sábado, 9 de maio de 2020

Educação: entenda como serão o novo Saeb e o Enem Seriado

A partir do ano que vem, estudantes do 1º ano do ensino médio de todas as escolas do país, públicas e privadas, farão a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seriado. A nota, junto com o desempenho obtido posteriormente pelos estudantes no 2º e 3º ano, poderá ser usada para ingressar no ensino superior. 
O exame foi criado esta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A autarquia tornou o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) anual. A prova, que atualmente é aplicada de dois em dois anos a estudantes do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, passará a ser feita por todos os estudantes do país, de todas as séries, a partir do 2º ano do ensino fundamental. 
O novo Saeb, será implementado aos poucos. O 1º ano do ensino médio será o primeiro a ser incorporado, em 2021. O Inep pretende também usar os resultados do exame não apenas para verificar a qualidade das escolas, como é feito hoje, mas para possibilitar o ingresso em universidades. Por causa da nova função, o Saeb aplicado aos estudantes do ensino médio ganhará um nome, Enem seriado. 
Nessa etapa, a prova será digital, feita em tablets, que serão distribuídos pelo Ministério da Educação. O conteúdo do Enem seriado deverá estar organizado de maneira semelhante ao Enem tradicional, em quatro áreas de conhecimento: matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas. Será usado o mesmo método de correção, chamado  teoria de resposta ao item (TRI)
Agência Brasil conversou com o presidente do Inep, Alexandre Lopes, sobre as mudanças que foram anunciadas e sobre como serão as novas provas. Segundo ele, como a avaliação vai ser implementada aos poucos, apenas em 2024 os estudantes que ingressarem no ano que vem no ensino médio poderão usar as notas para concorrer a vagas na universidade. 

Leia abaixo os principais trechos da entrevista: 

Agência Brasil: Por que o Inep decidiu tornar o Saeb anual? 
Alexandre Lopes: A gente quer mudar o enfoque, o objetivo agora é chegar na escola. O Saeb anterior era avaliação de sistema, que ocorria a cada dois anos. Só nos anos finais. Era uma coleta de informações. Agora, queremos fazer essa avaliação, mas o nosso objetivo maior é dar informação ao professor, à família, à escola, em tempo hábil, para que eles possam fazer as intervenções pedagógicas mais rápido. A família vai saber que o filho fará a prova todo ano e receberá o boletim, vai saber o que está acontecendo com o aluno e poderá comparar o que está ocorrendo com o seu filho, com as demais escolas do município e do Brasil inteiro. O que a gente quer? Que a família participe mais do dia a dia da vida da escola.

O professor também [terá mais informações]. Ele vai saber como recebe o aluno e como entrega no fim do ano. Com isso, poderá fazer uma autoavaliação de como estão as aulas dele e procurar melhorar. Por isso, a gente precisa fazer a prova de todos os anos e para todos os alunos. 
Esse é o objetivo da avaliação externa. Ter uma avaliação padronizada, comparada com outras escolas, outros estados e com o Brasil inteiro. Como a gente usa a TRI, as provas são comparáveis ano a ano, a escala é a mesma. O diretor vai saber se aquelas medidas que adotam na escola estão, ano a ano, melhorando. Em vez de ter de esperar os resultados, agora, todo ano, o professor terá uma avaliação dos seus alunos. 
Agência Brasil: Hoje o Saeb avalia os conhecimentos em português e matemática. Mais recentemente, foram aplicadas, em forma de amostra, questões de ciências. O que será cobrado nessa nova prova? 
Alexandre Lopes: Competências e habilidades. São as áreas de conhecimento que estão previstas na BNCC [Base Nacional Comum Curricular] A partir dessa base, vamos gerar as matrizes de provas e produzir os itens.  A gente quer aproximar o modelo de avaliação daquilo que existe no exterior, como, por exemplo, o Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]. Os itens do Pisa são mais sofisticados. Isso é que queremos levar para a nossa avaliação. [Queremos] melhorar a qualidade dos itens de prova que fazemos. Como a prova é digital [no ensino médio], então, a gente vai poder começar a fazer itens mais sofisticados, para aferir os conhecimentos dos alunos em relação às competências e habilidades que estão previstas. 

As provas serão por área de conhecimento, como no Enem, que tem ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática. Essa avaliação tem que ser utilizada por todos os professores, não somente de português e matemática. Tem que ser utilizada também pelos de química, física, história, geografia, etc [disciplinas], que compõem essas áreas do conhecimento.  
Agência Brasil: Haverá metas de aprendizagem? Atualmente, o Saeb é usado para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é o mais importante indicador escolar de qualidade da educação. Hoje, há metas previstas para esse índice. Como será com o novo Saeb?
Alexandre Lopes: O programa de metas termina em 2024. Ano que vem é o último ano de aplicação do Saeb tradicional. É o momento da sociedade repactuar as metas de ensino. O que estamos mostrando para a sociedade é que o sistema de avaliação vai mudar. O que vai ser avaliado agora é diferente. É um passo de cada vez. A partir da definição do modelo de avaliação, a gente vai passar a discutir - e esse é um trabalho mais até do MEC, e talvez do Inep, junto com a sociedade - uma repactuação com a sociedade. Onde queremos chegar nos próximos dez, 20 anos? [Serão] novas metas, com o indicador que vai ser revisitado. 

Agência Brasil: Como será implementado o novo Saeb?
Alexandre Lopes: Ano que vem começa no 1º ano do ensino médio. Em 2021, a gente vai ter a aplicação do Saeb tradicional, da maneira como já e feito, no 2º ano, 5º ano e 9º ano do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio, em papel, normal. Não vamos mudar isso. Vamos acrescentar o 1º ano do ensino médio. No ano que vem, todos os alunos das escolas públicas e privadas do 1º ano do ensino médio vão fazer o novo Saeb em tablet. Em meio digital. 

A partir do momento que entra um ano, ele não sai mais, então em 2021 entra o 1º ano do ensino médio. Em 2022, 2023, 2024, etc, vai ter sempre aplicação para o 1º ano. Em 2022, entra o 2º ano e, em 2023, o 3º. Vamos também implementar [o novo Saeb] no ensino fundamental.
Temos um cronograma, mas por causa da substituição que houve no MEC, com a nova secretária de Educação Básica, Ilona Becskeházy, vou revalidar o cronograma para ver se ela está de acordo. Preciso conversar para saber se a ordem de implementação no ensino fundamental atende às necessidades da nova secretária. 
Agência Brasil: Sabemos que nem todas as escolas possuem tablets, como será o acesso à avaliação?
Alexandre Lopes: Nós vamos fornecer os equipamentos. O modelo de aplicação não é um modelo do Enem, que o aluno vai em um fim de semana a um local de prova e faz o exame. O modelo de aplicação é um modelo Saeb, que é o mais barato que temos. Levamos o equipamento para a escola, o aluno faz prova na própria escola ao longo de várias semanas. Então, o mesmo equipamento é utilizado por vários alunos.

Agência Brasil: Em termos de números, vamos passar de quantos alunos que fazem hoje o Saeb para quantos fazendo a nova avaliação? 
Alexandre Lopes: Vão ser todos os alunos das escolas públicas e privadas. Do 2º ano do fundamental ao 3º do médio, totalizando 35 milhões de alunos. No ano passado, o Saeb foi aplicado para 6 milhões. 

Agência Brasil: Para ampliar a avaliação serão necessárias mais questões e, para isso, imagino, a publicação de editais para convocar professores para a elaboração. Como o Inep está se organizando? Como fica o orçamento da autarquia?
Alexandre Lopes: Para este ano, de 2020, não precisamos de nenhum recurso adicional. O orçamento do Inep é suficiente para a execução das atividades preparatórias do novo Saeb. Precisamos apenas para a aplicação da prova no ano que vem. Então, vamos pedir orçamento para 2021. A gente vai começar a conversar com o Ministério da Economia para, primeiro, reconhecer que o quadro de servidores do Inep é formado de carreiras típicas de Estado. Fazemos o Enem, calculamos o Ideb, fazemos o Censo, o Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes], avaliações in loco nas instituições de ensino superior, nós fazemos publicações. As atividades do Inep são estratégicas, cruciais para a educação brasileira. Segundo ponto, é preciso que a gente faça concurso público para o Inep. Eu sei que é difícil, é demorado, mas a gente vai começar a conversar com o Ministério da Economia sobre isso porque o que dá base, o que dá continuidade a esse trabalho, são os servidores do Inep. Não dá para fazer com servidores externos. Então, precisamos fazer um concurso.

Mas não é um trabalho para ser feito só com os servidores. Não preciso fazer um concurso público grande, enorme, não é esse o objetivo. Nós vamos fazer, que a lei permite, é trazer servidores dos estados e municípios, cedidos, temporariamente, como prevê a legislação, com salário pago na origem, pelo ente que está cedendo. Eles virão aqui construir junto com a gente esse novo Saeb. Vamos capacitar esses professores na produção de itens, com a TRI, e eles vão ajudar a produzir esses itens. Depois, voltam para seus estados e municípios como multiplicadores do conhecimento que adquiriram aqui. 

Agência Brasil: Esses professores serão, então, os responsáveis pela elaboração de todos os itens? 
Alexandre Lopes: Eles vão trabalhar junto com a nossa equipe, sob supervisão dos servidores do Inep, na produção de itens, na logística de aplicação, nos vários serviços que compõem a elaboração do novo Saeb. 

Agência Brasil: Quanto precisará ser investido? 
Alexandre Lopes: O custo estimado para a realização dessa prova no 1º ano do ensino médio é de R$ 300 milhões. Mas é importante entender que o custo é decrescente no tempo. Por que isso? Vamos aplicar em 2021 para os 2,7 milhões de alunos que existem no 1º ano do ensino médio. Em 2022, quando formos aplicar para o 2º ano, não serão R$ 600 milhões porque já estarei com os equipamentos na escola, com aplicadores na escola. Não vou precisar dobrar a quantidade de equipamentos.

Depois que implementar do 2º do fundamental ao 3º do médio e tiver todos os equipamentos, o custo passa a ser só de manutenção e reposição. O custo passa a ser de aplicação, não tem mais investimento. Nesses anos de implementação, há custo de investimento, de garantia de equipamentos. O custo é decrescente, começa mais alto porque há investimento, e depois é decrescente. Há aproveitamento de equipamentos e pessoal. 
Agência Brasil: Em relação ao ensino médio, como o Enem seriado vai ser usado para o ingresso no ensino superior? 
Alexandre Lopes: O Enem seriado é a prova do Saeb aplicada no ensino médio. Não é uma prova a mais. Com o resultado do 1º, 2º e 3º ano, vamos construir uma nota, uma proficiência. Com essa nota, o aluno vai se candidatar a instituições de ensino superior. São vagas diferentes. A nota não vai ser comparada à nota do Enem. Você terá um percentual de vagas reservado para o Enem tradicional e um percentual para o Enem seriado. Será mais uma opção de acesso à faculdade. Esse processo de avaliação seriada existe em alguns lugares, como Brasília [como forma de ingresso na Universidade de Brasília (UnB)] e Pernambuco [na Universidade de Pernambuco (UPE)]. Mas, isso não está disponível para todos os alunos do país. Com o Enem seriado, estamos levando essa possibilidade de o jovem usar notas do 1º, 2º e 3º ano para todo o Brasil. Esse é o diferencial. É uma forma de inclusão, é algo a mais.

Agência Brasil: Quando o Enem seriado começa a valer para ingressar no ensino superior?
Alexandre Lopes: [O Enem seriado] começa no ano que vem, esses alunos vão concorrer a vaga nas universidades em 2024. Farão as provas no 1º, 2º e 3º anos, receberão um conceito e, com ele, vão concorrer a vagas. Como a prova é feita no fim do ano, eles farão em 2023 e concorrerão [a vagas em universidades] em 2024. Se tiverem um bom conceito poderão entrar direto na faculdade. Podem também fazer o Enem. O Enem [tradicional] permanece, não existe previsão de acabar com o Enem. 

Agência Brasil: Uma das discussões em relação a qualquer tipo de avaliação em educação é o que de fato ela é capaz de medir e de que forma influencia no que é ensinado em sala de aula. Isso porque, uma vez que todos os alunos fazem uma prova no fim do ano e essa prova serve para medir o aprendizado, as escolas tendem a ensinar os estudantes a fazer essa avaliação. O conteúdo todo se volta para a prova. Como o Inep vê essa questão? 
Alexandre Lopes: A gente só conhece aquilo que sabe medir. O que a gente não mede, não conhece. Existe hoje um desconhecimento muito grande, principalmente por parte da família, do que acontece na escola, então, o que estamos fazendo é levando informações e conhecimento para propiciar maior interação entre a família e a escola. Estamos levando uma informação para o professor, para o diretor, oferecendo informação. Estamos oferecendo uma coisa que muitas pessoas querem e não têm - um conjunto de informações que poderá ajudar na aula, ajudar os diretores. Eu acredito no aspecto positivo da avaliação externa. Entendo, conheço esses posicionamentos, mas acho que, para o Brasil de hoje, é importante que se conheça um pouco mais a realidade das escolas para que as medidas, as intervenções pedagógicas, sejam realmente eficientes. Acho que é importante ter esse papel da avaliação externa. Pode ser que daqui a 20, 30 anos, essa realidade seja diferente. Para o Brasil de hoje, nós entendemos que é importante.          

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-05/educacao-entenda-como-serao-o-novo-saeb-e-o-enem-seriado

Mundo tem 3,8 milhões de casos de covid-19; Brasil é 6º em mortes

O acumulado de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em todo o mundo chegou a 3,8 milhões. O balanço foi divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje (9), com dados até a manhã deste sábado (10). Há uma semana eram 3,2 milhões de casos, o que representa um aumento de 20%. Há um mês, havia 1,43 milhão de casos. Em 30 dias, o acréscimo foi de 265%.
As mortes chegaram a 265,8 mil em todo o planeta. Há uma semana, eram registrados 230,1 mil óbitos. Em sete dias, o crescimento foi de 15%. Há um mês, a OMS anunciava 85,7 mil mortes. De lá até agora, o índice mais do que triplicou.
A pandemia está concentrada sobretudo na Europa e nas Américas. O primeiro continente concentra 1,68 milhão de casos confirmados. Já a segunda região reúne 1,63 milhão de pessoas infectadas. Em seguida vêm a área definida como Mediterrâneo, com 246 mil, o Pacífico do Oeste, com 158 mil, o Sudeste Asiático, com 90,8 mil, e a África, com 40,5 mil.

Brasil

O Brasil assumiu a 6ª colocação em número de mortes, com 9,14 mil. O país só fica atrás da França (26,18 mil), Espanha (26,25 mil), Itália (30,2 mil), Reino Unido (31,24 mil) e Estados Unidos (69,88 mil).
Em relação ao número de casos confirmados, o Brasil ocupa a 9ª posição no ranking mundial da OMS, com 135,1 mil. Acima do país estão Turquia (135,56 mil), França (136,57 mil), Alemanha (168,55 mil), Rússia (198,67 mil), Reino Unido (211,36 mil), Itália (217,18 mil), Espanha (222,85 mil) e Estados Unidos (1,24 milhão).
*Com informações do site da OMS
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-05/mundo-tem-38-mi-casos-de-covid-19-brasil-e-6o-em-mortes

Globo exibirá primeira vitória de Senna no Brasil no domingo



Apresentador e narrador do Grupo Globo, Galvão Bueno usou sua conta no Instagram nesta sexta-feira (8) para anunciar a transmissão do Grande Prêmio de Interlagos de 1991, corrida que rendeu a Ayrton Senna a primeira vitória em solo brasileiro, durante o Esporte Espetacular no próximo domingo (10).

Galvão publicou um vídeo com cenas marcantes da prova e trechos da transmissão original, narrada por ele próprio. O vídeo também traz, em texto, detalhes marcantes da prova, como o fato de que Senna completou a corrida com o carro quebrado e fisicamente esgotado, além de enfrentar uma forte chuva.

"Vamos reviver uma das corridas mais épicas da carreira de Ayrton Senna. É neste domingo, no Esporte Espetacular", escreveu Galvão na legenda.

Dirigindo uma McLaren, Ayrton Senna venceu a prova mesmo com a maior parte do câmbio do carro danificado e vendo a aproximação de Ricardo Patrese e de Gehrard Berger nas últimas voltas.

Além de ter a vitória do piloto brasileiro no GP do Brasil pela primeira vez, 1991 ficou marcado como o ano do terceiro --e último-- título da carreira de Ayrton Senna.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78576-globo-exibira-primeira-vitoria-de-senna-no-brasil-no-domingo.html

Aplicativo para monitorar coronavírus na Bahia ganha versão para iOS



Os usuários da plataforma iOS já podem utilizar o aplicativo “Monitora”, do governo da Bahia e do Consórcio Nordeste, que possibilita o registro de informações de pessoas com suspeita da Covid-19, viabilizando o atendimento remoto, monitoramento e acompanhamento dos cidadãos. O app já existia desde o mês passado no sistema Android.

“Vamos monitorar, em toda a Bahia e os outros estados do Nordeste vão fazer o mesmo, onde estão os casos suspeitos e quem apresenta sintomas. Além disso, vamos tirar as dúvidas das pessoas sobre a doença e as medidas tomadas pelo governo para combater o novo coronavírus. Nós queremos georeferenciar os casos na Bahia e em Salvador. Saber em que bairro ou em que cidade estão aparecendo mais casos, de modo a ter uma demonstração visual da realidade da doença em todo o território estadual”, disse o governador Rui Costa (PT).

O internauta poderá acessar informações, além de ter o acompanhamento do seu estado de saúde. Também serão solicitadas informações sobre a sua saúde e, caso seja identificado o risco, um médico entrará em contato em até 24 horas, pelo celular, orientando as medidas para o autocuidado, que devem ser adotadas no próprio domicílio, evitando que o paciente se dirija a uma unidade de saúde e se exponha sem que haja a real necessidade. Caso seja indicado, o médico informará qual o serviço de referência mais próximo. 

O aplicativo foi desenvolvido pelas secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Saúde (Sesab), em parceria com a FESF-SUS. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248104-aplicativo-para-monitorar-coronavirus-na-bahia-ganha-versao-para-ios.html

Brasil é exceção no mundo com Enem durante pandemia



A insistência do governo Jair Bolsonaro em manter as datas do Enem, apesar da pandemia do novo coronavírus e do fechamento de escolas, vai na contramão do ocorre no resto do mundo.

A maioria dos países adiou exames de acesso à universidade, como é o caso do Enem. Só 5 países de 19 com provas similares, mantiveram o cronograma, segundo levantamento do Instituto Unibanco.

A preocupação com a manutenção do Enem envolve o risco de agravamento das desigualdades educacionais. Todas as redes estaduais de ensino, que concentram mais de 80% dos alunos de ensino médio no país, interromperam aulas. Como estudantes mais pobres enfrentam maiores dificuldades para estudar com as escolas fechadas, terão menores chances no Enem.

O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior no país. A aplicação em papel está prevista para os dias 1º e 8 de novembro, e as digitais, para 22 e 29 de novembro. Com datas mantidas, as inscrições abrem na segunda-feira (11) e vão até 22 de maio.

De 19 países com exames de acesso à universidade similares ao Enem, dez já adiaram ou cancelaram suas provas: China, EUA, Espanha, Irlanda, Malásia, Polônia, Rússia, Singapura, Gana e Colômbia (para partes das escolas, na região norte). A prova foi substituída por outra forma de avaliação na França e Reino Unido e a situação segue indefinida na Finlândia e na Itália.

Apesar de cada país ter calendário escolar e panorama da doença diversos, a perda de aulas por causa do fechamento de escolas --e o prejuízo dos alunos-- está no centro das preocupações da maioria.

Os EUA, por exemplo, mudaram o cronograma do SAT (teste de aptidão escolar) e algumas universidades retiraram a exigência do exame. Na China, o Gaokao --maior exame de admissão do mundo-- foi adiado por um mês e será realizado em julho.

É a primeira vez desde 1977 que essa prova é adiada nacionalmente. Já a decisão para uma nova data do exame russo só será tomada após o fim do recesso escolar de maio.

Alemanha, Japão e a Colômbia (para parte das escolas, do sul do país) mantiveram as provas. Também houve manutenção no Chile e no Egito, mas os exames nesses países terão adaptações para exigir apenas conteúdos de anos anteriores ou já abordados antes do fechamento das escolas.

Por aqui, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, contraria sugestões de secretários de Educação pelo adiamento e politiza o tema.

O superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, afirma que a perda de aulas tem maior impacto para estudantes mais pobres, mas impacta também os outros.

"A programação da vida escolar tem como ápice esse momento, que agora está desestruturado em termos objetivos [de aprendizado] e subjetivos [emocional]. E a capacidade de compensar esse choque é muito menor na população mais vulnerável", diz.

Henriques ressalta que manter o Enem não é uma decisão isolada do MEC, mas mantém coerência com "certa síndrome do negacionismo que assola o governo". O presidente Jair Bolsonaro tem minimizado os efeitos da pandemia, a quantidade de mortes, e defende o relaxamento da quarentena e volta das aulas.

Segundo Henriques, o MEC abriu mão da capacidade e obrigação de articulação com universidades e redes de educação básica para que houvesse, por exemplo, um novo arranjo de calendário de provas ou outras formas de ingresso no ensino superior.

"Por incompetência da gestão da crise, só estudantes estão pagando", afirma.

Weintraub tem se esforçado, em postagens pelas redes sociais, em dar cores ideológicas para a pressão pelo adiamento do Enem. "Políticos de esquerda querem 'adiar' o Enem, que será lá em novembro. Adiar para março? Abril? Na prática, perde-se o ano", escreveu ele em 4 de maio em sua conta no Twitter.

Em reunião com senadores na última terça-feira (5), o ministro disse não ver motivos para alterar a data da prova e afirmou que o exame não foi feito para corrigir injustiças.

O Consed (órgão que representa os secretários estaduais de Educação) têm insistido com a revisão do cronograma do exame. O Conselho Nacional de Educação sugeriu em parecer que a definição de cronogramas de avaliações considere o período de interrupção de aulas.

A Justiça paulista chegou a determinar adiamento, mas a decisão foi revertida. O TCU (Tribunal de Contas da União) também analisa o tema.

Há na Câmara projeto de decreto legislativo para suspender o edital do Enem. "A pandemia já aprofunda o fosso da desigualdade educacional e o MEC vive uma alienação profunda e se nega a aceitar essa realidade", diz o deputado Israel Batista (PV-DF), secretário-geral da Frente Parlamentar Mista de Educação.

O deputado e outros co-autores buscam assinaturas para dar urgência ao projeto, mas a aproximação de Bolsonaro com partidos do centrão tem sido um obstáculo. "Essa não é uma questão partidária", diz.

Procurado, o MEC não respondeu aos questionamentos da reportagem.

O levantamento do Instituto Unibanco ainda mostra que, de 27 países analisados, 14 alteraram as datas, cancelaram ou substituíram exames regulares ou provas de conclusão de ensino fundamental ou médio.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78580-brasil-e-excecao-no-mundo-com-enem-durante-pandemia.html

Bolsonaro cancela churrasco deste sábado no Palácio da Alvorada



O presidente Jair Bolsonaro desistiu da ideia de fazer um churrasco no Palácio da Alvorada neste sábado (9). 

Aliados do presidente ouvidos reservadamente pelo jornal Folha de S.Paulo, comunicaram que Bolsonaro decidiu cancelar na sexta-feira (8) o convite que havia sido feito a ministros e outros integrantes do governo. Não foi apresentado uma justificativa oficial, mas eles dizem acreditar que a grande repercussão negativa pesou para a decisão.

No mesmo dia que anunciou o evento, o Brasil registrou 10 mil mortos por conta do coronavírus. 

Na sexta-feira (8), o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, fez piada quando questionado se haveria o churrasco neste sábado e reclamou, ainda em tom de brincadeira, do valor da vaquinha para a compra das carnes.

"O presidente ainda não falou comigo sobre churrasco, e está caro. R$ 70 tá muito caro", disse Mourão no fim da tarde de sexta-feira, após deixar uma reunião com Bolsonaro e outros ministros no Ministério da Defesa.

Logo depois desta fala, Bolsonaro também falou sobre o churrasco ao parar para falar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.

No mesmo dia em que o país registrou recorde de mortes em 24 horas pelo coronavírus, Bolsonaro fez ironias sobre a realização de um churrasco na residência oficial e chegou a falar em 3.000 convidados em conversa com apoiadores. 

Inicialmente, o presidente havia comunicado que faria um churrasco apenas com a presença de sua equipe ministerial, cerca de 30 pessoas, o que foi criticado por deputados e senadores por desobedecer as recomendações das autoridades de saúde.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248110-bolsonaro-cancela-churrasco-deste-sabado-no-palacio-da-alvorada.html

Repórter da Globo é alvo de racismo ao usar máscara contra coronavírus



O repórter Manoel Soares, 40, relatou ao vivo no programa É De Casa (Globo), na manhã deste sábado (9), que sofreu uma situação de racismo nas redes sociais.

O jornalista teve uma foto sua divulgada na web, na qual ele usa uma máscara para se proteger do coronavírus enquanto faz uma reportagem, e um internauta comentou: "Esse preto de máscara. Assalto?".

Junto a um advogado, o repórter falou sobre situações corriqueiras de racismo na internet, e disse que é importante que as pessoas salvem a tela ("deem print") com as ofensas, que serve como prova contra o crime.

Soares, por sua vez, diz que lida com essas situações olhando para o lado positivo de sua vida. "A gente encontra uma pessoa preconceituosa e centenas de outras pessoas que nos fazem bem. Eu tomei a decisão de olhar pro lado que me faz bem. Não vou dar audiência pra pessoas que não valem a pena", disse Soares. "Não deixe que o racismo paute a vida".

Ao final da reportagem, um dos apresentadores do programa, Zeca Camargo, disse que "essa batalha contra a ignorância é tão forte e tão grave quanto essa do coronavírus".


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78585-reporter-da-globo-e-alvo-de-racismo-ao-usar-mascara-contra-coronavirus.html

O que os gatos têm realmente a ver com o coronavírus?

A crise do novo coronavírus parece atingir todos os universos e não seria diferente com o mundo animal. Afinal de contas, diariamente saem, em todas as mídias, “notícias” de tratamentos mirabolantes contra a Covid-19, bem como receitas mágicas de como não se infectar. No meio de muita informação séria, as fake news se espalham e confundem uma população cada vez mais sensível e em pânico. E tudo isso em pouquíssimos meses: o que, na dinâmica da ciência, é um curto tempo para tantas perguntas e respostas.
E o que o mundo animal tem a ver com isso? Entre tanta informação, logo se supôs que, se o coronavírus se originou de animais na China, por que, então, cães e gatos, tão próximos do ser humano, não poderiam adoecer e participar da transmissão do agente infeccioso? Bastou uma hipótese não confirmada para o pânico se generalizar.
Mas, mesmo antes de se ter uma resposta acadêmica sobre essa possibilidade, uma simples observação nos ajudaria a entender melhor as coisas. Se cães e gatos adoecessem com a Covid-19, não seria óbvio que hospitais veterinários no mundo todo — principalmente na China e na Europa e, mais recentemente, nos Estados Unidos — estivessem abarrotados de pets internados? Só essa observação nos ajudaria a imaginar que os animais de estimação não enfrentam uma doença tão grave como os seres humanos.
Com o desenrolar da pandemia, porém, sugiram relatos isolados de quatro cães e um gato na China e outro felino na Bélgica que testaram positivos para o Sars-CoV-2. Todos tiveram contato com o vírus de tutores que também testaram positivo. Como os veterinários e cientistas enxergam isso? Ora, que os pets contraíram o vírus simplesmente pela convivência com donos infectados.
Mas adquirir a doença ou mesmo passar a transmitir o patógeno… Aí já é outro negócio. Primeiro porque nenhum desses animais apresentou sintomas clássicos de Covid-19. No entanto, em função dessas observações, duas entidades veterinárias internacionais de respeito (a WSAVA e a AVMA) têm sido claras em suas recomendações: pessoas com o diagnóstico do novo coronavírus devem evitar manusear seus pets sem proteção e, de preferência,  devem evitar o contato com eles.
A precaução se faz necessária porque estamos diante de uma doença nova, com meses de evolução pelo mundo. Até que todas as evidências sejam coletadas, convém proteger os animais de estimação da exposição ao vírus. O fato de alguns poucos bichos, em meio a tantos humanos, testarem positivo indica que pode haver contato mas não há sintomas nem complicações como as observadas em humanos.
E o principal: em todos esses casos não se viu transmissão dos pets para os tutores. E, sim, o contrário!

Os gatos no centro das preocupações
Pois bem, em meio à tanta discussão e novidade, saíram dois trabalhos científicos com felinos: um em fase de pré-publicação (o que significa que ainda não foi revisado e avaliado por especialistas da área) e outro divulgado na conceituada revista técnica Science.
No primeiro trabalho, os estudiosos testaram 102 gatos da província de Wuhan, na China (onde tudo começou), e descobriram que 15 deles tinham anticorpos contra o novo coronavírus. O que isso quer dizer? Quer dizer que esses gatos entraram em contato com o vírus, que possivelmente infectou os animais e eles desenvolveram uma resposta imunológica com a produção de anticorpos. Não quer dizer que esses felinos ficaram doentes tampouco que poderiam transmitir a doença a humanos.
Mas a pesquisa da Science, devidamente analisada por cientistas independentes, aponta que gatos e ferrets (ou furões) podem ser infectados pelo Sars-CoV-2 mais facilmente, ao contrário de cães, porcos, frangos e patos. O experimento chegou a essa conclusão após se inocular o vírus em ambiente de laboratório nesses animais. No caso dos gatos, os pesquisadores colocaram animais saudáveis ao lado da gaiola de felinos que foram infectados.
No entanto, é importante reforçar que não tem como dizer que o mesmo possa ocorrer em um domínio de infecção natural, isto é, no ambiente em que vivemos. A carga viral no ambiente pode ser totalmente diferente daquela mimetizada em laboratório.
Com a doença expandindo-se nos Estados Unidos e tendo como epicentro a cidade de Nova York, já saíram relatos de um tigre e outros felinos selvagens do zoológico da cidade com sintomas respiratórios leves após contato com um tratador que tinha histórico assintomático de Covid-19. Os veterinários então colheram amostras de um tigre e deu positivo para os Sars-CoV-2, como mostra essa matéria de VEJA. Os demais animais não foram testados e permanecem em observação e tratamento, todos com evolução favorável do quadro.
E, de novo, o que isso tem a nos dizer? Basicamente que esses felinos selvagens entraram em contato com o vírus. Tudo leva a crer que os casos são brandos e não há risco de complicações como as observadas em humanos. Enfatizo: são milhões de seres humanos infectados, milhares de casos graves com pessoas entubadas e milhares de mortes mundo afora.
A situação é completamente diferente no mundo animal. Não há evidência científica de que pets ou mesmo felinos selvagens adquiram a doença clássica. No caso dos animais domésticos isso é ainda mais claro. E, mais uma vez, os bichos pegam o vírus de seres humanos — e não o contrário!
Ok, mas por que parece que os felinos têm maior propensão a essa infecção viral? A explicação não é nova para os cientistas. Ao contaminar os seres humanos, o novo coronavírus utiliza um receptor denominado ECA2 para entrar na célula. O que se sabe é que os felinos possuem um receptor ECA2 muito semelhante ao dos humanos e diferente daquele dos cães.
Portanto, teoricamente seria esperado que os felinos pudessem ser mais suscetíveis a uma infecção quando comparados aos cachorros, por exemplo. E muito provavelmente essa é a razão de podermos observar gatos com anticorpos para o Sars- CoV-2 na China.
No meio de tantas dúvidas em relação aos pets, um importante laboratório veterinário americano testou para coronavírus milhares de amostras de cães e gatos com sintomas respiratórios. Todas as amostras foram negativas!  Mais uma evidência de que os animais com sintomas respiratórios nas clínicas veterinárias devem ser testados prioritariamente para outros agentes infecciosos comuns a essas espécies. O laboratório não oferece comercialmente a testagem e continua a monitorar as amostras dos pacientes veterinários.

As orientações na prática

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina Veterinária, a exemplo de outras entidades, divulgou uma nota em seu site esclarecendo que, até o momento, não existe necessidade de testar indiscriminadamente os pets para pesquisar a Covid-19.
O que sabemos por ora, e o que vem sendo orientado por instituições como a WSAVA e a AVMA, é que, por enquanto, não existem provas de que os cães e gatos possam transmitir o vírus ou adoecer gravemente com ele. Os poucos casos positivos surgiram do contato com humanos e ou não tiveram sintomas ou apenas um quadro autolimitado.
Repito: a doença é nova e precisamos constantemente monitorar a situação e nos atualizarmos com as descobertas científicas.


No momento, nossa principal orientação é evitar a exposição dos pets a pessoas com suspeita ou confirmação da Covid-19. Lembro, ainda, que bichos que necessitam ir às ruas devem manter, junto aos tutores, as regras de distanciamento social, evitando contato com outras pessoas e animais. E não devemos nos esquecer do papel importante que os pets representam durante a quarentena. Eles nos ajudam a nos cuidar, e nós devemos cuidar deles. Afinal, não tenho dúvida de que são os verdadeiros companheiros dos seres humanos.
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/pet-saudavel/o-que-os-gatos-tem-realmente-a-ver-com-o-coronavirus/

Não programamos o isolamento, mas podemos pensar em como sair melhor dele

O coronavírus jogou luz sobre certos hábitos que podemos adotar após o fim do isolamento e que contribuiriam para o emagrecimento e a boa forma física

Quando a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) começou, não tínhamos ideia da mudança que estava reservada para nossas vidas. Em poucos dias, muitos brasileiros se transformaram em tele-trabalhadores, ou tele-professores, ou tele-alunos. Ou mesmo tele-amigos e tele-familiares. Tudo em nome do distanciamento social, que é realmente importante.
Estamos com essa situação instalada há cerca de um mês e meio — e vendo os europeus começando a programar a saída do isolamento. Para nós, latinos, esse momento representará um desafio acima do comum. Não acredito que o término do isolamento será como fim de uma Copa do Mundo, em que todos saem correndo pelas ruas abraçando os outros. O retorno à normalidade será vagaroso, com eventuais recuos — e compreender isso é a primeira lição que podemos tomar para manejarmos as expectativas e preservarmos o bem-estar mental.
Mas vamos falar da forma física. Há velhos chavões que atribuem a obesidade a um ou outro inimigo. “A culpa é da indústria dos alimentos”; “A culpa é dos almoços fora de casa”; “A culpa é do lanche da cantina da escola”. Em tempos de isolamento, essas situações deixaram de ocorrer para várias pessoas. E mesmo assim elas engordaram.
O interessante é que muita gente reservou tempo para atividades físicas programadas durante o isolamento. Diferentes amigos que seguiram se exercitando me confidenciaram que, ainda assim, viram a barriga se avolumar, o sono piorar de qualidade e por aí vai.
Se esse pessoal está comendo em casa e reservando tempo na agenda para exercícios físicos, onde então se encontram os fatores que determinam o ganho de peso? Sem medo de errar, está na sobra de energia.
Por mais que a gente separe momentos para exercícios programados durante o período de distanciamento social, no restante do dia ficamos sentados, trabalhando em casa. Ou deitados mesmo. Sequer fazemos mais aqueles deslocamentos de casa para o ponto de ônibus ou para a padaria, da mesa do trabalho para a de um restaurante self-service
Nesse sentido, vale se mexer mais em casa, caminhar pela sala enquanto fala no celular, brincar mais com o cachorro, levantar mais para conversar. Ainda assim, é possível que a gente não alcance o grau de movimentação adequado.
Mas esse cenário pelo menos pode servir para que valorizemos mais a movimentação diária. Deixei abaixo alguns aprendizados do período de isolamento que podem contribuir para que, uma vez superado esse momento de crise, você consiga ajustar sua rotina em nome de bons hábitos e da forma física desejada:
1) A atividade física programada é fundamental, mas não resolve todos os nossos problemas. Precisamos estabelecer uma rotina ativa
2) Realizar deslocamentos frequentes de cinco minutos a cada hora sentada é uma prática mais poderosa do que você imagina
3) Aproveite os horários das refeições para fazer deslocamentos maiores, que ponham o corpo em movimento
4) Quando possível, preparar as refeições ajuda a saborear os alimentos, o que torna nosso corpo mais satisfeito com menos comida
5) Evitar as monotonias alimentares garante o acervo dos nutrientes e a riqueza de sabor, contribuindo para o controle do consumo
6) Estar presente integralmente nas refeições tornará a experiência única, auxiliando a sensação de saciedade


Que a gente saia dessa situação com uma versão melhor de nós mesmos.
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/o-fim-das-dietas/nao-programamos-o-isolamento-mas-podemos-pensar-em-como-sair-melhor-dele/

Máscaras e mingau: como o mundo tentou conter a pandemia da gripe espanhola em 1918


Algumas recomendações eram semelhantes às que temos para combater a covid-19, enquanto outras eram fruto de pura especulação.


É perigoso traçar muitos paralelos entre o coronavírus e a pandemia de gripe espanhola de 1918, que matou pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
A covid-19 é uma doença totalmente nova, que afeta desproporcionalmente as pessoas mais velhas. A gripe que varreu o mundo em 1918 tendia a atingir aqueles com idades entre 20 e 30 anos, com fortes sistemas imunológicos.
Mas as ações tomadas por governos e indivíduos para impedir a propagação da infecção têm similaridades.
A agência de saúde pública da Inglaterra (Public Health England) estudou o surto de gripe espanhola para elaborar seu plano inicial de contingência para o novo coronavírus. A lição principal é que a segunda onda da doença, no outono de 1918, foi muito mais mortífera que a primeira.
Mulheres do Departamento de Guerra faziam caminhadas de 15 minutos para respirar ar fresco todas as manhãs e noites

Mulheres do Departamento de Guerra faziam caminhadas de 15 minutos para respirar ar fresco todas as manhãs e noites
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Evitar aglomerações
O país ainda estava em guerra quando o vírus fez sua primeira vítima registrada, em maio de 1918. O governo do Reino Unido, como muitos outros, parece ter decidido que o esforço de guerra viria antes da prevenção de mortes por gripe.
A doença se espalhou rapidamente nas tropas e nas fábricas de munições, além de ônibus e trens, de acordo com um relatório de 1919 de Arthur Newsholme para a Royal Society of Medicine.
Mas um "memorando para uso público" que ele escreveu em julho de 1918, que aconselhava as pessoas a ficar em casa se estivessem doentes e a evitar grandes reuniões, foi ignorado pelo governo.
Newsholme argumentou que muitas vidas poderiam ter sido salvas se essas regras fossem seguidas, mas acrescentou: "Existem circunstâncias nacionais em que o principal dever é 'continuar', mesmo quando há risco à saúde e à vida".
As mulheres usam máscaras de pano de estilo cirúrgico para proteger contra a gripe.
As mulheres usam máscaras de pano de estilo cirúrgico para proteger contra a gripe.
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Em 1918, não havia tratamentos para a gripe e nem antibióticos para tratar complicações como pneumonia. Os hospitais ficaram rapidamente sobrecarregados.
Não havia um bloqueio imposto centralmente para conter a propagação da infecção, embora muitos teatros, casas noturnas, cinemas e igrejas estivessem fechados, em alguns casos por meses.
Os pubs, que já estavam sujeitos a restrições de horário de guerra no funcionamento, geralmente ficavam abertos. As competições de futebol Football League e FA Cup foram canceladas devido à guerra, mas não houve esforço para cancelar outras partidas ou limitar as multidões, com equipes masculinas jogando em competições regionais e o futebol feminino, que atraiu grandes multidões, continuou durante toda a pandemia.

Fake news já em ação

Ruas em algumas vilas e cidades foram borrifadas com desinfetante e algumas pessoas usavam máscaras, enquanto seguiam suas rotinas.
Operadora de telefonia com gaze protetora no rosto
Operadora de telefonia com gaze protetora no rosto
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

As mensagens de saúde pública eram confusas - e, como hoje, as notícias falsas e as teorias da conspiração eram abundantes, embora o nível geral de ignorância sobre como levar uma vida saudável não tenha ajudado.
Em algumas fábricas, as regras para não fumar eram relaxadas, na crença de que os cigarros ajudariam a prevenir a infecção.
Durante um debate parlamentar sobre a pandemia, o deputado conservador Claude Lowther perguntou: "É verdade que uma forma de prevenção contra a gripe é ingerir cacau três vezes ao dia?".
Campanhas publicitárias e folhetos alertaram contra a propagação de doenças através de tosses e espirros.
Em novembro de 1918, o News of the World, jornal britânico em formato tabloide, aconselhava seus leitores a "lavar o nariz com água e sabão todas as noites e manhãs; forçar-se a espirrar de noite e de manhã, depois respirar profundamente."
Recomendava, ainda, voltar caminhando do trabalho para casa e comer bastante mingau.
Nenhum país ficou intocado pela pandemia de 1918, embora a escala de seu impacto e os esforços do governo para proteger suas populações tenham variado muito.
No Brasil, não há uma contabilização exata das vítimas, mas a estimativa é que cerca de 35 mil pessoas morreram no país devido à gripe espanhola. Os relatos são de que o Rio de Janeiro, então capital do país, parou completamente.

Quarentenas nos EUA

Nos Estados Unidos, alguns Estados impuseram quarentenas a seus cidadãos, com resultados variados, enquanto outros tentaram tornar obrigatório o uso de máscaras faciais. Cinemas, teatros e outros locais de entretenimento foram fechados em todo o país.
Barbeiros tomaram precauções para conter a infecção, com uso de máscara
Barbeiros tomaram precauções para conter a infecção, com uso de máscara
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Nova York estava mais preparada do que a maioria das cidades dos EUA, já tendo passado por uma campanha de 20 anos contra a tuberculose. Como resultado, teve uma menor taxa de mortalidade.
No entanto, o comissário de Saúde da cidade ficou sob pressão das empresas para manter tudo aberto, principalmente os cinemas e outros locais de entretenimento.
Um funcionário de limpeza pública na cidade de Nova York usa uma máscara para ajudar a controlar a propagação da epidemia de gripe, em outubro de 1918 (Foto de PhotoQuest/Getty Images)
Um funcionário de limpeza pública na cidade de Nova York usa uma máscara para ajudar a controlar a propagação da epidemia de gripe, em outubro de 1918 (Foto de PhotoQuest/Getty Images)
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Estar ao ar livre era visto como algo benéfico contra a propagação de infecções, levando a algumas soluções engenhosas para manter a sociedade em movimento.
Tribunal realiza reunião ao ar livre em um parque devido à epidemia em San Francisco, 1918. (Foto de Hulton Archive / Getty Images)
Tribunal realiza reunião ao ar livre em um parque devido à epidemia em San Francisco, 1918. (Foto de Hulton Archive / Getty Images)
Foto: Getty Images / BBC News Brasil
Mas foi impossível impedir reuniões em massa em muitas cidades dos EUA, principalmente em locais de culto.
A congregação orando nos degraus da Catedral de Santa Maria da Assunção, onde se reuniram para ouvir missas e orar durante a epidemia de gripe, em San Francisco, Califórnia
A congregação orando nos degraus da Catedral de Santa Maria da Assunção, onde se reuniram para ouvir missas e orar durante a epidemia de gripe, em San Francisco, Califórnia
Foto: Getty Images / BBC News Brasil
Ao fim da pandemia, o número de mortos na Grã-Bretanha era de 228 mil, e acredita-se que um quarto da população tenha sido infectada.
Os esforços para deter o vírus continuaram por algum tempo, e a população ficou mais consciente do que nunca da natureza potencialmente mortal da gripe sazonal.
Um homem em ônibus da London General Omnibus Co, em março de 1920. (Foto de H.F. Davis / Agência de Notícias Topical / Hulton Archive / Getty Images)
Um homem em ônibus da London General Omnibus Co, em março de 1920. (Foto de H.F. Davis / Agência de Notícias Topical / Hulton Archive / Getty Images)

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/mascaras-e-mingau-como-o-mundo-tentou-conter-a-pandemia-da-gripe-espanhola-em-1918,7245810e1c0f4a8a7fe7359161e0480aibjid0cj.html

Preço da gasolina permanece em queda nos postos, diz ANP



O preço da gasolina nos postos brasileiros caiu, em média, 2,7% esta semana, para R$ 3,823 por litro, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). No acumulado do ano, a redução já chega a 16%.

A queda reflete a sequencia de cortes nos preços de refinaria promovidos pela Petrobras após o início da pandemia. Esta semana, porém, a estatal decidiu aumentar em 12% os preços, acompanhando recuperação do mercado internacional e a alta do dólar.

Foi o primeiro reajuste positivo desde o início da pandemia, que derrubou as cotações internacionais do petróleo. Com onze cortes antes do reajuste desta quinta, o preço do produto nas refinarias ainda acumula queda de 50% no ano.

De acordo com a ANP, o preço do diesel caiu 3,93% na semana, para R$ 3,077 por litro, em média, no país. Nas refinarias, o produto acumula queda de 38% no ano. Não houve alteração no valor de venda pela estatal esta semana.

A queda dos preços dos combustíveis levou o IPCA, o índice oficial de inflação do país, a fechar abril com deflação de 0,31%, a maior desde 1998.

A ANP ainda não detectou, porém, queda no preço do botijão de gás, que foi vendido em média a R$ 69,65 esta semana, mesmo que a Petrobras já tenha cortado o preço do gás de cozinha nas refinarias em 21% este ano. Os dados não mostram redução nem no preço das distribuidoras nem na margem de lucro dos revendedores.

O consumo de gás de cozinha subiu 12% após o início das medidas de isolamento, que levaram os brasileiros a realizar mais refeições em casa. Com o aumento das vendas, houve dificuldades de entrega em diversos estados e a Petrobras decidiu intensificar as importações do produto.https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78570-preco-da-gasolina-permanece-em-queda-nos-postos-diz-anp.html

Já as vendas de outros combustíveis caíram, o que vem gerando dificuldades na gestão do parque de refino da Petrobras, já que o gás de cozinha é produzido nas mesmas unidades que produzem gasolina. Isto é, para aumentar a oferta do primeiro, precisa produzir mais a segunda.

Para evitar problemas de armazenagem, a Petrobras vinha realizando leilões de venda do produto com desconto e chegou a consultar clientes sobre a disponibilidade de tanques para guardar parte de seus estoques.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78570-preco-da-gasolina-permanece-em-queda-nos-postos-diz-anp.html