sábado, 22 de fevereiro de 2020

Feminicídio cresce na Bahia e segue tendência nacional



Em 2019 a Bahia registrou 101 casos de feminicídio, 25 a mais do que no ano anterior. Em números absolutos, o estado é um dos que teve maior aumento. Seguem essa mesma linha São Paulo (182), Minas Gerais (136), e Rio Grande do Sul (100)  Os dado constam de um levantamento da Folha de S. Paulo, que verificou o aumento do feminicídio como tendência nacional. 

Dados de 2019 mostram que a estatística do feminicídio trilhou a contramão dos demais crimes violentos e cresceu 7,2% no país, com expansão expressiva em alguns estados.

Conforme apuração do jornal, que consultou as 27 unidades da federação, 1.310 mulheres foram vítimas de violência doméstica ou por sua condição de gênero em 2019. Em 2018 haviam sido 1.222. 

No relato das agressões constam espancamento, estrangulamento, uso de machado, pedra, pau, martelo, foice, canivete, marreta, tesoura, facão, enxada, barra de ferro, garfo, chave de fenda, bastão de beisebol, armas de fogo, mas, em especial, facas. 

O feminicídio virou qualificador do homicídio em 2015, elevando a punição de 6 a 20 anos para 12 a 30 anos. 

Os números mostram que em 2019 houve aumento de mais de 30% nos registros em São Paulo, Santa Catarina, Alagoas, Bahia, Roraima, Amazonas e Amapá. Só na região Norte houve recuo.

Em números absolutos, São Paulo (182), Minas Gerais (136), Bahia (101) e Rio Grande do Sul (100) registraram o maior número de casos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/244420-feminicidio-cresce-na-bahia-e-segue-tendencia-nacional.html

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Portais de abordagem e tecnologia reforçam segurança no Carnaval



Consolidados no Carnaval de Salvador, os portais de abordagem são um dos principais investimentos para a segurança do folião durante os dias de festa. Em 2020, são 42 distribuídos pelos principais circuitos da folia de Momo. Todos os portais possuem ainda câmeras de reconhecimento facial e funcionam 24 horas.

Antes de ter acesso ao desfile de trios elétricos, blocos e camarotes, homens e mulheres passam por uma revista, em que seus objetos pessoais são verificados para evitar a entrada de armas de fogo ou brancas e objetos perfurocortantes que ofereçam riscos de incidentes violentos.

De acordo com o supervisor dos Portais de Segurança, tenente-coronel André Borges, objetos como chaves de fenda, facas de cozinha e pentes que podem se assemelhar a um canivete são recolhidos durante as revistas. "Nós não permitimos o acesso de tudo aquilo que representa risco para o folião e para quem vem se divertir dentro do circuito”, explica.

Além disso, as 300 câmeras funcionam 24 horas e estão posicionadas em pontos estratégicos de ruas, avenidas e estações de transporte público. As imagens são acompanhadas por equipes no Centro de Operações e Inteligência (COI) da SSP. Dez drones do Grupamento Aéreo (Graer) também enviam imagens em tempo real para o COI.

INVESTIMENTO
Para o Carnaval 2020, o governo, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), investiu cerca de R$ 45 milhões na segurança da festa. Além do investimento em tecnologia, a operação inclui um esquema de policiamento com um efetivo de 27 mil policiais, mil a mais que em 2019. No total, 70 postos de segurança estão distribuídos nos três circuitos em Salvador. As ações envolvem a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/244339-portais-de-abordagem-e-tecnologia-reforcam-seguranca-no-carnaval.html

Coronavírus: Grupo em quarentena em Anápolis poderá sair antes do previsto



Em adequação às normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde poderá liberar, a partir do sábado (22), o grupo de brasileiros vindos da China que se encontram em quarentena na Base Aérea de Anápolis, em Goiás. 

Segundo informações do G1 a data precisa para a liberação do grupo depende do tempo para que a rodada de exames, feita nesta sexta-feira (21), fique pronta. O tempo para gerar resultado pode variar de 24 a 72 horas. Ao contrário do que foi planejado anteriormente, o grupo também não precisará ficar 18 dias em isolamento e sim 14, como determina a OMS. 

"Eles voltam para casa ainda sob a tutela do governo. As pessoas voltarão aos seus locais de origem no Brasil. Podem voltar em voos da FAB ou voos comerciais, o que será organizado pela Defesa tão logo os exames sejam negativos", afirmou o ministro interino da Saúde, João Gabbardo dos Reis.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/23710-coronavirus-grupo-em-quarentena-em-anapolis-podera-sair-antes-do-previsto.html

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Leo Santana abre Carnaval no Campo Grande



Enquanto, na Barra, Carlinhos Brown, Banda Eva e Harmonia do Samba iniciaram suas apresentações, uma das principais atrações do Carnaval, Leo Santana, subiu ao trio elétrico no Circuito Osmar, no Campo Grande, nesta quinta-feira (20).

Ele é o primeiro artista a se apresentar no local, no trio independente do governo do estado. Além dele, desfilarão no Campo Grande Parangolé, Psirico, Xande de Pilares, É o Tchan, entre outros

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/244286-leo-santana-abre-carnaval-no-campo-grande.html

Com entrega das chaves da cidade, Carnaval 2020 é oficialmente aberto



O Carnaval 2020 está oficialmente aberto. A cerimônia aconteceu nesta quinta-feira (20), na Barra, com a tradicional entrega da chave da cidade pelo prefeito ACM Neto (DEM) ao Rei Momo, Dilsinho Chagas.

O evento não contou com a presença do governador Rui Costa (PT), que se ausentou por conta de uma reunião no Palácio de Ondina. O representante do estado foi o secretário de Turismo (Setur), Fausto Franco. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/244280-com-entrega-das-chaves-da-cidade-carnaval-2020-e-oficialmente-aberto.html

José Mojica Marins, o Zé do Caixão, morre aos 83 anos


Mestre do terror brasileiro dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes. Morte do ator e diretor foi confirmada pela filha de Mojica, a atriz Liz Marins, nesta quarta-feira (19)


O ator, diretor e roteirista José Mojica Marins, conhecido pelo personagem Zé do Caixão, morreu aos 83 anos, vítima de uma broncopneumonia. 

A morte foi confirmada pela filha de Mojica, a atriz Liz Marins, nesta quarta-feira (19). Ele morreu às 15h46, no hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. O cineasta estava internado desde o dia 28 de janeiro para tratar de uma broncopneumonia.

O velório deve acontecer no Museu da Imagem e do Som (MIS) na quinta-feira (20), em cerimônia aberta ao público. Mojica deixa sete filhos.

Mojica dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes. Seu interesse pelo cinema de terror escatológico começou nos anos 1950, mas foi em 1964, com o filme "À meia-noite levarei sua alma", que ganhou o apelido de Zé do Caixão. 

Seu personagem mais famoso, o agente funerário sádico com roupas pretas, cartola, capa e unhas longas, ainda aparece em "Esta noite encarnarei no teu cadáver" (1967), "O estranho mundo de Zé do Caixão" (1968) e "Encarnação do demônio" (2008). 

Mesmo conhecido como o mestre do terror no cinema brasileiro, Mojica trabalhou com outros gêneros, como aventura, faroeste e pornochanchada. Ele também influenciou o movimento do cinema marginal nos anos 1960. 

Quando tinha 17 anos, fundou a Companhia Cinematográfica Atlas, que produziu filmes amadores. O primeiro longa-metragem foi “A sina do aventureiro”, de 1958. 

Em 1963, escreveu a história de “Meu destino em tuas mãos” e procurou o cineasta Ozualdo Candeias para fazer o roteiro, mas o colaborador não foi creditado. 

G1

Fonte: http://davidgouveiablogshow.blogspot.com/2020/02/jose-mojica-marins-o-ze-do-caixao-morre.html

Com títulos em Feira e Alagoinhas, novo Rei Momo disputou título 9 vezes em Salvador



“Vamos estrear o Rei Momo do interior no Carnaval de Salvador”, afirmou aos risos o comerciante do ramo de imóveis Dilson Chagas, de 41 anos. Com 142 quilos, o atual detentor do título nobre da folia soteropolitana acumula em seu currículo 5 vitórias na cidade natal, Feira de Santana, e outros dois títulos em Alagoinhas. 

Além das cidades interioranas, Chagas esperou por 10 anos para, finalmente, ser consagrado como vencedor da disputa da capital baiana. “Eu venho concorrendo ao Rei Momo de Salvador há 9 anos consecutivos. Foram 9 derrotas, mas consegui manter meu sonho de concorrer e nunca desistir dele”, afirma. 

Influenciado por Bell Marques a gostar do Carnaval desde os 12 anos, Dilsinho confessa que as músicas do artista lhe “levavam ao delírio”. A partir desta paixão pela festa, ao ver seu ídolo tocar nos trios de Feira de Santana, Chagas passou a alimentar seu desejo de poder “ter a sensação de ver como é um artista em cima do trio elétrico e acenar para as crianças e para os foliões”. 

Foto: Reprodução / Instagram


Após ser coroado no dia 8 de fevereiro, no clube Fantoches, em Salvador, Dilsinho se envolveu de alegria pela nova conquista, mas também virou alvo de críticas de outros concorrentes. "Eu fiquei muito triste, não esperava esse comportamento dos outros candidatos, porque eu perdi 9 anos e nunca tentei perseguir ninguém. Vejo que os outros candidatos são bem mais magros do que eu e me senti vítima de gordofobia”, lamentou.

Pai de duas crianças, um menino de 10 anos e uma menina de 3, Chagas diz se divertir quandos o seu primogênito brinca ao vestir suas roupas de Rei Momo e se emociona ao saber que a caçula, mesmo pequena, o reconhece na televisão. 

Agora, prestes a dar o pontapé para o início de fato da folia soteropolitana, o Rei Momo 2020 promete fazer um roteiro intenso durante a festa: “A minha expectativa é muito grande! Pelo que vejo na televisão é tudo muito bonito e muito mágico... Quero ser o Rei Momo do povão, quero visitar todos circuitos e bairros levando alegria e irreverência”.

Dilson Chagas no momento da vitória como Rei Momo 2020 | Foto: Instagram / Reprodução


Questionado sobre a possibilidade de voltar a concorrer novamente nos próximos anos, Dilson Chagas é cauteloso, porém, positivo. “Vamos ver como vai ser esse grande reinado do melhor Carnaval do planeta. Vamos aguardar como vai ser a estreia do Rei Momo Dilsinho. Me sinto em uma faculdade na capital e agora vou pegar o meu canudo. Quero aguardar, reinar e levar alegria para o povo de Salvador e da Bahia”, finaliza.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/57479-com-titulos-em-feira-e-alagoinhas-novo-rei-momo-disputou-titulo-9-vezes-em-salvador.html

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

MPF aponta inconsistência em dados de fila de espera do INSS



A Procuradoria da República no Distrito Federal classificou como inseguros os dados informados pela União e pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em ação civil pública em andamento na Justiça Federal da 1ª Região, e disse que as informações não demonstram, com clareza, a situação da fila de espera de pedidos de benefícios aguardando resposta.

Segundo o MPF, os gráficos apresentados pelo INSS, quando comparados com os números informados pelo Ministério da Economia à imprensa "encontram-se aparentes inconsistências."

Uma das informações colocadas em dúvida pelos procuradores é a da fila de pedidos aguardando há mais de 45 dias. Na ação, o INSS informou ter 515.043 benefícios represados. 

Na entrevista coletiva em que se anunciou uma força-tarefa com a contratação de militares da reserva, o então presidente do INSS, Renato Vieira, e ex-secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, informaram que essa fila tinha 1,3 milhão de segurados.

Nesta quarta (19), reportagem da Folha de S.Paulo mostra que o estoque de benefícios aguardando há mais de 45 dias não caiu em janeiro e ainda está em 1,38 milhão.

Os procuradores Anna Paula Coutinho de Barcelos e Wilson Rocha de Almeida Neto apresentam também reportagens que apresentam, além de relatos de falhas operacionais, um número de segurados com pedidos em atraso muito superior ao apresentado pelo instituto na ação.

O INSS informou na ação que o número de benefícios represados em dezembro de 2019 era de 515.043. Desses, 29.537 aguardavam de 46 a 60 dias; 102.956, de 61 a 120 dias; e 183.457, de 121 a 240 dias. 

"As informações e os dados apresentados pela União e pelo INSS não demonstram, com clareza e segurança, evolução suficiente relativa ao quadro de demandas de requerimentos administrativos em curso no Órgão Previdenciário e à sua respectiva apreciação no prazo legal", dizem os representantes do MPF.

A ação foi apresentada pelo Ministério Público Federal em agosto do ano passado, depois que uma recomendação de procuradores para que o INSS recrutasse, mesmo que temporariamente, servidores para garantir o cumprimento do prazo de 45 dias, foi recusada.

As procuradoras Eliana Pires Rocha e Anna Paula Coutinho de Barcelos pediam que o instituto fosse obrigado a seguir um calendário de contratações que permitissem dar vazão ao volume de requerimentos represados há mais de 60 dias. 

O pedido previa a contratação por tempo determinado de funcionários e a definição de uma regra segundo a qual, sempre que o prazo de 45 dias fosse estourado, o INSS pudesse fazer essas convocações provisórias. 

Em outubro, após a realização de audiência de conciliação, o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal do Distrito Federal, suspendeu a análise do pedido por seis meses, diante da promessa de convocação de 319 empregados da Infraero para compor a força de trabalho no INSS. A União também se comprometia a informar mensalmente a evolução na redução da fila.

Esses dados foram apresentados em dois momentos, primeiro em novembro, depois em janeiro.

Na manifestação encaminhada Justiça em 28 de janeiro, o MPF aponta que o INSS informa, em um das tabelas apresentadas, 466.789 tarefas criadas em outubro. Em outra, diz que 477.946 benefícios foram requeridos. Para os procuradores, esses números não poderiam ser diferentes. Também foram encontradas divergências nos números de concessão e tarefas concluídas. 

O Ministério Público pediu que o INSS fosse intimado para explicar as diferenças nos números e também detalhar porque os dados são diferentes dos apresentados em reportagem.

No dia 29 de janeiro, União e INSS foram intimados a responder aos apontamentos feitos pelos procuradores.

O Ministério da Economia primeiro informou que essa ação estava suspensa a pedido do MPF e que, por isso, não tinha comentários ou informações adicionais. Procurada, a Advocacia-Geral da União (AGU) não respondeu.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/68080-mpf-aponta-inconsistencia-em-dados-de-fila-de-espera-do-inss.html

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Texto do Fundeb dobra complementação da União e prevê repasse por resultado



A versão final da PEC (proposta de Emenda à Constituição) do novo Fundeb coloca em 20% a complementação da União ao fundo, o dobro da marca atual e acima do que queria o governo Jair Bolsonaro (sem partido). O texto prevê que parte dos recursos seja distribuído com base em resultados educacionais. A minuta vai ser apresentado nesta terça-feira (18) na comissão especial que trata do tema. A proposta é resultado de acordo firmado em reunião realizada noite de segunda-feira (17) entre deputados envolvidos no tema e o o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Há chance de o texto ser votado ainda hoje na comissão, o que depende de negociação entre partidos e do caso de nenhum parlamentar pedir vista. O governo prometeu encaminhar versão própria para o Congresso, mas até agora não o fez.  A expectativa é que a matéria seja vencida no Plenário da Casa até março -a PEC ainda precisa ser analisada no Senado.  A posição de Maia era vista como fundamental para o andamento do tema. Na reunião desta segunda, alguns impasses sobre aumento e fonte de recursos foram vencidos após o presidente da Câmara perder a paciência com uma publicação nas redes sociais do ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Um dos parlamentares envolvidos, que defende o modelo agora proposto, disse ao sair da reunião, de modo irônico, que Weintraub era um anjo da guarda. Outro deputado presente comentou que Weintraub conseguia unir os moderados com a oposição. O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento à educação básica e responde atualmente por R$ 4 de cada R$ 10 investidos na etapa (que vai da creche ao ensino médio). 

O fundo reúne parcelas de impostos e recebe uma complementação da União para estados e respectivos municípios que não atingem o valor mínimo a ser gasto por aluno definido a cada ano. Esse complemento federal atual é de 10% -- cerca de R$ 15 bilhões. O texto da relatora, deputada Professora Dorinha (DEM-TO), preconiza que essa complementação chegue a 20% em seis anos. Caso seja aprovado como está, esse complemento da União deve subir a 15% já em 2021 e, depois, mais 1 ponto percentual a cada ano.

Na proposta defendida pelo MEC, a meta final de ampliação da complementação era de 15%, e de forma escalonada. A previsão de inclusão do tema na Constituição, tornando o mecanismo permanente, foi mantida. Weintraub havia concordado no ano passado com essa disposição, mas neste ano o Ministério da Economia passou a defender um Fundeb com prazo de validade -o que o texto prevê é uma revisão do modelo do fundo em 2026.

O novo Fundeb estipula um novo modelo de distribuição do recursos. Hoje, a distribuição da complementação é feita proporcionalmente ao número de alunos matriculados. Esse montante é é direcionado para estados e respectivos municípios que não conseguem atingir um valor mínimo por aluno estipulado a cada ano. Agora, haverá um formato híbrido. Os 10% que já fazem parte do fundo continuarão da mesma forma, com base na realidade de cada estado, o que vale também para os municípios.

Parte dos recursos extras, equivalentes a 7,5 pontos percentuais, serão rateados com base na realidade dos municípios, o que atinge cidades pobres em estados ricos. Os outros 2,5 pontos percentuais da complementação serão distribuídos para redes que alcançarem "evolução significativa dos indicadores de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades".

Para receber esses recursos, redes devem cumprir "condicionalidades de melhoria de gestão" que serão descritas em lei complementar. A vinculação do repasse de recursos a resultados educacionais era um demanda do MEC e também de alguns parlamentares, como a deputada Tábata Amaral (PDT-SP). Há críticas de que esse mecanismo reduz os recursos de quem mais precisa e não consegue avançar nos indicadores. O texto permite que a União inclua no Fundeb recursos do chamado salário-educação, que representa cerca de R$ 9 bilhões ao ano. Hoje, parte dele é usado pelo MEC para programas, como de livro didático. 

Caso a União inclua essa rubrica no fundo, o texto prevê que o MEC continue a arcar com esses serviços -o que pode representar a necessidade de novos recursos. A PEC manteve o veto, como na versão anterior, do uso desses recursos do fundo para pagamento de aposentadorias e pensões. No mínimo 70% do fundo deve ser destinado a pagamento de profissionais de educação básica.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/67960-texto-do-fundeb-dobra-complementacao-da-uniao-e-preve-repasse-por-resultado.html

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Por que a América Latina é a 'região mais desigual do planeta'

A América Latina é tão desigual que uma mulher em um bairro pobre de Santiago, capital do Chile, nasce com uma expectativa de vida 18 anos menor que outra de uma área rica da mesma cidade, segundo um estudo.
Em São Paulo, essa lógica também ocorre. Quem mora em Paraisópolis, uma das maiores favelas da cidade, vive em média 10 anos menos do que os moradores do Morumbi, bairro rico ao lado da comunidade, de acordo com o Mapa da Desigualdade, da ONG Rede Nossa São Paulo, que compila dados públicos.
A grande disparidade latino-americana também envolve a cor da pele ou a etnia: em comparação com os brancos, os negros e indígenas têm mais possibilidades de ser pobres e menos de concluírem a escola ou conseguirem um emprego formal.
A América Latina foi apontada como a região do mundo com a maior desigualdade de renda no relatório de desenvolvimento humano de 2019 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançado em dezembro.
Os 10% mais ricos da América Latina concentram uma parcela maior da renda do que qualquer outra região (37%), afirmou o relatório. E vice-versa: os 40% mais pobres recebem a menor fatia (13%).
Proteste no Chile sob um grafite que diz "Desigualdade".Alta desigualdade social gerou protestos recentes nos países da América Latina
Muitos têm apontado essa desigualdade como uma das explicações para a onda de protestos que varreu recentemente alguns países da América Latina, como Chile, Peru e Bolívia.
Apesar dos avanços econômicos e sociais nos primeiros anos deste século, a América Latina ainda é "a região mais desigual do planeta", alertou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em várias ocasiões.
A questão, então, é por que esse cenário ainda continua.
A resposta, segundo historiadores, economistas e sociólogos, começa alguns séculos atrás.
"Pode-se dizer que o passado colonial criou as condições para a desigualdade", diz à Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

Uma história antiga

Segundo Stiglitz, a exploração dos colonizadores semeou a desigualdade na América Latina, bem como a distribuição desigual de terras nas economias agrárias contribuiu para "a criação de algumas famílias muito ricas e muitas famílias muito pobres".
Em vários países da América Latina, assim como nos Estados Unidos, um grande elemento racial desempenhou um papel em pelo menos uma dimensão da desigualdade", diz o ex-economista-chefe do Banco Mundial e atual professor da Universidade de Columbia, em Nova York.
E isso parece longe de ser apenas uma questão do passado.



Na América Latina, a incidência de pobreza é ainda maior nas áreas rurais, e entre indígenas e negros, afirmou a Cepal em relatório de 2019 sobre o cenário social da região.
Mulheres indígenas na Guatemala.
Populações indígenas da América Latina são especialmente afetadas pela pobreza e pela desigualdade

De acordo com o documento, embora tenha havido uma leve redução recente, a taxa de pobreza dos indígenas em 2018 foi de 49%, o dobro do registrado para a população não indígena nem negra. E a taxa de extrema pobreza alcançou o triplo (18%).
No México, os indígenas representam aproximadamente 15% da população, e quase três quartos deles vivem na pobreza. Um estudo da organização Oxfam indicou, em agosto, que 43% dos indivíduos que falam um idioma nativo não concluíram o ensino fundamental, e apenas 10% têm trabalho formal ou é empregador.
Ciudad Bolívar, Bogotá.Nascer em um bairro rico ou pobre da América Latina pode mudar a expectativa de vida em vários anos

Círculo vicioso

Existem outros fatores por trás do abismo social na América Latina, que carrega a reputação de região "mais desigual" desde os anos 1980.
Hoje, a região também é uma das mais urbanizadas do mundo. As rápidas migrações da população rural para as cidades, porém, ocorreram no último meio século de maneira desordenada.
Em muitas áreas de expansão das cidades, o Estado não foi eficiente em promover serviços públicos como educação ou saúde.
Um estudo publicado pela revista The Lancet em dezembro descobriu grandes diferenças na expectativa de vida nas cidades da América Latina. E essas lacunas dependem, por exemplo, do bairro onde as pessoas moram: se ele for mais pobre, a tendência é de que seus moradores vivam menos do que os habitantes de regiões mais ricas.
Joseph Stiglitz
Joseph Stiglitz ressalta que 'um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos que ajudam a perpetuar essa economia'
Em Santiago, as mulheres mais pobres vivem quase 20 anos a menos que as mais ricas. Na Cidade do México, os homens de bairros mais pobres morrem 11 anos antes que os mais ricos.
Stiglitz, que escreveu vários livros sobre desigualdade, observa "um círculo vicioso" na região.
"Um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos que ajudam a perpetuar essa economia", explica. "Então esses sistemas não investem muito em educação, por exemplo."
Ele também afirma que economias baseadas em recursos naturais, como as da América Latina, tendem a ser caracterizadas pela desigualdade. "A riqueza do continente vem da renda associada aos recursos naturais", explica. "E, na sociedade, há uma briga por quem recebe a renda."
No entanto, outros países ricos em recursos naturais, como a Noruega ou a Austrália, escapam dos grandes problemas da desigualdade latino-americana.



A chave nesses casos, dizem os especialistas, é ter instituições que permitam um gerenciamento mais eficiente das receitas para impulsionar o desenvolvimento. E isso também é escasso na América Latina.
Manifestante no Chile
Milhões de pessoas protestaram no Chile nos últimos meses contra a desigualdade

Fim da festa

As evidências mostram que as classes médias latino-americanas pagam mais impostos do que recebem em serviços sociais como educação ou saúde. Em resposta, elas recorrem a provedores privados, o que tende a aumentar a desigualdade, segundo o relatório do PNUD sobre desenvolvimento humano.
"Uma resposta natural seria recolher mais recursos dos mais ricos. Mas esses grupos, embora sejam minoritários, costumam ser um obstáculo à expansão dos serviços universais, usando seu poder econômico e político por meio de mecanismos estruturais e instrumentais", diz o documento.
As políticas tributárias são uma fonte fundamental desses problemas.
Comparados a outros países em desenvolvimento, os sistemas tributários latino-americanos tendem a ter uma parcela maior de impostos indiretos (sobre consumo), que favorecem menos a igualdade do que os impostos diretos (sobre renda ou propriedade).



Assim, impostos e transferências diretas reduzem muito mais o coeficiente de desigualdade nas economias avançadas do que nas economias emergentes e em desenvolvimento, "incluindo países da América Latina com algumas das maiores desigualdades de renda do mundo", alertou no mesmo relatório David Coady, do departamento de assuntos tributários do Fundo Monetário Internacional (FMI).
HondurasHonduras é um dos países mais desiguais da América Latina

Apesar de tudo isso, cerca de 100 milhões de latino-americanos saíram da pobreza entre as décadas de 1990 e 2000, com base em programas sociais e políticas salariais em meio ao boom das commodities.
A desigualdade estrutural nesse período, no entanto, variou muito pouco.
E a disparidade de renda em países como Brasil, México, Colômbia ou Chile ofuscou os recentes avanços no índice de desenvolvimento humano da ONU, que inclui variáveis ​​como expectativa de vida ou qualidade da educação. No ano passado, a Venezuela, Nicarágua e Argentina tiveram recuos, mergulhando os países ainda mais em suas crises políticas e sociais.
Além disso, após o boom econômico, a taxa de pobreza na América Latina aumentou de 28%, em 2014, para 31% no ano passado, segundo dados da Cepal. Do total de pobres que a região "ganhou" nos últimos cinco anos, 26 milhões sofrem com a pobreza extrema, sendo o Brasil a principal fonte desse retrocesso.
Em meio a esse panorama, a inquietação social foi expressa recentemente através de votos contra os governo atuais em todo o subcontinente e, principalmente, com fortes protestos de rua em países como Chile, Colômbia ou Equador.



"Há um protesto generalizado contra aqueles que estão governando", diz Nora Lustig, profesdora de economia na Universidade de Tulane (EUA) e diretora do Instituto do Compromisso com a Igualdade. "Combina-se o fim da festa para todos com uma situação em que a distribuição de renda começa a piorar novamente."
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51406474

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Ex-policial Adriano da Nóbrega esteve em Itabaiana e Lagarto

Nos últimos cinco meses, Adriano da Nóbrega, 43, ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro, circulou por festas de vaquejada e praias da Bahia e de Sergipe, mesmo foragido da Justiça. A quem perguntasse quem ele era, apresentava-se: “Capitão Adriano”.
O miliciano ligado ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) foi morto no último domingo (9) em uma operação das polícias do Rio e da Bahia, em Esplanada (170 km de Salvador). Nos meses anteriores, participou de competições de vaquejada nos municípios de Lagarto e Itabaiana, em Sergipe, Serrinha e Inhambupe, na Bahia, mesmo diante de câmeras e de grandes públicos.
Andava muito bem e participava de vaquejadas na Bahia e em Sergipe.
Neste sábado, 15, a Folha de São Paulo informa:
Nos meses anteriores (à sua morte), participou de competições de vaquejada nos municípios de Lagarto e Itabaiana, em Sergipe, Serrinha e Inhambupe, na Bahia, mesmo diante de câmeras e de grandes público.

No último domingo, foi assassinado como “queima de arquivo”.

Fonte: http://93noticias.com.br/noticia/47279/ex-policial-adriano-da-nobrega-esteve-em-itabaiana-e-lagarto

Mega-Sena acumula de novo e prêmio é estimado em R$ 170 milhões



Sem sortudos em 2020! Mais um sorteio da Mega-Sena foi realizado na noite desse sábado (15) e, mais uma vez, ninguém acertou as seis dezenas sorteadas. Com isso, o prêmio estimado para o próximo concurso é de R$ 120 milhões.

O sorteio será realizado por volta das 20h de quarta-feira (19), no horário de Brasília.

Para participar, basta registrar uma aposta mínima, no valor de R$ 4,50, no portal Loterias Online ou em qualquer lotérica credenciada pela Caixa Econômica no país.

No sorteio de ontem, as dezenas sorteadas foram 04, 21, 27, 29, 42 e 47. A Quina foi acertada por 216 apostas, que levam prêmio de R$ 36.114,36 cada. Já a Quadra foi garantida por 13.800 apostas. Cada uma vai ganhar R$ 807,52.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/244116-mega-sena-acumula-de-novo-e-premio-e-estimado-em-r-170-milhoes.html

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Acumulada há 13 concursos, Mega-Sena sorteia R$ 120 milhões neste sábado

Com prêmio acumulado há 13 concursos e valor estimado de R$ 120 milhões, a Mega-Sena terá um novo sorteio neste sábado (15). As seis dezenas do concurso 2234 serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, na cidade de São Paulo. O sorteio é aberto ao público.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A cartela, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/244096-acumulada-ha-13-concursos-mega-sena-sorteia-r-120-milhoes-neste-sabado.html