quarta-feira, 8 de março de 2023

Mulheres são maioria do eleitorado, mas comandam só 4 dos 31 partidos do país

Apesar de serem maioria no eleitorado (53%), as mulheres estão à frente de apenas 4 dos 31 partidos políticos brasileiros.
 

De distintas correntes ideológicas, Gleisi Hoffmann (PT), Renata Abreu (Podemos), Heloísa Helena (Rede Sustentabilidade) e Suêd Haidar (PMB) relatam a necessidade de se impor em um universo predominantemente masculino.
 

Ainda que no comando dessas siglas, admitem dificuldades em conseguir ampliar a participação de outras mulheres na política e mesmo na estrutura partidária.
 

"A política espelha a nossa sociedade patriarcal, é um espaço dominado por homens brancos e, em consequência, predominantemente machista, na linguagem, nas práticas, até nos horários", relata a paranaense Gleisi, 57. "É só ver os ataques que sofremos no Parlamento, nas redes sociais", acrescenta.
 

Para a alagoana Heloísa Helena, 60, porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade, há uma "cantilena machista impregnada até em algumas mulheres sobre a supremacia masculina nas instâncias de decisão e poder".
 

Segundo ela, existe uma imensa desigualdade no acesso à dignidade humana para mulheres.
 

"Para uma mulher enfrentar a tripla jornada -família, trabalho, militância- sem estrutura financeira, sem equipamentos sociais, sem acesso à formação técnica e sem trabalho digno é missão considerada impossível, mas milhares de mulheres desafiam seus 'destinos' e a tornam possível no cotidiano."
 

Dirigente de um partido recriado pelo tio (o PTN, hoje Podemos), a paulistana Renata Abreu, 40, também cita a dificuldade de lidar com a distância dos três filhos.
 

"Não é fácil quando você vem para Brasília, teu filho te abraça e fala: 'Mamãe, não vai'. Toda semana eu ouço isso. E você tem que fazer ele dormir muitas vezes no FaceTime. Ele me liga: 'Me bota' para dormir?' E eu ligo o FaceTime aqui, fazendo reunião, boto só para ele ficar me olhando e dormindo."
 

A maranhense Suêd Haidar, 64, fundadora do Partido da Mulher Brasileira, diz que a participação feminina na política não é apenas uma questão de justiça social e igualdade de gênero, mas também de efetividade democrática.
 

"Quando as mulheres têm voz e poder na política, as decisões são mais representativas e levam em conta a diversidade e as necessidades da população como um todo."
 

Apesar do nome, o PMB retratou, ao longo de sua história, uma realidade comum a outras legendas: é composto majoritariamente por homens. Em 2015, dos 20 integrantes, 18 eram homens -hoje, o partido não está representado no Congresso.
 

Hoje no Ministério da Ciência e Tecnologia, a pernambucana Luciana Santos, 57, é presidente licenciada do PC do B.
 

Ela diz que os entraves vão "desde os contextos culturais e socioeconômicos que permeiam a construção da nossa sociedade e pautam o nosso desenho institucional até uma dinâmica de proteção dos centros de poder."
 

Segundo maior partido da Câmara com 68 deputados, o PT só tem 18 mulheres em sua atual bancada --entre elas Gleisi. No Podemos, dos 16 integrantes, só há duas parlamentares: Renata e Nely Aquino (MG).
 

No PC do B, a situação é mais equilibrada: são 4 homens e 3 mulheres. Na Rede, só o deputado Túlio Gadêlha (PE) representa o partido na Câmara --Marina Silva (SP) se licenciou para assumir o Ministério do Meio Ambiente.
 

DESAFIOS
 

Renata Abreu (Podemos): "O grande desafio da mulher na política é o emocional. A gente é muito explosiva, a gente fala o que pensa. E na política você tem que ter estratégia. Você tem que engolir sapo. O problema da mulher é que a gente não engole sapo. E na articulação você precisa engolir crocodilos".
 


 

Suêd Haidar (PMB) : "Eu vim acompanhando anos e anos as nossas mulheres sendo usadas como laranja, sendo trapaceadas, abusadas, oprimidas e vítimas de diversos preconceitos. Encontrei muitos desafios nesse cenário político masculinizado e perverso. Tive que lidar com o sexismo e o preconceito que muitas vezes são dirigidos às mulheres na política".
 

COTAS
 

Gleisi Hoffmann (PT): "No Congresso, apresentei emenda para aumentar essa cota para 50%. Afinal, nós mulheres somos mais de 50% da população brasileira e do eleitorado (...) O ideal seria termos paridade nas cadeiras dos legislativos, obrigando os partidos a investirem seriamente nas candidaturas femininas".
 

Heloísa Helena (Rede): "Não há lógica para explicar a repetição da maioria masculina [em cargos públicos], como se apenas eles tivessem atributos para ocupação desses espaços (...) Importante também deixar claro o quanto dessa visibilidade social de mulheres nas instâncias de decisão e espaços de poder auxiliam na mudança de paradigmas, pois a presença delas já sinaliza para meninas e meninos como se divide o poder e se partilha o comando das ações".
 

POLÍTICAS DE INCENTIVO
 

Luciana Santos (PC do B): "Além de uma dinâmica interna e cotidiana que privilegia e incentiva a participação das mulheres no cotidiano, nas eleições procuramos ultrapassar a cota estabelecida pela legislação eleitoral. Nossas candidatas têm acompanhamento e apoio específico por parte da Secretaria de Mulheres e, entre outras ações, realizamos cursos e seminários de formação, prestação de contas, comunicação para garantir apoio em todas as áreas que identificamos como mais difíceis para as campanhas delas".
 

Gleisi Hoffmann (PT): "O PT foi pioneiro, em 1991, ao instituir cota de 30% para a participação das mulheres em cargos de direção. Depois, em 2017, aprovamos uma resolução no estatuto para haver paridade entre mulheres e homens nos cargos. Na Secretaria de Mulheres do PT adotamos várias medidas internas para estimular a participação das mulheres na política, como o Programa Elas por Elas, que cuida da formação das nossas militantes".
 

REPRESENTATIVIDADE NOS PARTIDOS
 

Heloísa Helena (Rede): "No caso da Rede, em todos os estados temos dois porta-vozes, sendo uma mulher e um homem, de preferência possibilitando encontro intergeracional. Mas não quer dizer que seja sempre consenso progressivo, pois não estamos imunes ao que é impregnado nas pessoas. Temos muitos conflitos e também a necessária e dura reação para impedir que esse ridículo comportamento se fortaleça".
 

Luciana Santos (PC do B): "Atualmente, temos quatro estados em que o partido é presidido por mulheres: Paraíba, com Gregória Benário; Amapá, com nossa ex-deputada Marcivânia Flexa; Roraima, com a Tatiane Cassiano; e Mato Grosso do Sul, com a Iara Gutierrez. Mas ter mulheres na presidência do partido não é uma novidade para o PC do B".
 

FUNDO ELEITORAL
 

Renata Abreu (Podemos): "Esse também é um desafio. Toda a distribuição de fundo nos partidos leva em conta também o potencial eleitoral e histórico de voto. Esse é o desafio de todas. E o que acontece, você tem um resultado a entregar, tem uma cláusula de barreira a cumprir. Então você precisa também ter pragmatismo na distribuição de fundo".
 

Suêd Haidar (PMB): "Falta financiamento adequado para as campanhas. As mulheres muitas vezes enfrentam dificuldade para obter financiamento para suas campanhas eleitorais e isso limita suas chances de eleição".


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/214417-mulheres-sao-maioria-do-eleitorado-mas-comandam-so-4-dos-31-partidos-do-pais

terça-feira, 7 de março de 2023

Fotos da Posse do Padre Fernando em Vila do Conde - Conde Bahia e um pouco da história do Santuário



































O Padre Fernando tomou posse na noite dessa segunda-feira, dia 06 de março de 2023, como Pároco na Paróquia Nossa Senhora do Monte - Vila do Conde - Conde - Bahia.

Na Celebração teve a presença do Bispo Reverendíssimo Senhor Dom Francisco de Oliveira Vidal e dos Padre Renato Peixinho de Inhambupe, Padre Cosme da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres de Entre Rios e do Padre Danilo da Catedral Santo Antônio de Alagoinhas.

Lembramos que o Padre Fernando esteve na Paróquia do Divino Espírito Santo de Inhambupe por 3 anos como vigário paroquial.

Histórico da Vila do Monte

Os jesuítas que chegaram à Bahia com o terceiro governador geral do Brasil, Mem de Sá, encontraram na foz do rio Itapicuru, ao norte de Salvador, os nativos Tupinambás, habitantes do local. Em 1621, Garcia D’Ávila, o Senhor da Casa da Torre, concedeu em testamento a sesmaria aos jesuítas, que construíram no local a Capela de Nossa Senhora do Monte. O local passou a chamar-se Itapicuru de Baixo.

No século seguinte, a sesmaria dos jesuítas ganhou status de Freguesia, recebendo o nome de Nossa Senhora do Monte do Itapicuru da Praia. Finalmente, em 1806, por ordem do Conde dos Arcos, a Freguesia foi elevada à categoria de Vila. Por esta razão, o município chama-se Conde; a sede municipal – Vila do Conde; e a localidade turística, Sítio do Conde.

Do alto da Vila do Conde, bairro mais antigo da região, observa-se uma vista panorâmica . E no ponto mais alto encontra-se o Alto do Cruzeiro, dizem os moradores mais antigos, que a Igreja Nossa Senhora do Monte recebeu uma imagem de Nossa Senhora, que foi posta no altar da Igreja. No dia seguinte verificou-se que a imagem não estava mais lá e diante de tanta procura foi localizada em um monte em cima da copa de uma árvore, próximo à igreja. Levou-se a Santa de volta para a igreja e novamente ela apareceu no mesmo lugar. Diante dos acontecimentos, fez-se uma Capela para a Santa, lá no intitulado Alto do Cruzeiro. O Alto do Cruzeiro recebe visitas diariamente de moradores da localidade e principalmente na alta temporada. Contam que próximo à raiz da àrvore, há um bojo que contém uma água milagrosa, e que permanece cheia durante todo o ano, ela nunca seca, as pessoas com enfermidades recorrem a ela para obter cura. Diversos são os pedidos que são feitos e atendidos pela Santa, em agradecimento os fiéis levam próteses, acendem velas e fazem muitas orações.

Fonte do histórico: https://condebahia.wordpress.com/tag/igreja-nossa-senhora-do-monte/

domingo, 5 de março de 2023

A partir dessa segunda-feira(06) o Padre Fernando irá assumir a Paróquia Santuário Diocesano Nossa Senhora do Monte, Vila do Conde - Conde - Bahia.

Padre Jailton e o Padre Fernando na Paróquia Nossa Senhora do Monte


Depois de 3 anos na Paróquia do Divino Espírito Santo de Inhambupe, o Padre Fernando irá assumir nessa segunda-feira, dia 06 de março de 2023 o ofício de Pároco da Paróquia Santuário Diocesano Nossa Senhora do Monte, Vila do Conde - Conde - Bahia.

O Padre Jailton que estava nessa paróquia irá para a Paróquia de Heliópolis na terça-feira, dia 07 de março.

Inhambupe terá dois Padres: O pároco Renato Peixinho e no lugar de Padre Fernando terá o Padre Gilberto que será o vigário.

Reverendíssimo Senhor Dom Francisco de Oliveira Vidal vem considerando o bem das almas e atento das atividades pastorais administrativa da nossa igreja.



 


Fonte: Divulgação da Paróquia

Abaixo veja fotos do Santuário Nossa Senhora do Monte - Vila do Conde - Conde - Bahia.