quinta-feira, 2 de julho de 2020

Série da FGM dá visibilidade histórica à luta feminina no Dois de Julho

Sempre foi dito que a história é contada pelos vencedores, e ao longo do tempo eles costumavam ser sempre homens, brancos e colonizadores. Pensando em colocar uma lupa no passado e refletir sobre a atualidade, a Fundação Gregório de Mattos lança, nesta sexta-feira (3), a série “Mulheres da Independência”, para discutir o Dois de Julho sob uma outra ótica, a da participação feminina.

“Essa nossa proposta surgiu justamente da demanda de dar visibilidade às personagens que nunca foram inscritas na história, ou que estão começando a ser inscritas agora, utilizando novos documentos”, explica Gabriella Melo, gerente de patrimônio cultural da FGM, órgão vinculado à Prefeitura Municipal de Salvador. 

Em princípio, a série contará com quatro vídeos lançados nas redes da FGM, para destacar a participação feminina na luta pela Independência da Bahia. No vídeo de estreia, nesta sexta-feira (3), a personagem histórica debatida será Maria Quitéria; seguida de Joana Angélica; Maria Felipa e outras mulheres que faziam parte de seu grupo; e, por fim, será abordada a participação das mulheres das Caretas do Mingau. 

A iniciativa integra a programação especial do Dois de Julho, que este ano será realizada de forma virtual, devido às restrições sanitárias exigidas para conter o novo coronavírus (clique aqui). “Na verdade, nós já estávamos bolando algumas estratégias virtuais com o ‘Patrimônio é’, que é um outro projeto nosso de educação patrimonial. E com a pandemia nós tivemos que intensificar, ser mais criativos, refazer essa cultura, porque a cultura se reinventa o tempo todo, e manter a tradição do Dois de Julho, porque a tradição não é imutável, ela muda no decorrer do tempo. E essa mudança que foi forçosa, devido ao contexto, nos fez perceber também que há outras possibilidades. O Dois de Julho, que aconteceria em determinado território, na Bahia, agora vai acontecer para o mundo todo, vai ganhar muito mais visibilidade”, explica Gabriella. 

A gestora, que é também historiadora, destaca ainda que a ideia é desfazer o apagamento e tornar a ação algo contínuo e não apenas isolada. “Já tivemos, inclusive, como tema do Dois de Julho, mulheres da independência. Mas não é algo pontual, é algo que tem que fazer parte de todas as nossas estratégias. Não pode ser apenas um ano, mas todos os anos. Então, dessa forma, surge a série com o intuito também educativo, que possa ser disponibilizada nas escolas, que possa ser utilizada como conteúdo de pesquisa”, avalia a gestora, revelando que a FGM pretende manter discussão sobre a participação feminina na história, para além do Dois de Julho. 


Para contar a trajetória destas figuras históricas, foram escaladas outras mulheres pesquisadoras, que apresentarão documentos, fontes orais e depoimentos de pessoas relacionadas aos movimentos pela independência. O debate, como sublinha Gabriella, tem ligação direta com pautas atuais como o feminismo e movimento anti racista, já que permite a visibilidade e a participação feminina na reconstrução da história. “Então, falar dessas mulheres já é tratar do feminismo e da descolonização do pensamento. As Caretas também são parte de uma memória que é passada de geração a geração, através da oralidade”, defende a gestora da FGM.  

“Quando falamos de Caretas do Mingau, falamos de várias mulheres, porque é como se fosse uma irmandade. E quando falamos sobre Maria Felipa, nós vamos destacar também outras mulheres que faziam parte do grupo de Maria Felipa… Porque já temos registros documentais de mais três nomes de mulheres que acompanharam Maria Felipa na luta pela independência em Itaparica”, lembra Gabriella. A história de Maria Quitéria também é exemplo de emancipação. “Maria Quitéria, que se passou por homem, foi tão eficiente que foi aceita no Exército. Inclusive ganhando um saiote e um penacho para dizer ‘aqui tem uma mulher, eu não vou continuar escondida atrás das roupas de um homem’”, conta a historiadora. “A própria Maria Felipa, marisqueira negra de Itaparica, que utiliza como arma cansanção para combater o exército lusitano que chega nas margens da praia”, acrescenta.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/38077-serie-da-fgm-da-visibilidade-historica-a-luta-feminina-no-dois-de-julho.html

Barroso diz que adiamento das eleições demonstra capacidade de 'diálogo institucional'



Após o adiamento das eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso destacou a capacidade de diálogo institucional entre o Congresso e a Justiça Eleitoral. 

 “Eles [presidentes da Câmara e do Senado] entenderam prontamente e conseguiram em tempo recorde aprovar uma emenda constitucional, que era indispensável para esse adiamento. Um pouco a prova de que, com o interesse público e bons argumentos, quase tudo é possível. Acho que nós estamos fazendo a conciliação possível e necessária entre a proteção da saúde da população e a realização desse rito democrático imprescindível que é a concretização das eleições”, disse Barroso, de acordo com o Estadão.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada no segundo turno da Câmara dos Deputados pelo placar de 407 votos contra 70. O adiamento das eleições foi em virtude da pandemia do coronavírus.

Com a aprovação, os dois turnos eleitorais, inicialmente previstos para os dias 4 e 25 de outubro, serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250321-barroso-diz-que-adiamento-das-eleicoes-demonstra-capacidade-de-dialogo-institucional.html

3 curiosidades sobre a Guerra de Independência na Bahia

Quadro de Antônio Parreiras, “O primeiro passo para a independência da Bahia”. (Imagem: Wikimedia Commons)

A proclamação da República foi mais difícil e violenta do que muitos imaginam, teve uma heroína mulher e não aconteceu em São Paulo

Uma ideia bem corrente entre os brasileiros é que a independência do Brasil foi tranquila: dom Pedro I gritou “Independência ou morte!” às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, ao que os portugueses deram de ombros e voltaram para Lisboa. Fácil assim, não é? Não, nada disso. A independência do Brasil só foi relativamente pacífica no Sudeste. Várias guerras eclodiram e perduraram até depois do grito do imperador – e disso os baianos entendem muito bem. Em 2 de julho de 1823, os brasileiros cantavam vitória sobre os portugueses em Salvador, depois de uma guerra que durou mais de um ano na Bahia. A data é tão importante que virou feriado regional.


Saiba três curiosidades sobre o conflito que ajudou a selar a liberdade brasileira perante a Coroa portuguesa:


Durou quase um ano a mais do que a proclamação “oficial”

… e começou bem antes. A origem da guerra vem de 1820, quando, durante a Revolução do Porto, os cidadãos portugueses começaram a exigir o retorno do rei dom João VI. Ele atendeu ao clamor e retornou a Portugal, deixando o filho Pedro como príncipe regente. Disso você já sabe. Mas, para reforçar o controle sobre a colônia – também uma exigência dos portugueses -, foram enviados novos comandantes militares, todos lusitanos, para diversas províncias, entre elas a Bahia, a que foi destinado o brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo.


A elite brasileira, dona de terras, não gostou de se ver novamente sob o domínio português. À chegada do novo comandante, seguiu-se uma batalha que durou três dias, com cerca de 300 mortos – inclusive, a abadessa idosa Joana Angélica, que morreu defendendo o seu convento. Após os três dias, as tropas de Madeira de Melo dominaram por definitivo a cidade, e os focos de resistência começaram a surgir no recôncavo baiano. Isso tudo começou no dia 18 de fevereiro de 1822. A vitória definitiva dos brasileiros só aconteceria quase um ano e meio depois, 10 meses após o grito de independência de dom Pedro I.


Durante a guerra, a Bahia teve duas capitais

Com Salvador tomada, não restou muito aos brasileiros a não ser o refúgio nas cidades vizinhas. Várias famílias, fugidas ou expulsas, entre eles senhores de engenho poderosos, começaram a articular o revide e a apoiar as pretensões do príncipe regente de garantir a autonomia brasileira. Para os portugueses, o cenário era favorável, tirando um detalhe: Salvador era incapaz de se manter sozinha. A capital, segunda maior cidade da colônia, era um grande centro militar e escoava muitos produtos para fora, mas dependia dos alimentos produzidos no interior para o abastecimento.

Disso vem um dos trunfos da vitória: a maior parte dos produtos fornecidos vinham do recôncavo baiano, cuja cidade mais importante, Cachoeira, era uma espécie de quartel-general que concentrava as forças rebeldes brasileiras. Por isso, costuma-se dizer que, naquele período, a Bahia teve duas capitais.

As tropas brasileiras eram compostas de homens livres, escravos e negros libertos, todos voluntários, já que, àquela época, o exército brasileiro era muito desorganizado. Além disso, o próprio dom Pedro contratou estrangeiros para auxiliar os rebeldes brasileiros – entre eles, o almirante Thomas Cochrane, que liderou as forças marítimas e foi figura decisiva na vitória baiana.


Sua heroína foi a militar Maria Quitéria

Após diversas batalhas, muitas delas envolvendo canhões e artilharia pesada, os brasileiros começaram a ganhar terreno, em 1823. Em uma delas, vencida pelos rebeldes, surgiu uma das lendas que envolvem a independência baiana: o corneteiro Luís Lopes, que deveria comunicar uma ordem de recuo, se confundiu e acabou emitindo o aviso de “avançar, degolar”. O engano teria apavorado os militares portugueses, que recuaram, imaginando que os inimigos esperavam reforços.

Em junho de 1823, com o apoio do almirante Cochrane, que rondava a cidade por mar, as frentes portuguesas ficaram totalmente acuadas, sendo atacadas por vários lados ao mesmo tempo. Na madrugada do dia 2 de julho, o brigadeiro Madeira de Melo fugiu de volta para Lisboa. Dentre o exército vitorioso, uma pessoa em especial se destacou até mesmo perante o novo imperador. A soldado Maria Quitéria abandonou o noivo, fugiu de casa e fingiu-se de homem para se alistar no quartel de Cachoeira. Por sua perícia no manejo das armas, foi notória em combate, derrotando e aprisionando vários soldados portugueses.  Ela tornou-se o símbolo da resistência baiana e foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro, oferecida em pessoa por dom Pedro I.

Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/3-curiosidades-sobre-a-guerra-de-independencia-na-bahia/

Vacina contra covid-19 será testada em SP e outros 5 estados

A potencial vacina contra covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac será testada no Brasil em 12 centros de pesquisa de seis Estados brasileiros, disse nesta quarta-feira, 1º, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acrescentando que o início dos ensaios clínicos no país começarão assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar os testes.

Os estudos serão liderados pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, e que assinou acordo com a companhia chinesa que inclui, além dos testes, a transferência de tecnologia para a produção local da vacina no Brasil, caso se mostre eficaz.

"Já foram definidos os 12 centros de pesquisa que farão os testes da vacina contra o coronavírus aqui no Brasil. E obviamente isso não será feito apenas em São Paulo", disse Doria, que reiterou que aguarda para esta semana um aval da Anvisa para os testes.

"Os testes, coordenados e liderados pelo Instituto Butantan, serão realizados com 9 mil voluntários em centros de pesquisa de seis Estados brasileiros --São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná", acrescentou.

Também presente na entrevista coletiva, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a candidata a vacina da Sinovac é uma das mais promissoras em estudo para prevenir a covid-19. Dimas Covas foi além e disse ter a opinião pessoal, que alegou ser baseada em evidência, de que se trata da vacina mais promissora sendo testada.O diretor do Butantan afirmou ainda que, em uma estimativa realista, é possível ter os resultados dos ensaios clínicos ainda neste ano.

Além da vacina da Sinovac, também está sendo testada no Brasil uma potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a mais avançada até o momento.

Esse estudo com a vacina de Oxford está sendo liderado no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Ministério da Saúde anunciou no fim de semana um acordo para produzi-la localmente, caso se mostre eficaz.

Na coletiva nesta quarta, Doria também apontou uma mudança na curva epidêmica em São Paulo e disse que a pandemia no Estado se aproxima de uma estabilização, o chamado platô, após uma queda no número semanal de mortos por covid-19.
"Fechamos o mês de junho na margem inferior da projeção de óbitos do comitê de saúde", disse Doria. "Pela primeira vez desde o início da pandemia tivemos um leve declínio na curva de vítimas fatais. É um dado importante, significativo, nos traz esperança", comemorou.

O governador procurou, ao mesmo tempo, evitar otimismo.

"Não quero ser otimista, mas também não quero ser pessimista. Quero ser realista. E a análise desses dados nos traz esperança de que São Paulo está chegando próximo do platô."
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/vacina-contra-covid-19-sera-testada-em-sp-e-outros-5-estados,6237391a86fdb110e2d54e3ac0888ae45n88vdiu.html

Câmara aprova em 1º turno texto-base da PEC que adia para novembro eleições deste ano



A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1), em primeiro turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que adia para novembro as eleições municipais deste ano em razão da pandemia do novo coronavírus. O texto, votado em sessão remota, foi aprovado por 402 votos a 90 (houve 4 abstenções).

Pelo calendário eleitoral, o primeiro turno está marcado para 4 de outubro, e o segundo, para 25 de outubro. A PEC adia o primeiro turno para 15 de novembro, e o segundo, para 29 de novembro.Como o texto já foi aprovado pelo Senado, seguirá para promulgação pelo Congresso se não for alterado pelos deputados.

Os deputados ainda precisam analisar os destaques, propostas que visam modificar a redação, para concluir a votação. Esta etapa não havia sido finalizada até a última atualização desta reportagem. Por se tratar de uma alteração constitucional, o texto será submetido ao segundo turno de votação na Câmara, o que deve acontecer ainda nesta quarta-feira.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há um consenso entre o tribunal e o Congresso de que as eleições devem ser adiadas, mas para este ano ainda. De acordo com a PEC, para as cidades que não tiverem condições sanitárias para realizar a votação em novembro, o plenário do TSE poderá definir novas datas para as eleições até a data-limite de 27 de dezembro de 2020, segundo o G1.

O texto define ainda que a decisão pode ser de ofício, isto é, por iniciativa do TSE, ou por questionamento dos presidentes dos tribunais regionais eleitorais (TREs). As autoridades sanitárias deverão ser consultadas.

Caso um estado inteiro não apresente condições sanitárias em novembro, um novo adiamento das eleições terá de ser definido por meio de decreto legislativo do Congresso. A data-limite também será 27 de dezembro de 2020.

Para o registro de candidaturas: O prazo atual é até 15 de agosto. Pelo texto, os partidos poderão solicitar à Justiça Eleitoral o registro dos candidatos até 26 de setembro. 

Sobre as convenções, o calendário eleitoral determina que as convenções dos partidos para a escolha de candidatos aconteçam entre 20 de julho e 5 de agosto. Pela PEC, o prazo passa a ser entre 31 de agosto e 16 de setembro e por meio virtual.


As propaganda serão impactadas pois a PEC ainda altera o trecho da legislação eleitoral que proíbe publicidade institucional nos três meses anteriores ao pleito. Pelo texto aprovado, as prefeituras poderão, no segundo semestre deste ano, fazer publicidade institucional de atos e campanhas dos órgãos públicos municipais destinados ao enfrentamento à pandemia do coronavírus e à orientação da população quanto a serviços públicos e a outros temas afetados pela pandemia. Eventuais condutas abusivas serão apuradas.


O calendário ficou dessa forma:

- A partir de 11 de agosto: as emissoras ficam proibidas de transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato, sob pena de cancelamento do registro do beneficiário; 

- Entre 31 de agosto e 16 de setembro: prazo para a realização das convenções para escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações;

- Até 26 de setembro: prazo para que os partidos e coligações solicitem à Justiça Eleitoral o registro de candidatos;

- Após 26 de setembro: prazo para início da propaganda eleitoral, também na internet;

- A partir de 26 de setembro: prazo para que a Justiça Eleitoral convoque partidos e representação das emissoras de rádio e TV para elaborarem plano de mídia;

- 27 de outubro: prazo para partidos políticos, coligações e candidatos divulgarem relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral), os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados;

- Até 15 de dezembro: para o encaminhamento à Justiça Eleitoral do conjunto das prestações de contas de campanha dos candidatos e dos partidos políticos, relativamente ao primeiro turno e, onde houver, ao segundo turno das eleições;

- Até 18 de dezembro: será realizada a diplomação dos candidatos eleitos em todo país, salvo nos casos em que as eleições ainda não tiverem sido realizadas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250300-camara-aprova-em-1-turno-texto-base-da-pec-que-adia-para-novembro-eleicoes-deste-ano.html

MEC lança protocolo para retorno às aulas em instituições federais

O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta quarta-feira (1º) um protocolo de biossegurança para retorno das aulas nas 69 universidades federais e 41 institutos federais do país. Esse protocolo traz diretrizes de distanciamento social coletivo em ambientes acadêmicos, além de medidas básicas de prevenção ao novo coronavírus.
O protocolo orienta, dentre outras coisas, o escalonamento das equipes, o trabalho remoto para funcionários do grupo de risco, o respeito ao distanciamento mínimo de 1,5 metro entre uma pessoa e outra e a aferição de temperatura de todos que entrarem nos prédios e nas salas.
O documento também traz orientações já comuns nos tempos atuais, como o uso constante de máscara e higienização das mãos, além de desinfecção com álcool em gel.
“O protocolo não é uma regra engessada, é uma diretriz para as instituições fazerem o retorno às aulas. Tem medidas protetivas individuais e coletivas, [para] salas de aula, laboratórios, transportes coletivos, atividades laborais, entre outros”, disse o secretário de Ensino Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, em entrevista coletiva realizada ontem(1º).
Segundo ele, as orientações são para minimizar os riscos de contaminação e garantir segurança necessária a estudantes, docentes e funcionários.
O protocolo completo pode ser acessado na página especial dedicada ao coronavírus no portal do MEC.
O documento foi elaborado por uma equipe do ministério composta por médicos, biólogos e sanitaristas, seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar de ser direcionado às instituições federais, o protocolo pode servir de guia também para instituições de ensino municipais e estaduais.
O ministério já se posicionou favorável ao retorno das aulas, desde que consideradas as recomendações do protocolo. “O desafio é o retorno às aulas e o ministério defende esse retorno. Os institutos e as universidades vão ter que conciliar ensino presencial e a distância”, disse o secretário executivo da pasta, Antônio Paulo Vogel.
O MEC, entretanto, não definiu uma data para o retorno das aulas presenciais. Segundo o secretário-executivo, essa decisão será de estados e municípios, de acordo com a realidade epidemiológica local. “Cada rede de ensino definirá suas datas, não tem como o Ministério da educação definir uma data de retorno”, disse Vogel.
FONTE: Agência Brasil
https://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/07/2020/mec-lanca-protocolo-para-retorno-as-aulas-em-instituicoes-federais

Embraer diversifica e entra no mercado de segurança cibernética



A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, entrou no mercado de segurança cibernética.

A empresa paulista passou a controlar a Tempest Serviços de Informática, líder do setor no país, em um negócio com valores não revelados.

Além disso, a Embraer comprou uma participação de R$ 20 milhões na Kryptus, empresa que fornece soluções de criptografia para as Forças Armadas brasileiras, entre outros.

A Atech, subsidiária de sistemas tecnológicos da Embraer, deverá coordenar os esforços das três empresas no mercado, que em 2019 movimentou US$ 1,5 bilhão (R$ 8,1 bilhões nesta terça, 30) no país.

"São empresas complementares", afirmou o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider.

O movimento vem na esteira da derrocada do acordo para a venda da área de aviação comercial da Embraer para a Boeing e o impacto da pandemia nos negócios do setor.

Schneider diz que o investimento na área de cibersegurança, o maior do gênero na América Latina, já estava previsto.

"Isso está no nosso DNA de inovação", afirmou, ressaltando contudo que a pandemia Covid-19 "vem acelerando tendências" no mundo todo.

"O trabalho será mais virtual, assim como os processos e ferramentas. É preciso atender a necessidade de segurança no tráfego de dados", diz.

Isso é bastante óbvio na área civil. Crimes cibernéticos contra instituições bancárias somam US$ 10 bilhões (R$ 54 bilhões) anuais no Brasil, segundo mercado para bandidos digitais depois da Rússia.

As aplicações em defesa são ainda mais amplas.

As demandas vão da criptografia de dados do sistema de fronteiras do Exército, já atendido pela Kryptus, a discussões sobre o uso de inteligência artificial e proteção de usinas elétricas e nucleares.

A Embraer também vê potencial de sinergia com o mercado que anda de mãos dadas ao de cibersegurança, o espacial. Afinal de contas, tudo passa por satélites.

A empresa tem uma subsidiária, a Visiona, que deverá lançar o primeiro nanossatélite de uma constelação nacional em 2021.

A Tempest foi aberta no Recife em 2001, tem 300 funcionários e 250 clientes no Brasil e no exterior -o grupo que edita a revista The Economist é um deles.

Ela já era apoiada pela Embraer por meio do Fundo de Participações Aeroespacial, que conta com o BNDES e a DesenvolveSP, entre outros.

"A robustez da Embraer vai nos ajudar a expandir essa missão para novos mercados", diz seu presidente, Lincoln Mattos, que manterá cargo e equipe.

Já o aporte na Kryptus, que além da área militar atende diversos setores, mira uma expansão internacional e será feito por meio do Fundo de Participações.

"Esse aporte chega em um momento de consolidação", diz o fundador da empresa, Roberto Gallo. A empresa já tem contratos com a Marinha do Peru e o Exército da Colômbia.

Schneider vê o mercado cibernético com estratégico. "Há incríveis movimentos geopolíticos, reestruturação de cadeias produtivas ocorrendo."

O fim do negócio da Embraer com a Boeing levou a especulações acerca do futuro -sua sobrevivência fora do duopólio produtivo global, dos americanos e dos europeus da Airbus, é questionada.

O presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, confirmou no mês passado que há interesse na busca de novos parceiros no mercado mundial.

As opções não são muitas, naturalmente, e analistas apostam na Comac, a estatal chinesa de aviação comercial que busca se posicionar no mercado.

A questão é que hoje uma parceria com a China coloca qualquer empresa de um lado da Guerra Fria 2.0 estabelecida entre Washington e Pequim.

Isso teria implicações importantes para os produtos de defesa da Embraer, o novo cargueiro C-390 Millennium à frente.

A reportagem questionou Schneider sobre isso. Diplomaticamente, ele disse que a Embraer está "absolutamente aberta para conversar" com parceiros externos.

"Mas nós respeitamos todos as limitações impostas por nossos fornecedores europeus e americanos na área de defesa", disse.

Assim, especificamente para a Embraer Defesa, "há países 'off-limits' [fora do limite de operação]".

Ele ressalta, contudo, que pela natureza dos negócios da empresa, "nada será diferente do que o Estado brasileiro" preconizar.

A Embraer, lembra, nasceu como uma estatal em 1969, e sua linha de defesa foi desenvolvida de acordo com necessidades da Força Aérea mesmo após a privatização de 1994.

O C-390 é um exemplo. Tendo recebido investimentos de desenvolvimento de R$ 5 bilhões do governo, o avião agora é uma realidade.

O terceiro de 28 encomendados, por R$ 7,2 bilhões, foi entregue à FAB nesta semana. As aeronaves estão ativas na operação de transporte de material e pessoal para o combate à Covid-19.

A primeira unidade a ser exportada, de cinco compradas por Portugal, teve produção inicial começada e deve ser entregue até 2023.

"Mesmo nessa crise, recebemos duas consultas bastante firmes de países interessados", disse, sem revelar os clientes potenciais.

A venda do C-390 e de sua versão com capacidade de reabastecer outras aeronaves, o KC-390, seria feita a partir de uma joint-venture com a Boeing.

Ela morreu com o negócio da área comercial, alvo de dura disputa em arbitragem entre as empresas -a Embraer acusa a Boeing de ter rompido o contrato devido à sua própria crise, enquanto americanos falam genericamente em cláusula não cumpridas pelos brasileiros.

O futuro de um acordo anterior, de campanhas de marketing no exterior do cargueiro, ainda não foi definido, mas parece improvável que ele siga em frente.

A área de defesa respondeu em 2019 por 14,2% da receita da Embraer, ante 40,8% da comercial, 25,6% da executiva e 19,4%, de serviços e outros.

Sob impacto da Covid-19 e da dissolução do acordo com a Boeing, a empresa registrou prejuízo de R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre deste ano.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/84049-embraer-diversifica-e-entra-no-mercado-de-seguranca-cibernetica.html

Entre Rios: Inema faz soltura de 30 carcarás em reserva; aves traziam risco para aviões



Cerca de 30 gaviões carcará foram devolvidos à natureza por técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e do Salvador Bahia Airport. As aves foral soltas na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, que fica em Entre Rios e Itanagra, no Litoral Norte baiano. Uma equipe de gerenciamento de fauna do aeroporto de Salvador resgatou as aves da área. Ficando ali, elas criavam situação de risco tantao para si e  como para as aeronaves, como informa a bióloga Havany Fontana, coordenadora da equipe de gerenciamento de fauna do aeroporto.

“Capturamos aves que podem colidir com as aeronaves e as transferimos para áreas mais seguras”, diz. Segundo ela, o gavião carcará é uma das espécies propensas a colisões com aviões no aeroporto de Salvador. Mas há ainda corujas, entre outros animais, inclusive terrestres, como tatus, serpentes e quero-queros que também são bastante comuns naquela região e igualmente resgatados em um trabalho que ocorre “de domingo a domingo”.

Em condições normais, o aeroporto de Salvador opera com uma média diária de 215 pousos e decolagens. Como resultado da implantação do plano de gerenciamento de fauna, em 2018, a equipe que atua no local catalogou mais de 200 espécies de aves na região e reduziu em 80% o número de colisões desses animais com aeronaves, preservando a biodiversidade e a segurança da aviação.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21597-entre-rios-inema-faz-soltura-de-30-carcaras-em-reserva-aves-traziam-risco-para-avioes.html

Mais de 900 escolas baianas aderem ao regime especial de atividades remotas; veja lista



O Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA), órgão colegiado responsável pela normatização das atividades curriculares, divulgou a lista das unidades de ensino do estado da Bahia que aderiram ao regime especial de atividades remotas, adotadas após a suspensão das atividades presenciais por conta da pandemia. A lista integra unidades de ensino da capital e do interior. 

A medida, que propõe aproveitamento de carga horária das atividades remotas aplicadas no período, foi adotada por 937 instituições de ensino, sendo 927 da educação básica e profissional, nove pertencentes às redes municipais e uma de ensino superior. 


De acordo com a Resolução Nº 27/2020, complementadas pela Resolução N° 37, de 18 de maio de 2020, as instituições que optarem pelo regime especial precisam encaminhar ao CEE-BA um comunicado oficial. No documento deve constar o modo como as atividades se darão, síntese das etapas do planejamento, especificação de material didático, entre outras informações. 

O presidente do CEE/BA, Paulo Gabriel Soledade Nacif, esclarece que a validação da carga horária trabalhada remotamente acontecerá pós-pandemia, com análise dos relatórios enviados pelas instituições. 
Clique aqui e veja lista completa. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250293-mais-de-900-escolas-baianas-aderem-ao-regime-especial-de-atividades-remotas-veja-lista.html

Escola Família Agrícola da Região de Alagoinhas no município de Inhambupe, Nte 18, única escola que aderem ao regime.

Turismo do Brasil só deve retomar patamar de 2019 em 2023



O mercado de turismo brasileiro deve retomr aos mesmos patamares de 2019 a partir de 2023, analisou David Goodger, do time de consultoria britânica da Oxford Economics. 

"A nossa divisão está realizando uma série de previsões para mapearmos o futuro do turismo no mundo, além das restrições de viagens, considerando a vontade do consumidor em voltar a viajar e os gastos não previstos. Infelizmente nós não teremos recuperação total do Brasil enquanto não houver uma flexibilização internacional [das viagens]", afirmou ao G1 o analista.

"Infelizmente a economia doméstica para o Brasil também não é positiva para 2020 de forma geral. Vemos grandes quedas na economia doméstica no momento, isso pode levar o Produto Interno Bruto (PIB) do país cair bastante. Nós não esperamos que o PIB volte aos níveis de 2019 até 2022", disse Goodger.

Questionado pela reportagem sobre as mudanças do cenário com a fabricação de uma vacina contra a Covid-19, Goodger mencionou que pode haver uma aceleração do processo de recuperação, que aconteceria a partir de 2021.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250292-turismo-do-brasil-so-deve-retomar-patamar-de-2019-em-2023.html

Falso médico dopava mulheres em clínica do Rio de Janeiro para estuprar, aponta polícia

Um falso médico é suspeito de dopar mulheres para cometer abusos sexuais dentro da sua clínica estética na Abolição, zona norte do Rio. Leonardo de Souza Pimentel, de 38 anos, foi preso temporariamente hoje à tarde quando estava no seu consultório. 

Três vítimas com idades entre 25 e 30 anos foram submetidas a exame de corpo de delito, que comprovaram o ato, diz a Polícia Civil. Leonardo irá responder por estupro de vulnerável, exercício ilegal da profissão e crimes contra a saúde pública, segundo o Uol.

Ele costumava abordar as vítimas na academia e até na rua para oferecer serviços estéticos, como preenchimento labial, botox e aplicação de silicone a preço de custo, aponta a investigação. 

O falso médico tinha um perfil no Instagram com mais de 12 mil seguidores, que ajudava a passar uma sensação de credibilidade. Lá, compartilhava fotos e stories de mulheres em procedimento estético. Na foto de perfil, posava de jaleco.

A clínica estética fica na Avenida Dom Hélder Câmara, uma das mais movimentadas da zona norte do Rio. Leonardo não tinha funcionários. Na clínica, só havia ele e as pacientes, diz a polícia. Entretanto, o caso veio à tona há duas semanas, quando uma das mulheres foi à 24ª DP (Piedade), delegacia que passou a investigar o caso após a denúncia.

Os investigadores, então, conseguiram identificar outras duas mulheres que relataram ter sofrido abusos. À polícia, elas disseram ter ficado entorpecidas após injeções aplicadas por Leonardo no consultório. E, mesmo sem conseguir reagir, disseram perceber que estavam sendo abusadas sexualmente durante o procedimento estético, que durava até 90 minutos. Uma delas falou ter desembolsado R$ 2,2 mil por serviços como preenchimento labial e aplicação de botox, em depoimento registrado na delegacia.

"Elas lembram de tudo, mas não conseguiam oferecer resistência. As vítimas não se conhecem, mas relatam que ele agiu da mesma forma com todas. Uma das mulheres se referiu a ele como o Doutor Bumbum da Abolição. Temos a convicção de que há outras vítimas", disse Alessandro Petralanda, delegado da 24ª DP.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na clínica e na casa do falso médico, que é casado. Durante a ação, os policiais apreenderam substâncias possivelmente usadas nas pacientes, que serão submetidas à perícia.

Veja o consultório:
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250302-falso-medico-dopava-mulheres-em-clinica-do-rio-de-janeiro-para-estuprar-aponta-policia.html