quinta-feira, 13 de junho de 2013

Conheça a história de Santo Antônio de Pádua, o casamenteiro

É. Porque segundo o Padre Jorjão, Santo Antonio é um “craque” para achar coisas perdidas. Melhor do que São Longuinho(?) Daí para achar marido…
Vamos à história. Para começar, o seu primeiro nome era Fernando. Nasceu em Lisboa entre 1191 / 1195, (aceita-se oficialmente a data de 15 de Agosto de 1195), numa casa próxima da Sé, no local onde posteriormente se ergueu a Igreja sob sua invocação,
que está lá até hoje, na capital portuguesa.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior, ingressando por volta de 1210, como noviço, na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora.
Com 18 ou 19 anos, entrou no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, um importante centro de cultura medieval e eclesiástica da Europa, onde realizou os estudos em Direito Canónico, Filosofia e Teologia.
Em 1220, Fernando abraçou o espírito de evangelização e trocou a Regra de Santo Agostinho pela Ordem de São Francisco, recolhendo-se no Eremitério dos Olivais de Coimbra. E adotou o nome para Antonio.
Logo a seguir, decidiu deslocou-se para o Marrocos, onde esteve um tempão. Mas, como foi acometido por grave doença, os Superiores da Ordem resolveram repatriá-lo. No regresso, uma forte tempestade arrastou o barco para as costas da Sicília. Na Itália, Antonio se notabilizaria como exímio teólogo e grande pregador. Após contatos com o papa Gregório IX, regressou a Pádua, onde veio a morrer, muito doente, em 13 de Junho de 1231.
Santo Antonio detém o recorde de canonização da igreja católica: foi declarado santo menos de um ano depois da sua morte — precisamente 11 meses e 17 dias após falecer. É o santo padroeiro das cidades de Pádua e de Lisboa

Linda imagem que me foi enviada pelo João Candido Portinari, filho do autor e modelo de Menino Jesus no quadro.
DEVOÇÃO
Santo Antonio é considerado santo casamenteiro. No Brasil, muitas moças do interior costumavam retirar o Menino Jesus dos braços das estátuas do santo, antes da procissão prometendo devolvê-lo depois de alcançarem o seu pedido Uum noivo). Outras, colocam a imagem de cabeça para baixo, prometendo também só “colocá-lo de pé” outra vez quando Ele lhes arranjasse marido. Estes rituais são geralmente feitos na madrugada do dia 13 de Junho.
Parênteses: assim como no fado se fala num “S. José d’azulejos”, na capela do meu para sempre inesquecível Externato Maristas de Lisboa, havia um quadrinho dizendo: “Santo Antonio de Lisboa/guardador dos olivais/guarda lá minha azeitona/do biquinho dos pardais”. Portanto há um Santo Antonio protetor do campo, também.
Simpatias que (as moças) são feitas “para o santo”:
1) Para descobrir se quem vai ser o(a) futuro(a) companheiro(a), é preciso escrever os nomes dos (as) candidatos (as) em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o (a) escolhido(a).
2) Para a pessoa saber se o(a) futuro(a) companheiro(a) será jovem ou velho(a), é preciso arranjar um ramo de pimenteira, com pimentas verdes e maduras. De olhos fechados, deve-se pegar uma das pimentas. Se a escolhida for verde, ele(a) será jovem. Caso contrário, o casamento acontecerá com algum(a) coroa.
Na véspera do dia 13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam para o Dia D.
Na véspera do dia de Santo Antônio, compre um copo branco e, à meia noite, coloque água. Quebre um ovo gelado dentro do copo, com cuidado, para não arrebentar a gema. Deixe no sereno por toda a noite. No dia seguinte, antes do sol nascer, pegue o copo e observe. Se estiver coberto por uma névoa branca você se casará antes do dia de Santo Antônio do próximo ano.
Ainda há um outro costume que é muito praticado pelos seus devotos. Todo o dia 13 de Junho, as igrejas distribuem aos pobres os famosos pãezinhos de Santo Antônio. A tradição diz que esse alimento deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, como garantia de que não faltará comida durante todo o ano. Há quem diga que o pão não mofa, mantendo-se fresco pelo período de um ano.
Bom, Viva Santo Antonio de Lisboa, de Pádua (é o mesmo) e de todas as casamenteiras do Brasil!
(Blog do Reinaldo – JB Online)

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