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sexta-feira, 10 de março de 2023

CPI da Americanas (AMER3) é protocolada na Câmara

O requerimento para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a fraude contábil da Americanas (AMER3) foi protocolado nesta quinta-feira (9). O pedido foi feito pelo deputado André Fufuca, líder do PP na Câmara dos Deputados, com apoio de 216 parlamentares. A informação é do jornal “Estadão”.

Além do PP, outros partidos do Centrão assinaram o pedido para a criação de uma CPI da Americanas, como Republicanos e PL. Além disso, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também está entre os que assinaram o documento.

“É sabido que as fraudes em balanços contábeis de empresas de capital aberto têm um enorme potencial lesivo, já que podem prejudicar um número indeterminado de pessoas e também outras empresas”, afirmou a justificativa do pedido para a CPI da Americanas.

De acordo com Fufuca, quando os balanços das empresas não refletem a realidade, há uma perda de confiança por parte do mercado, gerando desinvestimento e queda nos preços das ações.

“O episódio com as Americanas, assim, afeta a credibilidade de todo o mercado de ações no Brasil e é do interesse público assegurar que os investidores possam ter absoluta certeza de que a economia popular não será nunca prejudicada por qualquer tipo de fraude, erros ou acobertamentos de rombos em balanços, sem que o poder público investigue e exponha tudo o que acontece em casos desse tipo”, relatou outro trecho do requerimento.

Americanas (AMER3): proposta de R$ 10 bi chega aos credores

A Americanas (AMER3) formalizou uma proposta de capitalização de R$ 10 bilhões para os bancos credores na última segunda-feira (06). Apesar disso, algumas instituições monetárias acreditam que o montante não será suficiente para solucionar a crise da varejista. A informação é do jornal “Valor Econômico”.

Segundo o “Valor”, ainda não há um consenso entre os bancos sobre qual deve ser o valor mínimo da injeção de capital na Americanas, que passa por um processo de recuperação judicial. Segundo a reportagem, é esperado que uma nova rodada de reuniões ocorra até a próxima semana.

Para os bancos, a capitalização é o ponto de partida para as negociações sobre a crise na Americanas. De acordo com o “Valor”, já é praticamente certo que, ao final do processo, as instituições financeiras serão acionistas relevantes da varejista.

Fonte: https://www.bpmoney.com.br/noticias/politica/cpi-americanas-amer3-camara?BN

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Após rombo bilionário, Americanas escolhem novo diretor-presidente

Após o rombo bilionário divulgado no mês passado (ver mais aqui), o Grupo Americanas anunciou nesta quarta-feira (15) o nome de Leonardo Coelho Pereira para o cargo de novo diretor-presidente.
 

O anúncio foi feito pela companhia em fato relevante divulgado ao mercado.
 

"Americanas S.A. informa que o Conselho de Administração aprovou, nesta data, a eleição do sr. Leonardo Coelho Pereira para exercer o cargo de diretor-presidente, com mandato que se inicia nesta data [15 de fevereiro de 2023]", afirma trecho do fato relevante divulgado pela empresa ao mercado.
 

Pereira já foi sócio da consultoria Alvarez & Marsal, especialista em reestruturação de empresas. Com isso, João Guerra, que ocupava o posto, voltará a atuar como diretor de recursos humanos da Americanas.
 

A equipe de administração judicial do processo de recuperação da Americanas fez um pente fino e verificou que a dívida total do grupo é de R$ 47,9 bilhões —R$ 6,6 bilhões a mais que o informado inicialmente— a milhares de credores.
 

No início do mês, a antiga diretoria das Americanas foi afastada.
 

RECUPERAÇÃO JUDICIAL
 

No dia 20 de janeiro, a Justiça aceitou o pedido de recuperação da varejista.
 

Os principais acionistas das Americanas S.A. —os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira— disseram que pretendem manter o "bom funcionamento" das lojas, do site e de todas as marcas das quais a empresa é dona, segundo a companhia.
 

A empresa tem 60 dias para apresentar o seu plano de recuperação judicial e para demonstrar a sua viabilidade econômica, e conseguir a aprovação dos credores.
 

PROTEÇÃO CONTRA CREDORES NOS EUA
 

Ainda em janeiro, um juiz de Nova York também aceitou o pedido da Americanas, para a extensão dos efeitos de proteção assegurados em seu processo de recuperação judicial no Brasil, em uma manobra conhecida como Chapter 15.
 

A Comissão de Valores Mobiliários criou uma força-tarefa para o caso Americanas, com oito processos em andamento. As investigações ocorrem em cooperação com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. A autarquia mantém um canal para receber denúncias em seu site.
 

Os processos apuram, entre outros pontos: eventuais irregularidades em informações contábeis; possíveis irregularidades na divulgação de notícias, fatos relevantes e comunicados da empresa; e se houve o crime de insider trading, que é quando há a negociação de ações da companhia por quem tem informações privilegiadas.
 

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
 

O MPF-SP também apura se houve uso de informações privilegiadas. Diretores da empresa venderam mais de R$ 210 milhões em ações da varejista no segundo semestre de 2022, depois que a companhia anunciou a troca de seu presidente.
 

MINORITÁRIOS E CREDORES
 

- Entidades que representam acionistas minoritários buscaram a Justiça e a B3 (Bolsa) para pedir indenizações da empresa e dos acionistas de referência, os três bilionários que também são donos da gestora 3G Capital.
 

- Grandes bancos querem obrigar o trio de acionistas a ressarci-los com seu patrimônio pessoal. Para isso, buscam meios para provar que houve fraude na varejista.
 

- O Bradesco foi à Justiça para pedir o armazenamento de e-mails de diretores, membros do conselho de administração e funcionários da área de contabilidade da empresa. A Justiça aceitou o pedido.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/210869-apos-rombo-bilionario-americanas-escolhem-novo-diretor-presidente

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Rede Lojas Americanas deve mais de R$ 21 milhões a mais de 50 escritórios de advocacia


As Lojas Americanas, que está em recuperação judicial, deve mais de 50 escritórios de advocacia, com dívidas superiores a R$ 21 milhões. A informação é do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. 


Ao todo, a dívida da varejista é de cerca de R$ 43 bilhões, sendo R$ 35,6 bilhões devidos a instituições financeiras e investidores. Há aproximadamente 16,3 mil credores. A empresa está em situação delicada depois de divulgar "inconsistências" de R$ 20 bilhões em seu balanço e apresentou o pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro.


O imbróglio da empresa começou em 11 de janeiro, quando o novo presidente, Sérgio Rial, dias depois de assumir o cargo, anunciou que estava renunciando e divulgou ter encontrado "inconsistências" de R$ 20 bilhões nos balanços da empresa. Uma análise interna já apontou que o rombo poderia ser maior, de até R$ 40 bilhões.


O mais provável é que a empresa tenha feito uma manobra para melhorar seus resultados financeiros artificialmente. Ao contratar bens e serviços de fornecedores, as Americanas pegavam um empréstimo no banco para pagar por eles. Os fornecedores recebiam antecipadamente e as Americanas parcelavam o pagamento para o banco.


Essas dívidas com os bancos teriam sido lançadas no balanço de forma errada — como se ainda fossem dívidas com os fornecedores — e, além disso, radicalmente subestimadas. Com uma despesa financeira "menor", o lucro da empresa foi inflado por anos. Se ficar comprovado que o rombo das Lojas Americanas decorreu de fraude contábil, a Justiça pode autorizar a desconsideração da personalidade jurídica, fazendo com que os sócios da varejista respondam pessoalmente pelos prejuízos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/66802-rede-lojas-americanas-deve-mais-de-rdollar-21-milhoes-a-mais-de-50-escritorios-de-advocacia