
Com o tema deste ano, o grupo quer chamar atenção para a fé e a intolerância religiosa. “O tema deste ano foi dividido em três: a Etiópia, para lembrar os países africanos, a Cruz de Lalibela, um templo de peregrinação de católicos no país, e o pagador de promessas, que faz referência à intolerância religiosa”, contou.
Ao longo destes 36 anos, o Olodum já gravou mais de 25 álbuns, e coleciona clássicos em seu repertório, como Protesto Olodum, Requebra e Avisa Lá, além de já ter realizado parceria com diversas personalidades da música mundial, ganhando cada vez mais reconhecimento como representante da cultura afro-brasileira. Com 22 anos no grupo, Vidal enxerga o Olodum como uma referência na música e na cultura nacional.
“Nós gravamos com o Paul Simon, em 1989, mas o reconhecimento internacional veio principalmente depois que gravamos com o Michael Jackson em 1996, no Pelourinho”, lembra, completando que após a divulgação da música com o Rei do Pop, os olhos do mundo se voltaram para o Centro Histórico de Salvador. “Isso ajudou até mesmo no processo de revitalização da região. “Quando se pensa em Olodum, pensa em Pelourinho”, disse.
Além do reconhecimento pela música e cultura, o grupo também desenvolve um trabalho social voltado para camadas mais necessitadas da capital baiana. Grupos de percussão do samba-reggae, dança afro e canto preparam jovens que desejam ingressar na área musical, além de possuir cursos de empreendedorismo cultural, informática, formação de liderança, seminários e workshops para desenvolver outras habilidades e prepará-los para o mercado de trabalho. “É um reconhecimento que vem não só pela nossa música, mas também pelo trabalho social que desenvolvemos”, contou Vidal.
Axé – Comemorando seus 30 anos em 2015, o axé não deixou de ser influenciado pelo samba-reggae criado dois anos depois. “O axé surgiu com aquela pegada mais rápida do frevo, e depois do lançamento de Faraó, ele acabou sendo influenciado por outros ritmos também”, contou Vidal. Ele lembra que devido à influencia de outros ritmos, fomos contraindo o axé que conhecemos hoje, que é capaz de integrar diversos ritmos à sua música. “É uma grande mistura, e por isso foi tendo ao passar dos anos uma construção e mudança e de ritmia”.
Fonte: http://www.camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=286353
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