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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Marco Aurélio interrompe sessão do STF ao saber da ditadura Temer

"Espero que seja mentira", disse o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ao saber que Michel Temer convocou as Forças Armadas por uma semana, praticamente decretando estado de sítio na capital federal; primeiro "presidente" da história do Brasil a ser investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, Temer chamou o Exército depois que 100 mil pessoas ocuparam a Esplanada dos Ministérios para protestar contra as reformas de seu governo ilegítimo, que chegou ao poder por meio de um golpe; no decreto assinado por Temer, rejeitado por 92% dos brasileiros, e pelo general Sergio Etchegoyen, o Exército foi chamado para garantir a lei e a ordem; no entanto, a Ordem dos Advogados do Brasil considera Temer criminoso e pede seu impeachment – iniciativa que tem o apoio da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
"Espero que seja mentira", disse o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ao saber que Michel Temer convocou as Forças Armadas por uma semana, praticamente decretando estado de sítio na capital federal.
Primeiro "presidente" da história do Brasil a ser investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, Temer chamou o Exército depois que 100 mil pessoas ocuparam a Esplanada dos Ministérios para protestar contra as reformas de seu governo ilegítimo, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, liderado por políticos corruptos.
No decreto assinado por Temer, rejeitado por 92% dos brasileiros, e pelo general Sergio Etchegoyen, o Exército foi chamado para garantir a lei e a ordem.
No entanto, a Ordem dos Advogados do Brasil considera Temer criminoso e pede seu impeachment – iniciativa que tem o apoio da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil.

Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/297541/Marco-Aur%C3%A9lio-interrompe-sess%C3%A3o-do-STF-ao-saber-da-ditadura-Temer.htm

Temer envia tropas do Exército para enfrentar manifestantes em Brasília



Protestos contra o governo Temer acontecem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília


O ministro da Defesa Raul, Jungmann anunciou, que o presidente Michel Temer autorizou o envio de tropas federais do Exército para conter as manifestações que acontecem neste momento na Esplanada dos Ministérios.
Durante declaração na tarde desta quarta-feira (24), o ministro afirmou que Temer decretou uma ação de garantia de lei e da ordem em Brasília.
"Tropas federais já se encontram no Palácio do Planalto, no Palácio do Itamaraty, disse o ministro.
"Nós estamos, neste momento, garantindo a evacuação. O senhor presidente da República decretou, por solicitação do presidente da Câmara, uma ação de garantia da lei e da ordem."
Desde o início desta tarde manifestantes protestam em frente ao Palácio do Planalto. Conforme a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, 35 mil manifestantes participam do ato.
Segundo Jungmann, a convocação das tropas do Exército foi decidida após os prédios da Esplanada dos Ministérios terem registrado incêndios e serem evacuados.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/391853/temer-envia-tropas-do-exercito-paraenfrentar-manifestantes-em-brasilia

Protesto contra Temer causa incêndio em ministério

 Marcha é ato contra as reformas da Previdência de trabalhista e pede a renúncia do presidente Michel Temer.


Manifestantes conseguiram furar o bloqueio da Polícia Militar e chegar à Esplanada dos Ministérios, na tarde desta quarta-feira (24), em Brasília (DF). Foi registrado um princípio de incêndio no prédio da Agricultura. Bombeiros não conseguem chegar ao local. Não há informação de vítimas, apenas de que diversas fogueiras foram acesas em diferentes trechos do protesto. 
A sede da Fazenda foi evacuada. No edifício do Turismo, segundo o G1, janelas e portas de vidros foram quebradas. Outros ministérios depredados seriam Planejamento e Minas e Energia. Pastas e documentos estão sendo jogados na ruas. A Catedral Nacional foi pichada com palavras de protesto. Assim, como o Museu da República.
Notícias ao Minuto
Conforme Secretaria de Segurança do Distrito Federal, 35 mil manifestantes ainda estão na Esplanada dos Ministérios. O boletim divulgado nesta tarde atesta que: "Quatro pessoas foram detidas pelos policiais, sendo três delas por porte de entorpecentes e porte de arma branca. Todos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE)", diz o texto.
Um professor do Espírito Santo teria sido preso por pichar a Catedral de Brasília, segundo PMs. A marcha, que começou no estádio Mané Garrincha, é um ato contra as reformas da Previdência de trabalhista e pede a renúncia do presidente Michel Temer.

Fonte:  https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/391830/protesto-contra-temer-causa-incendio-em-ministerio

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Se denúncia de delatores da JBS for comprovada, cabe impeachment de Temer, diz jurista

 Gravação, se comprovada, é uma prova de crime de responsabilidade, avalia Oscar Vieira

Se ficar comprovado que o presidente Michel Temer incentivou um dos donos da JBS, Joesley Batista, a comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha na prisão, esse fato configuraria crime de responsabilidade, abrindo caminho para um impeachment.
Essa é a avaliação do constitucionalista Oscar Vilhena Vieira, diretor da FGV Direito SP, ao analisar as acusações noticiadas nesta quinta-feira pelo jornal O Globo - segundo reportagem publicada no blog do jornalista Lauro Jardim, no site da publicação, Batista gravou uma conversa em que Temer recomenda que ele mantenha pagamentos a Cunha, que está preso pela operação Lava Jato em Curitiba.
"Desde que comprovado, esse ato pode ser configurado como uma interferência no Poder Judiciário, que seria crime de responsabilidade", disse Vilhena em entrevista à BBC Brasil.
O jurista também considera que os fatos narrados pelo jornal O Globo, caso confirmados, podem ter impacto político na ação que está pronta para ser julgada no Tribunal Superior Eleitoral contra a eleição da chapa presidencial formada por Dilma Rousseff e Temer em 2014.
O julgamento - que vai analisar se a campanha cometeu ilegalidades como uso de caixa 2 e de recursos desviados pela Petrobras - está marcado para ser retomado no início de junho.
Embora juridicamente não haja relação entre eventual interferência na operação Lava Jato e a eleição de 2014, Vilhena vê uma possível influência política na decisão do TSE.
"O TSE tem que tomar a decisão se a eleição da Dilma e do Temer foi válida ou não. Ele pode perceber que a crise favorece essa decisão (de considerar a eleição ilegal). Esse é o problema, o peso político que o TSE vai levar em consideração para tomar essa decisão", explicou.
Na sua avaliação, uma saída de Temer, seja por renúncia, impeachment ou cassação no TSE, pode levar a realização de eleição direta antecipada para presidente, por meio da aprovação de uma emenda Constitucional pelo Congresso. Confira abaixo a íntegra da entrevista.
BBC Brasil - Se houver uma renúncia de Michel Temer, como já passou mais da metade do mandato presidencial, a Constituição determina que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assuma a Presidência e convoque eleições indiretas para presidente e vice-presidente em 30 dias. Quem poderia concorrer nesse caso?
Oscar Vilhena Vieira - Qualquer cidadão pode se candidatar. Esse é o caminho que está traçado pela Constituição. Isso nunca ocorreu, nunca foi testado, então todo o procedimento vai ter que ser conduzido pelo presidente da Câmara e, claramente, com monitoramento do Supremo Tribunal Federal, que vai ser convocado a interferir e normalmente decide.
BBC Brasil - E poderia ser uma pessoa sem partido?
Vilhena - Olha, a princípio sim, pois você não tem nenhuma regulação que impede uma candidatura independente. É uma eleição que se dá entre as pessoas que tenham seus direitos políticos em vigor e que tenha as condições exigidas para o cargo: ter mais de 35 anos e ser nacional (brasileiro).
BBC Brasil - No caso de ele não renunciar, poderia haver um impeachment, que é um processo lento?
Vilhena - Sim, no caso de não haver uma renúncia, se esse ato for comprovado, ao meu ver, ele pode tanto ser configurável como crime de responsabilidade quanto como crime comum.
Você tem que ter então autorização da Câmara tanto para o presidente ser processado pelo Senado no caso de crime de responsabilidade, ou ser processado pelo Supremo em caso de crime comum. É um caminho.
BBC Brasil - Quais seriam os crimes de responsabilidade e comum?
Vilhena - Desde que comprovado, esse ato pode ser configurado como tentativa de obstrução de Justiça, que seria crime comum, e como uma interferência no Poder Judiciário, que seria crime de responsabilidade.
Não temos muita informação, mas, claramente, se esse ato for comprovado, configura crime de responsabilidade, sem dúvida nenhuma.
BBC Brasil - Por interferir em outro Poder?
Vilhena - Isso. A obstrução de Justiça, você e eu podemos fazer, por isso é um crime comum. Agora, o presidente que interfere em outro Poder, eu e você não teríamos como cometer esse ato. Essa seria a distinção.

BBC Brasil - Parece que a gravação foi feita com a ciência da PGR. Nesse caso teria que ter autorização do ministro do STF Edson Fachin para gravar uma conversa com o Presidente da República?
Vilhena - Se a gravação foi feita oficialmente (pela PGR), sem dúvida nenhuma seria necessária uma autorização do juízo que tem competência, e o juízo que tem competência (sobre o presidente Temer) é o Supremo Tribunal Federal.
BBC Brasil - Agora, se o Batista gravou sem orientação da PGR, por ideia dele, aí a prova pode ser legal mesmo se ele gravou sem autorização do STF?
Vilhena - Sim, pois nesse caso ele gravou sua própria conversa.
BBC Brasil - Pode haver uma polêmica sobre se ele induziu o Temer a cometer crime, isso poderia ser questionado?
Vilhena - Sim, tudo isso é objeto que a defesa pode levantar. Mas a questão importante agora é se a prova foi obtida de maneira legal ou não.
BBC Brasil - Qual poderia ser o impacto dessas revelações na ação que está para ser julgada no TSE e pode cassar Temer?
Vilhena - O Tribunal Superior Eleitoral não tem jurisdição sobre esse tema. Uma coisa não tem nada a ver com a outra do ponto de vista jurídico.
Mas, se a crise política se agravar, evidente que isso pode impactar o modo como o TSE vai decidir. Mas aí é uma contaminação política da decisão.
BBC Brasil - Ou seja, embora as revelações da delação da JBS não tenham qualquer relação com a eleição de 2014, elas podem enfraquecer muito Temer e levar o TSE a achar que é melhor cassá-lo?
Vilhena - O TSE tem que tomar a decisão se a eleição da Dilma e do Temer foi válida ou não. Ele pode perceber que a crise favorece essa decisão (de considerar a eleição ilegal). Esse é o problema, o peso político que o TSE vai levar em consideração para tomar essa decisão.
BBC Brasil - Por que se Temer estiver, ao contrário, fortalecido, aumentariam as chances de os ministros avaliarem com mais cautela a cassação?
Vilhena - Isso, porque é uma crise política e econômica que certamente pesa sobre os juízes no momento em que eles tomam a decisão.
BBC Brasil - No caso do TSE cassar Temer, sabemos que há uma ação pronta para ser julgada no STF que poderia levar à convocação de eleição direta, sob o argumento de que, se eleição de 2014 foi ilegal, ela teria que ser refeita. No caso de renúncia ou impeachment, o Congresso poderia aprovar uma emenda constitucional para realizar eleição direta?
Oscar Vilhena - Sim, sem dúvida nenhuma. Veja você tem um caminho que está estabelecido jurídico (na Constituição para eleição indireta).
Agora, evidentemente que o país está numa crise política muito aguda e o Congresso Nacional não tem sido objeto de nenhuma confiança por parte da população.
Os padrões de confiança do Congresso são muito baixos. Então, eu não tiro do cenário que a pressão popular seja feita para que uma emenda das (eleições) diretas seja colocada.
BBC Brasil - Proposta de Emenda Constitucional tem um trâmite mais lento. O senhor acha que em condições excepcionais dá para agilizar?
Oscar Vilhena - Pode ser demorado, mas pode ser rápido. No caso de haver uma vacância, eu não retiraria do tabuleiro a possibilidade da sociedade demandar uma eleição direta, a antecipação da eleição presidencial (prevista para 2018).
BBC Brasil - Se for confirmado que ele incentivou que os donos da JBS comprassem o silêncio de Cunha, o senhor acha que isso seria suficiente para ele sair?
Oscar Vilhena - A informação precisa ser checada, avaliada. Evidente que os jornalistas checaram, mas é um fato político que se colocou. Esse fato político precisa ser comprovado para que ele possa ter seu desenrolar jurídico.

terça-feira, 4 de abril de 2017

TSE inicia nesta terça o julgamento da cassação da chapa Dilma-Temer

TSE inicia nesta terça o julgamento da cassação da chapa Dilma-Temer
Foto: Lula Marques / Agência PT
 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia nesta terça-feira (4) o julgamento da cassação da chapa presidencial Dilma Rousseff-Michel Temer, eleita no pleito de 2014. O rito será o mesmo utilizado na análise de outros processos, inclusive, com a possibilidade de suspensão do julgamento por um pedido de vista ou para a concessão de mais prazo para a defesa se manifestar. De acordo com a Agência Brasil, a sessão começará com a leitura do relatório, o resumo de toda a tramitação do processo, pelo relator ministro Herman Benjamin. Em seguida, o presidente Gilmar Mendes passará a palavra aos advogados da ex-presidente Dilma Rousseff, do presidente Michel Temer e do PSDB. COm a argumentação das defesas, o representante do Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentará o parecer pela cassação da chapa. Após as manifestações, o relator deverá analisar questões preliminares apresentadas pelos advogados antes de proferir seu voto. Benjamin também deverá se pronunciar sobre a aceitação da cassação e se as contas de Temer podem ser julgadas separadamente, como pede sua defesa. Os ministros Napoleão Nunes Maia, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Rosa Weber, Luiz Fux e Gilmar Mendes votam em seguida. Se a chapa for cassada, o TSE deverá decidir se eleições indiretas serão convocadas pelo Congresso e se Temer poderá continuar com os direitos políticos - Dilma ficará inelegível por oito anos, por encabeçar a chapa.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/205529-tse-inicia-nesta-terca-o-julgamento-da-cassacao-da-chapa-dilma-temer.html

sexta-feira, 24 de março de 2017

Terceirização: Ministério Público do Trabalho vai pedir veto do projeto à Presidência

Terceirização: Ministério Público do Trabalho vai pedir veto do projeto à PresidênciaFoto: Magda Oliveira/G1
 
Uma nota técnica pedindo o veto integral da lei que flexibiliza a terceirização deverá ser enviada ainda nesta quinta (23) pelo Ministério Público do Trabalho para a Presidência da República. O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, afirmou que o projeto aprovado pelo Congresso Nacional não irá cumprir o que propõe e vai gerar mais insegurança jurídica no mercado de trabalho. Fleury afirmou que, caso a lei seja aprovada, as relações empregatícias serão precarizadas e os contratos indeterminados serão substituídos por temporários. O MPT irá analisar se cabe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). "Foi tão mal feito que vai gerar uma insegurança maior", afirmou Fleury.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/204999-terceirizacao-ministerio-publico-do-trabalho-vai-pedir-veto-do-projeto-a-presidencia.html

Por 'analogia' entre 1964 e 2016, centrais sindicais marcam novo protesto contra Temer


Por 'analogia' entre 1964 e 2016, centrais sindicais marcam novo protesto contra Temer
Foto: Reprodução / Google Street View
 
As frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM), lideradas por centrais sindicais, marcaram uma nova mobilização nacional contra o presidente Michel Temer para o dia 31 deste mês. Em Salvador a manifestação acontece a partir de 9h, com uma caminhada entre Campo da Pólvora e Forte do Barbalho. De acordo com o presidente da CUT na Bahia, Cedro Silva, a data e o local do protesto servem como referência ao início do período de Ditadura Militar. "A gente vai relembrar a questão do golpe de 64 fazendo uma analogia com o golpe de 2016", explicou Cedro, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ele, a escolha pelo Campo da Pólvora como ponto de saída para a caminhada se deve à presença no local de um monumento que lembra os baianos que lutaram contra a ditadura. Além de fazer a analogia entre o momento político de 1964 e o de 2017, Cedro ressaltou que a mobilização envolve também o posicionamento contrário às reformas trabalhista e da previdência. "Vamos manter a base mobilizada. A classe trabalhadora não aceita a perda de direitos", destacou.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/205012-por-analogia-entre-1964-e-2016-centrais-sindicais-marcam-novo-protesto-contra-temer.html

segunda-feira, 20 de março de 2017

Relator deve pedir a cassação de Temer no TSE

Se depender de decisões anteriores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em casos similares, a cassação de Michel Temer está mesmo mais próxima; todos os processos analisados pelo relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer na corte, ministro Herman Benjamin, acabaram levando à destituição também dos vices; entre esses casos, estão os processos em que o TSE cassou os mandatos de governadores, com seus respectivos vices, por prática de ilícitos eleitorais; decisões que levaram à cassação de prefeitos e vice-prefeitos também devem ser consideradas pelo relator; tese de defesa de Michel Temer, que quer provar que houve uma separação das contas da campanha de 2014, não encontra respaldo nas decisões
 Um levantamento na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral que será usada para que o ministro e relator Herman Benjamin balize o seu parecer no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, reeleita em 2014, indica que ele deve pedir a cassação de Michel Temer.
Entre esses casos, está os processos em que o TSE cassou os mandatos de governadores, com seus respectivos vices, por prática de ilícitos eleitorais: Francisco de Assis de Moraes Sousa (OMDB), o Mão Santa, do Piauí, eleito em 1998; Cássio Cunha Lima (PMDB), da Paraíba; Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins e Jackson Lado, do Maranhão, estes eleitos em 2006.
Em todos os casos se aplicou automaticamente a perda de diplomas aos governadores e, pelo princípio da indivisibilidade, aos vice-governadores.
"Nenhum dos acórdãos suscita dúvida sobre a inclusão dos vices na cassação dos titulares.
Consta do levantamento um caso que não resultou em cassação, mas esta sendo considerado relevante. Éo que envolveu o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, eleito em 2006, relatado pelo ministro Felix Fisher. Silveira foi absolvido da acusação de abuso de poder econômico. Mas a discussão, na fase preliminar do caso, a de instrução, apontou para a necessidade de o vice compro o polo passivo em ações nas quais se pretenda cassar o seu mandato e o do titular. Essa posição mudou a jurisprudência do TSE sobre o tema, desde então pacífica.
O tribunal concluiu, ali, que 'em razão da unicidade monolítica da chapa majoritária, a responsabilidade dos atos do titular repercute na situação jurídica do vice, ainda que este nada tenha feito de ilegal, comportando-se exemplarmente'.
A jurisprudência em casos envolvendo prefeitos também reforça os argumentos pela indivisibilidade da chapa eleita.
Se a jurisprudência indica que não há mais dúvida de que o parecer do ministro-relator vai pedir a cassação dos dois eleitos —Dilma Rousseff e Michel Temer— a, ainda há sobre o quesito inegibilidade. Os autos precisam provar se os dois, ou um dos dois, tinham conhecimento pessoal de fatos que caracterizam abuso de poder econômico."

Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/285801/Relator-deve-pedir-a-cassa%C3%A7%C3%A3o-de-Temer-no-TSE.htm

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Saiba o que muda com a aprovação final da PEC do Teto dos Gastos Públicos


Brasília - O Senado aprovou em segundo turno, a PEC do Teto dos Gastos Públicos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
O Senado aprovou em segundo turno, a PEC do Teto dos Gastos Públicos Antonio Cruz/ Agência Brasil
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (13), por 53 votos a favor e 16 contra, o texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que impõe um teto aos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A matéria aprovada na Câmara dos Deputados como PEC 241 precisava de pelo menos três quintos dos integrantes do Senaod (49 de 81) para ser aprovada em segundo turno e seguir para sanção presidencial.
Após a aprovação do texto-base sem alterações, foram apreciados dois destaques. Um que tratava da limitação de despesas obrigatórias, como o salário mínimo, e outro que propunha um limite mínimo de gastos com saúde e educação. Ambos foram rejeitados. A emenda constitucional segue agora para sanção presidencial.

Entenda o que muda com a decisão do Congresso:
O que propõe a PEC 55?
A PEC do Teto de Gastos Públicos, proposta pelo governo federal, tem o objetivo de limitar o crescimento das despesas do governo. Considerado pelo governo Michel Temer como o primeiro passo para superar a crise econômica e financeira do país, a medida fixa para os três Poderes, incluindo Ministério Público e Defensoria Pública da União, um limite anual de despesas.

Por que o governo quer limitar os gastos?
A equipe econômica encaminhou a medida para tentar reequilibrar as contas públicas nos próximos anos e impedir que a dívida do setor público, que atingiu 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, aumente ainda mais.

Para quem vale a limitação do teto de gastos públicos?
A regra vale tanto para gastos do Executivo quanto para despesas do Senado, Câmara, Tribunal de Contas da União, Ministério Público da União (MPU), Conselho do MPU, Defensoria Pública, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Conselho Nacional de Justiça e justiças do Trabalho, Federal, Militar, Eleitoral e do Distrito Federal e Territórios.

Como é calculado esse limite de gastos?
Segundo a medida, o governo, assim como as outras esferas, poderá gastar o mesmo valor que foi gasto no ano anterior, corrigido apenas pela inflação. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é a desvalorização do dinheiro, ou seja, quanto ele perde de poder de compra num determinado período. Apenas para 2017 o limite orçamentário das despesas primárias – aquelas que excluem o pagamento de juros da dívida – será o total gasto em 2016 corrigido por 7,2%. De 2018 em diante, o limite será o do ano anterior corrigido pela variação do IPCA de 12 meses do período encerrado em junho do ano anterior. No caso de 2018, por exemplo, a inflação usada será a colhida entre julho de 2016 e junho de 2017.

Qual será a duração da medida?
O texto limita por 20 anos os gastos federais ao Orçamento do ano anterior corrigido pelo IPCA.

Ela poderá sofrer alterações?
O presidente da República pode propor um projeto de lei complementar para alterar, a partir do décimo ano de vigência do novo regime fiscal, o método de correção dos limites de cada grupo de órgão ou poder. O texto permite apenas uma alteração do método de correção por mandato presidencial.
Quais serão as consequências caso o limite não seja cumprido?
Caso o limite de crescimento de gastos seja descumprido, Poderes ou órgãos a eles vinculados ficarão impedidos no exercício seguinte de: reajustar salários, contratar pessoal, fazer concursos públicos (exceto para reposição de vacância) e criar novas despesas até que os gastos retornem ao limite previsto pela PEC.
No caso do Poder Executivo, a extrapolação de seu limite global provocará a proibição adicional de criar ou expandir programas e linhas de financiamento ou o perdão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que causem ampliação de despesas com subsídios e subvenções.
Além disso, o governo também não poderá conceder ou ampliar incentivo ou benefício de natureza tributária.

A medida se aplica para todos os tipos de gastos do governo? O que fica de fora?
Ficarão fora dos limites, entre outros casos, as transferências constitucionais a estados e municípios, os créditos extraordinários para calamidade pública, as despesas para realização de eleições e os gastos com aumento de capital das chamadas empresas estatais não dependentes.
Outra possibilidade de exclusão do teto é o uso de recursos excedentes ao resultado primário de cada ano no pagamento de restos a pagar registrados até 31 de dezembro de 2015.
Assim, mesmo com a previsão de um deficit, como o projetado para 2017, de cerca de R$ 139 bilhões, se ele for menor, a diferença poderá ser usada para quitar esses restos a pagar sem entrar no limite do regime fiscal.

Como ficam os gastos com saúde e educação?
Diferentemente de outras áreas, saúde e educação tiveram o limite traçado pelo mínimo a ser gasto e não o máximo das despesas. Em 2017, haverá exceção para as áreas de saúde e educação, que somente passarão a obedecer ao limite a partir de 2018, segundo o governo. Pelo texto, o piso para os dois setores passa a obedecer ao limite de despesas ligado à inflação a partir de 2018. Atualmente, a Constituição especifica um percentual mínimo da arrecadação da União que deve ser destinado para esses setores.
Em 2017, o parecer prevê, no caso da saúde, percentual de 15% da receita líquida, que, segundo a Emenda Constitucional 86, só valeria em 2020. No caso da educação, o piso constitucional foi mantido em 18% da arrecadação de impostos. De 2018 em diante, o valor executado no ano anterior será corrigido pelo IPCA até 2036.

Qual é o impacto da medida sobre o salário mínimo?
No relatório apresentado à comissão especial que analisou a PEC na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) afirmou em seu parecer que a proposta prevê que o salário mínimo, referência para mais de 48 milhões de pessoas, deixará de ter aumento real, aquele acima da inflação se o governo ultrapassar o limite de despesas, ou seja, gastar mais do que o fixado na lei.

Como ficam os concursos públicos?
O diretor da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, Ricardo Volpe, disse que, pela PEC, Judiciário e Legislativo têm “gordura para queimar” e estão em situação confortável, inclusive para promoverem novas contratações por concurso público. A exceção seriam os “mais gastadores”, como a Justiça do Trabalho. Já o Executivo ficaria dependendo de outras medidas de ajuste fiscal para se manter com a atual estrutura.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-12/saiba-o-que-muda-com-aprovacao-final-da-pec-do-teto-dos-gastos-publicos

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Geddel pede demissão após crise gerada com denúncia de ex-ministro

  Ministro da articulação política enviou carta de demissão a Michel Temer.
Ele havia sido acusado de pressionar Marcelo Calero para liberar obra na BA.

Acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura Marcelo Calero para liberar uma obra em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou na manhã desta sexta-feira (25), por e-mail, uma carta de demissão ao presidente Michel Temer. Geddel, que está na capital baiana desde quarta (23), conversou por telefone com o presidente depois de encaminhar a solicitação para se desligar do primeiro escalão.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.
Geddel é o sexto ministro a deixar o governo desde que Michel Temer assumiu o comando do país em maio. Antes dele, caíram Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Fábio Medina Osório (AGU), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Marcelo Calero (Cultura).
Na carta de demissão, na qual se referiu ao presidente da República como "fraterno amigo", Geddel escreveu que "avolumaram-se as críticas" sobre ele e, em Salvador, vê o"sofrimento" de sua família, que é o "limite da dor que suporta". Ele, então, diz ao presidente que "é hora de sair".
Na mensagem, ele também pediu desculpas a Temer pela dimensão das "interpretações dadas", referindo-se à acusação de Marcelo Calero de que Geddel o pressionou para desembargar a construção de um condomínio de luxo em um bairro nobre de Salvador que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura.
Em meio ao texto, o agora ex-ministro da Secretaria de Governo ainda diz que retorna à Bahia, mas seguirá como "ardoroso torcedor" do governo.
Ele também aproveitou a carta para fazer um afago na base aliada, agradecendo o apoio e a colaboração na aprovação de "importantes medidas" para o país.

Carta de demissão de Geddel Vieira Lima ao presidente Michel Temer (Foto: Reprodução)Reprodução da carta de demissão apresentada por Geddel Vieira Lima ao presidente Michel Temer (Foto: Reprodução)
 
A queda de Geddel
Até então um dos homens forte de Temer no Planalto, Geddel começou a balançar no cargo de ministro da Secretaria de Governo na semana passada, quando Calero concedeu uma entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" denunciando a pressão do ex-colega da Esplanada dos Ministérios.
A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao gabinete presidencial nesta quinta (24), quando veio à tona o teor do depoimento prestado nesta semana por Calero à Polícia Federal (PF). O ex-ministro disse aos policiais que, durante uma audiência no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor dos interesses do então ministro da Secretaria de Governo.
Calero, que pediu demissão na última sexta (18), gravou a conversa que teve na semana passada com Temer no Planalto, informou o Bom Dia Brasil. Procurado pela TV Globo, Calero disse que não pode falar desse assunto. Segundo o G1 apurou, ele entregou cópia da gravação à PF, que encaminhou o material para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Depoimento à PF
No depoimento à PF prestado na última quarta (23), o ex-ministro disse que Temer o "enquadrou" para que ele encontrasse uma "saída" para desembargar a construção do condomínio La Vue, na capital baiana, no qual Geddel comprou um apartamento.
Após o depoimento de Marcelo Calero à PF vazar na imprensa, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou que Temer procurou o ex-ministro da Cultura para resolver o "impasse" entre ele, Calero, e o chefe da Secretaria de Governo (leia a íntegra do pronunciamento de Parola ao final desta reportagem).
Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria Geral da República (PGR) havia decidido pedir ao STF a abertura de uma investigação para apurar se Geddel fez tráfico de influência ao pressionar o ex-colega da Esplanadas.
A PGR recebeu nesta quinta-feira (24) o depoimento que Calero prestou à Polícia Federal. O documento inicialmente foi enviado ao Supremo, que o encaminhou para a análise dos procuradores da República. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, remeteu o depoimento à PGR antes de mandar sortear o caso para relatoria de algum dos minstros do tribunal.
Na condição de ministro, Geddel tinha direito ao chamado "foro privilegiado", ou seja, ser investigado e processado pelo STF, a mais alta Corte do país. Agora, diante da demissão do ministro, o caso pode ser remetido à primeira instância da Justiça
Comissão de Ética
Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio relatado pelo ex-ministro da Cultura.
La Vue (Foto: Reprodução) O colegiado fiscaliza eventuais conflitos de interesse envolvendo integrantes do governo, mas não tem poder para punir nenhum servidor público, apenas pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissões.
Nos últimos dias, Geddel admitiu que é proprietário de um apartamento no empreendimento, confirmou que procurou o então ministro da Cultura para tratar do embargo à obra, mas negou que tivesse pressionado Calero para liberar a construção do edifício.

Projeto do condomínio La Vue (Foto: Reprodução)
A obra embargada
 
O empreendimento imobiliário pivô da saída de Marcelo Calero do Ministério da Cultura foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. Os construtores pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos.
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top House" de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.
No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre os argumentos do Iphan ao final desta reportagem).

Parentes
Familiares do ministro da Secretaria de Governo integram a defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo Iphan, no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou na quarta-feira o jornal "Folha de S.Paulo".
Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam como representantes do empreendimento La Vue Ladeira da Barra junto ao Iphan.
A publicação afirmou que, em um documento anexado ao processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a empresa Porto Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue, interditado pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.
Ainda de acordo com a "Folha", Jayme é primo de Geddel e também seria sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Já o estagiáriao Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo.
A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel assumir o comando da Secretaria de Governo.
Leia a íntegra da carta de demissão de Geddel Vieira Lima:
Salvador, 25 de novembro de 2016
Meu fraterno amigo Presidente Michel Temer,
Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair.
Diante da dimensão das interpretações dadas, peço desculpas aos que estão sendo por elas alcançados, mas o Brasil é maior do que tudo isso.
Fiz minha mais profunda reflexão e fruto dela apresento aqui este meu pedido de exoneração do honroso cargo que com dedicação venho exercendo.
Retornado a Bahia, sigo como ardoroso torcedor do nosso governo, capitaneado por um Presidente sério, ético e afável no trato com todos, rogando que, sob seus contínuos esforços, tenhamos a cada dia um país melhor.
Aos Congressistas, o meu sincero agradecimento pelo apoio e colaboração que deram na aprovação de importantes medidas para o Brasil.
Um forte abraço, meu querido amigo.
GEDDEL VIEIRA LIMA

Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/geddel-pede-temer-demissao-da-secretaria-de-governo-diz-planalto.html

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O que mudou com Temer nos programas sociais como o Bolsa Família


Há o temor de encolhimento do Estado, mas, por enquanto, Michel Temer manteve principais vitrines sociais BBC Brasil
 
A criação de programas sociais foi uma das principais marcas dos 13 anos de governos petistas. Para seus apoiadores, a troca de governo traria uma incerteza sobre a continuidade de iniciativas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Prouni e Fies.
Mas seis meses depois da queda de Dilma Rousseff e ascensão de Michel Temer ao comando do País o que aconteceu com esses programas?
Se hoje há um temor de que o ajuste fiscal proposto pelo novo presidente trará um encolhimento do tamanho do Estado brasileiro, potencialmente reduzindo serviços de saúde e educação, as principais vitrines sociais têm sido mantidas pela nova administração federal.
O Bolsa Família, por exemplo, teve seu valor reajustado pouco após a posse de Temer, enquanto o Minha Casa Minha Vida segue em marcha lenta no atendimento às famílias mais pobres — o que já acontecia desde o ano anterior, ainda no governo Dilma.

Confira abaixo o que aconteceu com cada programa.
Bolsa família
Menos de dois meses após sua posse, Temer anunciou um aumento médio de 12,5% do benefício do Bolsa Família — a última correção havia sido feita dois anos antes. O presidente constantemente cita o reajuste para rebater as críticas de que seu governo não prioriza a área social.
Na semana passada, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário anunciou ter feito "o maior pente-fino já realizado em toda a história do Bolsa Família" para combater "irregularidades" e "garantir que o benefício seja destinado a quem realmente precisa".
Após realizar o cruzamento de diferentes bancos de dados —como INSS, Caged (registros formais de trabalho), registros de óbitos, entre outros —, a pasta anunciou o cancelamento de 469 mil benefícios e o bloqueio de outros 654 mil, o que representa 8% do total de 13,9 milhões de benefícios.
Ex-ministra da área social no governo Dilma, Tereza Campello refuta o ineditismo da medida. Segundo ela, desde 2007, as administrações petistas promoveram cruzamento de dados para identificar inconsistências no programa. Em 2014, por exemplo, 1.290 milhão de benefícios foram cancelados ou bloqueados ainda antes da eleição, afirmou.
Para Campello, o tom do anúncio do novo governo "criminaliza os mais pobres".
"Todo ano temos a malha-fina do Imposto de Renda e não há esse escarcéu, não chamam de fraude. Esse tom atrapalha a política pública, criminaliza os pobres e incita um ambiente de ódio. Me preocupa que esse ambiente esteja preparando para uma redução do Bolsa Família", afirmou.
À BBC Brasil, o ministério afirmou que não pretende realizar mudanças no programa.
"Não estamos cortando recursos. Todo esse dinheiro voltará para a área social, seja para aqueles que estão na fila de espera e até, quem sabe, para melhorar os valores repassados", disse o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, ao anunciar o "pente-fino".

Minha Casa, Minha Vida
O Minha Casa, Minha Vida - programa que subsidia casas para grupos de menor renda — já havia encolhido no governo Dilma e segue reduzido no de Temer. O principal problema está na faixa 1 do programa, justamente a que atende o segmento mais pobre (famílias com renda mensal de até R$ 1.800, segundo as novas regras do programa).
Nessa faixa, as contratações de novas unidades estão quase paralisadas desde 2015 devido aos cortes de gastos do governo.
As novas unidades contratadas caíram de um recorde de 537 mil em 2013 para apenas 16,9 mil no ano passado e 32,5 mil neste ano, até setembro. O grosso de 2016 foi contratado em maio, justamente quando houve a troca de governo.
A razão da forte queda das contratações é que a faixa 1 custa bem mais caro para a União (que banca até 90% do imóvel) do que as faixas 2 e 3 (renda familiar de R$ 2.351 a R$ 6.500, segundo as novas regras). Nesses dois grupos, a redução das contratações tem sido bem menor.
O atual governo acaba de implementar uma nova faixa (1,5), que já havia sido anunciada por Dilma, para atender famílias com renda até R$ 2.350 - ela vai oferecer menos subsídio que a faixa 1, mas mais do que as 2 e 3.
"Nesse momento, o Minha Casa Minha Vida está em uma completa paralisia enquanto programa social. Enquanto crédito habitacional, ele continua funcionando", critica Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
Responsável pelo programa, o Ministério das Cidades informou que "em virtude do atual cenário macroeconômico do País, que impôs restrições de natureza orçamentária e financeira", a prioridade neste ano é retomar as obras paralisadas e entregar moradias contratadas.
Segundo o presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, o governo tem retomado as obras paradas a um ritmo de 4.000 a 5.000 unidades por mês.
"Teve muito atraso de pagamento no governo Dilma, muita empresa não aguentou, teve dificuldade e abandonou as obras", observa.
Para o próximo ano, a previsão da proposta de Orçamento que tramita no Congresso é de contratação de 170 mil unidades na faixa 1 e 400 mil nas demais.
A expectativa de Boulos e Martins, porém, é que a aprovação da PEC do teto (que prevê que os gastos do governo não poderão subir acima da inflação por vinte anos) deve impactar o futuro do programa. Isso porque, mesmo que a arrecadação se recupere, as despesas não poderão subir no mesmo ritmo.
"Isso é um drama para o setor", observa Martins.
"Não se trata apenas de dizer que não têm recurso agora, mas de apontar para um congelamento de investimento social pelos próximos 20 anos. A situação com certeza representa um agravamento", afirma Boulos.
Desde a criação do programa, em 2009, foram contratadas 4,4 milhões de unidades (40% na faixa 1) e entregues 3,076 milhões (35% na faixa 1).

Mais Médicos
Nascido há três anos sob críticas da classe médica brasileira, o programa Mais Médicos hoje é "muito bem avaliado, pelos gestores e pela população, principalmente os profissionais cubanos", disse à BBC Brasil o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Com 18.240 médicos em 4.058 municípios (73% do total) e em 34 distritos indígenas, o programa está sendo mantido no mesmo tamanho que o herdado da administração petista.
Os profissionais são pagos pela União (bolsa-formação mensal de R$ 11.520) para trabalhar em localidade onde os municípios não conseguem atrair profissionais, seja porque são áreas distantes, consideradas perigosas ou porque o salário que a prefeitura pode pagar não é atrativo.
Apesar do seu sucesso, não há previsão orçamentária para ampliação, embora o ministério acredite que os novos prefeitos eleitos neste ano possam apresentar novas demandas.
Na semana passada, Barros anunciou medidas para tentar estimular o aumento da participação de brasileiros no programa. Hoje, dois terços dos profissionais do Mais Médicos são cubanos, contratados por meio de um convênio com o governo de Cuba. Outros 29% são médicos com diploma brasileiro e 8,4% com diploma de outros países (intercambistas).
Todas as vagas foram primeiro oferecidas para médicos daqui e apenas depois preenchidas por estrangeiros. Mas quando essas posições ficavam vagas novamente, por exemplo por desistência do médico de fora, ela era automaticamente preenchida por outro estrangeiro.
Agora, o governo aproveitou que parte dos cubanos está deixando o País, porque seu contrato de três anos se encerrou, para rastrear mil vagas em postos potencialmente mais atrativos para oferecer mais uma vez aos brasileiros. São vagas nas capitais dos Estados ou nas áreas metropolitanas, de todas regiões do País.
Questionado sobre porque os brasileiros aceitariam essas vagas agora, Barros disse que se trata de "um novo momento", já que mais profissionais se formaram e entraram no mercado nos últimos anos.
A meta do Ministério da Saúde é realizar 4.000 trocas de médicos estrangeiros por brasileiros em três anos. A intenção agora é abrir editais com oferta de vagas para brasileiros a cada três meses, e dar prazo de 15 dias para eventuais trocas de postos dentro do programa, entre médicos brasileiros.
No momento e ao longo dos próximos meses será realizada a troca de milhares de médicos cubanos, já que o governo de Cuba não permite que esses profissionais fiquem mais de três anos no Brasil (exceções foram abertas para aqueles que formaram família aqui).
A previsão é que a troca deixe as cidades sem médicos por cerca de 40 dias. Segundo Barros, isso é inerente ao sistema do programa, pois Cuba só envia novos médicos quando os que estão no Brasil retornam.
"Esse programa vai continuar até que tenhamos médicos suficientes para ocupar os postos aqui no Brasil. Os municípios não abrem mão", disse à BBC Brasil o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira.

Prouni e Fies
O governo Temer também está dando continuidade aos principais programas petista para acesso de estudantes de baixa renda às instituições privadas de ensino superior, mas o Fies (Financiamento Estudantil) apresentou problemas nos primeiros meses da nova administração devido a atraso nos repasses para cobrir custos administrativos dos bancos que operam os empréstimos para os alunos.
Segundo o Ministério da Educação, esse atraso foi culpa da administração anterior, que não deixou recursos suficientes para execução do programa. Por isso, foi solicitada ao Congresso em agosto, e aprovada em outubro, a liberação de R$ 700 milhões extras. Na semana passada, também foi aprovado que parte do custo administrativo dos bancos seja repassada às universidades, o que deve gerar economia anual de R$ 400 milhões ao governo.
O Fies oferece aos alunos empréstimos subsidiados e com condições especiais, como prazo de carência após a formatura para início do pagamento. A previsão é que os recursos destinados pelo governo para esses empréstimos subam de R$ 18,7 bilhões neste ano para R$ 21 bilhões em 2017, conforme a proposta de orçamento enviada ao Congresso.
Segundo a ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), o atraso na liberação dos recursos "estava impedindo a renovação de cerca de 1,8 milhão de contratos dos alunos do programa, deixando os estudantes em situação irregular, com risco de não poderem frequentar as aulas a partir do primeiro semestre de 2017".
Ainda segundo a associação, "os alunos continuaram a frequentar as aulas, mas aproximadamente 1.400 instituições de ensino superior particulares ficaram sem o repasse por quatro meses", atraso que somaram "mais de R$ 6 bilhões".
Outro programa que está sendo mantido é o Prouni (Programa Universidade para Todos). Ele permite que as universidades deem bolsas de 50% e 100% aos alunos em troca de descontos em impostos.
Segundo dados do Ministério da Educação, o número de novas bolsas ofertadas teve pequeno aumento no segundo semestre de 2016 (125,5 mil) em comparação ao mesmo período de 2015 (116 mil), no entanto, a alta foi puxada pelo crescimento das bolsas parciais (de 47.033 para 68.437), enquanto as bolsas integrais, ou seja, que cobrem toda a mensalidade, caíram (de 68.971 para 57.141).

sábado, 12 de novembro de 2016

Temer sugere que prefeitos usem valor de repatriação para pagar 13º salário

Temer sugere que prefeitos usem valor de repatriação para pagar 13º salário
Foto: Reprodução / Youtube
 
O presidente Michel Temer sugeriu, nesta sexta-feira 11), que parte do dinheiro arrecadado com a regularização de recursos de brasileiros e empresas que estavam no exterior, a chamada repatriação, seja utilizada pelos prefeitos para pagar o 13º salário dos servidores municipais. Em um vídeo publicado no Twitter, o presidente informou que as prefeituras receberão uma parte do valor e pediu que os gestores entrem em contato com o governo federal para descobrirem o valor a que cada um terá dinheiro. A verba deverá ser destinada até o fim deste ano. "Você sabe que com a repatriação de capitais para o Brasil, o governo federal estará entregando a você, prefeito, uma verba que praticamente vai cobrir as suas despesas de final de ano. Isso para todos os prefeitos sem nenhuma exceção", explicou. A Receita Federal arrecadou R$ 46,8 bilhões em impostos e multas com a repatriação de recursos, que serão repartidas entre a União, os estados e municípios. "Comunique-se com o governo federal que você saberá a importância que receber para este fim de ano, quem sabe até para pagar o décimo terceiro salário", sugeriu Temer.
 
Fonte:  http://www.bahianoticias.com.br/noticia/198845-temer-sugere-que-prefeitos-usem-valor-de-repatriacao-para-pagar-13-salario.html

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Governo muda regras do Bolsa Família e deve desligar 600 mil famílias neste mês

Governo muda regras do Bolsa Família e deve desligar 600 mil famílias neste mês
Foto: Reprodução / AGM
 
O governo de Michel Temer (PMDB) quer mudar as regras de acesso e permanência do Bolsa Família. Técnicos dos ministérios do Desenvolvimento Social e Agrário, Planejamento e Fazenda está finalizando um decreto para regulamentar as modificações. Algumas delas são o cruzamento com seis bases de dados oficiais no momento da inscrição no programa, para evitar falsas declarações de renda; os integrantes da família deverão possuir CPF; haverá redução em duas vezes da tolerância para que participantes que caiam na "malha fina" do programa sejam desligados. Atualmente, o benefício é perdido na terceira ocorrência. 
 
De acordo com O Globo, as medidas deverão dificultar o acesso ao Bolsa Família.  "O Bolsa Família não pode ser um destino das pessoas. É preciso ser criterioso na hora de conceder e também criar portas de saída para os que realmente precisam do apoio governamental", justificou Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário. O governo argumenta que há necessidade de colocar regras mais consistentes de checagem dos critérios exigidos pelo programa e há perspectiva de desligar 600 mil famílias na folha de pagamento já em setembro. Desde maio, quando Temer assumiu a presidência, foram feitos 916 mil cancelamentos. Em todo ano de 2015, foram realizados 1,3 milhão. 
 
O cruzamento dos CPFs, sendo obrigatório até mesmo para crianças, será feito com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a folha de pagamento do INSS, o Sistema Integrado de Administração e Recursos Humanos (Siape), o Guia de Recolhimento de FGTS e de Informações à Previdência Social (Gfip) e o Guia da Previdência Social (GPS). Além da checagem inicial, os cruzamentos deverão ser feitos periodicamente, com ajuda do Caged, que por reunir informações de empregados e desempregados, permite acompanhar os usuários do Bolsa Família que entraram no mercado de trabalho sem comunicar a nova renda. 
 
Outra medida estudada pelo governo é cancelar automaticamente o benefício na segunda vez que a família for notificada por inconsistências cadastrais, como uma malha fina do programa. Atualmente isso ocorre na terceira ocorrência. Políticos também são alvo das mudanças e os dados dos eleitos no pleito de outubro serão repassados ao Ministério do Desenvolvimento Social mostrarão se existe algum beneficiado vencedor nas urnas. Eventuais beneficiários deverão ser cortados do programa.  
 
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/195528-governo-muda-regras-do-bolsa-familia-e-deve-desligar-600-mil-familias-neste-mes.html

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Temer toma posse às 16h desta quarta no Senado; primeiro pronunciamento será às 20h

Temer toma posse às 16h desta quarta no Senado; primeiro pronunciamento será às 20h
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
 
O agora presidente Michel Temer (PMDB) tomará posse como chefe do Executivo Federal às 16h desta quarta-feira (31), no plenário do Senado. A cerimônia foi convocada pelo presidente do Congresso Nacional e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após a votação que chancelou o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), por 61 a 20. Já às 20h, Temer fará um pronunciamento em rede nacional de TV e rádio. O texto deverá ser lido entre cinco e dez minutos.
 
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/195433-temer-toma-posse-as-16h-desta-quarta-no-senado-primeiro-pronunciamento-sera-as-20h.html