
Educação é um dos temas
que mais reúne propostas entre os programas dos candidatos à
Presidência da República entregues à Justiça Eleitoral. As principais
promessas são de melhoria da qualidade do ensino, ampliação de
investimentos na área e implantação do sistema integral nas escolas
brasileiras.
Confira as propostas dos candidatos à Presidência para educação:
Aécio Neves
(PSDB) defende a universalização da educação básica, dos 4 aos 17 anos,
e promete criar incentivos para melhorar a formação, a carreira e a
remuneração dos professores. O candidato tucano defende a vinculação das
remunerações de professores à melhoria da aprendizagem dos alunos, com
salário inicial atrativo e a coordenação de uma política nacional de
formação de professores, com instituições formadoras públicas e privadas
e secretarias municipais e estaduais de educação. Aécio quer implantar a
escola de tempo integral e eliminar progressivamente o ensino noturno
para jovens que não trabalham. Ele promete apoiar a modernização dos
equipamentos escolares, incluindo a instalação de bibliotecas e
laboratórios, computadores e acesso a internet e adequação térmica dos
ambientes. Outras propostas do candidato incluem o aprimoramento do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o compromisso de destinar 10% do
Produto Interno Bruto (PIB) para a área, sendo 7% ate 2019.
Dilma Rousseff (PT)
promete, em um eventual segundo mandato, um governo focado na
transformação da qualidade do ensino. Dilma destaca, no programa de
governo entregue à Justiça Eleitoral, a decisão de destinar recursos
originários da exploração do petróleo, no pré e no pós-sal, para as
ações nessa área e disse que o orçamento da educação “teve considerável
aumento em doze anos”. Segundo ela, a soma dessas duas fontes vai
permitir a implantação do Plano Nacional de Educação (PNE). A candidata
também destaca a ampliação de creches e a qualificação da rede de
educação integral para que atinja até 20% da rede pública até 2018.
Dilma ainda garante que vai conceder, até 2018, mais 100 mil bolsas do
Ciência sem Fronteiras e fazer uma mudança curricular e na gestão das
escolas e criar mecanismos de valorização dos professores.
Eduardo Jorge
(PV) se compromete a buscar mais recursos para as políticas públicas de
saúde e educação. As duas áreas, segundo ele, terão prioridade no
remanejamento dos recursos previstos no orçamento a partir de uma
reforma tributária e cortes de gastos. O ambientalista promete criar
carreira nacional para professores, começando pelo ensino fundamental, e
definir um piso nacional que pode ter adicionais municipais, estaduais
ou federal. Eduardo Jorge ainda promete realizar concursos para
valorizar profissionais de educação e rever o currículo do ensino
fundamental. Segundo ele, além dos conteúdos tradicionais, serão
incluídas disciplinas que tratam da formação de valores do trabalho, da
solidariedade, do respeito à diversidade, a observação da natureza e a
música.
Eymael (PSDC) disse que vai dar
prioridade à educação. Entre as promessas estão investimentos para que o
ensino fundamental do país se enquadre nas recomendações da Organização
das Nações Unidas e a defesa da educação inclusiva. Eymael também
promete informatizar as escolas, promover o ensino integral e ampliar a
oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. Para o candidato, o
currículo do ensino fundamental tem que incluir a disciplina Educação
Moral e Cívica. A valorização das carreiras de profissionais de educação
e o incentivo à municipalização do ensino também estão no programa de
Eymael.
Levy Fidelix (PRTB) afirmou que vai implantar a informatização nas escolas, desde a alfabetização ao ensino médio, com internet de banda larga em todos os municípios. Fidelix ainda promete alimentação de qualidade para os alunos e reestruturação de cargos e salários dos professores.
Luciana Genro
(PSOL) propôs uma ampliação gradual dos investimentos públicos,
“coibindo o repasse para as instituições privadas de modo a
universalizar o acesso a todos os níveis de educação de forma gratuita
através de instituições públicas”. A candidata ainda garante que vai
ampliar “radicalmente” os investimentos públicos em saúde e educação.
Marina Silva (PSB)
defende uma educação de qualidade, promete refundar a educação pública a
partir de critérios de efetiva equidade social e promover mudanças
curriculares, de metodologia e de organização e formato das escolas. A
ex-senadora afirmou que vai garantir as condições para o combate ao
analfabetismo nos próximos anos e avançar na superação do analfabetismo
funcional, estabelecendo a meta de reduzi-lo drasticamente em quatro
anos. Entre as propostas da candidata ainda estão a transformação do
Programa Mais Educação em política de Estado de educação integral para
toda a educação básica, investimento na infraestrutura das escolas e na
construção de novas unidades e parcerias com as universidades federais
para formação contínua dos profissionais que atuam na educação integral.
Para Marina, também é preciso incentivar novas metodologias de
aprendizagem com uso de tecnologias e garantir que valores como o
diálogo, a justiça social, o respeito à diversidade, a democracia, a
participação em questões socioambientais e os esportes estejam presentes
nos currículos.
Mauro Iasi (PCB) diz
que vai priorizar a educação pública, gratuita e de qualidade em todos
os níveis. Segundo ele, as recentes decisões políticas sucatearam o
sistema educacional. Iasi defende a “desmercantilização” imediata do
setor, assim como o de áreas como a saúde, a moradia, os transportes
“que devem se tornar imediatamente públicos através de processos de
estatização com controle popular”.
Pastor Everaldo (PSC)
defende uma reforma na educação pautada na descentralização da gestão,
mais participação de agentes privados e melhorias das disciplinas
matemática e português. O candidato também defende a participação das
famílias nas escolas e a expansão do programa Universidade para Todos
(Prouni) para o ensino médio, fundamental e infantil como forma de
incentivar a inserção de alunos na rede privada. Segundo ele, isso
possibilitará que estudantes carentes possam ter acesso ao mesmo ensino
de qualidade dos brasileiro com melhores condições financeiras.
Rui Costa Pimenta
(PCO) quer priorizar o ensino público, gratuito, laico e de qualidade
para todos, em todos os níveis. O candidato defende a estatização das
escolas privadas e o fim da municipalização do ensino. Pimenta quer
garantir a autonomia escolar tanto na questão educacional quanto na área
política e administrativa e colocar as escolas sob o controle da
comunidade. O comunista ainda promete reabrir todas as escolas e salas
de aulas fechadas, acabar com a “aprovação automática”, reduzir o número
de alunos por sala e fixar um piso salarial que atenda às necessidades
do professor e de sua família “que hoje não poderia ser de menos de R$ 5
mil”.
Zé Maria (PSTU) quer garantir os
10% do PIB para a educação. O candidato lembra em seu programa de
governo que as melhorias nessa área estavam entre as principais
reivindicações dos brasileiros que se juntaram às manifestações em junho
do ano passado. “Lutamos por 10% do PIB para a educação já , e não em
dez anos como prevê o Plano Nacional de Educacão do governo”, destaca.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-09/confira-propostas-dos-candidatos-presidencia-para-educacao