Por Andrew Cawthorne
CARACAS, 13 Jan (Reuters) -
As três autoridades mais poderosas do governo da Venezuela depois do
presidente Hugo Chávez reuniram-se novamente em Havana neste domingo
para verificar a condição de seu líder doente e se reunir com aliados
cubanos.
O vice-presidente Nicolás Maduro, o presidente do Congresso,
Diosdado Cabello, e o ministro do Petróleo, Rafael Ramirez, têm feito
diversas viagens de ida e volta para Cuba desde a quarta - e mais grave -
cirurgia do presidente socialista para se livrar de um câncer, há um
mês.
Chávez, que perdeu sua própria cerimônia de posse para um novo
mandato de seis anos na semana passada, não foi visto ou ouvido em
público desde a cirurgia. Muitos venezuelanos estão acreditando que seu
governo de 14 anos do país sul-americano membro da Opep poderia estar se
aproximando do fim.
Apesar de reconhecer a gravidade da situação, as autoridades
estão tentando ficar otimistas sobre as perspectivas da recuperação do
presidente e, no sábado, o irmão de Chávez negou que ele estava em coma.
O ministro da Informação Ernesto Villegas disse que Maduro, quem
Chávez recentemente designou como seu sucessor, informou ao líder da
Venezuela sobre o apoio para ele no país. Ele não deu mais detalhes de
seu encontro ou condição do presidente.
A imprensa estatal disse que Maduro, Cabello, Ramirez - que
também presidem a poderosa petrolífera estatal PDVSA - e a
procuradora-geral Cilia Flores reuniram-se com o presidente cubano, Raúl
Castro, no fim de semana.
Mas não forneceram detalhes sobre as negociações.
Um líder da oposição, Julio Borges, disse no domingo que o sigilo em torno condição exata de Chávez era inaceitável.
"Ninguém está pedindo detalhes da operação ou do tratamento do
presidente, mas que simplesmente digam a verdade sobre seu prognóstico
de saúde", disse Borges, um parlamentar da direita que quer que Chávez
seja declarado formalmente ausente do cargo.
Fonte: http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE90C01320130113
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