A criatura em questão é o Pampadromaeus barberenai, um dos dinossauros mais primitivos do mundo, com 230 milhões de anos. Como o nome sugere, o animal corria pelo interior do Rio Grande do Sul no período Triássico.
A espécie foi apresentada com pompa ao público na quinta-feira, em cerimônia comandada por alguns de seus descobridores na Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, na Grande Porto Alegre.

O achado premia a persistência de Sergio Cabreira, paleontólogo da Ulbra e um dos principais caçadores de fósseis da região Sul.
Achado no município de Agudo, o esqueleto estava desarticulado (ou seja, com os ossos já espalhados) e incompleto, mas suficientemente preservado para trazer muitas informações a respeito do bicho.
“Eu não consigo imaginar que tipo de vegetal ele comeria, porque os dentes são muito delicados. A dietadele estaria mais para insetos e pequenos vertebrados”, afirma.
Já a canela comprida sugere hábitos de corredor –nada mais inesperado perto dos sucessores pesadões do animal, diz o paleontólogo.

Na descrição formal da espécie, publicada na revista alemã “Naturwissenschaften”, os paleontólogos traçaram árvores genealógicas dos dinos primitivos. Nelas, o Pampadromaeus parece se encaixar muito perto da origem dos saurópodes.
O curioso é que tanto ele quanto os ancestrais dos dinos carnívoros eram muito parecidos nessa fase da história do grupo. O que, para Langer, faz certo sentido.
Fonte: Jornal Folha Ciência e Saúde
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