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sábado, 22 de agosto de 2020

Governo prorroga corte de jornada e salário e diz que lançará Renda Brasil na terça



O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta sexta-feira (21) que o programa de suspensão de contratos de trabalho e corte de jornada e salário vai ser prorrogado por mais dois meses.

Para ele, esse foi o programa mais efetivo elaborado durante a pandemia em termos de gastos e que a extensão servirá para manter empregos enquanto a economia se recupera.

"[Foi possível] preservar 16 milhões de empregos gastando R$ 20 bilhões e pouco. O programa tem tanto sucesso que vamos estender por mais dois meses justamente para continuar preservando esses empregos enquanto a economia faz essa volta em V", disse.

O programa que visa evitar demissões em massa durante a pandemia da Covid-19 foi criado em 1º de abril. Quando o programa foi criado, a ideia era que a suspensão de contrato fosse válida por até dois meses.

A ampliação do prazo do programa já foi feita uma vez anteriormente. Em julho, Bolsonaro publicou um decreto permitindo que os acordos tenham validade por até 120 dias. Esse é o período máximo, portanto, atualmente em vigor.

Até esta quarta-feira, mais de 16,3 milhões de acordos de redução de jornada e suspensão temporária de contratos foram assinados.

Segundo os técnicos, não será preciso aumentar o orçamento do programa para a prorrogação.

O ministro afirmou que o governo vai anunciar mais medidas na próxima terça-feira. Segundo ele, serão lançados os programas da carteira de trabalho Verde e Amarela, voltada ao mercado de trabalho, e do chamado Renda Brasil (expansão do Bolsa Família).


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/89135-governo-prorroga-corte-de-jornada-e-salario-e-diz-que-lancara-renda-brasil-na-terca.html

sábado, 15 de agosto de 2020

Datafolha: 47% dos brasileiros não atribuem culpa a Bolsonaro por 100 mil mortes


Uma pesquisa Datafolha divulgada no fim da noite de ontem (14) aponta que 47% dos brasileiros não atribuem qualquer culpa ao presidente Jair Bolsonaro pelas mais de 100 mil mortes por coronavírus no país.

Dentre os 52% que acreditam que o chefe do Executivo carrega responsabilidade pela triste marca de óbitos, 11% avaliam ele como o principal culpado e os outros 41% entendem que ele contribuiu, mas não foi o fator mais determinante.

O levantamento foi feito entre os dias 11 e 12 deste mês, com 2.065 pessoas. Pesquisa também mostrou um aumento expressivo no apoio ao presidente.


Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/politica/96024,datafolha-47-dos-brasileiros-nao-atribuem-culpa-a-bolsonaro-por-100-mil-mortes

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Ministério da Economia defende fim de todas as meia-entradas



O Ministério da Economia se manifestou pela extinção de todas as regras que garantem a meia-entrada no Brasil. O posicionamento da pasta foi feito em consulta pública criada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) para avaliar a obrigatoriedade legal do benefício e seus impactos no mercado exibidor.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo,  quase 80% de todos os ingressos de cinema vendidos no Brasil no ano passado tiveram preço de meia-entrada. Conforme a Ancine, a participação da inteira das receitas das redes cai há três anos.

A constatação é baseada em informações do Sistema de Controle de Bilheteria (SBC), por meio do qual a Ancine tem acesso às informações de mais de 3 mil salas em todo o país desde 2017. As meias são divididas em legais (permitidas por lei), promocionais - por meio de parcerias comerciais com operadoras de telecomunicações ou bancos, por exemplo - e cortesias, ou seja, bilhetes gratuitos.


Conforme dados informados pelas redes de cinema no Brasil, a Ancine descobriu que venda de ingressos na categoria inteira, que era cerca de 30% em 2017, caiu para 21,6% no ano passado. Ainda de acordo com o Estadão, quase 60% das meias-entradas concedidas no ano passado estavam ligadas às diversas leis que existem no país sobre o tema. 

Há três leis federais sobre o assunto, que garantem o benefício a estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência e adultos com mais de 60 anos. A estimativa da Ancine é que 96,6 milhões de brasileiros se enquadrem nos termos da legislação federal. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/251347-ministerio-da-economia-defende-fim-de-todas-as-meia-entradas.html

Genro de Silvio Santos, ministro articula aproximação de Bolsonaro com a Globo

Bem visto até o momento pelas grandes emissoras de televisão do Brasil, o Ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), vem trabalhando por uma aproximação entre o governo Bolsonaro e a Rede Globo. De acordo com o Notícias da TV, o político, que é genro de Silvio Santos, teve um encontro próximo e pacífico com o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho. 

A conversa reservada entre os dois aconteceu há 10 dias e não se limitaram apenas a assuntos estritamente ligados à radiodifusão. A Globo, que atualmente possui uma linha editorial crítica ao governo federal, vem se posicionando a propostas em pauta no Congresso. Para que seus interesses sigam adiante, é necessário, no entanto, um bom relacionamento com a figura do presidente. 

Entre os temas “sensíveis” à Globo está a abertura de investimentos estrangeiros, passando dos limitados 30% para 100%, como defende a proposta de emenda do deputado Eli Corrêa Filho. Além disso, a emissora vem acompanhando os desdobramentos da medida provisória 984, que garantiu direitos de transmissão aos clubes de futebol mandantes. 

Outro ponto de atenção da platinada é o leilão das frequências de 5G pela Anatel, já que a implementação da nova tecnologia poderá afetar as antenas parabólicas e, consequentemente, causar um apagão nas transmissões dos canais abertos. Também é de interesse da emissora o bom relacionamento com o governo, em relação a renovação das concessões de TV, por parte do presidente, que vencem em 2022. 

Não só a Globo, mas os radiodifusores de modo geral, esperam que Fábio Faria, sob o Ministério das Comunicações, realize diversas mudanças na legislação para garantir equilíbrio entre as empresas nacionais e internacionais. A questão tem sido baseada no pagamento de impostos, com críticas às vantagens fiscais sobre as marcas estrangeiras como Amazon, Spotify e Netflix.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/58622-genro-de-silvio-santos-ministro-articula-aproximacao-de-bolsonaro-com-a-globo.html

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Bolsonaro é denunciado em Haia por genocídio e crime contra humanidade

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é alvo de denúncia de um grupo sindical de trabalhadores da saúde no que se refere às políticas de enfrentamento à pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) no país. A representação, neste domingo, 26, foi apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, nos Países Baixos, e endereçada à procuradora-chefe da Corte, Fatou Bensouda.
No documento, os profissionais afirmam que o presidente cometeu crimes contra a humanidade por meio de "falhas graves e mortais na condução da pandemia de Covid-19". O TPI julga graves violações de direitos humanos, como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
Até o início da noite deste domingo, o Brasil contabilizou 87.052 mortes por coronavírus, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que só vai se manifestar após uma intimação.
Outras denúncias
Jair Bolsonaro já é alvo de outras quatro representações criminais no Tribunal Penal Internacional. Três delas acusam o presidente de crime contra a humanidade por sua atuação diante da crise sanitária. A outra o denuncia por “crimes contra a humanidade e atos que levam ao genocídio de comunidades indígenas e tradicionais” do país.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/2133773-bolsonaro-e-denunciado-em-haia-por-genocidio-e-crime-contra-humanidade

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Bolsonaro lidera todas as intenções de voto para 2022 mesmo em meio a crises


Em meio a crise gerada pela pandemia da Covid-19 no Brasil, o negaciosismo do presidente com a doença, a demissão do ministro Sergio Moro, duas trocas no Ministério da Saúde, a abertura de um inquérito para apurar interferência política na Polícia Federal, a divulgação de um comportamento escabroso na reunião de seu gabinete, o cerco a bolsonaristas radicais em duas investigações do Supremo, a prisão de Fabrício Queiroz e o saldo nefasto de mais de 80 mil mortes por coronavírus, Bolsonaro segue firme, mostrando mais uma vez que é um fenômeno. 

O presidente lidera todos os cenários eleitorais de primeiro turno para 2022, indicou um estudo do Instituto Paraná Pesquisas, realizado entre os dias 18 e 21 de julho e divulgado pela revista Veja. 

Segundo o levantamento, com percentuais que vão de 27,5% a 30,7%, Bolsonaro derrotaria os seis potenciais adversários em um segundo round da corrida ao Planalto em 2022: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-­prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-­governador Ciro Gomes (PDT), o ex-­ministro Sergio Moro, o governador paulista João Dória (PSDB) e o apresentador Luciano Huck.

Chama atenção que, segundo a mesma pesquisa, 48,1% dos brasileiros desaprovam a gestão Bolsonaro (eram 51,7% no fim de abril) e 38% consideram ruim ou péssimo o seu trabalho (eram 39,4%). Comparada a um levantamento anterior da Paraná Pesquisas, de três meses atrás, a aprovação do presidente oscilou positivamente de 44% para 47,1%, enquanto o contingente que considera seu mandato ótimo ou bom foi de 31,8% para 34,3%, variação acima da margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos político. 

Os nordestinos ainda são os brasileiros menos afeitos ao presidente, porém os que desaprovam o governo caíram de 66,1% para 56,8% entre abril e julho e os que aprovam subiram de 30,3% para 39,4%.

PROJEÇÃO DAS ELEIÇÕES
De acordo com os dados, se a disputa presidencial fosse hoje, ele seria reeleito.A eleição de 2022 ainda está distante, mas chama atenção a capacidade de resistência do presidente. 


Os constantes solavancos políticos e as lambanças em série na condução da pandemia não colaram nele a ponto de erodirem a sua mais fiel base de apoio, de cerca de 30% dos eleitores — número que é considerado até por adversários como freio a um processo de impeachment (há dezenas deles nas mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia). Na visão de especialistas, Bolsonaro conseguiu escapar à lógica de que sucumbiria às crises por dois motivos: o auxílio emergencial, que amenizou efeitos econômicos da pandemia em uma população indiferente às confusões de Brasília, e a atitude mais comedida do presidente nos últimos tempos, especialmente após a escalada de tensão com o Supremo. Seu filho e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse ao jornal O Globo, na quarta-feira 22, que a “postura de distensionamento” será permanente. 

“Desde que percebeu que o conflito com o STF era perigoso, o presidente recuou, ficou quieto, parou de dar declarações bombásticas. Para uma parte dos eleitores que o apoiam, mas eram críticos ao desempenho, a postura de Bolsonaro paz e amor ajuda a melhorar a avaliação”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, da USP. “Bolsonaro volta a subir principalmente com o auxílio de 600 reais, que passou a chegar a mais gente. Com o fator bolso, a crise política fica menor. Lula, na época do mensalão, era um herói, porque o bolso estava cheio”, avalia Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas. Com os bolsonaristas já cativos, o governo busca justamente o “fator bolso” e a expansão de programas sociais para diversificar a sua base eleitoral. 

A pesquisa mostra que melhoraram os índices de avaliação no Nordeste, uma cidadela petista e lulista. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/251039-bolsonaro-lidera-todas-as-intencoes-de-voto-para-2022-mesmo-em-meio-a-crises.html

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Bolsonaro testa positivo novamente para o novo coronavírus e deve adiar vinda a Bahia



Jair Bolsonaro testou positivo novamente para o novo coronavírus. Segundo a CNN Brasil, o presidente segue infectado pela Covid-19 e foi informado na manhã desta quarta-feira (22) após realização de novo exame. 

Esse é o terceiro teste feito pelo presidente desde a confirmação de que contraiu o novo coronavírus, em 7 de julho. Desde então, ele segue em isolamento no Palácio da Alvorada.

Com a confirmação do exame, o presidente deve novamente adiar a sua agenda de viagens, que incluí uma passagem pelo Piauí para participar da entrega de uma adutora do Ministério do Desenvolvimento Regional em Campo Alegre de Lourdes (BA).

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250965-bolsonaro-testa-positivo-novamente-para-o-novo-coronavirus-e-deve-adiar-vinda-a-bahia.html

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Bolsonaro sanciona com vetos novo marco legal do saneamento básico

O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem(15), com vetos, o novo marco legal do saneamento básico no país. A medida deve abrir mais espaço à atuação de agentes privados e atrair investimentos no setor.
Segundo o Palácio do Planalto o presidente vetou 11 pontos do projeto, alguns deles a pedido de lideranças do Senado. Parte dos vetos faz parte de um acordo construído pelo líder do governo na Casa, para evitar que a proposta voltasse para a Câmara.
Mais da metade da população brasileira não tem esgoto tratado e cerca 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. A estimativa do governo e de especialistas do setor privado é que serão necessários cerca de R$ 700 bilhões para que essa situação seja corrigida até 2033.
O novo marco regulatório de saneamento no país é visto como importante para atração de investimentos no pós-pandemia. 
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/economia/94712,bolsonaro-sanciona-com-vetos-novo-marco-legal-do-saneamento-basico

Damares diz que país precisará ser reconstruído após pandemia

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse ontem(15) que o país precisará ser reconstruído após a pandemia de covid-19. De acordo com a ministra, milhões de mulheres vão sair desse período desempregadas, principalmente as que chefiam famílias.
“Não teremos mais um novo normal após a pandemia. Teremos sim de fazer a reconstrução do país. Temos hoje milhões de mulheres desempregadas e que vão sair desta pandemia ainda mais desamparadas e precisando de ajuda”, disse. 
As declarações de Damares foram feitas em cerimônia virtual da entrega de máscaras pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pelo Ministério da Mulher à Sociedade São Vicente de Paulo.
“Tivemos um aumento de divórcios e suicídios em todo o mundo durante a quarentena. E todos nós, inclusive a ACSP, teremos de encarar muitos desafios de recuperar estas pessoas, principalmente as mulheres que chefiam suas famílias. Esta é a maior marca do governo Bolsonaro e seu maior investimento: salvar vidas”, acrescentou a ministra.
Hoje, o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da ACSP, em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, entregou 10 mil máscaras de proteção, álcool gel e 300 quilos de alimentos à Sociedade São Vicente de Paulo.
Edição: Aline Leal
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-07/damares-diz-que-pais-precisara-ser-reconstruido-apos-pandemia

quarta-feira, 15 de julho de 2020

General Pazuello quer deixar Saúde após Bolsonaro escolher novo ministro



O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, quer sair definitivamente da pasta após o presidente Jair Bolsonaro escolher o titular do ministério.

A ideia dele é continuar com suas funções dentro do Exército. O militar sinalizou para integrantes do Palácio do Planalto e das Forças Armadas que não pretende ir para a reserva, condição colocada pela cúpula do Exército para que ele permaneça no governo, segundo a CNN Brasil.  

De acordo com interlocutores, Pazuello quer voltar para a 12ª Região Militar, em Manaus, a qual comandava antes de ir para Brasília. No entanto, o Palácio do Planalto trabalha com a perspectiva de mantê-lo na Saúde como secretário-executivo, durante o período de transição para o novo titular da pasta. 

A pressão pela saída do general do governo aumentou nos últimos dias, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, dizer que o Exército estava se associando um “genocídio” durante a pandemia.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250762-general-pazuello-quer-deixar-saude-apos-bolsonaro-escolher-novo-ministro.html

Com pressão na Saúde, Bolsonaro diz que Pazuello é 'predestinado' e motivo de orgulho para Exército



Diante do aumento da pressão do Exército para tentar se dissociar da gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro divulgou uma mensagem em que defende o general e rebate as críticas de que existe uma militarização excessiva da pasta.

Segundo Bolsonaro, Pazuello é um "predestinado" e motivo de orgulho para o Exército.

O texto do presidente foi publicado em meio à crise aberta com as declarações do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para quem o Exército, ao ocupar postos-chave na Saúde em meio à pandemia do coronavírus, está se associando a um genocídio.

"Quis o destino que o general Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no ministério, general levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio", afirmou Bolsonaro.

"Pazuello é um predestinado, nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua pátria. O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado", completou o presidente em suas redes sociais.

A fala de Gilmar ocorreu no fim de semana e causou irritação na cúpula militar, incomodada ao ver respingar em suas fardas as críticas do ministro do STF.

O Ministério da Defesa rebateu as declarações de Gilmar e, em nota co-assinada pelos comandantes das três Forças, falou em "acusação grave", "infundada, irresponsável e sobretudo leviana". A pasta também informou que entraria com uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Gilmar.

O vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, exigiu uma retratação de Gilmar.

Apesar do clima público de confrontação, Bolsonaro instruiu Pazuello a buscar um diálogo com o magistrado, na tentativa de reduzir a temperatura da crise.

Conforme antecipou a Folha de S.Paulo, o ministro interino da Saúde telefonou para Gilmar nesta terça (14) e lhe explicou as medidas que estão sendo tomadas no combate à pandemia e tratou das dificuldades que têm enfrentado.

Na publicação desta terça nas redes sociais, Bolsonaro também fez um resumo do currículo de Pazuello.

Disse que o general tem mais de 40 anos de experiência em logística e administração e que, nos Jogos Olímpicos de 2016, Pazuello e "sua pequena equipe foram convocados para a gestão da Logística Olímpica e Financeira na parte de Segurança e Defesa".

"A competição foi um sucesso e elogiada no mundo todo", afirmou o presidente.

Bolsonaro também destacou que, entre 2018 e 2020, Pazullo esteve à frente da Operação Acolhida, que dá apoio para venezuelanos que cruzam a fronteira com o Brasil em Roraima, fugindo da crise política e econômica que assola o país vizinho.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85396-com-pressao-na-saude-bolsonaro-diz-que-pazuello-e-predestinado-e-motivo-de-orgulho-para-exercito.html

TSE lista mais de 20 motivos para recusar fichas de apoio ao Aliança pelo Brasil



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) listou 26 motivos para recusar fichas de apoio ao Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta montar desde que rompeu com o PSL. Embora erros sejam comuns no processo, especialistas indicam que há evidências de desorganização e despreparo na formulação da sigla.

Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, 716 fichas foram descartadas por ausência do nome ou por informações incompletas sobre quem coletou o apoio. Outro exemplo mostra que 369 protocolos foram descartados porque o Aliança se esqueceu de apresentar a ficha de apoio e 22 porque faltou a assinatura do eleitor.

Além disso, no domingo (12), o jornal já havia noticiado que a Justiça Eleitoral encontrou 1.284 registros em duplicidades, 44 com nomes de eleitores que já morreram e 150 de pessoas inexistentes.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250719-tse-lista-mais-de-20-motivos-para-recusar-fichas-de-apoio-ao-alianca-pelo-brasil.html

Sem provas, Bolsonaro diz que esquerda quer 'descriminalizar pedofilia'



Sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu nesta terça-feira (14) que “a esquerda busca meios de descriminalizar a pedofilia”, em texto postado no seu Twitter pessoal.

“Enquanto a esquerda busca meios de descriminalizar a pedofilia, transformando-a em uma mera doença ou opção sexual, apresentei um PL que aumenta em 50% a pena para esses crimes”, escreveu, ao postar uma foto ao lado da ministra a Mulher, da Família e dos Direitos Humano, Damares Alves.

O post em questão é um comentário em relação ao envio de um projeto de lei ao Congresso que medidas mais duras contra o abuso sexual quando a vítima for menor de 18 anos ou incapaz.

Além de não ter elencado provas ou argumentos para embasar validar seu argumento, Bolsonaro se utilizou de um fake news. Não existem projetos no Congresso nacional para “descriminalizar a pedofilia”, como sugeriu o chefe de Estado.

No Brasil, não há citação no código penal de pedofilia como crime. O que há é a classificação como crime da relação sexual ou ato libidinoso praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos. De acordo com o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, também é considerado crime o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.

Enquanto o presidente da República atribui à “esquerda” a tentativa de transformar a pedofilia numa doença, tal classificação já foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda na década de 1960.

A pedofilia, segundo as classificações médicas, é distúrbio parafílico – um comportamento que não segue a normalidade, assim como a necrofilia - desejo de ter relações sexuais com cadáveres -, ou zoofilia - desejo sexual por animais. Na pedofilia, a pessoa possui interesse intenso por crianças.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250735-sem-provas-bolsonaro-diz-que-esquerda-quer-descriminalizar-pedofilia.html

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Cresce na Europa pressão contra produtos brasileiros



De terno e gravata, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segura um gigantesco palito de fósforo aceso e ri, enquanto a floresta queima a fundo. "Boicote Bolsonaro", diz o título no site de campanha homônima -- que até as 20h desta sexta (10) já tinha sido assinada por 384.704 pessoas.

Lançada pela Campact!, a ação pede que supermercados europeus parem de comprar alimentos brasileiros de empresas que "queimam a floresta com a maior crueldade dos últimos dez anos". "Apenas a pressão econômica ajuda", diz o texto da campanha, que se dirige nominalmente a grandes redes europeias como Aldi Nord, Edeka e Lidl.

Imagem: Reprodução / Aktion Campact

As companhias não ficam surdas. "Só adquirimos carne fresca do Brasil de matadouros que aderiram ao Acordo sobre Bovinos. Podemos descartar qualquer associação com o desmatamento da Amazônia", escreve a alemã Aldi Nord em sua Política de Compras de Produtos Animais.

O documento garante também que mercadorias brasileiras vendidas em suas lojas "levam em consideração aspectos sociais como trabalho forçado, direitos dos povos indígenas e proteção das reservas".

A questão fundiária é a preocupação prioritária de ações europeias recentes, mais especificamente o projeto de lei 2.633/2020, que facilita a regularização fundiária no país, apelidado de "Lei da Grilagem".

Em maio, 40 grandes empresas europeias de varejo mandaram carta ao Congresso dizendo que deixariam de comprar produtos brasileiros se o texto for aprovado.

Elas afirmam que, ao legalizar a produção privada em terras públicas, a proposta "encoraja mais invasões e incentiva o desflorestamento".

O projeto de lei motivou também a ação de grandes fundos de pensão e de investimento privado europeus que escreveram para embaixadas na semana passada pedindo uma reunião para tratar do desmatamento e deixando implícito o risco de retirar dinheiro do Brasil.

O volume investido no país por essas entidades, de algumas centenas de milhões de dólares, não é significativo se comparado aos trilhões que elas administram globalmente, mas, como disse em entrevista à Folha Jan Erik Saugestad, principal executivo do fundo norueguês Storebrand, que liderou a ação, "importa mais a ação conjunta de várias companhias, o setor amplo dos fundos atuando na mesma direção".

Ao menos dois resultados ele já obteve. O primeiro foi uma reação de brasileiros que administram as grandes companhias que recebem esses investimentos dos fundos. Em carta ao vice-presidente Hamilton Mourão, 38 executivos de setores como agronegócio e mineração cobraram medidas concretas para frear o desmatamento e as queimadas.

A segunda conquista de Saugestad foi ter seu grupo "recebido virtualmente" pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, numa conversa da qual participaram seis ministros: Braga Netto (Casa Civil), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Tereza Cristina (Agricultura), Fábio Farias (Comunicações), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Da reunião participou também o presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Sergio Segovia, a quem o governo delegou a responsabilidade de promover uma campanha para reverter os danos à imagem do Brasil e de sua política ambiental na Europa.

Já faz muito tempo, porém, que o risco ambiental deixou de ser uma questão de comunicação. Os investidores, assim como os consumidores da campanha de boicote a supermercados e os eurodeputados que escreveram ao Congresso brasileiro, querem mais do que palavras e têm exigências específicas.

Além do PL 2.633/20, eles querem barrar a proposta de alterar o sistema de licenciamento ambiental (PL 3.729 / 2004) e a que trata de pesquisa e extração de recursos em terras indígenas (PL 191/2020).

A pauta ambientalista vem amadurecendo há anos na União Europeia e mobiliza hoje uma parcela considerável de consumidores -- e, em alguns países, de eleitores.

O partido Verde alemão já está estruturado há décadas, e os de outros países, embora não tenham o mesmo peso, já chegaram ao governo na Áustria (em coligação com os conservadores), têm um bloco próprio no Parlamento Europeu e conseguiram um sucesso suficiente nas eleições municipais da França para incomodar o presidente Emmanuel Macron, que declarou prioritários temas de sustentabilidade.

Mais do que uma expansão ideológica, sustentabilidade na União Europeia significa política pública e regulamentação, com efeitos práticos na produção agrícola e industrial, nas decisões de investimento e na distribuição de verbas públicas.

O chamado Green Deal, um conjunto de ações estratégicas para tornar a economia europeia menos agressiva ao clima e à biodiversidade lançado no final do ano passado, deve ser ainda mais reforçado após a pandemia de coronavírus." Reconstrução sustentável" é o lema da Comissão Europeia e do Conselho da UE, agora presidido pela chanceler alemã, Angela Merkel.

Na prática, isso quer dizer que, se o bloco vai levantar empréstimos para impulsionar a economia após a crise da Covid-19, não há melhor oportunidade para acelerar a transição para energias mais limpas, neutralidade na emissão de gás carbônico e processos que protejam o ambiente.

A estratégia impulsiona a regulação pública -- criando limites mais restritos para o uso de químicos, por exemplo -- e privada -- como a que impede que os fundos de investimento coloquem recursos em atividades que agridem o meio ambiente.

"O verde é o novo preto", dizem analistas de negócios, colocando em alta as reurbanizações e construção de ciclovias, as reformas para melhorar o isolamento térmico de casas antigas, veículos elétricos, digitalização que economize deslocamentos, agricultura orgânica, redução de resíduos e outras atividades correlatas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85089-cresce-na-europa-pressao-contra-produtos-brasileiros.html

Ministério da Agricultura produz série para melhorar imagem do país no exterior



Com a imagem do Brasil desmoralizada no exterior, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, criou uma série para tentar melhorar a situação do agronegócio. O primeiro vídeo localiza no mapa do país a origem do suco de laranja, do açúcar, da soja e do café do Brasil.

"Produzidos em harmonia com as florestas, áreas de preservação e importantes biomas, como a Amazônia", narra o locutor, em inglês, no vídeo que tem cerca de dois minutos e meio. Ele termina com o slogan "Agronegócio brasileiro, alimentando o mundo, respeitando o planeta".

Segundo a Coluna do Estadão, a peça será divulgada para investidores nas redes digitais. Na sequência, um vídeo vai abordar a regularização fundiária, que é uma das preocupações que os estrangeiros discutiram em reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) nesta semana. De acordo com a publicação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem sendo chamado de presidente "mãos de motosserra" (saiba mais aqui).

Bolsonaro está sendo pressionado para mudar o comando do Ministério do Meio Ambiente, que tem como ministro Ricardo Salles. Uma matéria da Folha de S. Paulo indica que empresários do setor temem perda de mercado, especialmente na União Europeia, se nada for feito. O Brasil vem registrando recorde nos índices de desmatamento.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250675-ministerio-da-agricultura-produz-serie-para-melhorar-imagem-do-pais-no-exterior.html

PSOL entra com queixa crime contra Bolsonaro por atuação na pandemia



O PSOL apresentou notícia crime contra o presidente Jair Bolsonaro na última sexta (10), alegando infração de medida sanitária preventiva.

A denúncia foi feita ao STF (Supremo Tribunal Federal) e é assinada por Ivan Valente (SP), Luíza Erundina (SP) e por Guilherme Boulos.

O partido argumenta que Bolsonaro minimizou a Covid-19 e desrespeitou repetidamente as regras de contenção da doença, como o isolamento social e o uso de máscara, colocando em risco a vida da população.

O documento lista as declarações de Bolsonaro subestimando os riscos da pandemia, apesar do aumento do número de vítimas. Cita declarações como “E daí? Lamento” até a mais recente, dada na última quarta (7), quando anunciou que estava doente dizendo “acontece, infelizmente acontece” sobre mortos pela doença.

Na comunicação de crime, os parlamentares argumentam que as declarações de Bolsonaro reverberam na população, pois se trata do mais alto cargo do poder público, o que incita campanhas e manifestações contra as orientações de saúde pública.

"Sem dúvida alguma, o comportamento do presidente Jair Messias Bolsonaro, menosprezando os riscos da pandemia para a vida da população e incentivando posturas contrárias ao isolamento social à observância dos protocolos e medidas de segurança coloca em risco a vida da população, uma vez que frustra os esforços das autoridades de saúde para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia e a necessidade de se proteger", diz o documento.

Além disso, na notícia crime, os políticos argumentam que Bolsonaro pode ter exposto centenas de pessoas ao vírus, uma vez que viajou, abraçou, apertou mãos e não usou máscara nos dias que antecederam seu diagnóstico.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85105-psol-entra-com-queixa-crime-contra-bolsonaro-por-atuacao-na-pandemia.html

domingo, 12 de julho de 2020

'Bolsonaro deveria levar uma surra de cinto', diz Cássia Kis


A atriz Cássia Kis, 62, disse que Jair Bolsonaro deveria "levar uma surra de cinto da mãe dele", em entrevista à revista Veja publicada na última quarta-feira (8).

Para ela, o comportamento do presidente, de um "homem infantil, que não amadureceu", piora a situação. "Os absurdos que ele diz são coisas de criança, de homem mimado. O Bolsonaro tinha que levar uma surra de cinto da mãe dele", acrescentou.

Kis também contou aos jornalistas da revista que tem se sentido muito triste durante o período de isolamento contra o novo coronavírus.

"Choro todos os dias e às vezes tenho a sensação de que estou testemunhando o fim do mundo, porque não dá para viver em paz sabendo que tem gente sem ter o que comer, sem acesso à saúde", relatou.

A atriz está de volta às telas com a reprise da novela "Vale Tudo", de 1988, que começará a ser exibida no dia 20 de julho na plataforma de streaming Globoplay.

Kis interpreta a vilã Leila, responsável pelo assassinato de Odete Roitman, personagem da atriz Beatriz Segall.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85032-bolsonaro-deveria-levar-uma-surra-de-cinto-diz-cassia-kis.html

Com propaganda de Bolsonaro, cloroquina tem aumento de 358% no consumo e gera lucro



Cinco empresas tiveram os negócios empurrados graças a campanha do presidente Jair Bolsonaro a favor da cloroquina para o tratamento a Covid-19. O medicamento não tem ação contra o coronavírus comprovada pela ciência. 

As empresas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a produzir o medicamento no País não informam quanto o faturamento aumentou, mas dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) mostram que o consumo de cloroquina pelos brasileiros cresceu 358% durante a pandemia.

A alta acompanha o crescimento nas vendas de máscaras e álcool em gel, cujo uso é recomendado no mundo todo. A cloroquina, ao contrário, coleciona mais críticas do que apoio na comunidade científica.

Recomendada para tratar doenças como malária, artrite e lúpus, a cloroquina passou a ser utilizada por pacientes com coronavírus após relatos de resultados positivos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma, contudo, que a substância é ineficaz no tratamento da doença.

O laboratório Aspen, do empresário Renato Spallicci, triplicou em abril a produção de Reuquinol, à base da substância, aproveitando a onda criada por Bolsonaro. Em 26 de março, a caixinha do produto apareceu no mundo todo ao ser exibida pelo presidente num encontro virtual com líderes do G-20. Militante bolsonarista, daqueles que gostam de compartilhar na internet o que o presidente faz, Spallicci aproveitou as redes para divulgar as imagens do presidente exibindo seu remédio.

O presidente, agora com diagnóstico positivo da covid-19, voltou a exibir uma caixinha de hidroxicloroquina durante sua live semanal assistida por 1,6 milhão de pessoas. 

Desta vez, o remédio, em sua versão genérica, foi mostrado enquanto o presidente tomou uma dose. O medicamento divulgado foi produzido pela EMS. A empresa faz parte do grupo controlado por Carlos Sanchez, também dono do laboratório Germed, outro autorizado a vender a cloroquina no País. O empresário está na lista da revista  Forbes como o 16.º homem mais rico do Brasil e uma fortuna avaliada em U$ 2,5 bilhões.


Sanchez participou de duas reuniões com Bolsonaro desde o início da pandemia. O último encontro, virtual, ocorreu em 14 de maio. Antes, em 20 de março, Bolsonaro já havia se reunido com o dono da EMS e outros empresários, também por videoconferência, para discutir a pandemia do coronavírus.


O encontro ocorreu no mesmo período em que o presidente passou a amplificar a divulgação da hidroxicloroquina em declarações e nos canais oficiais.

Outro fabricante de cloroquina, o empresário Ogari de Castro Pacheco viu o laboratório Cristália, do qual é cofundador, ser prestigiado pessoalmente pelo presidente no ano passado. Filiado ao DEM, Pacheco é segundo-suplente do líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), e eleitor de Bolsonaro.


De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, na ocasião, a convite de Pacheco, o presidente participou da inauguração de uma das plantas do laboratório, em 6 de agosto. Durante a cerimônia, Bolsonaro parabenizou o empresário pela “coragem de erguer” o empreendimento. 


Pacheco cita, em declaração no site da empresa, o fato de a pandemia ter levado a um “crescimento sem precedente de venda de medicamentos”. Segundo o senador Eduardo Gomes, o empresário está internado com covid-19 e fez uso do medicamento que vende. 


RELAÇÃO COM TRUMP
O único laboratório estrangeiro autorizado a vender cloroquina no País é o francês Sanofi-Aventis, que tem o presidente dos EUA, Donald Trump, como acionista. A exemplo de Bolsonaro, Trump é entusiasta do medicamento. Em abril, o jornal  The New York Times publicou reportagem na qual questiona se a defesa do presidente americano da cloroquina estaria relacionada à saúde ou aos seus negócios. 


O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, compartilhou uma foto de uma caixa de cloroquina da marca Plaquinol, da empresa da qual Trump é acionista, no Twitter. A imagem vinha acompanhada de uma notícia de que o grupo iria doar medicamento para infectados com a covid-19.


Além do contato com os empresários, o governo acelerou a produção da hidroxicloroquina no laboratório do Exército. Segundo o Ministério da Defesa, até o fim de junho, 1 milhão de comprimidos da substância tinham sido distribuídos e havia um estoque de mais 1,85 milhão de unidades. A produção foi suspensa até que todos sejam enviados a hospitais e postos de saúde públicos
 

O QUE DIZEM OS EMPRESÁRIOS
Procurados pelo Estado de S.Paulo, os empresários autorizados a produzir cloroquina no País afirmaram manter contato institucional com o governo. 


Carlos Sanchez, da EMS, disse por meio de sua assessoria que a empresa tem mais de 55 anos de história, “já passou por muitos governos e busca sempre estabelecer diálogo com todos eles”. “A empresa é a favor do Brasil, independentemente de partidos políticos. Como a maioria dos brasileiros, quer um país mais próspero e mais justo, com oportunidades para todos.


A empresa tem feito a sua parte, gerando empregos, investindo em pesquisa e em aumento de capacidade fabril, ampliando o acesso a medicamentos e promovendo saúde à população”, disse a EMS. 
Segundo a empresa, os encontros com o presidente Jair Bolsonaro foram promovidos pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), para discutir “questões econômicas e o novo cenário brasileiro diante da pandemia de coronavírus”.


A Apsen disse não apoiar ou financiar partido político e que o presidente da empresa, Renato Spallicci, não mantém relações pessoais com Bolsonaro. “A atuação da Apsen se dá no âmbito do governo federal, com o Ministério da Saúde, Ministério das Relações Exteriores e Anvisa. Esse contato atende todas as regras do setor e o cumprimento das leis do País”, diz nota enviada pela empresa.


Já a francesa Sanofi disse que tem como prioridade a segurança e o atendimento aos pacientes atualmente tratados sob as indicações aprovadas de “nosso medicamento Plaquinol (hidroxicloroquina): doenças reumatológicas e dermatológicas crônicas, além de malária e lúpus”.


“Continuamos totalmente comprometidos em garantir o fornecimento de hidroxicloroquina para essas indicações, com base em nossa demanda histórica”, disse a empresa, que não cita o uso da substância para combater o coronavírus. A empresa confirmou ao Estadão que Trump é acionista, mas não informa qual o porcentual que ele tem da empresa. 

A assessoria do laboratório Cristália informou que o dono da empresa, Ogari Pacheco, está hospitalizado e que não poderia responder aos questionamentos da reportagem.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24478-com-propaganda-de-bolsonaro-cloroquina-tem-aumento-de-358-no-consumo-e-gera-lucro.html