Mandela foi sepultado no vilarejo que cresceu após 10 dias de homenagens; ele morreu aos 95 anos
Nelson Mandela foi enterrado neste domingo às 12h45
locais (8h45 de Brasília) na aldeia de Qunu, no sudeste da África do
Sul. O ex-presidente sul-africano foi sepultado em estrita intimidade,
acompanhado unicamente por sua família, seus amigos mais próximos e
alguns convidados, informou a agência de notícias local Sapa.
O ganhador do Nobel da Paz, que ficou preso durante o
Apartheid por 27 anos, antes de emergir para pregar o perdão e a
reconciliação no país, foi colocado para descansar na casa de seus
ancestrais em Qunu, em uma despedida que misturou pompa militar e os
ritos tradicionais de seu clã Xhosa abaThembu.
O enterro aconteceu após a conclusão do funeral de
Estado em uma grande tenda branca construída pelo governo no sítio da
família, quando o caixão de Mandela, coberto com uma bandeira
sul-africana, foi portado em procissão por militares brancos e negros,
em mais um exemplo do resultado de seu combate à segregação racial.
Os militares o conduziram para uma encosta de uma
pequena colina situada no sítio de Mandela, nas mesmas terras nas quais
passou sua infância, e o lugar que sempre considerou seu lar. Ali
aguardava com tristeza sua família, liderada por sua viúva, Graça
Machel, e sua ex-esposa Winnie Mandela, para dar seu verdadeiro último
adeus.
Enquanto seu caixão era abaixado para a sepultura, três
helicópteros militares sobrevoavam o cemitério balançando a bandeira
sul-africana, rememorando a posse de Mandela como primeiro presidente
negro da África do Sul há quase duas décadas. Uma bateria de canhões
disparou uma salva de 21 tiros, que ecoaram pelas colinas do Cabo
Oriental, antes de cinco caças voarem baixo e em formação sobre o vale.
Fonte: Terra Noticias