste concentram a menor proporção de pessoas temerosas, 56,6%. Na outra ponta, 41% dos habitantes dessas regiões não têm medo da doença.

Em todo o Brasil, o coronavírus já infectou 63.196 pessoas. Os óbitos, em dados oficiais colhidos pelo G1 com as secretarias de saúde dos estados, são 4.295.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247528-maioria-dos-brasileiros-tem-medo-de-ser-infectada-pelo-coronavirus-aponta-pesquisa.html