domingo, 17 de abril de 2022

Taxa extra na conta de luz deixa de ser cobrada a partir deste sábado

A partir de ontem, sábado (16), a conta de luz pode ficar mais barata, com o fim a bandeira de escassez hídrica que resultava em uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida, que encarecia os custos da energia elétrica, estava em vigor desde setembro de 2021. As informações são da Agência Brasil.

 

A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%. Isso será possível porque, com os reservatórios de quatro das cinco regiões do país mais cheios, é possível, ao operador do sistema elétrico nacional, dispensar o uso de termelétricas, que têm custo maior do que o das hidrelétricas. Apenas os reservatórios da Região Sul estão baixos, devido à estiagem que atinge a região.

 

Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês. A medida, no entanto, acabou sendo antecipada em cerca de 15 dias.

 

A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil enfrentou, em 2021, “a pior seca já registrada na história”.

 

“Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, informou, em nota, a pasta.

 

De acordo com o ministério, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. Em entrevista concedida no início da semana ao programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o secretário de Energia Elétrica do ministério, Christiano Vieira,  disse que atualmente os reservatórios estão, em média, com 70% de níveis de armazenamento, o que, segundo ele, “é muito relevante nessa época do ano”.

 

“Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, disse.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/267863-taxa-extra-na-conta-de-luz-deixa-de-ser-cobrada-a-partir-deste-sabado.html

sexta-feira, 15 de abril de 2022

A espiritualidade da Sexta-feira Santa

Neste dia, Sexta-feira Santa, que os antigos chamavam de “Sexta-feira Maior”, quando celebramos a Paixão e Morte de Jesus, o silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento. Ao contrário do que muitos pensam, a Paixão não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor, que, ao morrer, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.

É preciso manter um “silêncio interior” aliado ao jejum e à abstinência de carne. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor de Deus, que nos “deu o Seu Filho único para que quem n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). É um dia em que as diversões devem ser suspensas, os prazeres, mesmo que legítimos, devem ser evitados.

Uma prática de piedade valiosa é meditar a dolorosa Paixão do Senhor, se possível, diante do Sacrário, na Igreja, usando a narração que os quatro evangelistas fizeram.

Outra possibilidade será usar um livro para meditação como “A Paixão de Cristo segundo o cirurgião”, no qual o Dr. Pierre Barbet, francês, depois de estudar por mais de vinte anos a Paixão, narra com detalhes o sofrimento de Cristo. Tudo isso deve nos levar a amar profundamente Jesus Crucificado, que se esvaziou totalmente para nos salvar de modo tão terrível. Essa meditação também precisa nos levar à associação com a Paixão do Senhor, no sentido de tomar a decisão de “gastar a vida” pela salvação dos outros. Dar a vida pelos outros, como o Senhor deu a Sua vida por nós. “Amor só se paga com amor”, diz São João da Cruz.

No vídeo abaixo, padre Edison explica sobre a Sexta-feira Santa. Confira:

A meditação da Paixão do Senhor deve nos mostrar o quanto é hediondo o pecado. É contemplando o Senhor na Cruz, destruído, flagelado, coroado de espinhos, abandonado, caluniado, agonizante até a morte, que entendemos quão terrível é o pecado. Não é sem razão que o Catecismo diz que pecado é “a pior realidade para o mundo, para o pecador e para a Igreja”. É por isso que Cristo veio a este mundo para ser imolado como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Só Ele poderia oferecer à Justiça Divina uma oblação de valor infinito, que reparasse todos os pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares.

Celebração das 15 horas

O ponto alto da Sexta-feira Santa é a celebração das 15 horas, horário em que Jesus foi morto. É a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Nas leituras, meditamos a Paixão do Senhor, narrada pelo evangelista São João (cap. 18), mas também, prevista pelos profetas que anunciaram os sofrimentos do Servo de Javé. Isaías (52,13-53) coloca, diante de nossos olhos, “o Homem das dores”, “desprezado como o último dos mortais”, “ferido por causa dos nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes”. Deus morreu por nós em forma humana.

Neste dia, podemos também meditar, com profundidade, as “sete palavras de Cristo na Cruz” antes de Sua morte. É como um testamento d’Ele:

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”;
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”;
“Mulher, eis aí o Teu filho (…) Eis aí a Tua Mãe”;
“Tenho Sede!”;
“Eli, Eli, lema sabachtani? – Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonastes?”;
“Tudo está consumado!”;
“Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”.

À noite, as paróquias fazem encenações da Paixão de Jesus Cristo com o sermão da descida da Cruz; em seguida, há a Procissão do Enterro, levando o esquife com a imagem do Senhor morto. O povo católico gosta dessas celebrações, porque põe o seu coração em união com a Paixão e os sofrimentos do Senhor. Tudo isso nos ajuda na espiritualidade deste dia. Não há como “pagar” ao Senhor o que Ele fez e sofreu por nós; no entanto, celebrar com devoção o Seu sofrimento e morte Lhe agrada e nos faz felizes. Associando-nos, assim, à Paixão do Senhor, colheremos os Seus frutos de salvação.

Equipe de Colunistas do Formação

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/semana-santa/espiritualidade-da-sexta-feira-santa/

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Indústria discute acesso a remédio de cannabis pelo SUS

O caminho da judicialização praticado no mercado de cannabis medicinal no país começa a esbarrar na pressão de um grupo de empresas que passou a ver na questão uma ameaça à concorrência.
 

De 2019 a 2021, subiu 455% a despesa da Secretaria de Saúde de SP com as ações judiciais de pacientes que obrigam o estado a bancar os tratamentos com remédio de maconha, segundo estudo da BRCann (associação do setor) e da frente parlamentar em defesa da indústria na Alesp.
 

Ainda conforme o estudo, o governo gastou quase R$ 20 milhões no ano passado com a aquisição de remédios de cannabis por determinação judicial. Além da preocupação com o custo sobre o estado, uma parte do mercado avalia que a judicialização pode estar beneficiando algumas empresas em detrimento de outras, o que prejudica a concorrência.
 

Para resolver o problema, a ideia em projeto de lei é que o estado comprasse e fizesse a distribuição do tratamento a base de cannabis pelo SUS, segundo o deputado Sergio Victor (Partido Novo).
 

"Isso permite que o estado se programe e faça compras melhores e possa ajudar mais gente nessas compras. Hoje, o estado já gasta uma grande quantia de dinheiro anual via judicialização. A gente quer que isso entre no Orçamento", diz Victor.
 

Ele afirma que entre janeiro de 2019 e outubro de 2021, o estado gastou mais de R$ 38 milhões com importação de derivados de cannabis para fins medicinais para cumprir as decisões judiciais.
 

"Se abrisse processo licitatório e pudesse fazer uma compra de forma adequada, poderia comprar mais barato. Quando vem via judicialização, o estado tem que cumprir a medida. E na ação judicial, às vezes, a gente tem visto que a quantidade comprada para cada paciente fica acima do que o tratamento exige. Se o estado tiver o acompanhamento do tratamento, pode fazer compras melhores para atender os pacientes", diz o deputado.
 

Tarso Araújo, diretor da BRCann, diz que o debate na Alesp pode ajudar a expandir o atendimento a outros pacientes que não têm acesso à judicialização para conseguir seus tratamentos com os canabinoides.
 

"O aumento das despesas da secretaria de saúde com estes produtos é o principal sintoma de que necessitamos de uma política para ampliação do acesso", afirma.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/161907-industria-discute-acesso-a-remedio-de-cannabis-pelo-sus.html 

Casos de síndrome respiratória grave em crianças crescem, diz Fiocruz

O boletim Infogripe, divulgado semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), traz um alerta para o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. As informações são da Agência Brasil.

 

A nova edição, disponibilizada nesta quarta-feira (13) aponta que as ocorrências estão ligadas majoritariamente ao vírus sincicial respiratório (VSR) na faixa etária 0 a 4 anos. Já entre as crianças de 5 a 11 anos, os casos decorrem principalmente da covid-19 e das infecções com o rinovírus.

 

A Síndrome Respiratória é uma complicação associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

 

O novo boletim reúne dados da semana epidemiológica que vai do dia 3 ao dia 9 de abril. O levantamento leva em conta notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios.

 

Segundo a Fiocruz, as ocorrências em crianças estão com sinal de ascensão significativa em diversos estados desde fevereiro. No entanto, a curva de casos indica a possível formação de um platô, isto é, um quadro de estabilização dos níveis altos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/28941-casos-de-sindrome-respiratoria-grave-em-criancas-crescem-diz-fiocruz.html

terça-feira, 12 de abril de 2022

Médicos encontram peso de academia de 2 quilos dentro de homem em Manaus

Um homem de 54 anos, que vive em Manaus procurou o serviço médico da capital do Amazonas relatando dores de estômago, náuseas e dificuldade de evacuação. Disse que apresentava os sintomas há dois dias, mas não forneceu detalhes sobre o que poderia ter causado a condição.

 

De acordo com o que divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, ao realizarem um exame de raio-X, os médicos encontraram um peso de dois quilos, de cerca de 20 centímetros de comprimento, como os que são usados em academias de ginástica para exercícios de braço, dentro do homem.

 

O haltere estava entre o reto e o intestino grosso do paciente, que, depois do exame, admitiu ter introduzido o peso de academia no corpo para obter satisfação sexual.

 

Para retirar o objeto do paciente, a equipe sedou o homem. Inicialmente, os médicos tentaram puxar o halter com uma pinça cirúrgica, mas, como não foi possível manejá-lo, a retirada teve de ser feita por um dos cirurgiões com as mãos. Após três dias de internação, o paciente recebeu alta e se encontra bem.

 

No relato de caso, os médicos lembram da importância de os profissionais de saúde fazerem uma abordagem cuidadosa em situações assim. De acordo com eles, por causa do constrangimento, é frequente que o paciente não revele a origem do problema.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/267766-medicos-encontram-peso-de-academia-de-2-quilos-dentro-de-homem-em-manaus.html

CNJ registra queda de 61% de contaminação de Covid-19 no sistema penitenciário

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou uma queda de 61% nos casos de Covid-19 no sistema prisional e socioeducativo. Em março, foram registrados 2.893 casos da doença entre pessoas presas e funcionários do sistema, o que representa uma queda de 61% na comparação com os novos casos reportados em fevereiro. No sistema socioeducativo, houve redução de 63%, com 722 novos casos informados.

 

Mesmo com outras variáveis envolvidas, como o número proporcional de testagens realizadas, a tendência de queda dos novos casos mostra uma correlação existente entre os dados do sistema prisional e os da população em geral, divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde o início da pandemia.

 

Em linhas gerais, o cruzamento dos dados de casos e mortes pela Covid-19 entre pessoas privadas de liberdade, servidores e servidoras do sistema prisional e da população brasileira mostra que, com as entradas e saídas de forma constante das unidades prisionais, as infecções no interior do sistema acabaram seguindo o mesmo ritmo do contexto geral da doença observado no país.

 

A taxa de óbitos por Covid-19, no entanto, segue estável nas prisões. Assim como em fevereiro, no último mês foram registradas quatro mortes — três delas entre pessoas presas e um funcionário do sistema —, totalizando 661 desde o início da pandemia. Já o sistema socioeducativo acumula 120 mortes, todas entre funcionários, mas nenhuma delas registrada no último mês.
 

A cobertura vacinal com a aplicação da segunda dose ou dose única já chega a 73,9% no socioeducativo, entre adolescentes e equipes, com a ressalva de que o último censo dessa população foi divulgado pelo Sistema Nacional do Sistema Socioeducativo (Sinase) em 2019, com dados de 2017, e pode estar defasado em relação ao cenário atual.
 

No sistema prisional, a cobertura vacinal no sistema segue abaixo da média nacional: até agora, 66,7% do total de pessoas presas e servidores e servidoras receberam o ciclo completo com a aplicação da segunda dose ou dose única, ante 75,9% no restante do país. O monitoramento dos casos, óbitos e do avanço da vacinação é realizado pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ desde junho de 2020. O trabalho tem o apoio do programa Fazendo Justiça, parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com apoio do Departamento Penitenciário Nacional, para incidir em desafios no campo da privação de liberdade.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/65682-cnj-registra-queda-de-61-de-contaminacao-de-covid-19-no-sistema-penitenciario.html

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Rui Costa suspende obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados na Bahia

O governador Rui Costa suspendeu a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 em locais fechados na Bahia.  O anúncio foi feito nesta segunda-feira (11), durante visita a cidade de Ibicuí. O governador também usou as redes sociais para divulgar a decisão.  

 

A liberação vem após o estado alcançar a taxa de menos de 1.000 casos de Covid-19 (veja aqui). O decreto será publicado ainda nesta segunda-feira.

 

Ainda de acordo com o anúncio do governador, o uso obrigatório do equipamento de proteção será exigido apenas em unidades de saúde.  

 

"Hoje eu assino, mais tarde, o decreto liberando a máscara em ambiente fechado em nosso estado. Agora quero dizer para os prefeitos: nós vamos manter, e peço que vocês exijam a manutenção do uso da máscara em todo e qualquer ambiente de saúde, seja em posto de saúde, policlínica, hospital, pois em geral quem está indo nos ambientes de saúde é porque está com a saúde fragilizada ou pesquisando algum tipo de problema", explicou.
 


 

Atlético-BA é o primeiro clube do interior a ganhar dois estaduais em sequência

Com o título conquistado neste domingo (10), o Atlético de Alagoinhas se tornou o primeiro clube do interior a levantar a taça do Campeonato Baiano duas vezes seguidas. Participando pela quarta vez da final na história, o Carcará bateu o Jacuipense por 2 a 0, na Arena Valfredão. 

 

Desde 1905, quando o Baianão começou a ser disputado, o interior do estado conquistou seis títulos. Quatro deles foram no atual século - Colo Colo (2006), Bahia de Feira (2019) e Atlético de Alagoinhas (2021 e 2022). 

 

Os outros dois são do Fluminense de Feira, o único bicampeão além do Carcará, que levantou a taça em 1963 e 1969. 

 

Vale lembrar que a edição deste ano foi a primeira na história que teve apenas clubes do interior na fase de mata-mata, o que garantiu bons frutos para 2023. 

 

O Atlético ganhou, novamente, vaga direta para a fase de grupos da Copa do Nordeste e para a Copa do Brasil. O Jacuipense, vice-campeão, disputará o pré-Nordestão e a Copa do Brasil. O Bahia de Feira, terceiro colocado, também se classificou para o mata-mata nacional. 

 

Os três clubes iniciarão, agora, a caminhada na Série D do Brasileirão, que começa no próximo sábado (17). 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/61686-atletico-ba-e-o-primeiro-clube-do-interior-a-ganhar-dois-estaduais-em-sequencia.html

domingo, 10 de abril de 2022

Bicampeão! Atlético-BA vence o Jacuipense e conquista novamente o Baianão

O Atlético de Alagoinhas é bicampeão baiano. Neste domingo (10), o Carcará venceu o Jacuipense por 2 a 0 e conquistou seu segundo título estadual consecutivo. O jogo de ida havia terminado empatado em 1 a 1. 

 

Mesmo com o Valfredão lotado, o time visitante não se intimidou e se impôs, especialmente no primeiro tempo, quando abriu o placar. As principais jogadas, naturalmente, vieram da dupla Miller e Dionísio, os gols do título foram marcados por Thiaguinho e Paulinho, ex-Jacuipense. 

 

O Atlético de Alagoinhas encerra a primeira parte da temporada com campanhas históricas. Além de conquistar seu segundo título estadual, o clube avançou até as quartas de final da Copa do Nordeste, em sua primeira participação no certame. 

 

O Jacuipense, que ficou com um a menos na metade do segundo tempo, esboçou uma reação e chegou a criar chances de perigo. Mas não foi o suficiente. O clube fica para a história por disputar sua primeira final de Baianão. O Leão do Sisal chegou a ter aproveitamento de 100% nos sete primeiros jogos da fase inicial do torneio, terminando na liderança do chaveamento. 

 

Os dois finalistas do Baianão têm pela frente, agora, a Série D do Campeonato Brasileiro. Ambos estão no Grupo A4 da competição, que está marcada para começar no próximo domingo (17). 

 

CARCARÁ SAI NA FRENTE

Apesar de jogar fora de casa, o Atlético de Alagoinhas começou o jogo se impondo contra o Jacuipense. Apesar de não ter criado tantas chances no começo, o Carcará mereceu abrir o placar aos 14 minutos, com Thiaguinho. Miller chutou forte, Mota bateu roupa e a bola sobrou para o vice-artilheiro do Campeonato mandar para dentro.  

 

Jogadores do Carcará comemoram gol de Thiaguinho | Foto: Enaldo Pinto / Ag. Haack / Bahia Notícias

 

O Jacupa quase respondeu aos 20 minutos. Robinho invadiu a área pela direita e cruzou no miolo, a bola passou por Fábio Lima, mas Iran conseguiu cortar para longe. 

 

O Carcará tinha o controle absoluto da partida, mas uma confusão deixou o clima tenso aos 47 minutos. Após tentar tirar a bola de William Kaefer, o volante Leandro Sobral deixou o pé e atingiu o adversário na barriga. O tempo fechou, e o árbitro Diego Pombo Lopez aplicou cartão amarelo em ambos. 

 

A partir deste momento, o Jacuipense assustou mais. Aos 49, Eudair pegou a sobra na entrada da área e arriscou de primeira. A bola subiu demais. 

 

Jeam ainda saiu na cara do gol no minuto seguinte, após belo passe de Railan. No entanto, Fábio Lima se antecipou e, antes que o atacante pudesse chutar, ficou com a bola. 

 

LÁ E CÁ 

O Jacuipense teve a chance do empate logo no primeiro minuto do segundo tempo. Robinho cruzou na medida para Ruan Levine na área. O atacante chegou batendo, mas pegou mal na bola e ela ficou nas mãos de Fábio Lima. 

 

Aos três minutos, o Atlético de Alagoinhas respondeu com Miller. O artilheiro do campeonato arriscou da entrada da área, rasteiro, e Mota se agachou para encaixar. 

 

Aos 7, foi a vez de Dionísio arriscar da entrada da área. A bola passou raspando a trave direita do Jacuipense. O camisa 8 tentou novamente aos 10. Em jogada pela esquerda, ele invadiu a área e chutou forte para longe. 

 

No minuto seguinte, os jogadores do Jacupa ficaram na bronca com a arbitragem, pedindo pênalti. Flávio invadiu a área e caiu após choque com Bremer. Diego Pombo Lopez mandou o jogo seguir. 

 

As coisas se complicaram para o Leão Grená aos 19 minutos, quando Newton fez falta em Leandro Sobral e o árbitro aplicou o segundo cartão amarelo para o jogador, deixando o time da casa com um a menos. 

 

Ainda assim, o Jacupa teve sua grande chance aos 31 minutos. Após cobrança de escanteio, alguém cabeceou para o meio da área e Kaefer apareceu livre para chutar. A bola passou tirando tinta da trave de Fábio Lima. Inflamada, a torcida passou a gritar: "Eu acredito!". 

 

Torcida do Jacupa se fez presente em Riachão do Jacuípe e incentivou bastante o time | Foto: Enaldo Pinto / Ag. Haack / Bahia Notícias

 

Em campo, o time fez de tudo para corresponder. Aos 35, Emerson cobrou falta no ângulo, e obrigou Fábio Lima a se esticar todo para fazer uma linda defesa. 

 

O Carcará apareceu de novo aos 38. Mateus fez boa jogada pela esquerda e entregou para Emerson. Dentro da área, o volante chutou em cima de Mota. 

 

A consagração do título veio antes mesmo do apito final. Aos 47 minutos, Emerson invadiu a área e caiu após contato com Railan. O juiz marcou pênalti. Jerry bateu e perdeu, mas Paulinho, ex-Jacuipense, estava esperto no rebote e estufou as redes. 

 

Torcida do Atlético enlouquece com segundo título do Carcará | Foto: 

 

FICHA TÉCNICA
Jacuipense 0 x 2 Atlético de Alagoinhas
Campeonato Baiano - Final 
Data: 10/04/2022 (domingo)
Local: Arena Valfredão, em Riachão do Jacuípe (BA)
Horário: 16h
Árbitro: Diego Pombo Lopez (BA)
Assistentes: Elicarlos Franco de Oliveira e Daniella Coutinho Pinto (ambos da BA)
Quarto Árbitro: Josué Reis de Jesus Júnior (BA)
Cartões amarelos: Iran, Fábio Lima e Leandro Sobral (Atlético de Alagoinhas) / Newton, Radar, Isaías e Henrique (Jacuipense)
Cartões vermelhos: Newton (Jacuipense)
Gols: Thiaguinho e Paulinho

 

Jacuipense: Mota; Railan, Matheus Cabral, Renato e Evandro (Radar); Willian Kaefer, Flávio (Jeferson) e Eudair (Newton); Ruan Levine (Henrique), Robinho e Jeam (Isaías). Técnico: Rodrigo Chagas. 

 

Atlético de Alagoinhas: Fábio Lima; Paulinho, Iran, Bremer e Matheus Leal; Leandro Sobral (Jeferson), Lucas Alisson e Dionísio (Emerson); Jerry, Thiaguinho (Allef) e Miller (Lídio). Técnico: Agnaldo Liz. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/61674-bicampeao-atletico-ba-vence-o-jacuipense-e-conquista-novamente-o-baianao.html
 

Final do Baianão: Jacuipense mira primeiro título da história; Atlético quer manter troféu

O momento pelo qual Jacuipense e Atlético de Alagoinhas esperavam ansiosamente chegou. Neste domingo (10), os dois clubes do interior disputarão a final do Campeonato Baiano de 2022. O Lão do Sisal, na decisão pela primeira vez, busca, consequentemente, seu primeiro título na história. O Carcará, por sua vez, quer manter o troféu que conquistou no ano passado. A partida começa às 16h, na Arena Valfredão, em Riachão do Jacuípe. 

 

O jogo de ida, disputado no estádio Antônio Carneiro, em Alagoinhas, terminou empatado em 1 a 1. Miller e Jerry, contra, anotaram os gols. Portanto, quem vencer neste domingo leva a taça. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis. 

 

Os dois times tiveram campanhas que justificam a posição em que estão agora. O Jacuipense voou na primeira fase, garantindo a primeira colocação com 21 pontos. O time chegou a ter 100% de aproveitamento nas sete primeiras partidas, mas perdeu nas duas últimas rodadas. Na semifinal, bateu o Barcelona de Ilhéus, com um empate e uma vitória. 

 

Já o Atlético de Alagoinhas foi o segundo colocado na primeira fase, com 17 pontos. O time acumulou cinco vitórias, cinco empates e duas derrotas, um aproveitamento de 63%. Na semifinal, não deu brecha para o Bahia de Feira, e venceu as duas partidas. 

 

O confronto deste domingo coloca frente a frente, também, os dois melhores ataques da competição. O Jacupa anotou 21 gols até aqui, contra 20 do Atlético. O artilheiro do campeonato é Miller, com seis gols, seguido de perto por Thiaguinho, do Carcará, e Jeam, do Leão do Sisal, que têm quatro gols cada. 

 

No retrospecto geral entre as equipes, são cinco vitórias do Atlético, duas do Jacuipense e quatro empates em 11 jogos. 

 

Vale lembrar que o campeão baiano deste ano levará para casa a premiação de R$ 135 mil. O vice ficará com R$ 100 mil. 

 

Dúvidas e desfalques

O técnico Rodrigo Chagas, do Jacuipense, não terá o meia Danilo Rios à disposição. O jogador foi expulso na primeira partida da decisão. Outra dúvida é o atacante Welder, que sentiu dores na coxa no confronto de ida. Por outro lado, Ruan Levine e Caíque Sá, recuperados, devem retornar. 

 

Do lado do Atlético de Alagoinhas, o técnico Agnaldo Liz só não poderá escalar o lateral Edson, expulso no Antônio Carneiro. A tendência é que ele repita a escalação que começou a partida em Alagoinhas - Edson entrou no decorrer do jogo, no lugar de Paulinho, na ocasião. 

 

FICHA TÉCNICA
Jacuipense x Atlético de Alagoinhas
Campeonato Baiano - Final 
Data: 10/04/2022 (domingo)
Local: Arena Valfredão, em Riachão do Jacuípe (BA)
Horário: 16h
Árbitro: Diego Pombo Lopez (BA)
Assistentes: Elicarlos Franco de Oliveira e Daniella Coutinho Pinto (ambos da BA)
Quarto Árbitro: Josué Reis de Jesus Júnior (BA)

 

Jacuipense: Mota; Railan, Wesley, Matheus Cabral e Evandro; Willian Kaefer, Flávio e Jefferson; Ruan Levine, Robinho e Henrique (Welder). Técnico: Rodrigo Chagas. 

 

Atlético de Alagoinhas: Fábio Lima; Paulinho, Iran, Bremer e Matheus Leal; Leandro Sobral, Lucas Alisson, Dionísio e Miller; Jerry e Thiaguinho. Técnico: Agnaldo Liz.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/61667-final-do-baianao-jacuipense-mira-primeiro-titulo-da-historia-atletico-quer-manter-trofeu.html

Projeto da maior mina de urânio do Brasil ganha aval para avançar

O processo de licenciamento do que hoje é o maior empreendimento de exploração de urânio do Brasil, o Projeto Santa Quitéria, no Ceará, voltou a andar. Nesta nova rodada de análises, as audiências públicas já foram liberadas pelo Ibama (Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Os debates devem ocorrer nos próximos três meses e prometem ser intensos.
 

O projeto está localizado entre os municípios de Santa Quitéria e Itatira, a 217 km de Fortaleza. Prevê um investimento de R$ 2,3 bilhões e a geração de 11 mil empregos para a exploração de uma abundante reserva de urânio associada ao fosfato, matéria-prima para indústrias de fertilizantes e rações.
 

Movimentos sociais, indígenas e pesquisadores vêm combatendo o projeto. O grupo produziu estudos e pareceres que apontam riscos de contaminação por radiação, tem realizado lives sobre o tema, promove passeatas e alguns integrantes já percorreram até gabinete de deputados em Brasília pedindo que se posicionem contra o plano.
 

Esses críticos batem de frente com o governo Jair Bolsonaro (PL), que colocou a mineração de urânio na lista de prioridades. Em 2019, foi lançado um ambicioso plano que prevê construção de seis usinas nucleares até 2050, num investimento de R$ 30 bilhões. O projeto de Angra 3 foi resgatado. Recentemente, Thiago Barral, presidente da EPE (Empresa de Planejamento Energético), defendeu o uso de pequenos reatores para ajudar a transição energética no país.
 

O ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, é um entusiasta da fonte nuclear e tem se empenhado para viabilizar a agenda. O governo conseguiu reativar, em 2020, a mina de Caetité, na Bahia, que estava parada há cinco anos. A jazida de Santa Quitéria é estratégica nesse plano.
 

No Brasil, o Estado detém o monopólio de exploração e processamento das substâncias radioativas, que também são consideradas de segurança nacional. Cabe à estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil) representar o poder público na operação desses materiais. Ela será responsável pelo processamento do urânio em Santa Quitéria.
 

Segundo Rogério Mendes Carvalho, diretor de Recursos Minerais da INB, esse projeto vai colocar o Brasil em outro patamar na produção de urânio. Pelas estimativas, vai produzir 2.300 toneladas de concentrado por ano, três vezes mais que a demanda nacional, já incluindo as necessidades adicionais para a operação de Angra 3. Hoje o Brasil precisa importar urânio.
 

O fosfato, por sua vez, é matéria-prima de fertilizantes e a ampliação de sua produção está no plano nacional para a área, lançado pelo governo em março.
 

Caberá à empresa privada Fosnor, subsidiária de transporte e manuseio de fertilizantes da Galvani, cuidar dos produtos fosfatados. A projeção é que o projeto vai atender 3,5% do consumo nacional de fertilizantes fosfatados e 23% da demanda das regiões Norte e Nordeste, incluindo a área de Matopiba, nova fronteira do agronegócio, além de oferecer fosfato bicálcico para nutrição animal.
 

Nada disso, porém, alivia a desconfiança de quem vive na região da jazida. "Dizem que esse projeto vai trazer emprego, desenvolvimento, mas também pode trazer morte e está tirando o nosso sono", afirma Aroerê Tabajara, que adotou o nome de Elvis, e mora na aldeia Olho da Guinha, na área de influência do projeto.
 

Nessa região estão 35 aldeias de oito etnias. Além da Tabajara, há representantes de Potyguara, Gavião, Tubiba-Tapuia, Kanindé, Karão Jaguaribara, Anacé e Tapeba. Há ainda 16 quilombos e várias pequenas propriedades rurais. A sede do município fica a 62 km da mina.
 

Elvis garante que se depender da mobilização local, o projeto volta para gaveta. Essa é a terceira tentativa do governo conseguir a licença. Na primeira, em 2007, o pedido de autorização previa apenas a exploração do fosfato e foi protocolado no órgão ambiental estadual. O Ministério Público suspendeu o processo em 2010 ao entender que a presença do urânio jogava a discussão para a esfera federal.
 

Na segunda tentativa, em 2010, o governo entrou com o pedido no Ibama e na Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear). O processo passou por audiências públicas em 2014 e teve a licença negada em 2019 pelo órgão ambiental. A nova rodada começou em 2020, no meio da pandemia.
 

Contaminação de ar e água com radiação é a principal preocupação. O processo de mineração libera material particulado que é carregado pelo vento e tende a se acumular no ambiente. A mina do projeto Santa Quitéria é a céu aberto, facilitando a dispersão de material radioativo e minérios pesados.
 

"Nós estamos no semiárido, e a população rural usa coletores que acumulam a água da chuva para o consumo no período mais seco", diz Erivan Silva, morador que aderiu ao movimento antinuclear. "O pó vai se acumular nas casas? Pode contaminar a água?"
 

O conflito em relação à água tem um agravante. O governo do Ceará se comprometeu a construir uma adutora de 64 km ligando o açude Edson Queiroz à área da mina, com capacidade para transportar 1.036 m³/hora, sendo 855 m³/hora para a mineração. O restante vai atender algumas comunidades. Numa região em que as pessoas dependem de carro-pipa para beber água e não conseguem plantar para comer, a contribuição do estado para a mineração repercute muito mal, explica Erivan.
 

A pesquisadora e médica Raquel Rigotto, especialista em saúde coletiva da UFC (Universidade Federal do Ceará), que acompanha o projeto, reclama da falta de transparência de dados vitais para a comunidade entender os riscos do projeto. Conta que o licenciamento é fragmentado entre o ambiental, que corre no Ibama, e o nuclear, que cabe à Cnen. Moradores da região e os pesquisadores não têm acesso aos dados nucleares na Cnen.
 

"A maior parte das informações é considerada estratégica e permanece em sigilo, o que nos autoriza a pensar no pior", diz ela, reforçando que há uma longa lista de tipos diferentes de cânceres que podem ser causados pela exposição à radiação, além de alterações psicológicas, dependendo das concentrações e do tempo de exposição a materiais radioativos.
 

Uma dúvida dos pesquisadores é qual o nível de radiação no fosfato que será dirigido ao agronegócio. Não há dúvida de que o teor de radiação é superior ao de jazidas não associadas ao urânio, mas não se sabe quanto, nem quais seriam as peculiaridades para o seu uso no dia a dia no campo.
 

A Galvani afirma que foi desenvolvida uma tecnologia que separa o urânio do ácido fosfórico, assim, os produtos fosfatados serão livres de urânio e impurezas. No entanto, os pesquisadores querem entender o processo no detalhe.
 

O pesquisador de medicina do trabalho Paulo Pena, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma que as dúvidas no Ceará procedem. Paiva participou de um estudo sobre os impactos da mina de Caetité, que alimenta um longo histórico de controvérsias entre a INB e o Ministério Público Federal.
 

O estudo teve seis linhas de investigação, para averiguar o impacto da radiação sobre os trabalhadores e a comunidade, e incluiu entrevistas, visitas a campo, medições de radiação e análise de dados coletados entre 2012 e 2019. O grupo inclui representante do Criidad (Comissão de Pesquisa e Informação Independente sobre a Radiatividade), entidade que atua no monitoramento da radiação na França, o segundo maior gerador de energia nuclear do mundo, com mais de 50 usinas em operação.
 

"Em síntese, encontramos evidências de riscos radioativos para os trabalhadores, especialmente os terceirizados, e para toda a população na área de influência da mina", diz Paiva.
 

Segundo ele, foram identificados níveis de metais pesados acima do normal em poços artesianos, e alguns foram lacrados. Houve registro da infiltração da área de mineração, com contaminação de lençóis subterrâneos. Não havia vigilância epidemiológica para acompanhar a incidência de câncer.
 

"A radiação é cumulativa e quando alguém trata um câncer, vai para uma cidade maior, assim, apesar de os registros de câncer na região serem mais altos que no resto do estado, seria preciso um trabalho apenas sobre isso", diz Paiva.
 

Em seu relatório, a entidade francesa questionou a falta de dados sobre o monitoramento da radiação gama, da deposição de poeira radioativa, da contaminação dos solos, da contaminação da água da chuva e da cadeia alimentar, bem como o fato de nem os trabalhadores saberem a que níveis de radiação eram expostos.
 

"No Brasil, a energia nuclear foi desenvolvida pelos militares, o que alimenta até hoje a cultura do sigilo", diz Raoni Adão Jonusan, doutor em Ciências e Técnicas Nucleares pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), um defensor do uso da energia nuclear em diferentes áreas de conhecimento.
 

"É preciso mudar isso, porque as pessoas têm direito a conhecer e a monitorar os riscos, e cobrar para que os melhores procedimentos sejam implantados. Sem isso, as pessoas vão continuar trabalhando contra o que não conhecem."
 

A assessoria de imprensa da INB destacou à reportagem que já tem feito um trabalho de esclarecimento da população na área da mina de Caetité, divulgando e explicando dados de monitoramento ambiental. Diz também que esforço de comunicação inclui explicar que a radiação é naturalmente mais elevada na região pelo volume de minério concentrado na jazida. O mesmo trabalho será feito no Ceará.
 

Destacou também que o projeto "irá trabalhar com o urânio em seu estado natural, ou seja, na forma como é encontrado na natureza, que tem como característica a baixa emissão de radiação". Sendo assim, "em níveis que não oferecem riscos à saúde das pessoas do entorno e daquelas que trabalharão na operação".
 

Ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, um entusiasta da energia nuclear, trabalha pelo avanço de projetos ligados ao urânio 22.02.22 - Pedro Ladeira/Folhapress **** A INB disse ainda que o projeto conta com o Programa de Monitoração Radiológica Ambiental Pré-Operacional, que vai monitorar os radionuclídeos no ar, água superficial e subterrânea, solo, vegetação e peixes durante dois anos antes do início da operação para caracterização do local do empreendimento. Este programa já foi submetido à Cnen para aprovação.
 

Na avaliação do MME, todos os temores sobre o projeto de Santa Quitéria poderão ser sanados no debate público sobre energia nuclear que acompanha o licenciamento.
 

"O projeto do Complexo Industrial Santa Quitéria - Itataia se encontra em fase de obtenção de licenciamento ambiental, para o que deverão acontecer audiências públicas, a serem convocadas pelo órgão ambiental, as quais contribuirão para a devida instrução técnica do projeto, bem como para a integração com a comunidade local e regional", disse em nota enviada à Folha.
 

"Previamente às audiências, ocorrerão diversas reuniões com grupos de interesse no conhecimento específico de temas e dúvidas sobre o projeto (procuradores federal e estadual na região; deputados estaduais e vereadores das cidades da área do projeto, órgãos de classe, e outros já identificados)."
 

Em nota enviada à Folha, o Ibama destacou que é importante esclarecer que o processo de licenciamento envolve um conjunto de etapas, que estão sendo seguidas pelo órgão.
 

A reportagem entrou em contato com a Cnen, a prefeitura de Santa Quitéria e com o governo do estado do Ceará, mas não obteve retorno.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/161342-projeto-da-maior-mina-de-uranio-do-brasil-ganha-aval-para-avancar.html

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Professor "Carlos Cobra", referência na matemática, morre em Salvador

 



Morreu nesta sexta-feira (08), em Salvador, o professor José Carlos dos Anjos, aos 68 anos. Ele era referência em matemática, área de sua formação, e lecionou por décadas.

“Professor Carlos Cobra”, como era conhecido entre colegas, amigos e gerações de alunos, lecionou e dirigiu o extinto Colégio Estadual Mário Costa Filho, Colégio Dr. Luís Coelho e Colégio Estadual Professora Simone Simões Neri.

O professor também foi um militante ativo na política de Alagoinhas, quando jovem, e, em seguida, em Inhambupe. Sua capacidade de oratória também se destacou por onde passou por longos anos de sua vida.

A Prefeitura Municipal de Inhambupe e as escolas citadas em atividade, por nota, lamentaram a morte de Carlos e publicaram Nota de Pesar



Fonte: https://www.ronaldoleitenews.com.br/2022/04/professor-carlos-cobra-referencia-na.html