Projeção vem em linha com expectativas do mercado financeiro desta semana; em novembro, governo estimou crescimento de 1%.
O Banco Mundial (Bird) previu nesta terça-feira (10) que a economia
brasileira vai crescer 0,5% em 2017, mesma projeção feita por economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central nesta segunda-feira (9). Em novembro, o governo estimou que o PIB do país crescerá 1% este ano.
Para 2018, o Bird projeta crescimento de 1,8% para a economia
brasileira, e avanço de 2,2% em 2019. A alta esperada de 0,5% para o
Brasil em 2017 ajudará a puxar o crescimento de 1,2% da América Latina
após dois anos de recessão, prevê o órgão.
Economia mundial
Para o PIB global, o órgão projeta um crescimento de 2,7% em 2017,
graças à recuperação de grandes mercados emergentes como Brasil e
Rússia, e devido ao maior estímulo fiscal esperado em economias avançadas como os Estados Unidos.
Este número deixa para trás os 2,3% de expansão global registrados em
2016, o menor desde a crise financeira de 2008, segundo a organização.
"Após anos de um crescimento global desalentador, estamos encorajados
por vermos projeções econômicas mais fortes no horizonte", disse Jim
Yong Kim, presidente do BM, em um comunicado de imprensa.
O boletim semestral "Perspectivas Econômicas Globais", do BM, projetou
um panorama de riscos complexo, com uma possível alta do crescimento
caso se concretizem os planos de estímulo fiscal nos Estados Unidos
no novo governo do presidente eleito Donald Trump e crescentes dúvidas
geradas pela queda nos investimentos nos mercados emergentes.
Expansão nos EUA
Para os EUA, maior economia global, o BM prevê uma expansão de 2,2% em
2017, após a de 1,6% do ano passado. Trump prometeu notáveis cortes de
impostos nos EUA e um multimilionário plano de investimentos em
infraestrutura, assim como a aplicação de políticas comerciais protecionistas.
"Devido ao enorme papel que os Estados Unidos possuem na economia
global, as mudanças em seu rumo político podem ter efeitos de contágio.
Uma maior política fiscal expansiva pode gerar mais crescimento tanto
dentro como fora do país a longo prazo, mas as mudanças em política
comercial podem equilibrar estes benefícios", afirmou Ayhan Kose,
diretor do relatório.
O México deve crescer 1,8%, abaixo do esperado para este ano, como
consequência da diminuição nos investimentos em meio à incerteza
política nos EUA. A economia Argentina deve avançar 2,7%, diz o Bird.
Na Ásia, os dois grandes motores China e Índia mantêm sólidas
tendências. A primeira, imersa em processo de reequilíbrio do modelo
econômico, crescerá 6,5% neste ano, e a segunda continuará com taxas
superiores a 7,5% nos próximos dois anos.
Por sua vez, a Rússia também deve retornar ao caminho positivo após
dois anos de retração, com ganho de 1,5%, segundo o Banco Mundial.
* Com informações da Efe
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/banco-mundial-preve-alta-de-05-para-o-pib-brasileiro-em-2017.ghtml