O povoamento do sertão no nordeste da
Bahia, de Inhambupe a Paulo Afonso, deveu-se, em primeiro lugar, aos jesuítas
que adentraram o interior em sua missão catequética; depois, aos bandeirantes,
principalmente os oriundos da Casa da Torre, como era conhecida a morada dos
Garcia d’Ávila.
Inhambupe e Itapicuru são as duas
cidades mais antigas da região, e foram fundadas pelos jesuítas e franciscanos,
nos anos de 1572/82 e 1639, respectivamente.
Inhambupe nasceu de uma taba indígena à
margem esquerda do rio Inhambupe, descoberta pelo Padre José de Anchieta, e
transformada numa colonização catequética. O português Alexandre Vaz
Gouveia expulsou os índios, construiu habitações e a capela de Nossa Senhora da
Conceição.
Em 1624, fugindo da invasão holandesa à
Bahia, o coronel Guilherme Dias d’Ávila, um dos herdeiros da Casa da Torre,
armou acampamento na outra margem do rio Inhambupe e, com a desculpa de ter
encontrado minas de salitre, obteve a posse das terras descobertas, uma
sesmaria de seis léguas, compreendida entre os rios Inhambupe e Itapicuru.
Fazia parte dessas terras o território de hoje Sátiro Dias. Construiu uma
igreja, com o nome de Divino Espírito Santo de Inhambupe, em torno da qual
surgiram outras construções.
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