A Polícia Militar do Rio determinou a imediata prisão administrativa de
três PMs do 9º Batalhão (Rocha Miranda) que estavam na viatura que
arrastou a auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, de 38
anos, por diversas ruas da zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desse
domingo (16). Dois subtenentes e um soldado estão presos. A corporação
não divulgou os nomes dos policiais.
Também foi instaurado um inquérito
policial militar (IPM) para investigar o caso. Moradora do Morro da
Congonha, em Madureira, zona norte, a mulher havia sido baleada momentos
antes, durante uma troca de tiros entre PMs e traficantes na favela. Os
PMs, então, colocaram Claudia no porta-malas de uma Blazer da
corporação para levá-la ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal
Hermes, zona norte. No meio do caminho, a porta do compartimento abriu.
Desacordada, Claudia caiu de dentro do porta-malas, mas ficou presa ao
para-choque da viatura por um pedaço de roupa. Ela foi arrastada por
cerca de 250 metros, batendo contra o asfalto. A mulher ficou ainda mais
ferida, com o corpo em carne viva.
A cena foi filmada por um
cinegrafista amador, na altura da Estrada Intendente Magalhães, por
volta das 9h. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Claudia
chegou morta ao hospital. A mulher foi baleada no pescoço e nas
costas. Em nota, a Polícia Militar informou que "este tipo de conduta
não condiz com um dos principais valores da corporação, que é a
preservação da vida e dignidade humana". A Polícia Civil também
investiga o caso. Além de Claudia, um suspeito de envolvimento com o
tráfico também foi baleado na operação. Policiais da 29ª Delegacia de
Polícia (Madureira) estiveram na favela e realizaram uma perícia. Dois
fuzis utilizados pelos PMs durante a incursão no Morro da Congonha foram
apreendidos. Claudia era casada e tinha quatro filhos.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/28906-pms-que-arrastaram-mulher-por-250-metros-sao-presos.html