segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Confira a trajetória de Dilma Rousseff


Dilma foi ministra de Minas e Energia e depois da Casa Civil. Acabou virando o braço direito do presidente Lula. Jovem, lutou contra a ditadura, participou de grupos da esquerda armada. Dilma foi presa e torturada.


No dia 1º de janeiro, Dilma Rousseff recebe a faixa presidencial. Até lá, vai organizar a transição, escolher ministros e se preparar para governar 190 milhões de brasileiros. Economista, Dilma já foi ministra e chegou a ser presa e torturada durante a ditadura militar.

A foto oficial foi tirada no começo do segundo mandato do presidente Lula. Ao lado dele, estava Dilma Rousseff. E Lula já não escondia: estava impressionado com o desempenho, com o profissionalismo dela.

Em dois mandatos, Dilma Rousseff foi responsável por algumas das principais obras do governo, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o “Minha Casa, Minha Vida”. Mas foi ao falar da campanha que a agora presidente eleita do Brasil deixou claro qual foi a obra que mais mexeu com ela: “Valeu a pena ter sido candidata à presidência. Eu saio uma pessoa melhor do que entrei”.

A trajetória começou com um susto: a descoberta de um câncer linfático, em abril do ano passado. “Nós brasileiros temos esse hábito de sermos capazes de enfrentar obstáculos, de transpô-los e de sair inteiros do outro lado de lá”, afirma.

Dilma se tratou, perdeu o cabelo, botou peruca. Entrou com tudo na campanha: viajou, sambou e virou avó. "Sempre me disseram, vários amigos meus que são avós, que a gente fica meio bobo. Então, eu estou hoje meio boba", disse.

Dilma não era a preferida do PT. "Mal entrou no partido", “ligada a Leonel Brizola", lembravam alguns petistas. "Não tem tato político", reclamavam outros. "Nunca enfrentou uma eleição", diziam. Ganhou fama de centralizadora, mandona. Dilma venceu todas as resistências com apoio integral d o presidente Lula.

Escolhida, começou a construção da candidata. Dilma mudou. Ficou mais simpática, mais sorridente, tirou os óculos, mudou as roupas, reformulou todo o visual. Virou a Dilma “Paz e Amor”. Para encerrar uma entrevista: “é a última, é a última, porque esse pezinho não consegue mais ficar aqui horas e horas a fio”, explicou Dilma, com o pé imobilizado.

A campanha foi dura. Dilma se machucou, mas não parou.

A eleição, muitos pensaram, seria resolvida já no primeiro turno. Não foi, por causa das acusações de tráfico de influência na Casa Civil, que derrubaram Erenice Guerra, e da polêmica em torno do aborto. “Eu, pessoalmente, sou contra o aborto, porque acho o aborto uma violência contra mulher”, ressaltou.

A jornada seria mais longa, e Dilma atravessou mais uma vez o país sem descanso. Nesse domingo (31), as urnas confirmaram a vitória de Dilma Rousseff.

A primeira mulher eleita presidente do Brasil nasceu em Belo Horizonte, tem 62 anos. É economista. Jovem, lutou contra a ditadura militar. Participou de grupos da esquerda armada. Foi presa e torturada.

Ao depor no Senado, sobre um dossiê com informações sigilosas do governo Fernando Henrique, Dilma negou qualquer envolvimento do governo e falou sobre os anos na prisão: "Eu tinha 19 anos, fiquei três anos na cadeia e fui barbaramente torturada”.

Um amigo de Dilma também relembrou aquele período. “É difícil falar sobre isso, porque a Dilma foi barbaramente torturada. E suportar uma tortura é difícil. Ela suportou com inteligência. A tortura é uma coisa absolutamente indescritível”, declara o advogado Gilberto Vasconcelos.

Dilma foi ministra de Minas e Energia e depois da Casa Civil. Acabou virando o braço direito do presidente Lula.

Na próxima foto oficial do novo ministério, Dilma Rousseff vai estar nela novamente, em outra posição.

Também durante o governo de transição, Dilma Rousseff vai recordar alguns momentos, já que ela também participou do governo de transição do, então, presidente Fernando Henrique para o presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva.

Fonte:http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/11/confira-trajetoria-de-dilma-rousseff.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário