sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Datafolha: Lula segue na líder na disputa presidencial com 45%; Bolsonaro cai para 33%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando a corrida pela presidência do Brasil, de acordo com a nova pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na noite desta quinta-feira (15) pela TV Globo. O petista manteve o percentual do levantamento anterior e tem 45% das intenções de voto.

 

Em segundo lugar, continua o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que possuía 34% no levantamento da última semana e agora tem 33% da preferência dos eleitores brasileiros.

 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), em terceiro lugar, tinha 7%, oscilou positivamente e agora aparece com 8%. Já a senadora Simone Tebet (MDB) tem 5%, o mesmo percentual da pesquisa anterior.

 

A senadora Soraya Thronicke (União), que tinha 1% na última semana, agora aparece com 2% das intenções de voto. Felipe D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU), Léo Péricles (UP), Eymael (DC) e Padre Kelmon (PTB) não pontuaram.

 

De acordo com o instituto, se as eleições fossem hoje, Lula e Bolsonaro provavelmente disputariam o segundo turno, pois a soma dos pontos dos adversários (48%) supera as intenções de voto do petista (45%). 

 

O Datafolha entrevistou presencialmente 5.926 eleitores em 300 municípios brasileiros entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04099/2022.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272512-datafolha-lula-segue-na-lider-na-disputa-presidencial-com-45-bolsonaro-cai-para-33.html
 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

TSE: Toffoli é eleito para vaga de ministro substituto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli é o novo ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições. A votação foi feita, nesta quinta-feira (15), de forma simbólica pelo plenário do STF.

 

No TSE, as vagas de ministros são ocupadas em forma de rodízio entre os membros, sendo composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados nomeados pelo presidente da República. Toffoli presidiu o tribunal entre 2014 e 2016. 

 

As cadeiras efetivas do STF no tribunal eleitoral são ocupadas pelos ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça completam a lista de substitutos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272511-tse-toffoli-e-eleito-para-vaga-de-ministro-substituto.html
 

Seis em cada 10 baianos estão em insegurança alimentar; BA fica em 5º no 'ranking da fome'

Principalmente após os efeitos da pandemia da Covid-19, a fome voltou a “assombrar” a população brasileira. Fotos de pessoas buscando descartes de alimentos para poder ter algo para se alimentar, infelizmente, se tornaram cada vez mais comuns. A Bahia é o quinto estado com a maior quantidade de habitantes em situação de Insegurança Alimentar (IA), com 9,38 milhões de pessoas, representando 62,6% da população baiana. Os dados foram coletados do levantamento “Olhe para a Fome” e organizados pelo Bahia Notícias.

 

Mais de 1,7 milhão (11,4%) de baianos estão em situação de fome, não tendo nenhuma refeição garantida em seu dia, sendo enquadrados na categoria de IA Grave. Sobre a IA Moderada, que também agrega a insuficiência alimentar das famílias, porém em uma escala menor, esse número sobe para 2,25 milhões (15%). Com quase 15 milhões de habitantes na Bahia, apenas 5,6 milhões (37,4%) possuem acesso pleno à alimentação, sendo categorizados em Segurança Alimentar (SA).

 

Na Bahia, 44,7% das crianças abaixo dos 10 anos de idade passam por dificuldades para se alimentar todos os dias, estando em IA Grave ou Moderada. Apenas 29,3% possuem acesso a alimentação sem restrições. 

 

Na população adulta, os principais afetados pela fome são os trabalhadores informais ou desempregados, atingindo 42,1% dos habitantes nesta situação. Em relação aos trabalhadores formais, que possuem carteira assinada, a incidência de IA Grave ou Moderada tem forte queda, atingindo 11,5% da população.

 

Apesar de ter o seu menor índice desde 2015, a Bahia liderou a taxa de desemprego do primeiro semestre de 2022 sobre os outros estados do Brasil. Entre abril e julho deste ano, a porcentagem de desempregados do estado chegou a 15,5%. Além disso, os baianos estão entre os líderes de trabalhadores informais, com 53,1% da população ocupada sem registro na carteira de trabalho (relembre aqui).

 

A escolaridade, pelo visto, parece ser fator fundamental para o combate contra a fome. 33% dos habitantes sem grau de instrução ou com menos de 8 anos de estudo passam por dificuldades alimentares na Bahia, enquanto para os baianos com mais de 8 anos de acesso à formação acadêmica essa incidência cai para 21,4%.

 

Vale lembrar que, nos últimos sete anos, o governo do estado diminuiu os investimentos em educação, conforme foi revelado pelo Bahia Notícias. Desde 2014,  o setor de formação registrou uma perda de R$ 3,197 bilhões. Atualmente, apenas 11,76% do orçamento do governo da Bahia foi destinado para a educação (veja mais aqui).

 

O levantamento Olhe para a Fome realizou avaliação em 510 domicílios ao redor do estado da Bahia, chegando nas áreas urbanas e rurais. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 e abril de 2022. Os resultados mostram desigualdades sociais e de acesso aos alimentos não apenas entre as macrorregiões, mas também entre os estados de uma mesma macrorregião.

 

FOME NO BRASIL

De acordo com a pesquisa, no Brasil se tem 125,2 milhões de habitantes em situação de IA. Do total, 33 milhões estão passando fome, ou seja, a cada 10 famílias brasileiras, 3 não possuem pelo menos uma refeição garantida por dia. Em 2020, havia 116,8 milhões de brasileiros com algum grau de insegurança. Sendo que 19 milhões já enfrentavam a fome no país.

 

À frente na Bahia na questão de IA, ficaram os estados de: São Paulo (26,1 milhões), Minas Gerais (11,2 milhões) e Rio de Janeiro (9,9 milhões). Em relação a incidência, a unidade federativa do Ceará liderou o quesito com 81,8% dos habitantes em situação de IA.

 

Para o lado de segurança, em questão quantitativa, o estado com maior quantidade de pessoas em SA foi São Paulo, com mais de 20 milhões. Em questões percentuais, a UF com o melhor resultado foi o Espírito Santo, com 61,1%.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272467-seis-em-cada-10-baianos-estao-em-inseguranca-alimentar-ba-fica-em-5-no-ranking-da-fome.html
 

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Justiça Eleitoral indefere 137 registros de candidaturas na Bahia; 7 aguardam julgamento


 Foi encerrado nesta segunda-feira (12) o prazo para o julgamento das candidaturas que irão concorrer às Eleições Gerais deste ano. Na Bahia, 87 políticos tiveram suas tentativas de registro indeferidas e outros 50 postulantes tiveram pedidos indeferidos com recurso, conforme mostra a plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Quando uma solicitação é indeferida significa, na prática, que aquela candidatura apresentada não reuniu as condições necessárias para o deferimento do pedido de registro ou está vinculada a um Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) - documento apresentado por partidos, federações ou coligações - indeferido.

 

No caso do indeferimento com recurso, a candidatura em questão não está regular e o primeiro pedido foi julgado indeferido, mas devido a um recurso interposto contra a decisão, aguarda o julgamento a ser realizado por uma instância superior.

 

A data final para o julgamento, 20 dias antes do primeiro turno, no entanto, não foi suficiente para a análise de 7 pedidos, que ainda aguardam julgamento pela Justiça Eleitoral.

 

Confira a lista de candidatos com registros indeferidos com recurso, seus respectivos partidos e os cargos pleiteados:

  • Cícero Araújo (PCO) - Senador
  • Roque Vieira Júnior (PCO) - Vice governador
  • Silvano Alves (PCO) - 1º Suplente
  • Pedro Cavalcante (PCO) - 2º Suplente
  • Aldo Rebelo (PDT) - Deputado Estadual
  • Ana Paula dos Santos (PSD) - Deputada Estadual
  • Carlos Barbosa (PMB) - Deputado Estadual    
  • Damião Borges (PROS) - Deputado Estadual
  • Davidson Brito (PSOL) - Deputado Estadual
  • Narciso Queiroz de Lima (PSB) - Deputado Estadual
  • Sergio Roberto Guimarães (PMB) - Deputado Estadual
  • Hamilton Pombal (MDB) - Deputado Estadual
  • José Rômulo (DC) - Deputado Estadual
  • Julio Cezar dos Santos (PMB) - Deputado Estadual
  • Jorge Roberto Kock Feregueti (PSOL) - Deputado Estadual    
  • Luziane Souza Pereira (PMB) - Deputada Estadual
  • Manuela Berbert (União) - Deputada Estadual
  • Marcelo Campos (MDB) - Deputado Estadual
  • Ivanilde Ferreira (MDB) - Deputada Estadual
  • Orlando Lago (Rede) - Deputado Estadual
  • Jalicia Muricy (UP) - Deputada Estadual
  • Romilson Santos (PP) - Deputado Estadual
  • João Almeida Caldas (DC) - Deputado Estadual
  • Antonio Carlos Soares (PTB) - Deputado Federal
  • Luciano Arize (PROS) - Deputado Federal
  • Sara de Almeida Souza Silva (PMB) - Deputada Federal
  • Carlos Bullos (PMB) - Deputado Federal
  • Danielly Crespi  (PCO) - Deputada Federal
  • Helbert Diego Araujo (PROS) - Deputado Federal
  • Eduardo Cruz (PTB) - Deputado Federal
  • Edson Almeida (União) - Deputado Federal
  • Eliseu Oliveira    (Agir) - Deputado Federal
  • Eslane Paixão (UP) - Deputada Federal
  • Fabio Rodrigues (PRTB) - Deputado Federal
  • Guilherme Reis (PCB) - Deputado Federal
  • Harrisson Nobre (PL) - Deputado Federal
  • Daniel Oliveira (União) - Deputado Federal
  • Ivan Chaves (PTB) - Deputado Federal
  • Jose Carlos da Silva (PP) - Deputado Federal
  • Valdney Rodrigues (PROS) - Deputado Federal
  • Anderson Pereira (Rede) - Deputado Federal
  • Leda Maria de Jesus (MDB) - Deputada Federal
  • Edvanildo Morgado (Agir) - Deputado Federal
  • Durval Queiroz (PTB) - Deputado Federal
  • Osmar Jambeiro (PROS) - Deputado Federal
  • Robson Jose Leal Lyra (PCO) - Deputado Federal
  • Rosildo Ribeiro (SD) - Deputado Federal
  • Silvana Sousa Oliveira (PSD) - Deputada Federal
  • Silvia Santos (PRTB) - Deputada Federal
  • Antônio Josevaldo (PL) - Deputado Federal

 

Políticos de 18 partidos diferentes tiveram seus pedidos indeferidos para concorrer a cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, são eles: 

  • Antonio Jorge de Brito (PSB) - Deputado Estadual
  • Basilio Francisco Costa Neto (PROS) - Deputado Estadual
  • Osvaldmar Brilhante Leite (PROS) - Deputado Estadual
  • Ailton Araujo Cajaty (PMN) - Deputado Estadual
  • Charles Matos dos Santos (PROS) - Deputado Estadual
  • Carla Santana dos Santos (União) - Deputada Estadual
  • Damião Borges de Carvalho (PROS) - Deputado Estadual
  • Mario Mota Rodrigues Alves (PROS) - Deputado Estadual
  • Eddiane Santos de Santana (PRTB) - Deputada Estadual
  • Ednalva de Oliveira Santos (PROS) - Deputada Estadual
  • Geane Agrizzi (PROS) - Deputada Estadual
  • Gilnan Salgado (PDT) - Deputado Estadual
  • João Bosco Bittencourt    (PT) - Deputado Estadual    
  • Lorena Rios Casais (PROS) - Deputada Estadual
  • Marislande Dias (PROS) - Deputada Estadual
  • Marilia Barbosa (PROS) - Deputada Estadual
  • Milaan Yure Rocha (PROS) - Deputado Estadual
  • Feliciano Vieira (União) - Deputado Estadual
  • Nilton Cesar dos Santos    (PSOL) - Deputado Estadual
  • Alecson Bento (PROS) - Deputado Estadual
  • Patricia Santos    (PMN) - Deputada Estadual
  • Paulo Roberto Ribeiro (PL) - Deputado Estadual
  • Antônio Paulo Lima (PROS) - Deputado Estadual
  • Paulo Sérgio (PP) - Deputado Estadual
  • Romar Junior (PROS) - Deputado Estadual
  • Sidneuza Silva Oliveira (PATRIOTA) - Deputada Estadual
  • Valdete Amorim (PATRIOTA) - Deputada Estadual
  • Vanildo Bispo (PMN) - Deputado Estadual
  • Osvaldo Vital Santos (PROS) - Deputado Estadual
  • Aguinaldo Lima (MDB) - Deputado Federal 
  • Alan Correia (PMB) - Deputado Federal
  • Alvaro Rios (PROS) - Deputado Federal
  • Andrea Maria da Silva (PROS) - Deputada Federal
  • Luciano  Arize (PROS) - Deputado Federal 
  • Bernadeth Alves da Silva (PROS) -  Deputada Federal 
  • Valdemir Santos (PMB) -  Deputado Federal 
  • Bruno Barreto (PROS) - Deputado Federal 
  • Osnerio Cabral (PROS) - Deputado Federal 
  • Antonio Carlos Gomes (PSC) - Deputado Federal 
  • Caroline Passos (PDT) - Deputada Federal 
  • Araceli Pires Correia (PROS) - Deputada Federal 
  • Charles Rodrigues (PROS) - Deputado Federal 
  • Jiomar Fernando Almeida (PSB) - Deputado Federal 
  • Neslane Crispina (PMB) - Deputada Federal 
  • Amadeu Pereira (PROS) - Deputado Federal 
  • Deusdete Pires (PATRIOTA) - Deputado Federal 
  • Helbert Diego Barbosa (PROS) - Deputado Federal 
  • Marcio Andrey Novaes Lima (PTB) - Deputado Federal 
  • Eli Samuel (PROS) - Deputado Federal 
  • Elizeu Conceição de Souza (PROS) -  Deputado Federal 
  • Fabio Mota (PROS) - Deputado Federal     
  • Gessica Brito (Agir) - Deputada Federal 
  • Gilberto Ferreira (PROS) - Deputado Federal 
  • Hilda Costa (PROS) - Deputada Federal     
  • Edvaldo Petronilio (Agir) - Deputado Federal     
  • Alberto Rui (PROS) - Deputado Federal          
  • Jandiara Lima (PROS) - Deputada Federal 
  • Josiel Henrique Souza Gomes (PROS) - Deputado Federal     
  • Valdney Rodrigues (PROS) - Deputado Federal 
  • José Kenaidy Ferreira Amorim (PL) - Deputado Federal     
  • Leidiane Mota (PROS) - Deputada Federal     
  • Jesiel de Jesus (REP) - Deputado Federal     
  • Lucieide de Aguiar (PROS) - Deputada Federal     
  • Marconi Sales (PROS) - Deputado Federal         
  • Maria Fernanda (PROS) - Deputada Federal     
  • Mariana Ribeiro (Agir) - Deputada Federal     
  • Michelle Silva (PROS) - Deputada Federal     
  • Moisés das Neves Alves (PROS) - Deputado Federal     
  • Orivaldo Santos (PROS) - Deputado Federal         
  • Osmar Jambeiro (PROS) - Deputado Federal         
  • Crispim Catureba De Jesus (PROS) - Deputada Federal     
  • Neide Aparecida (PMB) - Deputada Federal 
  • Ilton Ribeiro (PMB) - Deputado Federal  
  • Rafael Bruno (PROS) - Deputado Federal      
  • Reinaldo Saturnino (PATRIOTA) - Deputado Federal 
  • Robson Alan (PROS) - Deputado Federal      
  • Josevaldo Vasconcelos (Agir) - Deputado Federal     
  • Romilda Costa (PROS) -  Deputada Federal 
  • Ronnivon Conceição Barros (PMB) - Deputado Federal 
  • Tayrone Jesus (PROS) -    Deputado Federal 
  • Radson Pereira dos Santos (PL) - Deputado Federal 
  • Thiago Costa (PROS) - Deputado Federal     
  • Valdilene Santos (PMB) - Deputada Federal 
  • Viviane Fernandes (PROS) - Deputada Federal 
  • Wladimir Rodrigues (PRTB) - Deputado Federal     
  • Luis Ignacio Yamamura Hinostroza (Agir) - Deputado Federal 
  • Jose Silva Lino (PMB) - Deputado Federal 

 

Estão pendentes de julgamento as seguintes solicitações de registro: 

  • Antônio Jorge Falcão (MDB) - Deputado Estadual
  • Raíssa Felix Almeida (PT) - Deputada Estadual
  • Talline Lobato Rocha (PRTB) - Deputada Estadual
  • Agnaldo Dias da Conceição (REP) - Deputado Federal
  • Aurino Passos (PODE) - Deputado Federal 
  • Jumir Gonçalves (PTB) - Deputada Federal
  • Edeltonio Liberato (PTB) - Deputado Federal
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272415-justica-eleitoral-indefere-137-registros-de-candidaturas-na-bahia-7-aguardam-julgamento.html

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Itabuna: Vídeo mostra batida durante apresentação de 'globo da morte' em circo

Imagens de um circo de passagem por Itabuna, no Sul baiano, mostraram uma colisão entre dois motociclistas durante a apresentação do quadro “globo da morte”. No vídeo, três participantes estão dentro do círculo, mas um para em determinado momento.

 

Os outros dois continuam nas manobras em velocidade e depois de uns instantes ocorre a colisão. Segundo a TV Santa Cruz, o fato ocorreu no último domingo (11). Os motociclistas ficaram feridos e foram levados para o Hospital de Base de Itabuna. Apesar do susto, nenhum dos dois sofreu ferimentos graves.

 

À emissora, os administradores do circo disseram que não houve gravidade porque os motociclistas usaram equipamentos de segurança.

 

Durante o quadro, os veículos chegam a uma velocidade de até 70 km/h. O circo informou que as apresentações continuam nesta terça-feira (13).

 

 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/31214-itabuna-video-mostra-batida-durante-apresentacao-de-globo-da-morte-em-circo.html
 

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Candidaturas de mandatos coletivos crescem mais de 1.100% em quatro anos

Se popularizando cada vez mais a cada ano, os mandatos coletivos vêm se tornando uma alternativa para uma maior representação da população no campo legislativo no Brasil. Para as eleições de outubro, foram registradas 220 candidaturas da categoria, representando um avanço de 1.222% em relação ao pleito de 2018, quando foram reportadas apenas 18. Os dados foram organizados pelo podcast “Café da Manhã”, da Folha de São Paulo.

 

Apesar do movimento ter começado como algo “exclusivo” de partidos políticos da esquerda, a candidatura de mandatos coletivos vem crescendo também entre as siglas de ideologia mais conservadora. Atualmente, os partidos de esquerda compõem 57% da totalidade de registros. Em 2018, essa porcentagem era acima da casa dos 80%.

 

De acordo com a Folha, neste ano, 28 siglas iniciaram campanhas de candidaturas coletivas, sendo boa parte ligada a movimentos conservadores. Dentro desse movimento, pelo menos sete são organizados por profissionais da segurança pública, como policiais, bombeiros e etc.

 

Na capital baiana, por exemplo, já existe um mandato compartilhado dentro da Câmara Municipal. Trata-se do “Pretas por Salvador”, que é ligado ao PSOL e foi eleito no pleito de 2020, sendo o primeiro da história do município (veja mais aqui). O mandato é composto por três “co-vereadoras”, sendo elas: Cleide Coutinho, Gleide Davis e Laina Crisóstomo.

 

Apesar de já ser bastante popular, o modelo coletivo ainda não possui uma regulamentação própria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo já sendo reconhecido oficialmente pelo judiciário. Neste ano, inclusive, a Justiça autorizou a divulgação de campanha utilizando o “nome” do mandato coletivo.

 

COMO FUNCIONA?

Em um mandato coletivo as decisões sobre votações, projetos e, até mesmo o salário, é dividido entre os integrantes da chapa. Contudo, apenas um dos membros da equipe pode “aparecer nas urnas” e representar o mandato em sessões nas Casas Legislativas. Vale ressaltar que, em caso de ausência do titular, o substituto será o 1º suplente, não necessariamente um integrante do mandato.

 

Trazendo para o lado mais prático de candidatura, a modalidade pode ocorrer de duas formas; reunindo o coletivo em torno de um nome que é efetivamente um pré-candidato, mobilizando votos durante a campanha para esse nome, mas divulgando a ideia da candidatura coletiva; ou durante o mandato, onde o time é formado somente após o político ser eleito. Lembrando que apenas um candidato será registrado na Justiça Eleitoral.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272377-candidaturas-de-mandatos-coletivos-crescem-mais-de-1100-em-quatro-anos.html
 

Exame Nacional de Residência está com inscrições abertas

A edição 2022/2023 do Exame Nacional de Residência (Enare) já está com as inscrições abertas. Os interessados têm até 3 de outubro para demonstrar o interesse, por meio do site do Enare. Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entidade responsável pelo certame, serão ofertadas mais de 4 mil vagas de residências em 90 instituições, para profissionais de medicina, enfermagem, farmácia, psicologia e biomedicina, entre outras áreas.

 

Ainda de acordo com o órgão, o período para envio de documentação para análise curricular será de 15 de setembro a 5 de outubro, sendo que as provas objetivas estão previstas para 6 de novembro nas capitais de todas as unidades federativas, além de 23 grandes centros.

 

O resultado final tem previsão de ser divulgado no final do ano, e o período de matrícula dos aprovados será de 10 de fevereiro a 31 de março de 2023.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272382-exame-nacional-de-residencia-esta-com-inscricoes-abertas.html

domingo, 11 de setembro de 2022

Reforma no teto de gastos é meta de todos os presidenciáveis

Não importa quem vença a eleição presidencial, a regra do teto de gastos (que impede as despesas federais de crescerem além da inflação) dificilmente será a mesma a partir de 2023.
 

Os quatro candidatos à Presidência com melhor desempenho nas pesquisas eleitorais avaliam mudanças na estrutura que rege o gasto público. A leitura geral é que o teto, como foi criado, já não existe.
 

Um de seus pais, o economista Marcos Mendes, colunista do jornal Folha de S.Paulo, avalia que a norma foi eficiente para deter a pressão por gastos no curto prazo. Quando apareceu alguma demanda inusitada por recursos, foi possível justificar que ela não cabia no teto. No entanto, a regra não resistiu às mudanças nas relações de poder.
 

Na avaliação de Mendes, houve, nos últimos quatro anos, uma forte deterioração das condições políticas que determinam o gasto público --com o Congresso ganhando poder em detrimento do Executivo e aprovando aumentos de gastos sem estabelecer fontes de receitas, por exemplo.
 

Para piorar, diz ele, o presidente Jair Bolsonaro (PL) virou sócio do expansionismo fiscal, fragilizando quem quer segurar as despesas no governo. Um exemplo disso foi aprovação, a toque de caixa, da PEC (proposta de emenda à Constituição) que abriu espaço para elevar o Auxílio Brasil e conceder outros benefícios em plena campanha à reeleição.
 

Nesse aspecto, o teto deixou de ser um instrumento de ancoragem das expectativas de médio e longo prazo e, segundo Mendes, nenhuma outra regra de gasto sobreviverá muito tempo nesse ambiente.
 

"Fica muito difícil controlar gastos se não mudar isso. No regime presidencialista, quem tem poder sobre o Orçamento é o Executivo, e ponto final. Não há no mundo um Congresso que possa incluir tantas emendas e mexer com tal nível de detalhamento em um Orçamento como o nosso. Não se vê isso nem em países parlamentaristas."
 

O economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, e que atua na campanha da candidata a presidente Simone Tebet (MDB), identifica outro desafio relacionado aos limites do Orçamento. Ele se declara "horrorizado" com o conteúdo do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2023.
 

Nas contas dele, o déficit primário deve ser de pelo menos 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023, o que representa um resultado de quase R$ 200 bilhões no vermelho.
 

Descontado o período da pandemia, que levou o déficit primário a 10% em 2020, a última vez que se viu um déficit desse tamanho foi em 2015 e 2016, respectivamente de 2% e de 2,6%.
 

"Na proposta orçamentária, falam que vão manter o Auxílio Brasil em R$ 600, mas colocam na conta previsão para R$ 400. Falam que vão reajustar a tabela do Imposto de Renda, mas também não tem recurso previsto para isso. Fazem uma compressão das despesas não obrigatórias que é irrealista --simplesmente, metade do que gastaram neste ano", diz Bacha. "Não dá para o governo funcionar com a previsão de dinheiro que está lá. Será preciso retirá-la do Congresso e refazê-la até 31 dezembro."
 

O líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi o primeiro a deixar claro que vai abolir o teto de gastos, considerado muito restritivo especialmente para a política social.
 

"Vamos tirar o teto que está aí e construir um novo arcabouço fiscal", diz o economista Guilherme Mello, um dos responsáveis pelo programa de governo do PT. "Apresentamos as diretrizes no programa, mas a nova regra para o fiscal terá de ser negociada porque toda mudança depende de uma PEC e de um debate maior com a sociedade e o Congresso."
 

O programa de governo de Lula também trabalha com a perspectiva de revisão de limites da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece regras para o planejamento, o controle, a transparência do gasto público) e da chamada Regra de Ouro (que proíbe endividamento para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias).
 

Nas discussões internas há quem defenda uma meta de crescimento real para o gasto primário, deixando o resultado primário flutuar dentro de certo intervalo --em um funcionamento similar ao das metas de inflação. Já se discutiu também metas específicas para crescimento do gasto com investimento, com saúde, com educação, com folha de pagamentos, entre outros itens.
 

Existe também quem considere estabelecer a possibilidade de abatimento de algumas despesas da meta de resultado primário (conta de receitas menos despesas que o governo deve perseguir anualmente), como foi no período petista com os investimentos do PAC (Plano de Aceleração de Crescimento).
 

Existe um certo consenso de que, seja qual for a regra de curto prazo, é recomendável que ela considere cenários de longo prazo para evolução da dívida líquida e bruta.
 

O economista Nelson Barbosa, colunista da Folha de S.Paulo e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, não faz parte dos grupos que elaboram o programa, mas está entre os petistas que defendem a necessidade haver alguma regra para controle de gastos.
 

"Previsibilidade, transparência e eficiência recomendam metas de crescimento do gasto", diz Barbosa. "Sinalizar a evolução do gasto, mesmo que seja para aumentá-lo, evita corrida por criação de receitas, estimula o debate sobre eficiência da alocação dos recursos públicos e evita política fiscal pró-cíclica, que acaba desestabilizando em vez de estabilizar a economia."
 

Na gestão bolsonarista, não se fala em desistir do teto, mas o próprio Bolsonaro já deu entrevista dizendo que a regra pode ser alterada em um eventual segundo mandato. O ministro Paulo Guedes também já declarou que a regra atual tem imperfeições e é preciso aprimorá-la.
 

Um exemplo recorrente de problema citado por Guedes é o caso da cessão onerosa. A União entendeu que teria de transferir parte dos ganhos a Estados e municípios. Apesar de ser uma transferência pontual, era vetada pelo teto. Foi feita, então, a primeira alteração na regra, por meio de uma PEC.
 

No final de agosto, o Tesouro Nacional anunciou que já colocou em discussão um novo modelo de controle dos gastos considerado mais flexível, conforme detalhou a Folha. A despesa poderia crescer mais a depender do nível de endividamento e do PIB.
 

O crescimento do gasto poderia superar a inflação quando a dívida estivesse abaixo de determinado patamar desde que o percentual acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficasse abaixo do crescimento do PIB.
 

A cúpula do Ministério da Economia fala em um sistema de metas para o endividamento. Não foram apresentados números oficialmente, mas envolvidos nas discussões chegam a mencionar que o objetivo seria aproximar o endividamento brasileiro do patamar de países emergentes --em torno de 60% do PIB. Hoje, a dívida bruta representa 77,6% do PIB.
 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é outro presidenciável que fala abertamente em revogar o teto atual. Na manifestação mais recente, na sexta-feira (9), ele mencionou que a revisão da norma beneficiaria a educação.
 

O economista Nelson Marconi, que está na coordenação do programa de governo, diz que está em estudo uma regra de limite para o gasto associada ao PIB.
 

"Da forma como ele está, o teto virou uma obra de ficção", diz Marconi. "Estamos avaliando uma regra que inclua um adicional além da inflação, atrelado ao PIB, mas com caráter contracíclico." Ou seja, que permita elevação de gasto em momentos de retração econômica, especialmente para que o Estado possa ter uma política social eficientes em períodos mais críticos.
 

De certo, até agora, é que o investimento vai ficar fora dessa nova regra de controle de gastos.
 

"Entendemos que investimentos precisam ser excluídos do teto, porque esse gasto tem um efeito multiplicador na economia, ajuda a melhorar a produtividade e reduzir desigualdades sociais", afirma Marconi.
 

As despesas correntes seriam atreladas ao PIB, com crescimento mais limitado. Já os investimentos seriam corrigidos com base na expansão real da arrecadação federal, que proporcionaria uma expansão maior, uma vez que, normalmente, a receita cresce mais do que o PIB.
 

A equipe econômica de Tebet também pretende fazer alterações na regra do teto, mas para resgatá-lo.
 

"A importância do teto no controle da despesa é inegável. A gente viu como ele foi importante para derrubar a taxa de juros de dois para um dígito e para reduzir a inflação", diz economista Elena Landau, coordenadora do programa econômico de Tebet.
 

"A gente precisa deixar bem explícito que qualquer flexibilização de despesa precisa estar vinculado a ganhos com reformas, e não é aquela reforma para o cara dizer que fez porque é liberal, é fiscalista, mas aquela reforma que gera recursos para economia verde, para novas tecnologias, para a recuperação do aprendizado e valorização do professor."
 

No grupo de Tebet, a discussão do teto é um pedaço de um debate maior que vai buscar a reorganização da estrutura orçamentária. Toda e qualquer economia, diz Landau, será canalizada para educação, saúde, ciência e tecnologia, consideradas as bases de um crescimento sustentável de longo prazo.
 

O QUE É O TETO DE GASTOS
 

Regra que limita as despesas do governo federal ao IPCA (índice oficial de inflação) do ano anterior. Inicialmente, aplicava-se o IPCA nos 12 meses encerrados em junho. A regra foi alterada e passou a considerar o IPCA de janeiro a dezembro. Como a proposta orçamentária é enviada antes da divulgação do IPCA oficial do ano, parte do reajuste é uma projeção do IPCA
 

O QUE ESTÁ SOB O TETO
 

Despesas obrigatórias da máquina pública (como salários) e as despesas discricionárias, que podem ser cortadas (como investimentos). Ambas fazem parte da chamada despesa primária (aquela que não considera gastos com juros)
 

O QUE ESTÁ FORA DO TETO
 

Despesas financeiras, como o pagamento de juros da dívida pública, créditos extraordinários (liberados, por exemplo, em situações de calamidade), transferências constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal, capitalização de estatais, despesas com eleições da Justiça Eleitoral e complementação de Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica)


 Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/183369-reforma-no-teto-de-gastos-e-meta-de-todos-os-presidenciaveis.html

sábado, 10 de setembro de 2022

Violência política impede mais negros em disputas eleitorais, aponta estudo

A violência política é um dos principais obstáculos para a participação de pessoas negras na política, indica pesquisa realizada pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
 

O levantamento, que conta com o apoio do Instituto de Referência Negra Peregum, identificou que o medo de sofrer esse tipo de violência aumentou entre pessoas negras que atuam politicamente devido à ascensão recente da direita mais radical no país.
 

Entre as ameaças descritas estão riscos físicos e de morte, além de agressões na internet, o que afeta a saúde mental dos candidatos e de seus apoiadores.
 

O estudo foi realizado nos meses de abril e maio, em formato que combina as metodologias quantitativa e qualitativa.
 

A análise quantitativa foi baseada nos dados dos candidatos a cargos proporcionais nas eleições de 2014 e 2018, disponibilizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na parte qualitativa, a pesquisa utilizou a técnica de entrevistas em profundidade com 27 pessoas com idades de 24 a 60 anos.
 

"Há relatos de pessoas já eleitas que sofreram violência política dentro das suas próprias Câmaras Legislativas. Mas não só isso. Há casos de ameaça física durante atos de campanha e de cyberbullying, que é outra maneira de constranger", diz João Feres, cientista político que liderou a pesquisa.
 

Para o especialista, que também é coordenador do Gemaa (Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa), da Uerj, "o fato de a extrema direita ter saído do armário no Brasil e manifestar sua intolerância abertamente faz com que as pessoas que são alvo desse ódio sintam-se inseguras".
 

A avaliação de Feres leva em conta as entrevistas realizadas no levantamento. Ainda segundo a pesquisa, para cada pessoa negra que diz se preocupar pouco com violência política, 2,5 afirmam se preocupar muito com o problema.
 

Quase metade dos entrevistados relatou espontaneamente casos de sofrimento psicológico provocados por ameaças constantes, o que leva pessoas negras a não se sentirem capazes de disputar espaços na política. Esse cenário é potencializado pelo medo de morrer.
 

A sensação de insegurança é amplificada pela pequena representação negra nas Câmaras Legislativas, dominadas por homens brancos. Ao se verem sozinhos ou em número reduzido nos espaços de poder, parlamentares negros são alvo mais frequentes de ataques ou preteridos em atividades cotidianas.
 

Segundo dados do TSE, foram eleitos 124 deputados negros em 2018, classificação que inclui pretos e pardos. Reportagem da Folha, porém, mostra que esse número é menor. Registros irregulares na identificação racial inflam artificialmente a quantidade de negros entre os 513 membros da Câmara.
 

O problema ocorre também nas Assembleias estaduais. Em alguns casos, como o de Santa Catarina, o único deputado estadual registrado como negro é, na verdade, branco, como admite o próprio parlamentar.
 

Após a reportagem da Folha, o Ministério Público Eleitoral notificou os diretórios de todos os partidos em SP e cobrou explicações sobre erros nos dados raciais no registro de candidatos a deputado federal.
 

"A violência é multicausal, pois é atribuída ao racismo, ao sexismo e ao etos da sociedade brasileira como um todo. Várias entrevistadas acusaram o aumento da violência trazido pela ascensão do bolsonarismo a partir de 2018", afirma Vanessa Nascimento, diretora-executiva do Instituto de Referência Negra Peregum.
 

Outros pontos levantados pelo estudo sobre os motivos que levam pessoas negras a desistirem de se candidatar são a falta de apoio partidário e de recursos financeiros para a campanha.
 

Segundo o estudo, o racismo é percebido não apenas na interação social, dentro e fora dos partidos, mas também como motivo determinante para as escolhas ao longo do processo de competição eleitoral.
 

Para Feres, a falta de dinheiro para as campanhas está ligada às regras de distribuição de recursos, que, devido à nova legislação, são em grande parte monopolizadas pelos partidos políticos.
 

"Esse problema espelha o nosso sistema político, que não tem um conjunto de regras para atacar a sub-representação de negros e mulheres na política. Há um esforço sendo feito a trancos e barrancos, mas as regras em vigor hoje ainda não são suficientes", afirma o cientista político.
 

Dentro dos partidos a situação tampouco é simples, e a discriminação nem sempre ocorre de maneira pronunciada. Um exemplo, segundo ele, é a decisão de legendas de priorizar nas campanhas seguintes candidatos à reeleição, dando a elas mais apoio, estrutura e financiamento.
 

"Se você já tem uma sub-representação [de negros] na política, favorecer quem busca a reeleição só reforça o status quo e acaba excluindo os negros da possibilidade de eleição", afirma Feres.
 

Ele explica que a lógica vale também para as mulheres, já que a maioria dos espaços de poder é dominada por homens brancos. "Ao aplicar critérios que na superfície são neutros em relação a desigualdades, o resultado será enviesado porque o status quo está sendo reproduzido, o que é muito desigual."

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/183286-violencia-politica-impede-mais-negros-em-disputas-eleitorais-aponta-estudo.html

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Rei Charles 3º é recebido com choro no Palácio de Buckingham após morte de Elizabeth 2ª

Em sua primeira aparição pública como rei, Charles 3º trocou palavras e apertou as mãos de diversos súditos em frente ao Palácio de Buckingham, onde milhares de pessoas se reuniam desde a manhã desta sexta-feira (9). O monarca de 73 anos chegou a Londres vindo do castelo de Balmoral, na Escócia, por volta das 14h (8h em Brasília) e, ao lado de sua mulher, Camilla Parker Bowles, olhou detidamente as flores colocadas nas grades em homenagem a sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª. Em seguida, entrou no palácio.
 

O sol convidou muitos londrinos e estrangeiros a prestar homenagens à rainha, morta na quinta-feira (8) em Balmoral, aos 96 anos. Pouco antes da chegada de Charles, ouviu-se uma salva de 96 tiros, um para cada ano vivido pela rainha, disparados por canhões nos jardins ao redor de Buckingham.
 

Mesmo que o semblante da maioria não fosse necessariamente fechado, a expressão mudava quando as pessoas eram convidadas a falar sobre a morte de Elizabeth. De cartola, colete, guarda-chuva e uma faixa preta no braço esquerdo marcando o luto, Tony Dowdeswell se emocionou ao dizer que estava com o coração partido.
 

"Mal posso colocar em palavras. A rainha foi parte da minha vida. Ela está em todo lugar. No meu bolso, nas notas e moedas. Ela está nas cartas que eu escrevo, pois seu rosto está nos selos. E agora minha rainha se foi", disse. Ele lembrou que conheceu a mãe da rainha, Elizabeth Bowes-Lyon (1900-2002), em um evento de escoteiros em 1989. "Eu tinha 18 anos e recebi um prêmio das mãos dela. Fiquei tão orgulhoso! Mas a rainha eu nunca conheci pessoalmente", lamentou.
 

Uma fila de cerca de um quilômetro se formou em volta do palácio para as pessoas que queriam se aproximar das grades e depositar flores. O casal londrino James e Barbara, que preferiu não dizer o sobrenome, estava por ali. Eles também estiveram no Jubileu de Platina da rainha, em junho deste ano, quando foram comemorados 70 anos de reinado, e em outros eventos reais no local.
 

James disse que a salva de canhões nesta tarde foi o que fez cair a ficha --e estava bem informado. Ao saber que falava com um jornalista brasileiro, disse que leu que o Brasil havia decretado três dias de luto pela rainha. Barbara falou de sua admiração pela soberana e, quando a reportagem mostrou o Cristo Redentor iluminado com as cores da bandeira britânica, ela não se segurou. "Seu país está sendo tão respeitoso com nossa rainha. É adorável", disse, com lágrimas escorrendo e voz embargada.
 

A exemplo de muitos londrinos, Luiz Carlos Chagas, funcionário do departamento cultural da Embaixada do Brasil em Londres, aproveitou a hora do almoço para prestar sua homenagem. "Meu lado brasileiro não sofre tanto, mas para o meu lado britânico, ela significava muito para mim", afirmou Chagas, há 25 anos na cidade. "Elizabeth foi um modelo para muitas pessoas, sob diversos aspectos. Morando a tanto tempo em Londres, a gente assimila parte dessa cultura", disse ele, que também esteve na cerimônia da morte da mãe da rainha em 2002.
 

Na tarde de quinta, assim a morte de Elizabeth 2ª foi confirmada, o cerimonial colocou um pequeno aviso, uma folha de papel comum enquadrada com vidro, na grade ao lado do portão principal de Buckingham. O escrito dizia: "A rainha morreu em paz nesta tarde em Balmoral. O rei e a rainha consorte ficarão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã."
 

Nesta sexta, havia uma barreira em volta, mas, na quinta, o aviso se tornou o point mais disputado para tirar selfies da cidade. "Estava meio perigoso, até. Todo mundo se espremendo para tentar chegar no anúncio", contou Tatiana Rocha, que mora em Londres há sete anos com o marido. "Eu chorei bastante quando soube da notícia. A impressão que dá é como se alguém da minha família estivesse indo embora. Não tem quem não goste da rainha. Todo mundo tem um apreço pela rainha Elizabeth... Tinha, né? Que Deus a tenha", disse.
 

"Nunca perdi uma mensagem de Natal da rainha. Em 2019, ela me marcou muito. Fiquei internada seis dias pelo NHS [sistema britânico de saúde], estávamos naquele início da [pandemia de] Covid-19. E como ela nos deu força, a todo o seu reino, a todos os seus súditos, a todos os que precisavam naquele momento! Esse pronunciamento de Natal vai ficar no meu coração. Hoje meu coração está partido, partido, partido. Eu não gosto do Charles, mas fazer o quê? God save the king".

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/183098-rei-charles-3-e-recebido-com-choro-no-palacio-de-buckingham-apos-morte-de-elizabeth-2.html