segunda-feira, 13 de julho de 2020

Geral Sirius: acelerador de elétrons revela detalhes do novo coronavírus

O Sirius, nome da nova fonte de luz síncrotron brasileira, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), realizou os primeiros experimentos em uma de suas linhas de luz nesta semana. A primeira estação de pesquisa a entrar em funcionamento é capaz de revelar detalhes da estrutura de moléculas biológicas, como proteínas virais.
Cristal da proteína do novo coronavírus coletado para ser submetido à análise
Cristal da proteína do novo coronavírus coletado para ser submetido à análise - Divulgação/CNPEM
Nessas análises iniciais, pesquisadores do CNPEM observaram cristais de uma proteína  imprescindível para o ciclo de vida do vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus. Os primeiros resultados revelam detalhes da estrutura dessa proteína, importantes para compreender a biologia do vírus e apoiar pesquisas que buscam novos medicamentos para a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
primeira estação de pesquisa a entrar em funcionamento no Sirius é a linha de luz Manacá, dedicada a cristalografia de proteínas. Usando a difração de raios X esta linha de luz é capaz de revelar a posição de cada um dos átomos que compõem a proteína estudada, o que auxilia os pesquisadores a investigar a sua ação no organismo e sua interação com moléculas que têm potencial para o desenvolvimento de fármacos.
Além do Sirius, há outros aceleradores no mundo estudando as moléculas do coronavírus. “Há mais de 200 estruturas de pedaços do coronavírus depositada no banco de dados internacional, mas a nossa [fonte de luz síncrotron], já é uma das melhores em termos de resolução, já estamos competitivos comparados com outros experimentos. é uma corrida, tem muitos pesquisadores no mundo tentando fazer isso, estamos colhendo pistas, e isto que está sendo feito em vários aceleradores. Os pesquisadores querem olhar a estrutura e testar ligantes que podem ser candidatos a fármacos”, disse a pesquisadora do CNPEM que coordena a primeira estação de pesquisa a entrar em operação, Ana Carolina Zeri.
Neste primeiro experimento no Brasil foi analisada a 3CL Protease, do SARS- CoV-2. “Também conhecida por Mpro, essa molécula, em formato que lembra um coração, é uma das principais proteases do vírus, essencial para seu ciclo de vida. Essas proteases, fundamentais para a replicação viral, são alvos conhecidos para o desenvolvimento de medicamentos, já que, ao inibir essas proteínas, é possível interferir na proliferação do vírus. Inclusive, as primeiras drogas para HIV foram desenvolvidas mirando proteases do vírus e as drogas com essa ação estão presentes nos coquetéis utilizados para HIV, até hoje”, explicou a pesquisadora da força tarefa do CNPEM contra covid-19, Daniela Trivella.
Imagem em 3D de proteína do novo coronavírus obtida no Sirius.
Imagem em 3D de proteína do novo coronavírus obtida no Sirius. - Divulgação/CNPEM
O início dos experimentos nas instalações do Sirius envolve um minucioso processo de testes, no qual milhares de parâmetros são avaliados para garantir a geração de dados precisos. “Para constatar que a estação de pesquisa está dentro dos parâmetros projetados, gerando resultados confiáveis, resolvemos primeiramente a estrutura de proteínas bem conhecidas, como lisozima – uma molécula presente na nossa lágrima e saliva. Reproduzimos as medidas esperadas para essas amostras-padrão e, então, ao verificarmos a boa performance da máquina, seguimos para a coleta de dados de experimentos reais, com cristais de proteínas do SARS-CoV-2”, explica Ana Carolina Zeri. 

Primeiros experimentos

A amostra analisada nos primeiros experimentos no Sirius foi a proteína 3CL do SARS-CoV-2. Produzida e cristalizada no Laboratório Nacional de Biocências (LNBio), do CNPEM, a 3CL participa do processo de replicação do vírus dentro do organismo durante a infecção.
“Inicialmente, reproduzimos a estrutura de uma proteína já conhecida para testar os resultados gerados pela Manacá. Com a obtenção de dados confiáveis e competitivos, vamos aprofundar os estudos em biologia molecular e estrutural que integram nossa força-tarefa contra o SARS-CoV-2. Temos vários grupos de pesquisadores mobilizados para investigar os mecanismos moleculares relacionados à atividade dessa proteína, buscar inibidores de sua atividade, estudar outras proteínas virais, gerar conhecimentos que podem apoiar o desenvolvimento de medicamentos contra a doença”, detalhou o Diretor do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Kleber Franchini.
Os próximos passos da pesquisa do CNPEM integram a Rede Vírus MCTI, comitê de assessoramento estratégico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações que atua na articulação de Unidades de Pesquisa envolvidas no combate ao coronavírus.

Sirius está aberto aos pesquisadores

“Além do nosso compromisso com a agenda pública de pesquisas com o SARS-CoV-2, coordenada pelo MCTI, o início da operação da Manacá vai beneficiar a comunidade científica de todo o País. Pesquisadores dedicados a estudar os detalhes moleculares relacionados à doença poderão submeter, a partir da próxima semana, propostas de pesquisa para utilizar essa linha de luz”, anunciou o Chefe da Divisão de Materiais Moles e Biológicos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) do CNPEM, Mateus Cardoso.
Para utilizar o Sirius, as propostas de pesquisa da comunidade científica passarão por uma avaliação técnica dos especialistas do LNLS. “Neste momento, consideramos que a máquina está em fase de comissionamento científico (fase final de testes), realizando experimentos ainda em condições que impõem algumas limitações. Entretanto, em resposta à crise causada pela covid-19, optamos por disponibilizar antecipadamente essa ferramenta aos pesquisadores que já têm familiaridade com experimentos de cristalografia de proteínas, para que eles possam avançar no entendimento molecular do vírus”, ponderou o Diretor do LNLS, Harry Westfahl Jr.
Dentre as 13 estações de pesquisa do Sirius previstas para a 1ª fase do projeto, duas delas tiveram as montagens priorizadas, desde o início da pandemia, por permitirem estudos sobre o vírus e sua interação com células humanas. Além da Manacá, a equipe do projeto corre contra o tempo para entregar, ainda nos próximos meses, a linha de luz Catereté, voltada a técnicas de Espalhamento Coerente de Raios X, onde será possível produzir imagens celulares tridimensionais de alta resolução.
O diretor-geral do CNPEM e do projeto Sirius, José Roque, destaca que, em resposta à uma situação emergencial, a comunidade científica está sendo chamada a apresentar suas propostas de pesquisa em SARS-CoV-2. “Começamos a oferecer condições de pesquisa inéditas para os pesquisadores do país. Neste momento, em que se fala tanto da importância da ciência e tecnologia para a solução de problemas, estamos diante de uma máquina avançada, projetada por brasileiros e construída em parceria com a indústria nacional. Espero que, cada vez mais, todos os setores da sociedade reconheçam a importância da ciência para a solução dos nossos problemas e as capacidades que temos no país”, conclui.

Sirius

Projetado e construído por brasileiros, o Sirius é uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo. Este grande equipamento científico possui em seu núcleo um acelerador de elétrons de última geração, que gera um tipo de luz capaz de revelar a microestrutura de materiais orgânicos e inorgânicos. Essas análises são realizadas em estações de pesquisa, chamadas linhas de luz. O Sirius irá comportar diversas linhas de luz, otimizadas para experimentos diversos, e que funcionarão de forma independente entre si, permitindo que diversos grupos de pesquisadores trabalhem simultaneamente, em diferentes pesquisas nas mais diversas áreas, como saúde, energia, novos materiais, meio ambiente, dentre outras. Sirius é financiado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.
Edição: Aline Leal
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-07/sirius-acelerador-de-eletrons-revela-detalhes-do-novo-coronavirus

ACM Neto cogita sugerir adiamento do Carnaval 2021 para evitar cancelamento



A fim de evitar o cancelamento do Carnaval 2021, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse que cogita propor um adiamento conjunto aos governos do Rio de Janeiro, São Paulo e demais grandes cidades que também recebem a festa. A medida é relevante porque o país ainda enfrenta a pandemia do novo coronavírus, portanto entre fevereiro e março, quando a festa tradicionalmente acontece, é provável que a livre circulação de pessoas e as aglomerações típicas do evento ainda não sejam permitidas.

"Primeiro, aguardar pra ver se teremos uma vacina que possa assegurar a imunidade. (...) Se não der pra fazer com segurança, irei propor para os prefeitos das principais cidades que fazem o Carnaval no Brasil, inclusive os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro, e outros colegas prefeitos, para que a gente pense talvez num adiamento conjunto do Carnaval no ano que vem", revelou o democrata em entrevista à CNN, ao ser questionado sobre o assunto, neste domingo. Para ele, realizar a festa entre maio e junho do próximo ano pode ser uma solução.

Mas isso, claro, "sem atrapalhar os festejos juninos", garantiu o prefeito da capital baiana. Ele ressaltou que pode antecipar feriados municipais, como inclusive foi feito neste ano, para criar um Carnaval fora de época.

"Todo mundo sabe que além de prefeito, eu sou um carnavalesco nato. Eu amo Carnaval e toda vez que lembro que até novembro iremos tomar uma decisão nesse assunto, me aperta o coração", ressaltou. Já em seu segundo mandato, ACM Neto encerrará sua gestão à frente da Prefeitura de Salvador em dezembro.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250673-acm-neto-cogita-sugerir-adiamento-do-carnaval-2021-para-evitar-cancelamento.html

Brasil não consegue por em prática promessas de testes de coronavírus

"Teste, teste, teste. Teste todo caso suspeito. Se for positivo, isole e descubra de quem ele esteve próximo". Replicada no início da epidemia, a frase do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, se viu atropelada pelo desenrolar da Covid-19 no Brasil.

A ampliação da testagem ficou na promessa - ou nas promessas, pois não foram poucas.

A principal delas foi a previsão de ofertar 46 milhões de testes até setembro. Seriam 24 milhões de testes moleculares (que verificam a presença de material genético do vírus em amostras das vias respiratórias) e 22 milhões de testes rápidos (que verificam a presença de anticorpos a partir de amostras de sangue).

Até agora, porém, só 12,3 milhões desses testes foram distribuídos aos estados, abaixo do previsto em cronograma inicial do programa Diagnosticar para Cuidar, que apontava 17 milhões até o fim de maio.

A testagem brasileira - foram feitos no SUS 1,2 milhão de testes moleculares, considerados mais precisos, e, se somados os da rede privada, 2,1 milhões - ainda é considerada baixa para uma população de 210 milhões e atrai críticas recorrentes.

Questionado, o Ministério da Saúde não informou o total de testes rápidos aplicados na rede pública. Com a rede particular, diz, chega a 2,6 milhões.

Mesmo com a oferta limitada, o país é hoje o segundo em número de casos registrados da Covid-19, com mais de 1,8 milhão de pessoas infectadas, menos apenas do que os EUA, que já contam mais de 3,2 milhões, um quarto do total global. Mas especialistas indicam que o Brasil ainda tem forte subnotificação.

Para o sanitarista Cláudio Maierovitch, a ausência de testes dificulta saber o número real de casos da doença no país e controlar a epidemia. "Testar um caso, rastrear contatos, testá-los e isolar é o que permite o controle da doença onde ela está acontecendo", afirma. "Sem testes, não se chega aos contatos dos contatos, e a investigação para no primeiro elo da cadeia [de disseminação]."

Nos últimos cinco meses, o ministério fez diferentes anúncios sobre testes. Além do aumento na quantidade, os planos envolviam coleta de amostras de pacientes com sintomas leves e expansão de laboratórios.

Boa parte dessas medidas ficou só no papel. Um raro avanço ocorreu na capacidade de laboratórios públicos, que foi de 1.600 testes por dia, em março, para atuais 14 mil.

Outras ainda não vingaram por completo, como a ideia de realizar 30 mil testes em um centro de diagnóstico instalado em parceria com a rede Dasa, que receberia insumos e amostras da rede pública.

Até esta última semana, o centro realizava no máximo 3.500 testes por dia. Em contrato, que falava em ampliação progressiva, a previsão era que já fossem feitos entre 13,5 mil e 18 mil por dia na fase atual. "Vamos crescer essa capacidade conforme a entrega de equipamentos do ministério e a capacidade dos municípios de enviarem amostras", diz o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.

Também em abril e maio, o ministério anunciou que iria instalar postos drive-thru em cidades acima de 500 mil habitantes para testar casos leves. Mas a medida -cujas amostras seriam enviadas a Dasa e Fiocruz, por exemplo- não foi implementada.

Também ficou pela metade a ideia de usar o Telesus, sistema telefônico criado no fim de março para orientar a população sobre sintomas de Covid-19, como mecanismo de rastreamento de contatos de casos confirmados e oferta de testes a grupos de risco.

"Nossa intenção era transformar o Telesus em um grande sistema de rastreamento", diz o ex-secretário de Atenção Primária Erno Harzheim, que era da gestão de Luiz Henrique Mandetta. Questionado sobre a medida, o ministério não respondeu.

Com o atraso, a pasta anunciou no fim de junho uma nova estratégia, que prevê usar centros de atendimento a Covid na atenção básica para coletar amostras também de casos leves, e não apenas os que chegam graves a hospitais.

Até agora, 807 desses centros já foram habilitados. Segundo Mauro Junqueira, do Conasems (conselho de secretários municipais de saúde), municípios esperam apenas a entrega de insumos para iniciar a coleta, ainda sem prazo específico. Ele admite que o total aplicado de testes ainda é baixo. "Mas esperamos virar o jogo."

Para Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass, que reúne gestores estaduais, a estratégia inicial de testagem no país foi confusa.

"Nossos laboratórios não estavam preparados e houve em alguns casos falta de swab [instrumento usado para coleta de amostras respiratórias, similar a um cotonete] e de testes PCR, e, assim que chegaram os testes rápidos em alguns estados, já tínhamos uma curva muito acentuada da doença."

Segundo Marco Krieger, vice-presidente de inovação e produção da Fiocruz, um dos problemas do atraso na ampliação de testes foi a falta inicial de informações sobre o vírus.

O cenário mudou com a chegada do vírus à Europa e a declaração de pandemia -o que levou à dificuldade de obter insumos e à necessidade de ampliar a produção, estimada inicialmente em 50 mil testes. Até agora, foram entregues pela Fiocruz 5,2 milhões de testes. A previsão é chegar a 11,5 milhões até setembro.

"O primeiro gargalo foi a produção, mas isso já está superado", diz ele, segundo quem há agora outros a enfrentar, "como insumos de coleta e logística das amostras".

A concorrência por insumos e problemas de logística também são apontados pelo ex-ministro da Saúde Nelson Teich. "Nossa expectativa era em junho fazer já 60 mil testes por dia."

Procurado, o Ministério da Saúde diz que começou a busca por testes ainda em janeiro, mas que a corrida global provocou falta de insumos. Segundo a pasta, uma operação de compra de 15 milhões desses materiais começou a ser feita com apoio da Fiocruz em abril. Desse total, 1 milhão já foi distribuído, e a previsão é entregar outros 200 mil por semana.

Em nota, o ministério diz ainda que "está ampliando a capacidade de testagem na rede" e que mantém a previsão de entrega de 46 milhões de testes. Mas não informou quantos já foram adquiridos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85086-brasil-nao-consegue-por-em-pratica-promessas-de-testes-de-coronavirus.html

Cresce na Europa pressão contra produtos brasileiros



De terno e gravata, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segura um gigantesco palito de fósforo aceso e ri, enquanto a floresta queima a fundo. "Boicote Bolsonaro", diz o título no site de campanha homônima -- que até as 20h desta sexta (10) já tinha sido assinada por 384.704 pessoas.

Lançada pela Campact!, a ação pede que supermercados europeus parem de comprar alimentos brasileiros de empresas que "queimam a floresta com a maior crueldade dos últimos dez anos". "Apenas a pressão econômica ajuda", diz o texto da campanha, que se dirige nominalmente a grandes redes europeias como Aldi Nord, Edeka e Lidl.

Imagem: Reprodução / Aktion Campact

As companhias não ficam surdas. "Só adquirimos carne fresca do Brasil de matadouros que aderiram ao Acordo sobre Bovinos. Podemos descartar qualquer associação com o desmatamento da Amazônia", escreve a alemã Aldi Nord em sua Política de Compras de Produtos Animais.

O documento garante também que mercadorias brasileiras vendidas em suas lojas "levam em consideração aspectos sociais como trabalho forçado, direitos dos povos indígenas e proteção das reservas".

A questão fundiária é a preocupação prioritária de ações europeias recentes, mais especificamente o projeto de lei 2.633/2020, que facilita a regularização fundiária no país, apelidado de "Lei da Grilagem".

Em maio, 40 grandes empresas europeias de varejo mandaram carta ao Congresso dizendo que deixariam de comprar produtos brasileiros se o texto for aprovado.

Elas afirmam que, ao legalizar a produção privada em terras públicas, a proposta "encoraja mais invasões e incentiva o desflorestamento".

O projeto de lei motivou também a ação de grandes fundos de pensão e de investimento privado europeus que escreveram para embaixadas na semana passada pedindo uma reunião para tratar do desmatamento e deixando implícito o risco de retirar dinheiro do Brasil.

O volume investido no país por essas entidades, de algumas centenas de milhões de dólares, não é significativo se comparado aos trilhões que elas administram globalmente, mas, como disse em entrevista à Folha Jan Erik Saugestad, principal executivo do fundo norueguês Storebrand, que liderou a ação, "importa mais a ação conjunta de várias companhias, o setor amplo dos fundos atuando na mesma direção".

Ao menos dois resultados ele já obteve. O primeiro foi uma reação de brasileiros que administram as grandes companhias que recebem esses investimentos dos fundos. Em carta ao vice-presidente Hamilton Mourão, 38 executivos de setores como agronegócio e mineração cobraram medidas concretas para frear o desmatamento e as queimadas.

A segunda conquista de Saugestad foi ter seu grupo "recebido virtualmente" pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, numa conversa da qual participaram seis ministros: Braga Netto (Casa Civil), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Tereza Cristina (Agricultura), Fábio Farias (Comunicações), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Da reunião participou também o presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Sergio Segovia, a quem o governo delegou a responsabilidade de promover uma campanha para reverter os danos à imagem do Brasil e de sua política ambiental na Europa.

Já faz muito tempo, porém, que o risco ambiental deixou de ser uma questão de comunicação. Os investidores, assim como os consumidores da campanha de boicote a supermercados e os eurodeputados que escreveram ao Congresso brasileiro, querem mais do que palavras e têm exigências específicas.

Além do PL 2.633/20, eles querem barrar a proposta de alterar o sistema de licenciamento ambiental (PL 3.729 / 2004) e a que trata de pesquisa e extração de recursos em terras indígenas (PL 191/2020).

A pauta ambientalista vem amadurecendo há anos na União Europeia e mobiliza hoje uma parcela considerável de consumidores -- e, em alguns países, de eleitores.

O partido Verde alemão já está estruturado há décadas, e os de outros países, embora não tenham o mesmo peso, já chegaram ao governo na Áustria (em coligação com os conservadores), têm um bloco próprio no Parlamento Europeu e conseguiram um sucesso suficiente nas eleições municipais da França para incomodar o presidente Emmanuel Macron, que declarou prioritários temas de sustentabilidade.

Mais do que uma expansão ideológica, sustentabilidade na União Europeia significa política pública e regulamentação, com efeitos práticos na produção agrícola e industrial, nas decisões de investimento e na distribuição de verbas públicas.

O chamado Green Deal, um conjunto de ações estratégicas para tornar a economia europeia menos agressiva ao clima e à biodiversidade lançado no final do ano passado, deve ser ainda mais reforçado após a pandemia de coronavírus." Reconstrução sustentável" é o lema da Comissão Europeia e do Conselho da UE, agora presidido pela chanceler alemã, Angela Merkel.

Na prática, isso quer dizer que, se o bloco vai levantar empréstimos para impulsionar a economia após a crise da Covid-19, não há melhor oportunidade para acelerar a transição para energias mais limpas, neutralidade na emissão de gás carbônico e processos que protejam o ambiente.

A estratégia impulsiona a regulação pública -- criando limites mais restritos para o uso de químicos, por exemplo -- e privada -- como a que impede que os fundos de investimento coloquem recursos em atividades que agridem o meio ambiente.

"O verde é o novo preto", dizem analistas de negócios, colocando em alta as reurbanizações e construção de ciclovias, as reformas para melhorar o isolamento térmico de casas antigas, veículos elétricos, digitalização que economize deslocamentos, agricultura orgânica, redução de resíduos e outras atividades correlatas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85089-cresce-na-europa-pressao-contra-produtos-brasileiros.html

Ministério da Agricultura produz série para melhorar imagem do país no exterior



Com a imagem do Brasil desmoralizada no exterior, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, criou uma série para tentar melhorar a situação do agronegócio. O primeiro vídeo localiza no mapa do país a origem do suco de laranja, do açúcar, da soja e do café do Brasil.

"Produzidos em harmonia com as florestas, áreas de preservação e importantes biomas, como a Amazônia", narra o locutor, em inglês, no vídeo que tem cerca de dois minutos e meio. Ele termina com o slogan "Agronegócio brasileiro, alimentando o mundo, respeitando o planeta".

Segundo a Coluna do Estadão, a peça será divulgada para investidores nas redes digitais. Na sequência, um vídeo vai abordar a regularização fundiária, que é uma das preocupações que os estrangeiros discutiram em reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) nesta semana. De acordo com a publicação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem sendo chamado de presidente "mãos de motosserra" (saiba mais aqui).

Bolsonaro está sendo pressionado para mudar o comando do Ministério do Meio Ambiente, que tem como ministro Ricardo Salles. Uma matéria da Folha de S. Paulo indica que empresários do setor temem perda de mercado, especialmente na União Europeia, se nada for feito. O Brasil vem registrando recorde nos índices de desmatamento.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250675-ministerio-da-agricultura-produz-serie-para-melhorar-imagem-do-pais-no-exterior.html

PSOL entra com queixa crime contra Bolsonaro por atuação na pandemia



O PSOL apresentou notícia crime contra o presidente Jair Bolsonaro na última sexta (10), alegando infração de medida sanitária preventiva.

A denúncia foi feita ao STF (Supremo Tribunal Federal) e é assinada por Ivan Valente (SP), Luíza Erundina (SP) e por Guilherme Boulos.

O partido argumenta que Bolsonaro minimizou a Covid-19 e desrespeitou repetidamente as regras de contenção da doença, como o isolamento social e o uso de máscara, colocando em risco a vida da população.

O documento lista as declarações de Bolsonaro subestimando os riscos da pandemia, apesar do aumento do número de vítimas. Cita declarações como “E daí? Lamento” até a mais recente, dada na última quarta (7), quando anunciou que estava doente dizendo “acontece, infelizmente acontece” sobre mortos pela doença.

Na comunicação de crime, os parlamentares argumentam que as declarações de Bolsonaro reverberam na população, pois se trata do mais alto cargo do poder público, o que incita campanhas e manifestações contra as orientações de saúde pública.

"Sem dúvida alguma, o comportamento do presidente Jair Messias Bolsonaro, menosprezando os riscos da pandemia para a vida da população e incentivando posturas contrárias ao isolamento social à observância dos protocolos e medidas de segurança coloca em risco a vida da população, uma vez que frustra os esforços das autoridades de saúde para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia e a necessidade de se proteger", diz o documento.

Além disso, na notícia crime, os políticos argumentam que Bolsonaro pode ter exposto centenas de pessoas ao vírus, uma vez que viajou, abraçou, apertou mãos e não usou máscara nos dias que antecederam seu diagnóstico.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85105-psol-entra-com-queixa-crime-contra-bolsonaro-por-atuacao-na-pandemia.html

Com dois do brasileiro Neymar, PSG faz nove no Le Havre

Após mais de 120 dias afastado dos gramados, o PSG voltou a jogar neste domingo (12), e não poupou gols. A equipe de Neymar e companhia derrotou, por 9 a 0, o Le Havre, da segunda divisão francesa, em amistoso no estádio do rival para aproximadamente cinco mil torcedores.
No primeiro tempo, o camisa dez da seleção brasileira Neymar marcou dois gols, o argentino Mauro Icardi também anotou duas vezes e o atacante Mbappé, campeão mundial com a seleção francesa, fez mais um.
No intervalo, o técnico alemão Thomas Tuchel fez dez mudanças, incluindo a entrada do capitão Thiago Silva, que está em final de contrato.
Na etapa final, com dois gols de Sarabia, um de Gueye e outro de Kalimuendo, o PSG fechou o placar.
O primeiro jogo oficial do PSG após a parada forçada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) e pelo encerramento antecipado do campeonato francês será no dia 24 de julho, diante do Saint-Étienne no Stade de France.
Edição: Fábio Lisboa
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/com-dois-do-brasileiro-neymar-psg-faz-nove-no-le-havre

Primeiro condenado na Lava Jato, ex-deputado Nelson Meurer morre por Covid-19



O ex-deputado federal Nelson Meurer, primeiro a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato, morreu na manhã deste domingo (12), aos 77 anos. Ele estava internado por complicações da Covid-19 e seu corpo será cremado.

Segundo informações do G1, a morte dele foi confirmada por seu advogado e pela direção da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. Ele cumpria pena de 13 anos e nove meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O político estava internado em um hospital particular desde o último dia 7. Ele era um paciente de risco por conta da idade, mas também por ser cardiopata, diabético, hipertenso e renal crônico. Seu diagnóstico de coronavírus foi divulgado na quinta (9) pela defesa, que tentava converter sua pena para prisão domiciliar, mas desde novembro de 2019 os pedidos foram negados - ele foi preso um mês antes, em outubro.

Nesta semana, o advogado Michel Saliba chegou a ingressar com um novo pedido no STF, mas não houve decisão.

"A situação toda é que ele não ficou em isolamento. Quem está em uma cela, com contato, em um ambiente prisional, está sujeito a isso. Infelizmente, essa realidade poderia ter sido evitada", disse o advogado.

De acordo com a publicação, o diretor da penitenciária onde Meurer cumpria pena, Marcos Andrade, disse que o ex-deputado estava em uma ala com presos que trabalham no local e que outros dois detentos também foram diagnosticados com o vírus.

Natural de Bom Retiro, em Santa Catarina, Meurer foi prefeito do município de Francisco Beltrão de 1989 a 1993. Ele era agropecuarista e atuou como presidente da Cooperativa de Eletrificação Rural e do Sindicato Rural da cidade, segundo o Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Se elegeu deputado federal em 1994 e ocupou o cargo por seis legislaturas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250671-primeiro-condenado-na-lava-jato-ex-deputado-nelson-meurer-morre-por-covid-19.html

Mãe do cantor Compadre Washington morre aos 94 anos



A mãe do cantor baiano Compadre Washington, Maria de Lourdes, faleceu neste domingo (12), aos 94 anos. Segundo informações da assessoria do artista, em resposta ao Bahia Notícias, ela morreu em casa, enquanto dormia. 

"Hoje o céu se prepara pra receber a verdadeira estrela da família! Maria de Lourdes, olhai por nós!", escreveu o cantor do É O Tchan, ao compartilhar uma foto com a mãe nesta tarde, nas redes sociais. A mãe do artista havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) há 20 dias.

Compadre Washington está em Curitiba, mas retornará a Salvador para acompanhar o sepultamento da mãe, que ocorrerá nesta segunda-feira (13), às 11h, no Cemitério do Campo Santo.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/58468-mae-do-cantor-compadre-washington-morre-aos-94-anos.html

Donald Trump aparece em público usando máscara pela primeira vez

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apareceu em público usando máscara pela primeira vez neste sábado (11). Cedendo à forte pressão para dar exemplo de saúde em meio ao avanço da pandemia do coronavírus no país, o mandatário americano percorreu os corredores do hospital militar Walter Reed, localizado nos arredores de Washington, usando o item na cor preta. Ele visitou veteranos feridos.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os EUA registram mais de 3,2 milhões de infectados pela Covid-19, com quase 135 mil de pessoas mortas. O balanço foi atualizado na noite deste sábado. É o país mais afetado pela doença no mundo.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250662-donald-trump-aparece-em-publico-usando-mascara-pela-primeira-vez.html

domingo, 12 de julho de 2020

APLB de Inhambupe Bahia estreia canal no youtube

O Sindicato da APLB de Inhambupe estreou hoje, domingo, dia 12 de julho de 2020, um canal no site do youtube, uma porta aberta para os filiados e os não filiados, afim de saber sobre as notícias do Sindicato da Educação.

Assim no primeiro vídeo, a coordenadora do Sindicato, núcleo de Inhambupe Bahia,  professora Janete Souza, informa que está no canal do youtube, cedendo as novas tecnologias para estreitar as relações com os filiados, os não-filiados e todos interessados em Educação.

No canal será discutido temas pertinentes e valioso em todo o planeta.

No canal irá apresentar tudo que for de interesse na Educação do País, no Estado e principalmente em Inhambupe.

A coordenadora Janete lembrou também que está no Instagram com o nome APLBINHAMBUPE.

NOS ACOMPANHEM TAMBÉM NO INSTAGRAM CLICANDO NO LINK A SEGUIR: https://www.instagram.com/aplbinhambupe/

Canal da APLB Inhambupe:

Inhambupe Bahia já tem 32 casos confirmados, 20 ativos, 02 óbitos e 10 recuperados de Covid-19



Os casos confirmados de Covid-19 em Inhambupe já chegou no seu 32º caso, nesse domingo, dia 12 de julho de 2020, sendo que 20 ativos, 10 recuperados, 02 óbitos, 78 monitoramentos ativos, 673 monitoramentos concluídos, 9 casos descartados e ainda tem 16 casos suspeitos em análise.

A segunda morte divulgado desse domingo foi do Povoado de Colônia e a primeira morte foi do Distrito de Baixa Grande.

A Prefeitura vem divulgando as localidades onde tem os casos confirmados, sendo que no Centro tem 15 casos e mais 16 na Zona Rural, sendo que 01 na Cardosa, 02 na Pedreira, 01 no Mucambo, 02 na Lagoa Grande, 05 no Povoado de Bebedouro, 03 na Baixa Grande, 01 na BR-110, 01 em Volta de Cima, 01 na Baixa Grande (óbito) e 01 na Colônia.

Confira a nota da Prefeitura:
"Boletim epidemiológico deste domingo (12) totaliza 32 casos confirmados, sendo 20 ativos, 10 recuperados e 02 óbitos.

A Vigilância em Saúde segue no monitoramento e orientação de todos os casos e dos seus possíveis contatos.

Enquanto isso, cada inhambupense deve colaborar ficando em casa e evitando aglomerações. Mas caso precise sair, use máscara.

Obs.:
No boletim de hoje constam o 32° caso confirmado e mais 01 (um) óbito no município. As duas situações se referem ao caso de uma paciente cujos exames RT-PCR deram resultado negativo, mas o teste rápido deu positivo. Foi considerado pelo médico o resultado do teste rápido, e no atestado de óbito, a causa básica da morte foi Covid-19. Essa situação foi explicada em nota, publicada nas redes sociais da prefeitura no dia 06/06. Como o Estado validou o caso como positivo, temos que incluir no boletim municipal".

Fonte: ASCOM de Inhambupe

Mega-Sena acumula e deve pagar mais de R$ 40 milhões



Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.278 da Mega-Sena, ocorrido neste sábado (11). Com isso, o prêmio acumulou e deve pagar R$ 44 milhões no próximo sorteio, que será realizado na quarta-feira (14). 

As dezenas sorteadas foram as seguintes: 08 - 17 - 34 - 37 - 43 - 45. A quina teve 98 acertadores; cada um receberá R$ 35.640,86. A quadra teve 6.533 apostas vencedoras; cada uma ganhará R$ 763,77.

A aposta simples custa R$ 4,50 e pode ser feita nas casas lotéricas até as 19h do dia do sorteio. Ela também pode ser realizada pelo site da Caixa (www.loteriasonline.caixa.gov.br), com aposta mínima de R$ 30 para quem não é correntista do banco. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.

A probabilidade de acerto das seis dezenas é um a cada 50 milhões.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250660-mega-sena-acumula-e-deve-pagar-mais-de-r-40-milhoes.html

Surto de Covid-19 nas Américas está longe de acabar, dizem cientistas



A América Latina está na contramão de países europeus no quesito combate ao coronavírus. Enquanto os gráficos que acompanham a evolução da pandemia demonstram controle da doença no Velho Continente, um estudo do Observatório Fluminense Covid-19 aponta que o momento é de aumento do número de casos e mortes ou uma estabilização em patamares muito elevados no Brasil e países e vizinhos. 

De acordo com a Agência Brasil, dos 15 países da América Latina analisados pelo projeto (não entram no monitoramento do grupo El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e Nicarágua), o gráfico chamado de semáforo indica que apenas Cuba e Uruguai estão no indicador verde, que significa que o país está “vencendo” a epidemia quanto ao número de casos registrados por semana. Na métrica por número de mortes por semana, o Paraguai também entra no verde.

Estão na cor amarela, que indica “quase lá” no enfrentamento à pandemia, Chile, Equador e Paraguai para novos casos por semana e apenas o Equador para o número de mortes. Todos os outros estão no vermelho para as duas medidas, ou seja, “precisam agir” para controlar a disseminação do novo coronavírus.

Integrante do Observatório, o professor Americo Cunha, do Instituto de Matemática e Estatística da Uerj, destaca que o gráfico indica uma tendência da pandemia e a cor muda de acordo com o desenho formado pela curva epidemiológica.

“A gente classifica a situação em vermelho, amarelo ou verde de acordo com a forma do gráfico. Quando a epidemia passa, a curva segue um esquema: ela sobe, passa por um platô e depois desce. Não é igual para todos os países, pode ser mais inclinado para esquerda ou para direita, a subida mais lenta ou mais rápida. Se você olhar a curva de Cuba, por exemplo, ela já tem esse formato fechado. Equador está em amarelo porque subiu, desceu, subiu e está estacionado num patamar ainda relativamente alto”.

                                             
Gráfico mostra situação dos países latinos na pandemia | Foto: Observatório Fluminense

O número de casos por milhão de habitantes varia muito na região, indo de 212 em Cuba e na faixa de 280 no Uruguai e na Venezuela, até 15.800 no Chile. Panamá e Peru estão na faixa de 9.500 por milhão e o Brasil em 8 mil por milhão. Em número de mortes, Venezuela e Paraguai registram três óbitos por milhão, a Costa Rica tem cinco e Cuba e Uruguai estão com oito mortes por milhão de habitantes. Na ponta oposta, estão acima de 300 mortes por milhão o Chile, o Peru e o Brasil. Os dados foram consolidados na quarta-feira (8).

EPICENTRO DA COVID-19
O último boletim do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris-Fiocruz) sobre o Panorama da Resposta Global à Covid-19, divulgado na terça-feira (7), destaca que as Américas são o atual epicentro da pandemia e concentram mais de metade dos mortos e dos casos no mundo, liderados, de longe, por Estados Unidos e Brasil, únicos países que alcançaram a casa do milhão de infectados.


O planeta passa dos 12 milhões de casos confirmados de covid-19 e dos 556 mil óbitos, com Estados Unidos passando de 3 milhões de casos e de 133 mil mortes. O Brasil tem 1,8 milhões de casos e ultrapassou 70 mil mortes, o que corresponde a um estádio do Maracanã lotado.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24484-surto-de-covid-19-nas-americas-esta-longe-de-acabar-dizem-cientistas.html

Médica defensora da cloroquina foi suspensa após declaração sobre nazismo, diz hospital



O Hospital Israelita Albert Einstein informou neste sábado (11) que a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi foi afastada das atividades na instituição após dar uma declaração “infeliz” sobre o nazismo. A versão do hospital contradiz a da médica, que afirmou, em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, que a suspensão aconteceu devido ao fato de ela ser defensora do uso da hidroxicloroquina no tratamento contra o novo coronavírus.

Segundo o hospital, Nise Yamaguchi, fez, em entrevista recente, uma analogia "infeliz e infundada" entre o pânico provocado pela pandemia e a postura de vítimas do holocausto ao perguntar: “Você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela massa de rebanho de judeus famintos se não os submetessem diariamente a humilhações?"

Em nota, o Albert Einstein disse que, “como se trata de manifestação insólita”, decidiu pelo afastamento de Nise para averiguar se a declaração da médica ocorreu por “mero despropósito destituído de intuito ofensivo” ou se foi “manifestação de desapreço motivada por algum conflito”. O hospital ainda afirmou que a investigação seria rápida e, por isso, não esperava que o fato viesse a público. 

No comunicado, o hospital também rebate a possibilidade de que a suspensão tenha ocorrido pela defesa que a médica faz do uso da cloroquina, medicamento cuja efetividade no tratamento da Covid-19 não é comprovada cientificamente. "O hospital respeita a autonomia inerente ao exercício profissional de todos os médicos, jamais permitindo restrições ou imposições que possam impedir a sua liberdade ou possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho."

O Einstein ainda reforça que Nise faz parte do corpo clínico do Hospital, e que é "admissível que perfilhe entendimento próprio com relação ao atendimento de seus pacientes ou à sua postura em face da pandemia ora combatida, desde que observe as regras relacionadas ao uso da sua condição de integrante do Corpo Clínico em sua comunicação."

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250666-medica-defensora-da-cloroquina-foi-suspensa-apos-declaracao-sobre-nazismo-diz-hospital.html