 Entender o 
funcionamento da memória só foi possível graças ao americano Henry 
Gustav Molaison. Henry morreu em 2008, aos 82 anos.
Entender o 
funcionamento da memória só foi possível graças ao americano Henry 
Gustav Molaison. Henry morreu em 2008, aos 82 anos.
A história de Henry começou em 1953, quando um neurocirurgião abriu dois buracos na frente
 de seu crânio e sugou metade do hipocampo e a amígdala cerebral com o 
objetivo de curar uma epilepsia. Funcionou, mas o efeito colateral foi 
vitalício: Henry nunca mais conseguiu armazenar uma nova memória por 
mais de 20 segundos.
O que sobrou foram histórias do passado distante. Todas as
 manhãs, ao se olhar no espelho, era uma surpresa: Henry não se 
reconhecia (isso mesmo, como no filme 
 ‘Como se fosse a primeira vez’). O susto de manhã se dava porque ao 
dormir ele esquecia o que havia vivido e sempre acordava achando que 
tinha 27 anos, quando fez a cirurgia. Incrível não?
O caso despertou curiosidade na comunidade científica. Até
 sua morte, ele foi estudado exaustivamente por grupos de especialistas 
do MIT e da Universidade da Califórnia e foi assim que se chegou a conhecimentos
 essenciais para a evolução da neurociência, como em que região do 
cérebro se forma e se armazena a memória de curto prazo — o hipocampo, 
mutilado em Henry.
 Um ultrassom divulgado pelo MIT em 1982 fez dele uma personalidade 
da neurociência: era a primeira imagem de um cérebro sem um grande 
pedaço do hipocampo.
Um ultrassom divulgado pelo MIT em 1982 fez dele uma personalidade 
da neurociência: era a primeira imagem de um cérebro sem um grande 
pedaço do hipocampo.
Os cientistas perceberam que as conexões de neurônios que alimentam
 a memória também ocorrem em outras áreas. Por isso, Henry não conseguia
 armazenar novas lembranças, mas era capaz de aprender atividades 
repetitivas e instintivas, como desenhar.
- Lado bom
Por estar preso ao presente, Henry não acumulou rancores nem 
ressentimentos. Estava sempre bem-humorado, segundo os médicos que o 
acompanhavam.
A pedido do paciente, seu cérebro foi doado para o MIT logo após sua morte e fatiado em 4.201 camadas finíssimas.
Fonte: Galileu
http://www.vocesabia.net/ciencia/era-uma-vez-um-homem-sem-memoria/ 
 
 
 
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