quarta-feira, 20 de maio de 2020

Ministério da Saúde passa a recomendar uso da cloroquina em casos leves de coronavírus



Cinco dias após o médico Nelson Teich deixar o Ministério da Saúde, a pasta mudou o protocolo de recomendação do uso da cloroquina e hidroxicloroquina. Após determinação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governo federal passa a indicar esses medicamentos também para pacientes com sinais e sintomas leves do novo coronavírus.

O protocolo anterior, definido ainda no mandato do primeiro ex-ministro da Saúde do governo, o médico Luiz Henrique Mandetta, recomendava o uso apenas por pacientes graves e críticos, com monitoramento em hospitais.

Essa mudança foi um dos principais fatores para as demissões de Mandetta e Teich, que se recusaram a alterar o protocolo em sentido contrário ao que pregam os estudos científicos. Não há pesquisas que comprovem a eficácia da cloroquina no tratamento para Covid-19.

Mesmo assim, desde o início da pandemia no Brasil, o presidente Bolsonaro advoga em defesa do remédio até que agora, com o general Eduardo Pazuello no comando da pasta interinamente, garantiu a mudança.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o novo protocolo prevê a indicação da cloroquina com azitromicina, com dosagens diferentes conforme a sequência do tratamento e o quadro do paciente. Essa indicação deve ficar a critério do médico e ocorrer após análise de exames. "Apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de possuírem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus, ainda não há meta-análises de ensaios clínicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o benefício inequívoco dessas medicações para o tratamento da COVID-19", diz o texto.

Em outro trecho, o documento reconhece que "não existe garantia de resultados positivos, e que o medicamento proposto pode inclusive agravar a condição clínica, pois não há estudos demonstrando benefícios clínicos".

Dessa forma, o paciente deverá assinar um termo de consentimento que afirma que a cloroquina e hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais "como redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias, e alterações visuais por danos na retina".

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248615-ministerio-da-saude-passa-a-recomendar-uso-da-cloroquina-em-casos-leves-de-coronavirus.html

Senado aprova, e despejos ficam proibidos até 30 de outubro



Os senadores aprovaram nesta terça-feira (19), em votação simbólica e unânime, o relatório da senadora Simone Tebet (MDB-MS) que manteve a flexibilização de nove pontos do direito civil e do consumidor; garantindo que ações de despejo fiquem proibidos até 30 de outubro deste ano. Na votação, os senadores decidiram antecipar a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para agosto deste ano.

A regra vale para as ações que foram protocoladas na Justiça a partir do dia 20 de março, quando teve início no país as ações mais intensas para o combate ao vírus no país. A matéria vai a sanção do presidente da República Jair Bolsonaro.

O projeto foi preparado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e apresentado pelo senador Antonio Anastasia (PSD-MG). Ele tramita desde o começo de abril no Congresso.

Ao voltar para apreciação do Senado depois de passar pela Câmara, o relatório de Tebet retomou dois pontos que haviam sido alterados pelos deputados em plenário. Um deles beneficia os motoristas de aplicativos que, pela medida, terão reduzindo temporariamente em 15% o repasse que são obrigados a fazer às empresas durante o período de combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.

Simone Tebet tentou ainda preservar o texto original do Senado que dizia respeito à data para que a lei de Proteção de Dados entre em vigor. Os deputados queriam que a lei passasse a vigorar a partir de agosto deste ano, mas o relatório da senadora manteve o texto original, que previa a legislação a partir de 1º de janeiro de 2021.

Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) defenderam o relatório de Tebet. Segundo as entidades, caso a aplicação da lei fosse antecipada, causaria gastos extras não previstos e já impactados pela pandemia.

"Diante desse cenário, preocupa a possibilidade de aplicação das regras neste ano, o que representará a necessidade de investimentos significativos em recursos humanos e de tecnologia, justamente em um momento de grave crise financeira", afirmaram as entidades.

Recentemente, no final de abril, o governo de Jair Bolsonaro postergou pela segunda vez a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, que estava prevista no projeto do Senado.

O adiamento foi incluído em medida provisória sobre o pagamento do benefício emergencial, editada na noite desta quarta-feira (28) pelo presidente. Senadores consideraram a proposta como um "jabuti em árvore", quando o dispositivo não tem relação com o tema principal da MP.

Diante da tentativa de mudança por parte do governo, o PDT encaminhou um destaque, por meio do líder, senador Weverton Rocha (MA), para que não houvesse nova alteração. O destaque foi aprovado com 62 votos favoráveis e 15 contrários, fazendo com que a aplicação de sanções da Lei passe a vigorar a partir de agosto deste ano.

Um dos motivos que ganhou o apoio dos parlamentares foi o fato de senadores estarem sendo alvo constante de fake news.

"Temos uma outra pandemia em curso, que é a pandemia das fakes news que tentam destruir vidas", disse o líder da Rede, Randolfe Rodrigues (AP).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) comemorou a alteração da medida, logo após a aprovação, por meio de uma rede social.

"O @SenadoFederal aprovou, agora à noite, a antecipação da vigência para este ano ainda da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), principal legislação na prevenção e combate aos ataques criminosos promovidos pelas Fake News no país. O Congresso continuará atento ao tema.

O projeto aprovado determina ainda que haja uma suspensão do prazo previsto no Código de Defesa do Consumidor relativo ao "direito de arrependimento" pelo prazo de 7 dias na hipótese de entrega delivery, aquela que diz respeito a compras feitas pela internet ou telefone e entregues em casa. A regra vale apenas em relação a produtos perecíveis ou de consumo imediato, como alimentos e medicamentos.

A proposta elaborada pelo STF tem como objetivo aliviar as demandas do judiciário diante das ações que devem ser ingressadas como consequência de mudanças na economia, como redução de salários e de jornada de trabalho dos profissionais.

Diante deste cenário, outra mudança aprovada proíbe o regime fechado de prisão para os casos de atrasos em pagamento de prisão alimentícia. A regra vale até o dia 30 de outubro deste ano, prazo que devem durar as ações de combate à proliferação do vírus no país.

O projeto também modifica a rotina das empresas e de condomínios. Reuniões e assembleias poderão ser feitas à distância por videoconferência e os votos de diretoria enviados por e-mail, mas a nova regra também só pode ser aplicada até o dia 30 de outubro. No caso das companhias abertas, caberá à CVM (Comissão de Valores Imobiliários) regulamentar esses procedimentos.

Nos processos familiares de sucessão, partilha e inventário, os prazos serão congelados. A medida também prevê que fique a cargo do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar normas que prevejam medidas excepcionais de flexibilização da logística de transporte de bens e insumos e da prestação de serviços relacionados ao combate dos efeitos decorrentes da pandemia.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/79770-senado-aprova-e-despejos-ficam-proibidos-ate-30-de-outubro.html

Anúncio de Bolsonaro e Regina Duarte surpreende direção da Cinemateca

Anúncio de Bolsonaro e Regina Duarte surpreende direção da Cinemateca


A direção da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, foi pega de surpresa com o anúncio de que Regina Duarte será a nova comandante ao sair da Secretaria Especial de Cultura.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, nem mesmo o atual superintendente, Roberto Barbeiro, sabia da negociação para Regina ir a São Paulo.

Segundo a publicação, até esta terça (19) Barbeiro mantinha contato com Regina para tentar aumentar o repasse federal para a Cinemateca, que tem orçamento de R$ 12 milhões.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248624-anuncio-de-bolsonaro-e-regina-duarte-surpreende-direcao-da-cinemateca.html

Diretor jurídico do Vitória garante que clube pagará auxílio da CBF às jogadoras



No final do mês de abril, o Vitória anunciou o pagamento dos salários atrasados das jogadoras do time feminino, além do repasse de um auxílio dado pela CBF às 52 equipes que disputam as Séries A1 e A2 do Brasileiro da modalidade. No entanto, uma atleta, que não se identificou, relatou ao site GloboEsporte.com que o pagamento ainda não havia sido efetuado. Procurado pela reportagem do Bahia Notícias, o diretor jurídico do Leão, Dilson Pereira, garantiu que o clube honrará a dívida.

"Preciso apurar isso com o setor financeiro. Nós do clube sabemos que temos que liquidar a situação com o futebol feminino. Recebemos o repasse da CBF e será destinado ao futebol feminino. Em abril, foi usado para liquidar uma pendência com o futebol feminino e ficou uma programação para o mês de maio. Pode ter acontecido algum tipo de atraso, não sei o por que. Recentemente, o Vitória teve uma penhora nas suas contas o que pode ter impactado. Mas o Vitória tem ciência da situação e está empenhado em resolver o assunto. Temos o dever de prestar contas à CBF, então o Vitória vai cumprir religiosamente com suas obrigações", afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.

Integrante da primeira divisão do Brasileirão feminino, o Vitória recebeu da CBF a quantia de R$ 120 mil para ser repassado às jogadoras. O dinheiro é um auxílio da entidade em meio à crise financeira gerada pela pandemia do coronavírus que paralisou o futebol no país.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/22504-diretor-juridico-do-vitoria-garante-que-clube-pagara-auxilio-da-cbf-as-jogadoras.html

Regina deixa secretaria para comandar Cinemateca em SP; Bolsonaro nega fritura



Como antecipado pela imprensa nacional, Regina Duarte, que se preparava para uma saída honrosa da Secretaria Especial da Cultura, foi afastada da pasta. Nesta quarta-feira (20), ela gravou um vídeo junto ao presidente Jair Bolsonaro para anunciar sua transferência para São Paulo, onde irá comandar a Cinemateca.

No material publicado nas redes sociais do presidente, Regina questiona o chefe sobre a “fritura” à qual estaria sendo submetida antes de perder o cargo de secretária. "Vim aqui perguntar ao presidente se ele está realmente me fritando, porque eu estou lendo isso numa imprensa que não acredito mais, mas de qualquer forma, queria que ele me dissesse pessoalmente. Está me fritando, presidente?", questionou a atriz, alfinetando os veículos de comunicação que noticiaram o processo de desgaste pelo qual ela vinha sofrendo dentro do governo.

"Regina, toda semana tem um ou dois ministros que, segundo a mídia, estão sendo fritados. O objetivo é sempre desestabilizar a gente e tentar jogar o governo no chão. Não vão conseguir. Jamais ia fritar você (risos)", respondeu Bolsonaro.

Regina Duarte anunciou, então, a novidade. “Deixa eu contar, acabo de ganhar um presente que é um sonho de qualquer pessoa de comunicação, de audiovisual, de cinema, de teatro. Um convite para fazer Cinemateca, que é o braço da cultura, que funciona lá em São Paulo, e é um museu de toda filmografia brasileira. Ficar ali secretariando o governo, dentro da cultura, na Cinemateca. Pode ter um presente melhor que esse? Brigada, presidente!", disse, salientando ainda que vinha sofrendo com a distância de seus familiares. 

Veja quem recebe a 2ª parcela do auxílio emergencial primeiro!

Auxílio emergencial de R$ 600,00 começou a ser pago na segunda-feira, 18 de maio. Segunda parcela possui três cronogramas de pagamentos do benefício.

Os pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600,00 começaram a serem feitos na última segunda-feira, 18 de maio. As primeiras pessoas beneficiadas com o valor são os registrados no Bolsa Família com o NIS 1. O calendário desses pagamentos são feitos segundo o número final do NIS.
Já para a população inscrita no Cadastro Único, mas que não recebe o Bolsa Família, e aqueles que se cadastraram por meio do site ou aplicativo do auxílio emergencial, a segunda parcela vai começar a ser liberada na quarta-feira, 20 de maio.
No entanto, vale destacar que o cronograma é válido apenas para as pessoas que conseguiram receber a primeira parcela até o dia 30 de abril. Os que receberam a quantia após esta data, o Governo Federal iniciará os pagamentos no dia 19 de maio e vão até o dia 29 de maio.

Mudanças na segunda parcela

Algumas mudanças foram anunciadas para o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial. Nesta etapa, todas as pessoas que não estão cadastradas no Bolsa Família irão ter o dinheiro depositado na poupança social digital da Caixa, o Caixa Tem.
A princípio, os R$ 600,00 serão liberados para pagamentos de contas e boletos on-line, além das compras por meio do cartão de débito. As funções de saque e transferências só serão disponibilizadas depois.

Calendário de pagamento

Ainda que tenha saído o calendário de pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial, muitos brasileiros ainda não receberam a primeira parcela.
Em um primeiro momento, a Caixa solicitava o prazo de até cinco dias úteis para análise dos dados. Porém, diante da alta demanda, os dias para a resposta acabaram se estendendo.
Essa análise é feita pelo Dataprev, que realiza a checagem dos dados com bases nas informações dos bancos do governo. Se forem condizentes, o auxílio é aprovado.
De qualquer modo, o calendário de pagamento da segunda parcela segue três cronogramas, veja a seguir:
Depósito em poupança social digital
  • Nascidos em janeiro e fevereiro: 20 de maio;
  • Nascidos em março e abril: 21 de maio;
  • Nascidos em maio e junho: 22 de maio;
  • Nascidos em julho e agosto: 23 de maio;
  • Nascidos em setembro e outubro: 25 de maio;
  • Nascidos em novembro e dezembro: 26 de maio.
Beneficiários do Bolsa Família
  • Número do NIS terminado em 1: 18 de maio;
  • Número do NIS terminado em 2: 19 de maio;
  • Número do NIS terminado em 3: 20 de maio;
  • Número do NIS terminado em 4: 21 de maio;
  • Número do NIS terminado em 5: 22 de maio;
  • Número do NIS terminado em 6: 25 de maio;
  • Número do NIS terminado em 7: 26 de maio;
  • Número do NIS terminado em 8: 27 de maio;
  • Número do NIS terminado em 9: 28 de maio;
  • Número do NIS terminado em 0: 29 de maio.
Saque e transferência da poupança social
  • Nascidos em janeiro: 30 de maio;
  • Nascidos em fevereiro: 1 de junho;
  • Nascidos em março: 2 de junho;
  • Nascidos em abril: 3 de junho;
  • Nascidos em maio: 4 de junho;
  • Nascidos em junho: 5 de junho;
  • Nascidos em julho: 6 de junho;
  • Nascidos em agosto: 8 de junho;
  • Nascidos em setembro: 9 de junho;
  • Nascidos em outubro: 10 de junho;
  • Nascidos em novembro: 12 de junho;
  • Nascidos em dezembro: 13 de junho.

Fonte: https://editalconcursosbrasil.com.br/noticias/2020/05/veja-quem-recebe-a-2a-parcela-do-auxilio-emergencial-primeiro/

Isolamento social não interfere na imunidade e não evita infecção por coronavírus



Alvo de ataques de inúmeros lados, o isolamento social, assim como outros temas relacionados à pandemia do novo coronavírus, ultrapassou as barreiras dos hospitais. Virou assunto de política e está no centro das atenções e das discussões em diversos setores da sociedade. E assim como a política, esses temas também geram polarização e são alvo de fake news. A infectologista Clarissa Cerqueira esclarece que a medida, ao contrário de alguma informações que circulam nas redes, não está relacionada a imunidade das pessoas, portanto não é correto afirmar nem que ela "baixa as defesas do corpo", e muito menos que "protege contra a infecção pelo novo coronavírus".

As medidas de isolamento e restrição de pessoas se tratam, na verdade, de ações para evitar que grande parte da população seja infectada de uma só vez, conforme explica a especialista em infectologia, fato que influenciaria e causaria o colapso do sistema de saúde.

"O isolamento social não impede a infecção. Ele serve para reduzir a velocidade de transmissão, mas não reduz em si a transmissão. O objetivo é fazer com que menos pessoas peguem a doença ao mesmo tempo, para que o serviço [de saúde] possa se adequar", explicou a médica. "Tem muitas pessoas em isolamento que acabam tendo contato com o vírus", acrescentou.

O infectologista Robson Reis explica que a imunidade é diretamente ligada a uma série de fatores que influenciam na qualidade de vida, sendo ela física e emocional. Entre eles estão os já conhecidos hábitos saudáveis de alimentação, qualidade do sono, exercícios físicos e relacionamentos sociais. O médico reconhece que o isolamento social até pode interferir em alguns dos aspectos relacionados a essa qualidade de vida e a consequente imunidade, mas que outras práticas podem ser adaptadas. 

Clarissa esclarece que problemas específicos afetam a imunidade e causam o que a comunidade médica chama de imunodepressão, quando uma pessoa tem o sistema imunológico enfraquecido e não apresenta reações imunitárias normais. Entre eles estão os pacientes com HIV ou Aids, os oncológicos, reumatológicos (pessoas que usam imunosupressores), os transplantados, com comorbidades (a exemplo da hipertensão, diabetes, doença renal ou hepática) e por fim os idosos. 

"Se uma pessoa não tem nenhum desses problemas de saúde a gente não considera ela imunodeprimida", complementou Clarissa Cerqueira ao acrescentar que o desenvolvimento das doenças, como a Covid-19, é própria de cada organismo. "Mesmo a pessoa com a imunidade boa pode pegar a doença", ressaltou. 

O alerta final foi feito pelos dois médicos: o charlatanismo na medicina e as fórmulas vendidas como mágicas para supostamente turbinar as defesas do corpo. Tanto Clarissa quanto Robson chamam a atenção para a prática, que se trata de pura enganação, e que devem inclusive ser denunciadas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24173-isolamento-social-nao-interfere-na-imunidade-e-nao-evita-infeccao-por-coronavirus.html

Lista de cidades sem transporte intermunicipal inclui mais 11



Mais 11 municípios do estado terão o transporte intermunicipal suspenso. A interrupção do serviço ocorre a partir desta quinta-feira (21) em América Dourada e Itaguaçu da Bahia, no centro nortes; Barro Preto, no sul; Caetité´e Condeúba, no sudoeste; Cocos, no oeste; Itiúba, na região sisaleira; Miguel Calmon e Saúde, no Piemonte da Diamantina; Paratinga, no oeste; e Riachão do Jacuípe, na Bacia do Jacuípe.

Com a inclusão das cidades, o número total delas com transporte suspenso chega a 182. A medida, publicada nesta quarta-feira, pretende conter a disseminação do novo coronavírus no estado. Nos 11 municípios, a saída de transporte é permitida até 1h desta quinta, enquanto que a chegada é tolerada até as 9h. Transporte intermunicipal são os veículos público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans. 

LIBERADO
No mesmo decreto, o governador Rui Costa liberou o retorno do serviço nas cidades de Presidente Jânio Quadros, no sudoeste; São Felipe, no Recôncavo e Serrolândia, no Piemonte da Diamantina. A justificativa para autorizar a medida é que nesses municípios não há casos novos de coronavírus nos últimos 14 dias. O período é considerado suficiente para a cura de pacientes acometidos pela doença.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/20859-lista-de-cidades-sem-transporte-intermunicipal-inclui-mais-11.html

Conta de energia na Bahia pode ser paga com cartão do auxílio emergencial



Os beneficiários do auxílio emergencial na Bahia já podem pagar a conta de energia com o cartão virtual da Caixa Econômica Federal. 

A Coelba, por meio da Flexpag, incorporou a modalidade à plataforma de pagamento no site da distribuidora. Desta forma, os clientes podem quitar, inclusive, faturas de meses anteriores caso estejam em aberto. 

O cartão de débito virtual da Caixa é disponibilizado gratuitamente pelo banco e deve ser emitido por meio do Internet Banking ou o aplicativo Caixa. Para efetuar o pagamento da fatura de energia, o cliente precisa acessar o site da Coelba. Na página inicial, é necessário clicar no banner “pagar faturas no cartão e, em seguida, será direcionado a agência virtual para acesso com login e senha.

A iniciativa também beneficia clientes baixa renda cadastrados na Tarifa Social que ultrapassem 220 kwh, limite de isenção da tarifa estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248599-conta-de-energia-na-bahia-pode-ser-paga-com-cartao-do-auxilio-emergencial.html

Doações de políticos para combate ao coronavírus entram na mira da Justiça



Insatisfeitos por não conseguirem aprovar um projeto que previa a redução de seus próprios salários durante a pandemia do coronavírus, vereadores de Avaré (SP) subiram à tribuna da Câmara Municipal e prometeram contribuir no combate à doença de qualquer forma.

No início deste mês, eles foram à Santa Casa de Misericórdia do município e fizeram uma doação financeira à entidade. O momento da entrega dos cheques ao provedor da instituição foi registrado em uma selfie e circulou nos sites de notícias locais.

O registro, afirmam, não teve intenção eleitoral.

"Fizemos com a maior das boas intenções", diz o vereador Cabo Sergio (Cidadania), um dos presentes na entrega de cheques. "Prometemos em plenário que, se não fosse aprovada a redução, doaríamos os nossos salários."

Apesar das justificativas, esse tipo de divulgação, que tem se tornado comum entre políticos nos últimos meses, acendeu o alerta de autoridades em ano de eleições municipais.

Mesmo apontando que cada caso deve ser analisado dentro de um contexto próprio, o Ministério Público e advogados eleitorais afirmam que políticos que pretendem concorrer às eleições deste ano e anunciam doações de seus salários correm o risco de ser enquadrados em atos previstos no Código Eleitoral.

"Cada caso tem que ser visto concretamente", diz Sergio Medeiros, procurador regional eleitoral de São Paulo. Segundo ele, as situações devem ser analisadas "sob o prisma do abuso de poder, administrativo ou econômico, com fortes indícios de que esteja ocorrendo".

Medeiros afirma que, "para tentar frear esses abusos", a Procuradoria Regional Eleitoral enviou instrução aos promotores eleitorais de São Paulo para que fizessem recomendações aos prefeitos.

Em entendimento recente, o TRE-RS (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio Grande do Sul apontou que doações só podem ocorrer de forma meramente institucional, sem "caráter eleitoreiro ou como forma de promoção pessoal".

Além de Avaré, em diversas outras cidades de São Paulo houve divulgação da doação do salário dos prefeitos em primeiro mandato.

É o caso de Daniel Alonso, de Marília, de Orlando Morando, de São Bernardo do Campo, e de Paulo Serra, de Santo André. Todos são filiados ao PSDB.

Em Ribeirão Pires (Grande São Paulo), o prefeito Kiko Teixeira (PSB) publicou na internet um comprovante de transferência bancária de 50% do seu salário para "ajudar famílias que estão passando por momentos difíceis".

No Rio de Janeiro, o prefeito da capital, Marcelo Crivella (Republicanos), também doou o seu salário de abril, em um anúncio que foi publicado no próprio site da prefeitura, para o Fundo Emergencial de Combate ao Coronavírus.

Há ainda outros casos de doação de salários no Rio Grandes do Sul, na Bahia e em Santa Catarina.

A promotora de Justiça Vera Taberti, que atua na área eleitoral em São Paulo, afirma que não existe vedação legal para doações filantrópicas de pessoas físicas a famílias que estejam em situação econômica precária.

No entanto, diz a promotora, "os prefeitos e vices e vereadores podem realizar tal prática sem fazer uso promocional de sua imagem e sem conotação eleitoral".

Caso isso aconteça, pode ser entendido que houve abuso de poder econômico, gerando ação que acarreta cassação do diploma do candidato eleito e inelegibilidade.

Também é possível o enquadramento na prática de propaganda antecipada, cuja sanção é multa. Além disso, Taberti afirma que "as entidades beneficiadas pela doação não podem ter ligação com os doadores ou familiares destes".

Em Penápolis (SP), o vice-prefeito Carlos Alberto Feltrin, pré-candidato à sucessão do atual prefeito, foi além da doação: participou da distribuição de alimentos não perecíveis na cidade, registrada em fotos publicadas em redes sociais.

Procurado, o vice-prefeito de Penápolis afirma que integrou a campanha como "cidadão voluntário".

Para o advogado e professor de direito eleitoral Renato Ribeiro de Almeida, situações desse tipo podem provocar a multa, cassação de mandato e inelegibilidade.

"Até em termos bíblicos, uma doação é doar sem se promover. Ninguém precisa ficar causando, chamando imprensa escrita, radio local, TV local e falar: olha como eu sou generoso", diz Ribeiro. "Você está promovendo a si mesmo, o que no direito eleitoral seria um ilícito."

As interpretações a respeito desse tema, no entanto, divergem. A advogada Ana Carolina Cleve, presidente do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral, diz que se a doação for com recursos próprios e para uma pessoa jurídica, "é tolerável que agentes políticos queiram divulgar suas ações". Mas, quando há doação para pessoas físicas, é mais fácil a Justiça entender que há eventual irregularidade eleitoral.

Procurado, o vereador de Avaré Flávio Zandoná (Cidadania), um dos que doaram seus salários, afirmou que os vereadores fizeram a doação para cumprir promessa feita quando a Câmara não aceitou reduzir os salários.

"Se acarretar em uma denúncia, vamos nos defender, mas a gente fez nossa parte. Foi errado ter divulgado? Pode ter sido, mas não foi a nossa intenção."

A vereadora Adalgisa Ward (PSD) reforça que a doação teve o propósito de cumprir a promessa feita em plenário e não foi eleitoreira.

Além de Zandoná, Ward e do Cabo Sergio, o vereador Ernesto Albuquerque (PT) também tirou uma foto doando ao provedor da Santa Casa. A reportagem não localizou o vereador.

Em nota, a Prefeitura do Rio afirma que o gesto do prefeito Marcelo Crivella não gera desigualdade eleitoral, já que os recursos foram doados para o combate à pandemia, não para campanha.

Também diz que não houve abuso de poder econômico, porque os valores dos salários não são "de alto vulto".

"Não se trata de promoção pessoal com uso da coisa pública, porque o dinheiro, além de ter partido do salário do prefeito, não foi destinado à promoção pessoal, foi, sim, um gesto exemplar e de caráter informativo e educativo quanto à relevância da solidariedade, num momento único vivido pela humanidade", diz.

Os prefeitos de Santo André e de Ribeirão Pires afirmam que fizeram um "gesto humanitário" e os recursos foram para os Fundos Sociais de Solidariedade dos municípios, "impedindo, portanto, a identificação do cidadão beneficiado".

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, diz que doa parte de seu salário desde que tomou posse para entidades assistenciais e que, quando estava internado devido à Covid-19, sua mulher, a deputada estadual Carla Morando (PSDB), "tomou a iniciativa de doar seu salário como parlamentar e anunciou que o salário do prefeito também seria doado integralmente". O recurso irá para um fundo municipal que ajuda no combate à pandemia.

Procurado, o prefeito de Marília não se manifestou.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/79776-doacoes-de-politicos-para-combate-ao-coronavirus-entram-na-mira-da-justica.html