Os raios X são ondas de energia eletromagnética que agem de forma semelhante aos raios de luz, mas em comprimentos de onda cerca de 1.000 vezes menor do que os da luz. Rontgen realizou uma série de experimentos para entender melhor sua descoberta. Ele percebeu que os raios X poderiam penetrar a carne humana, mas que não passavam por ossos ou chumbo e, portanto, pode ser fotografado.
A descoberta de Röntgen foi rotulada como um milagre médico, e o raio X logo se tornou uma importante ferramenta de diagnóstico na medicina, permitindo que os médicos enxergassem, pela primeira vez, o interior do corpo humano sem cirurgia. Em 1897, os raios X foram utilizados num campo de batalha militar, durante a Guerra dos Bálcãs, para encontrar balas e ossos quebrados nos pacientes.
Os cientistas foram rápidos em perceber os benefícios dos raios X, mas demoraram para compreender os efeitos nocivos da radiação. Inicialmente, acreditava-se que os raios X eram inofensivos como a luz. No entanto, anos depois, pesquisadores relataram casos de queimaduras e danos à pele após a exposição aos raios e, em 1904, o assistente de Thomas Edison, Clarence Dally, que havia trabalhado extensivamente com raios X, morreu de câncer de pele. A sua morte fez com que alguns cientistas levassem mais a sério os riscos da radiação. Durante as décadas de 30, 40 e 50 muitas lojas de calçados dos Estados Unidos usavam aparelhos raios X para permitir que os clientes vissem os ossos dos pés, contudo, a partir da década de 1950 esta prática passou a ser considerada arriscada.
Wilhelm Rontgen recebeu inúmeros elogios por seu trabalho, incluindo o primeiro Prêmio Nobel de Física em 1901, mas ele não se gabou de sua descoberta e nunca tentou patenteá-la. Hoje, a tecnologia de raio X é amplamente utilizada na medicina, análise de materiais e dispositivos, tais como a segurança de aeroportos.
Fonte: http://www.seuhistory.com/hoje-na-historia.html?