domingo, 23 de junho de 2019

Fotos e vídeos do Arrastão da Concertina em Inhambupe (23-06-2019)





  










































































Saiu na tarde desse domingo, dia 23 de junho de 2019, o Arrastão da Concertina, ano esse que comemora os 50 anos de movimento cultural, e teve tia Aurinha como homenageada, e também teve a participação das "Concertinetes" que são mulheres que aderiram ao movimento.

Também nessa edição teve a participação de Senhor Nié e seus meninos.

Clique aqui e confira um pouco da História desse movimento que faz parte de Inhambupe.

Confira os vídeos desse dia:


Arrastão da Concertina tradição que já dura 50 anos em Inhambupe

Todos os anos, como tradição, acontece no município de Inhambupe o Arrastão da Concertina. Mas você sabe como começou esse movimento cultural? Toda essa história já foi contada, através de livreto confeccionado pelo grupo e distribuído durante o arrastão na comemoração dos seus 40 anos. Mas como a nossa memoria é falha e 50 anos é uma data significativa, procuramos conversar com pessoas que participam do grupo e recontar um pouco dessa experiência festiva. 

Neste domingo, 23 de junho, o Arrastão da Concertina completa 50 anos de São João. O grupo surgiu de uma brincadeira de amigos que cursavam o 4º ano do ginásio, isso lá no ano de 1969. Assim, como outros grupos da cidade, costume da época, sai pelas ruas, de casa em casa, a perguntar: “São João passou por aqui?” Enquanto com o passar dos anos os demais grupos se dispersaram, este se manteve unido na tradição e, como contava com vários músicos na sua composição, quando chegava nas casas fazia a festa. Nesse período, o grupo ainda não tinha nome, a denominação “Arrastão da Concertina” surgiu por volta do ano de 1974, quando  Nequinha, irmão de Pedro Aristisdes,  ao ver o grupo da sua janela disse: “ La vem o grupo da Concertina”. Estava, nesse momento, batizado o grupo.

Concertina era como se chamava no passado um pequeno instrumento de acordeom.

Ao longo dos seus 50 anos, vários foram os homenageados pelo grupo: Abigail, Luis Gonzaga, Joaozinho da Gomeia, seu Batista, Antônio Lins, Seu Guega, o grupo os Tupãs etc. As homenagens são feitas sempre de maneira espontâneas e no improviso, celebrando as memórias de pessoas que contribuíram para o enriquecimento da cultura  local e nacional.

Nesses 50 anos, o arrastão tomou grandes proporções, levando hoje centenas de pessoas às ruas, mas sempre mantendo o espirito original do grupo: a confraternização, a amizade, a alegria. É importante lembrar de que as festas juninas sempre foram marcadas pela fartura, comemoração da boa colheita, a valorização da economia rural que é nossa matriz, a partilha, a brincadeira em família e com os amigos, o reencontro com os que estavam fora. No caso do Arrastão da Concertina, tudo é feito de forma espontâneo, sem grandes arrumações e sem o apelo comercial presente nas festas juninas atuais. São as pessoas, com o jeito, com a alegria, com a generosidade de cada um, que fazem a festa e a animação da Concertina.

Fonte: Professor Gilson Santana em conversa com o Professor Silvio Carvalho

Confira algumas fotos do Facebook de Silvio Carvalho em anos anteriores.
















sexta-feira, 21 de junho de 2019

Inhambupense Joãozinho da Gomeia será homenageado no Carnaval do Rio de janeiro em 2020

Tricolor de Caxias vai homenagear o pai de santo inhambupense Joãozinho da Gomeia

O GRES Acadêmicos do Grande Rio vai levar para a Avenida em 2020 o enredo 'Tata Londirá: O Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias'. Será uma homenagem ao lendário pai de santo Joãozinho da Gomeia, que fez história no município de Duque de Caxias. A escola se junta à luta contra a intolerância religiosa, em defesa dos povos de terreiro que vêm sofrendo perseguição em todo o Brasil.
Na próxima quarta feira, a escola vai entregar a sinopse do enredo e marcar a data da coroação de Paolla Oliveira.
João Alves de Torres Filho ou Joãozinho da Goméia  nasceu em Inhambupe - Bahia, 27 de março de 1914 e faleceu em São Paulo, 19 de março de 1971) foi um sacerdote do Candomblé de angola.
Existem muitas histórias sobre Joãozinho da Goméia. "De família católica, chegou a ser coroinha, mas por motivo de saúde, ainda menino João Alves Torres Filho foi iniciado para o mundo do candomblé na feitura de santo pelo Pai Severiano Manoel de Abreu, conhecido como Jubiabá. Com a morte de seu Pai-de Santo, "refez" o santo (na verdade tirou Mão de Vumbe) no terreiro do Gantois com Mãe Menininha. Em 1924 aos 10 anos, o garoto já havia dado mostras de sua personalidade forte. Contra a vontade dos pais, deixou a casa da família para tentar a sorte na capital Salvador. Teve que se virar para sobreviver e foi trabalhar num armazém de secos e molhados, onde conheceu e foi apadrinhado por uma senhora que morava na Liberdade, e que ele considerava sua madrinha. Foi essa senhora quem teve a idéia de levá-lo ao terreiro de Severiano Manoel de Abreu. Joãozinho sofria de fortes dores de cabeça, que não eram explicadas, nem curadas pelos médicos. Também tinha sonhos com "um homem cheio de penas", que não o deixava dormir.
Para os adeptos do Candomblé, é facil interpretar esse "homem de penas" como Pedra Preta, seu caboclo. Bastou que ele fosse feito, no dia 21 de dezembro de 1931, para que as dores fossem embora. Elas seriam somente um aviso dos Minkisi, que cobravam a iniciação do menino.

Confira algumas matérias no blog Edu Castro sobre o Inhambupe Joãozinho da Gomeia
http://www.educastro.net.br/2008/07/joozinho-da-gomeia.html
Apoio da matéria: Professor Gilson Santana