segunda-feira, 30 de março de 2020

Vírus: vida e obra do mais intrigante dos seres





O coronavírus é apenas o herdeiro de uma tradição: do herpes à Covid-19, entenda como os vírus moldaram a vida na Terra e a história da civilização.


O Tierra é um programa de computador com 80 linhas de código-fonte. É pouco: um app de celular pode alcançar 500 mil; a versão mais recente do Photoshop tem 4,5 milhões. Esse software minúsculo foi criado em 1990, no PC do biólogo Thomas Ray da Universidade de Delaware, nos EUA. A única função de Tierra é criar cópias de si mesmo. Essas cópias vão fazendo mais cópias, até a memória do computador ficar lotada.
Às vezes, durante a clonagem, um dos “filhotes” tem uma linha de código duplicada, alterada ou deletada aleatoriamente. A maior parte dessas mutações impede o Tierra afetado de continuar a se reproduzir. Mas algumas melhoram o desempenho, e ele passa a preencher o HD mais rápido. Isso é seleção natural. Nesse experimento distópico, os Tierras são uma vida artificial que evolui, no sentido darwiniano da coisa.
Alguns Tierras se tornam mais complexos e eficazes após algumas gerações. Outros, porém, ficam mais simples. Vão abandonando linhas de código, até não conseguirem mais se copiar sozinhos: as linhas que restam, por si só, não contêm todas as instruções necessárias para gerar um conjunto igual de linhas. A solução para esses Tierras preguiçosos é parasitar Tierras inocentes, pegando linhas emprestadas para se reproduzir. Assim, às custas dos outros, eles se multiplicam. O nome disso é vírus. De computador, nesse caso.
Há uns 3,5 bilhões de anos, algo parecido aconteceu na Terra. Nessa época, os primeiros seres vivos, bactérias rudimentares, se multiplicavam nos oceanos. Algumas se tornavam mais complexas: graças a uma mexidinha no DNA aqui, outra ali, ganhavam genes novos e, com eles, habilidades bioquímicas inéditas. Outras foram abandonando genes, até ficarem tão simples que começaram a sequestrar o maquinário de bactérias normais para se reproduzir. Essa é uma de várias hipóteses para a origem dos vírus: eles seriam ex-bactérias que se tornaram cada vez mais rudimentares.
O vírus que está desenhado na capa desta edição parece vindo da ficção científica, mas é das antigas. Se chama bacteriófago, ou seja: é um especialista em atacar bactérias (fagós é “comer” em grego). Não existe outro parasita tão letal na Terra, porque suas vítimas, até hoje, são as mais numerosas. O número de bactérias no oceano tem 28 zeros. Isso significa que, para cada estrela do Universo visível, há 10 milhões de bactérias na água. O número de vírus que ganham a vida se aproveitando dessas bactérias tem 31 zeros, de modo que o número de infecções virais que ocorrem no oceano por segundo tem 23 zeros. 40% do total de bactérias dos oceanos morrem por causa de vírus a cada 24 horas. Para uma bactéria, todo dia é dia de pandemia.
A vida, é claro, se tornou mais complexa que um duelo entre bactérias e vírus (ainda que eles continuem reinando absolutos sobre os ecossistemas da Terra). Ao longo de bilhões de anos de história, as bactérias uniram forças para formar seres multicelulares, como plantas, fungos e animais. Os vírus foram atrás, sempre evoluindo para se aproveitar da complexidade crescente. O que nos leva ao maior problema de saúde pública do século 21: o coronavírus Sars-CoV-2, causador da doença Covid-19, que, até o fechamento desta edição, havia causado 8,7 mil mortes. Nos próximos parágrafos, você lerá um dossiê sobre os vírus: o que eles são, do que são feitos, como invadem nossas células e como mudam nossas vidas desde que nossa espécie se entende por gente. Começando pelo básico:

Como funciona um vírus

Um ser humano é construído por, no mínimo, 20 mil proteínas diferentes (há quem fale em 92 mil). Existe a queratina dos seus cabelos; a actina e miosina, que contraem seus músculos; a amilase, que começa a digestão do açúcar ainda na sua boca; a insulina, que controla o acesso desse açúcar às suas células… A lista é longa. Do mesmo jeito que as 400 mil palavras do português são feitas com um alfabeto de apenas 26 letras, nossas 92 mil proteínas são combinações diferentes de 20 pequenas moléculas chamadas aminoácidos.
Durante a digestão, na acidez do estômago, as proteínas de outros animais e plantas são quebradas em aminoácidos. Como palavras desmontadas em uma sopa de letrinhas. Depois, células do corpo todo usam esses aminoácidos como matéria-prima para montar suas próprias proteínas. Mas elas precisam saber as sequências certas. Para tanto, usam um dicionário de proteínas. O nome desse dicionário é DNA. Quando uma célula precisa de uma proteína, uma molécula chamada RNA mensageiro vai até o núcleo, abre o DNA, anota a receita e leva a anotação a uma estrutura chamada ribossomo, que monta a proteína.
Todo vírus é feito essencialmente das mesmas coisas que você: uma cápsula oca de proteínas e gorduras no interior da qual há um pedaço curtinho de material genético – que contém as receitas. (Quando você usa álcool gel ou sabão, destrói a cápsula do mesmo jeito que desmancha gordura de hambúrguer nas suas mãos).
O problema é que, ao contrário de qualquer animal, planta ou bactéria, os vírus não fabricam suas proteínas por conta própria. Eles não têm a linha de montagem, o tal do ribossomo. O jeito é invadir um organismo – seja uma bactéria, seja um Homo sapiens – e sequestrar os ribossomos, fazendo com que eles fabriquem novas cápsulas virais em vez de algo útil para um humano, como queratina ou amilase. É por isso que os vírus só se reproduzem dentro de algum hospedeiro.
Para sequestrar ribossomos, primeiro é preciso penetrar em uma célula, que é protegida por uma membrana. Cada vírus dá um jeito diferente de atravessar a membrana, então vamos usar como exemplo a praga da vez: os coronavírus – que atendem pela sigla CoV. A pandemia de Covid-19 é só a obra mais recente dessa família. Além de outras epidemias respiratórias, como a Sars, de 2002, e a Mers, de 2012, os coronavírus foram (e são) responsáveis por resfriados comuns também – junto com 200 e tantos vírus de outros tipos. Das sete linhagens conhecidas de CoV, quatro são quase inofensivas. Só causam alguns espirros.
Corona, você já leu por aí, significa “coroa” em latim, porque o vírus tem a aparência de uma bola com uma coroa de espinhos. Esses espinhos, na verdade, não espetam. São só proteínas, que evoluíram para se encaixar como chaves nas fechaduras que ficam na membrana. Feito o encaixe, é só entrar.
Uma célula humana é algo realmente pequeno: você tem 37,2 trilhões delas, em geral tão minúsculas que no espaço de um milímetro cabem dez enfileiradas. Para entrar em uma célula, portanto, os vírus precisam ser cerca de cem vezes menores. Se um coronavírus particularmente gordo, com 160 nanômetros, fosse do tamanho de uma pessoa, a pessoa seria do tamanho da distância entre o Brasil e o Japão – 17 mil km.
A Covid-19 (sigla para coronavirus disease 2019) começa quando o novo vírus acessa o nariz, a boca ou os olhos – pegando carona nas suas mãos ou suspenso no ar em gotículas de saliva após um espirro bem dado. Ele se aloja em um cantinho estratégico, a parede por onde o muco escorre garganta abaixo. Os espinhos dele são ótimos em invadir as células dessa região. É na garganta que a maior parte dos casos de Covid-19 começa – e termina, com o vírus eliminado pelo sistema imunológico. Os sintomas, nesses casos, são leves: tosse seca para expulsar o invasor; febre baixa para matá-lo de calor (às vezes, nesses casos de eliminação rápida, rola uma dorzinha na cabeça ou na garganta).
Uma vez dentro da célula, o vírus começa a passar suas próprias fitas de RNA mensageiro pelos ribossomos. As organelas não percebem que a receita do invasor é uma cilada, e acabam gerando milhões de cópias das proteínas usadas para montar cápsulas de coronavírus. As células se tornam fábricas a serviço do inimigo.
No final, basta ao vírus colocar uma cópia do genoma dentro de cada uma dessas cápsulas e voilà: um novo exército está pronto. O vírus da Covid-19 não explode a célula para sair – como faz o ebola, por exemplo. Ele vence pela exaustão: a célula se dedica tanto a produzir as proteínas do corona que morre por não conseguir fabricar suas próprias proteínas.
20% dos casos de Covid-19 evoluem para um quadro mais severo, em que o vírus desce para os pulmões. É que o sistema imunológico não gosta nada disso. “Assim como em outras doenças causadas por vírus, os sintomas vêm mais da resposta do corpo a ele que da atuação do vírus em si”, explica Jean Pierre Peron, imunologista do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
E a resposta vem pesada. Os vasos sanguíneos do pulmão se dilatam para que os glóbulos brancos cheguem mais rápido ao local da infecção. Isso causa dor e inchaço. O campo de batalha fica congestionado de destroços: células mortas no fogo cruzado se misturam às que já foram assassinadas pelo vírus. Mesmo se o sistema imunológico der conta de exterminar logo o exército de coronas, a gosma de células mortas que ficaram pode deixar lesões permanentes.
Já se os seus anticorpos não derem conta, e o corona seguir sua série de assassinatos, os alvéolos acabam entupidos. Aí complica de vez. Isso impede a troca de gases com o ambiente. Se não houver ventilação artificial, o paciente morre de insuficiência respiratória.

A classificação dos vírus

O vírus não faz isso porque é mau. Na verdade, ele não pode ser mau ou bom, pois sequer é considerado vivo pela maioria dos biólogos. Vírus não têm metabolismo, não comem, respiram ou excretam. Não se reproduzem sozinhos – precisam dos hospedeiros –, e não se locomovem por conta própria. A única razão da existência de um vírus é fazer mais de si mesmo. Ele é um pedacinho de informação genética que se replica. A razão de sua existência, diga-se, é a replicação. Os vírus se replicam simplesmente porque os que não se replicavam bem deixaram de existir.
É difícil traçar o parentesco entre os mais de 5 mil vírus conhecidos – sequer sabemos se eles têm todos a mesma origem. Embora alguns possam ter regredido de bactérias, como mencionado no início do texto, outros talvez descendam de pedacinhos de DNA que circulavam livremente entre bactérias há bilhões de anos. O biólogo David Baltimore criou o sistema de classificação mais aceito, que divide os vírus em sete tipos de acordo com as moléculas que cada um usa para armazenar sua informação genética [veja o gráfico no final desta seção, clique nele para ampliar].
Os vírus, ao contrário de nós, não dependem necessariamente do DNA para guardar seu genoma. Eles podem usar o próprio RNA, que normalmente é só um burro de carga, para aquela missão mais nobre de guardar as receitas de proteína. Isso até facilita as coisas, pois permite sabotar o ribossomo direto, sem ter que transcrever DNA em RNA antes.
O RNA é uma molécula bem frágil (a seleção natural não optou pelo DNA à toa: se você vai salvar todas as informações sobre você mesmo em um pen drive, é melhor usar um bom pen drive). “Frágil”, nesse caso, significa sofrer mutações com mais frequência.
Esse defeito, porém, também é um trunfo: mutações frequentes ajudam o vírus a se adaptar muito mais rápido, e superar as novidades que as nossas células criam na corrida armamentista contra invasores. Não é figura de linguagem: todos os anos lançamos uma nova vacina contra a gripe, e todos os anos uma nova linhagem do vírus da gripe aprende a superá-la. E essa Guerra Fria biológica nos acompanha há muito, muito tempo.

Errata: no gráfico abaixo, há uma troca entre as explicações dos tipos 4 e 5. O RNA mensageiro é uma fita positiva. Portanto, o vírus tipo 4, de fita positiva, é o que gera o RNA mensageiro direto. Já o tipo 5, de fita negativa, precisa primeiro convertê-la em positiva (isto é, “revelar a foto”). Agradecemos a bióloga Talita Dellariva, especialista em herpesvírus, pela correção. 
Os vírus de estimação
Humano bom não é humano morto. Pelo menos, não na opinião do vírus do herpes – talvez o mais comum e discreto dos que parasitam nossa espécie. Ele vem em duas versões. A primeira, denominada HSV-1, é encontrada em 67% da população mundial e se manifesta de forma branda: durante as crises, que duram no máximo dez dias, cachos de bolinhas com líquido brotam nos lábios do infectado. Não há cura; mas também não há preocupação: elas vão embora sozinhas, para talvez voltar meses ou anos depois. O HSV-2, por sua vez, geralmente ataca os genitais, atinge uma em cada seis pessoas, e tem sintomas mais incômodos.
Ninguém morre de herpes, e essa é a estratégia do vírus. Nas palavras de James Lovelock, “Um vírus ineficaz mata seu hospedeiro, um vírus eficiente fica com ele”. O HSV, com suas discretas perebas, pega carona em beijos e ousadias por aí, garantindo o contágio. Ele quer seu hospedeiro feliz e transante, e não internado no hospital.
A explicação do comportamento moderado do herpes encontra-se em sua história: esse é um vírus antigo, de uma época em que não havia uma enorme população de Homo sapiens – só alguns grupos de nômades caçadores aqui e ali. Era essencial cuidar de seu humano de estimação, pois ele dificilmente encontraria outro.
Herpes e Darwin: O herpes é tão antigo que já estava em nossa linhagem há 8 milhões de anos – quando o ramo que daria origem à nossa espécie se separou dos chimpanzés. (Otavio Silveira/Superinteressante)
É importante especificar o quão antigo é o HSV-1: o ancestral comum a humanos e chimpanzés – isto é, o primata que deu origem às duas espécies – já tinha herpes há 8 milhões de anos. Quando os descendentes desse ancestral comum se dividiram entre humanos e chimpanzés, dois ramos do herpes se formaram: um especialista em nós, outro, claro, em chimpanzés.

Uma vez estabelecida a linhagem humana, houve uma segunda diferenciação: conforme os hominídeos começaram a caminhar eretos, apoiados em só duas patas, seus genitais pararam de entrar em contato com a boca dos outros o tempo todo (às vezes entram, claro, mas não andamos por aí de quatro averiguando o traseiro alheio no escritório). Isso criou uma barreira geográfica entre a boca e a genitália, e assim surgiram mais duas ramificações do vírus de herpes: os tipos 1 e 2 de hoje.
Os biólogos têm os genomas desses vírus sequenciados, e sabem aproximadamente a que taxa eles sofrem mutações. Dessa forma, é possível calcular há quanto tempo nós nos separamos dos chimpanzés e nos tornamos bípedes. Basta contar quantas diferenças (mutações) há entre os genomas dos dois herpes: quanto maior a divergência, mais tempo se passou. Esse cálculo dá 8 milhões de anos. O incrível é que, quando a mesmíssima conta é feita usando diretamente o DNA de humanos e chimpanzés, o resultado é idêntico.
A nossa história é a história de nossos parasitas. Mais que isso: às vezes, nossa história se mistura com a deles. Os retrovírus, como o HIV, usam um método especialmente engenhoso para controlar a célula invadida: em vez de passar fitas de RNA nos ribossomos, eles instalam pedaços de DNA no genoma do hospedeiro. Sim: o bichinho faz com que as receitas de proteína se tornem parte de você.
Se um retrovírus infecta as células germinativas de um ser humano – isto é, as células que dão origem a óvulos e espermatozoides –, então ele tem uma chance razoável de alterar para sempre o DNA dos filhos desse humano. Afinal, se o óvulo fecundado que dará origem ao feto estiver carregando um gene do vírus, todas as células do bebê terão esse gene ao final da gestação.
Parece uma possibilidade remota, mas é comum: algo entre 5% e 8% do genoma humano consiste em pedaços de retrovírus que se fundiram com nossos antepassados ao longo da evolução. Alguns desses “genes virais”, inclusive, foram reaproveitados em funções úteis: uma proteína que servia de cola para um vírus desconhecido aderir à parede das células é usada, atualmente, para aumentar a aderência entre as células que formam a placenta. Ou seja: ela torna a gestação de bebês mais eficiente.
Os vírus e a história
Essa é a frase mais repetida da história da SUPER: “Há cerca de 12 mil anos, o Homo sapiens passou a praticar a agricultura e a pecuária”. Mas vamos repeti-la, pois é essencial para esta história também. Essa produção de alimento em larga escala permitiu a formação de grandes grupamentos sedentários – os primeiros vilarejos densamente povoados. E isso, por sua vez, permitiu a evolução de vírus extraletais: com uma ampla oferta de humanos, dá para matar o seu e pular direto para o próximo.
Outro problema é a disseminação de zoonoses: doenças que originalmente atacavam animais, mas depois sofreram mutações que as permitem infectar o sapiens. De 1.415 patógenos conhecidos, 61% têm origem em outras espécies. Tais micróbios deixam 2,5 bilhões de pessoas doentes e matam 2,7 milhões todos os anos. Estima-se que uma nova doença animal capaz de infectar pessoas é descoberta a cada quatro meses.
O novo coronavírus é uma dessas doenças. No Sudeste Asiático, os wet markets (ao pé da letra, “mercados úmidos”) vendem a carne de animais silvestres exóticos que são mantidos em jaulas apertadas e então mortos no balcão. As condições sanitárias fazem um boteco brasileiro parecer piso de hospital. Já está confirmado que o primeiro foco de disseminação do coronavírus foi o mercado de Huanan, em Wuhan.
Muitos animais vendidos nesses mercados, antes da captura, contraíram doenças em seu habitat, geralmente após serem mordidos por morcegos ou entrarem em contato com o cocô desses mamíferos (só a minoria dos morcegos, três espécies de mil, bebe sangue). Os pequenos Dráculas são vetores exemplares: carregam no mínimo 200 vírus, 60 dos quais têm potencial para contaminar humanos.
No ambiente estressante do mercado, com o facão no pescoço, a imunidade dos animais capturados cai e as doenças que eles pegaram de morcegos se manifestam. Daí até um açougueiro com as mãos sujas de sangue coçar o olho, é um pulinho. Diante de uma oferta tão pujante de vírus, frequentemente um deles tem as mutações necessárias para infectar a nossa espécie também.
Presente de grego: Animais domésticos, como os porcos, transmitem novos vírus da gripe, enquanto morcegos são bombas: carregam mais de 200 tipos de vírus, 60 dos quais podem infectar humanos. Eles chegam a nós por intermédio de bichos exóticos, como pangolins. (Otavio Silveira/Superinteressante)

Quando a população doente é grande, o vírus se beneficia da violência com que ataca humanos. Vômito, diarreia e espirros são um Uber para os patógenos: ferramentas por meio das quais eles pulam de uma pessoa para outra. É por isso que eles se especializaram nesses sintomas.
O acesso prioritário a vírus e bactérias letais, de início, foi péssimo para quem deixou os hábitos nômades e passou a viver em vilarejos. A qualidade de vida nas primeiras comunidades sedentárias era inferior à dos caçadores-coletores. Os fazendeiros ficavam doentes com mais frequência e tinham a alimentação restrita aos pouquíssimos vegetais e bichos que já haviam sido domesticados. Em longo prazo, porém, tais populações se tornaram imunes aos germes barra pesada que adquiriam – e passaram a usá-los como armas involuntárias (ou, às vezes, deliberadas) para dizimar oponentes.
Foi o que aconteceu durante a colonização da América Latina pelos espanhóis: as civilizações Asteca e Inca foram dizimadas pela varíola trazida da Europa – e seus sistemas políticos foram desestabilizados por disputas de poder quando os governantes morreram. Com o tempo, esses povos desenvolveram imunidade. Os corpos dos sobreviventes, depois de uma primeira infecção, aprenderam a matar o vírus da varíola Mas era tarde: já estavam completamente dominados pelos europeus.
Colonização biológica: povos que adquirem vírus letais de seus animais domésticos podem usá-los para infectar inimigos. Foi o que aconteceu na América em 1500 – quando os nativos foram massacrados pelo sarampo dos europeus. (Otavio Silveira/Superinteressante)

É claro que, para alguns vírus, um round de imunização não basta. Vírus como o da gripe, por serem feitos de RNA, passam por mutações tão rápido que aprendem a burlar nosso sistema imunológico, como já dissemos aqui. E, se essa mutação aumentar a letalidade de uma gripe, a coisa vira uma bomba atômica. A gripe mais cruel da história se deu em 1918, no final da 1a Guerra Mundial, quando uma estirpe bombada do influenza H1N1 (sim, o mesmo que causou a epidemia de 2011) matou algo entre 20 e 50 milhões de pessoas. E ela tem algumas lições para nos ensinar.
Como as epidemias se espalham
Dois números são especialmente importantes para entender epidemias violentas. Um é a letalidade, isto é: a porcentagem de pessoas infectadas que morrem. Outro é o R0 (pronuncia-se “érre zero”), que representa a facilidade com que o vírus se espalha. Por exemplo: se o R0 de uma doença é 2, cada doente passa o vírus para, em média, outras duas pessoas.
O influenza da gripe espanhola não era tão letal assim: em média, “só” 2,5% dos doentes morriam. O problema é que ele infectou 500 milhões de pessoas (27% da população mundial da época, de 1,8 bilhão de pessoas). No fim, no mínimo 20 milhões morreram.
O valor R0 da gripe espanhola ficava entre 1,2 e 3 em ambientes abertos e 2,1 e 7,5 em ambientes confinados. A margem de erro é grande porque é impossível determinar, só com documentação de papel, as características de uma epidemia que ocorreu um século atrás.

Mas o dado é claro: na pior das hipóteses, um infectado trancado em um navio ou hospital era capaz de deixar outras sete pessoas doentes. E era fácil cumprir tais condições. O fim da 1a Guerra gerou um grau inédito de circulação e confinamento de pessoas. Os militares sobreviventes, desnutridos e fumantes, voltavam para casa em navios e trens lotados, com o sistema imunológico enfraquecido. A mortalidade masculina foi tão alta que a força de trabalho feminina na indústria americana aumentou 25% por simples falta de braço – dando um gás aos movimentos pelos direitos das mulheres.
No gráfico ao lado, veja as epidemias mais famosas da história em ordem cronológica – e quanto cada uma matou. A Covid-19, no pior dos cenários, pode ser tão grave quanto a gripe espanhola. Mas nada que se compare à destruição causada pela varíola.
No gráfico ao lado, veja as epidemias mais famosas da história em ordem cronológica – e quanto cada uma matou. A Covid-19, no pior dos cenários, pode ser tão grave quanto a gripe espanhola. Mas nada que se compare à destruição causada pela varíola. (Carlos Eduardo Hara/Superinteressante)
Conforme uma doença avança, mais pessoas se tornam imunes a ela. Chega uma hora em que um infectado não consegue passar seu vírus para frente, porque todas as pessoas com que ela entra em contato já foram expostas à doença e estão imunes. Isso impede que o vírus pule de corpo em corpo até alcançar locais onde a infecção ainda não havia chegado. Ele para de colonizar novos territórios. E deixa de existir.
Essa é a progressão natural de toda epidemia, e o motivo pelo qual elas sempre terminam. Essa é também a lógica por trás da chamada “imunização de rebanho”, propiciada pelas vacinas: o sarampo, que possui R0 entre 12 e 18, se espalha em um ritmo assustador. Para que a vacinação seja eficaz, é importante derrubar o R0 para 3,5, o que significa manter no mínimo oito em cada dez cidadãos imunizados. Quem não vacina os filhos põe os filhos dos outros em risco.
Agora, vamos ao vírus da vez. A mortalidade da Covid-19, segundo a última atualização divulgada pela OMS antes do fechamento desta edição, é de 3,7% (com variações etárias, é claro: 0,2% para quem tem de 10 a 39 anos, 15% para quem tem mais de 80). Já seu R0 é 2,2. Mas há um problema: esses números consideram apenas os pacientes que foram ao hospital com sintomas preocupantes. Como 80% dos casos de Covid-19 apresentam sintomas leves (ou inexistentes), e não há testes para todo mundo, a maioria dos infectados fica de fora da contagem. E aí o dado da OMS fica exagerado.
Um jeito eficaz de aumentar a precisão dessas cifras é testar absolutamente todas as pessoas de um local em que todo mundo tenha sido exposto ao vírus. É uma exigência exótica para um experimento – nenhum cientista trancaria milhares de cobaias humanas num galpão para depois infectá-las de propósito.
Mas, por azar, algo parecido aconteceu: o corona se espalhou no navio de cruzeiro Diamond Princess, com 3.711 ocupantes entre passageiros e tripulantes, que encontra-se ancorado no porto de Yokohama, no Japão, em quarentena. A embarcação virou um laboratório involuntário com cobaias humanas. Até a data de fechamento desta edição, eram 707 infectados e 7 vítimas fatais, o que dá uma mortalidade de aproximadamente 1%. Não por coincidência, é o mesmo número fornecido pela Coreia do Sul, onde testes estão sendo realizados em massa. O vírus, portanto, talvez seja menos letal do que se pensava.
Mas isso não é consolo caso ele se espalhe demais: o infectologista chinês Gabriel Leung, especialista em saúde pública da Universidade de Hong Kong, liderou os esforços de combate às Sars em 2003 (que teve um desfecho comparativamente leve, com 8 mil infectados e 800 mortos). Ele conhece bem os coronavírus, e calcula que até 60% da população mundial pode acabar contaminada. Se isso acontecer e o índice de fatalidades for mesmo de 1%, o vírus ainda matará 45 milhões de pessoas. Um número bem próximo dos 50 milhões da gripe espanhola.
Por isso mesmo é importante ficar em casa. O principal objetivo do isolamento é fazer com que as pessoas não peguem a Covid-19 todas ao mesmo tempo, sobrecarregando os sistemas de saúde – uma ideia representada no gráfico aqui embaixo e, felizmente, reproduzida em todos os lugares nas últimas semanas. Caso tal sobrecarga aconteça, a taxa pode ser bem maior que 1%. E o total de mortos deixaria a gripe espanhola para trás.

O gráfico acima resume o objetivo das quarentenas: se as pessoas não ficarem doentes todas ao mesmo tempo, os hospitais talvez deem conta de atender todo mundo. (Carlos Eduardo Hara/Superinteressante)

Pessoas em estado crítico podem ser salvas por máquinas de ventilação mecânica, que compensam a insuficiência respiratória e dão tempo extra para que o sistema imunológico lute contra o vírus – até vencê-lo. Porém, se não há equipamento para todos, é preciso escolher quem vive. Esse é o problema na Itália. Como as quarentenas demoraram para começar, a Covid-19 se espalhou rápido e a mortalidade bateu avassaladores 8,3% em meados de março. No dia 16 de março, o país anunciou que pessoas acima de 80 anos não terão mais direito a respiradores em caso de superlotação – o propósito é guardá-los para os que tenham mais chances de sobreviver à infecção.
Para piorar, um estudo coordenado pela Universidade Columbia, em Nova York, e publicado no periódico Science em 16 de março, estimou que dois terços das infecções de coronavírus são culpa de assintomáticos: pessoas que contraíram o vírus, mas não foram afetadas, saem para trabalhar ou estudar normalmente e acabam espalhando ele por aí. Esse, aliás, é um argumento a favor das máscaras: como nem todo mundo fará um teste para saber se está ou não infectado, posto que testes são um recurso caro e escasso, é melhor proteger de uma vez os outros do perigo que você mesmo pode representar.
Neste gráfico, o eixo vertical marca a porcentagem de infectados por uma doença que morrem, em média. O número também está entre parênteses ao lado do nome da doença. Já o eixo horizontal mostra o valor R0 (“érre zero”), isto é: o número de pessoas que são infectadas, em média, por cada indivíduo que tem o vírus.
Os dados do coronavírus ainda são incertos: a mortalidade com certeza é próxima de 1%, e o R0 provavelmente é maior que 2,2, que é o valor oficial atual.
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
*A gripe aviária tem R0 = 0 porque é transmitida apenas de aves para humanos, e não entre pessoas. (Carlos Eduardo Hara/Superinteressante)


As vacinas
Além das quarentenas generalizadas, a melhor maneira de combater uma pandemia viral é vacinar a população. Na ausência de bolas de cristal, porém, demora produzir uma vacina para uma doença até então desconhecida.
Pelo menos oito vacinas contra o novo coronavírus estão saindo a toque de caixa, a maioria em empresas privadas. Vacinas, assim como remédios, são submetidas a um processo regulatório severo que garante sua segurança e eficácia. Antes de chegar ao público, elas passam por testes pré-clínicos com animais e três fases de testes clínicos com voluntários humanos – se qualquer coisa der errado, o trabalho recomeça do zero.
Assim, há o risco de que nenhum dos concorrentes complete o trabalho a tempo (ainda que essa seja uma precaução importantíssima para evitar epidemias futuras). “Pode acontecer algo parecido com o caso do ebola”, diz Helder Nakaya, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. “As pessoas correram para criar uma vacina, mas, quando os ensaios clínicos estavam na fase 3 [o teste final, com milhares de voluntários], já não havia mais uma epidemia para combater.”
Sabe-se que a Johnson & Johnson está estudando uma vacina que consiste em injetar o vírus inteiro em uma versão inativa, e a Clover Biopharmaceuticals, em parceria com a Universidade de Queensland, na Austrália, aposta em uma técnica que envolve exibir uma proteína do vírus ao sistema imunológico, de maneira que os glóbulos brancos salvem a impressão digital da ameaça. Essas são duas abordagens clássicas, usadas em vacinas desde o século 18.
Uma outra empresa, chamada Moderna Therapeutics, aposta em uma técnica mais inovadora (e já até pulou os testes preliminares em animais para vencer a concorrência, uma infração ética que incomodou os profissionais da saúde). A ideia deles é injetar pedacinhos de RNA mensageiro do vírus nas pessoas, simulando aquele momento do sequestro dos ribossomos. As células do vacinado, então, passariam a fabricar uma amostra de proteína viral inofensiva, que então seria identificada e devidamente arquivada pelo sistema imunológico. Quando o vírus real entrasse no corpo, encontraria todo um batalhão de linfócitos prontos para massacrá-lo.
Como é impossível prever quando a vacina estará disponível, a melhor arma contra o coronavírus ainda somos nós mesmos. “O que as autoridades brasileiras podem fazer aparentemente está sendo feito”, diz Eliseu Alves Waldman, epidemiologista da USP.  “A Itália conseguiu uma boa adesão, mas só quando chegou a um estado de crise absoluta. Precisamos da ajuda da população.”
Essa não foi a primeira nem será a última epidemia com que a civilização terá de lidar. Faz mais de 3 bilhões de anos que a vida na Terra é essencialmente microscópica – e apenas 300 mil anos que estamos por aqui. Eles habitam este planeta há 10 mil vezes mais tempo que nós. Somos descendentes de mamíferos que já eram infectados por vírus, que por sua vez descendem de répteis que já eram infectados por vírus, que em última instância descendem de bactérias que, até hoje, são massacradas por vírus.
Não podemos vencê-los – apenas lidar com eles. Como já dizia o Levítico (13:46): “Enquanto sofrer de uma doença contagiosa, a pessoa precisará morar sozinha, fora do acampamento.” É isso. A receita tem funcionado bem nesses últimos 3 mil anos. E o pessoal da Bíblia nem tinha Netflix para afastar o tédio. 
O eterno retorno: Os vírus sempre estarão um passo à frente do sistema imunológico. A nós, resta lidar com as epidemias – que sempre vão voltar.
O eterno retorno: Os vírus sempre estarão um passo à frente do sistema imunológico. A nós, resta lidar com as epidemias – que sempre vão voltar. (Otavio Silveira/Superinteressante)


Fonte: https://super.abril.com.br/especiais/virus-vida-e-obra-do-mais-intrigante-dos-seres/

Coronavírus: Ministério da Saúde libera cloroquina para pacientes graves

O Ministério da Saúde divulgou na noite de quarta-feira (25), que a cloroquina poderá ser usada em casos graves de coronavírus. 3,4 milhões de unidades de medicamentos da substância e de uma derivada dela, a hidroxicloroquina, serão distribuídos para os estados.

O tratamento deve durar cinco dias, e ser feito apenas como um complemento ao suporte que os hospitais já estão realizando – acima de todos, a assistência ventilatória para respirar.

De acordo com a nota oficial, o Ministério da Saúde ressalta que, apesar dos testes promissores, ainda não há evidências científicas suficientes sobre a eficácia dessas substâncias no combate ao coronavírus.

“Esse medicamento já provou que tem ação na evolução do ciclo do vírus, mas os estudos em humanos estão em curso, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Essa é uma alternativa terapêutica que estamos dando aos profissionais de saúde para tratarmos esses pacientes graves que estão internados.”

Sobre a cloroquina


Desenvolvida nos anos 1930, a cloroquina foi criada para combater a malária, doença causada por parasitas do gênero Plasmodium. Posteriormente, ela passou a ser usada também contra lúpus e artrite reumatoide.

O remédio ganhou notoriedade nas últimas semanas. Pesquisas nos EUA, na França e na China envolvendo a substância e o Sars-Cov-2 deram resultados promissores.

Esses testes aconteceram porque, desde 2005, sabe-se que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem combater o tipo de coronavírus causador da SARS. Além de ter ação anti-inflamatória, elas agem alterando o pH de parte da célula, tornando-o mais alcalino – o que bagunça os receptores que o vírus utiliza para infectá-las, impedindo que ele se multiplique.

Na última sexta (20), a Organização Mundial da Saúde incluiu os fármacos em um programa global para testar tratamentos promissores contra a Covid-19. Dada a popularidade, os estoques dos medicamentos se esgotaram em muitos lugares. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) precisou determinar que esses remédios passassem a ser controlados.

Vale dizer que nenhum órgão de saúde recomenda que esse tipo de medicamento seja usado para prevenir a Covid-19. O uso exagerado da cloroquina (e mesmo o da hidroxicloroquina, que é menos tóxica) pode provocar intoxicações e problemas no coração. Nos EUA, um homem e uma mulher de 60 anos morreram após se automedicarem.

Fonte: https://super.abril.com.br/saude/coronavirus-ministerio-da-saude-libera-cloroquina-para-pacientes-graves/

domingo, 29 de março de 2020

Inhambupe: Ademar Simões é confirmado o pré-candidato a prefeito pela oposição

Vereadores Dai, Inha, o Pré  Candidato a Prefeito Ademar Simões e o 
Pré candidato a Vereador Cabeludo

O grupo de oposição já tem um nome para a disputa das eleições municipais na cidade de Inhambupe. Fontes consultada pelo portal Se Liga na Informação confirmaram que Ademar Simões do PMDB é o pré-candidato a prefeito nas eleições deste ano.

Em 2016 Ademar Simões foi candidato à vice na chapa com ex-prefeito Euberto Luiz e esse ano vai colocar seu nome para ser o principal opositor do prefeito Nena nas eleições de outubro deste ano. Para isso, contará com os apoios de até o momento três vereadores (Uelson de Jesus, Inha da Lagoa, Dai), provavelmente o ex-prefeito Euberto Luiz, o pré-candidato a vereador Cabeludo de Zé de Zica e outras lideranças políticas.

O Prefeito Nena em fevereiro já havia anunciado a sua pré-candidatura a reeleição para as eleições municipais e deve contar com apoio da maioria da câmara

Enfim, o cenário político em Inhambupe está desenhado e depois de quatro eleições, o Partido Progressista (PP-11) não terá um nome para a disputa municipal.

Quem vencerá as eleições municipais em outubro deste ano? Nena (PSD) ou Ademar (PMDB).

Fonte: Se Liga na Informação

https://www.jdlnordeste.com.br/2020/03/inhambupe-ademar-simoes-e-confirmado-o.html

'Auxílio coronavírus' e outros golpes no WhatsApp atingem 2 milhões

'Auxílio coronavírus' e outros golpes no WhatsApp atingem 2 milhões — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

De acordo com o diretor do dfndr lab, Emilio Simoni, os cibercriminosos utilizam acontecimentos de grande repercussão para tornar o ataque mais verídico. "Alguns golpes se aproveitam de ações reais que grandes empresas e o governo estão realizando para enfrentar o coronavírus, como a doação de álcool em gel e pagamento de benefícios à população", explica Simoni, que acredita no aumento do número de ataques e de vítimas nos próximos dias.

É um exemplo o suposto programa de "Auxílio Cidadão 2020", que alega que trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda têm direito a uma espécie de "auxílio coronavírus" de R$ 200 mensais. Para isso, a vítima teria que fazer cadastro em um site que é, na verdade, um link malicioso.

Governo Federal iniciou o cadastramento do Auxílio Cidadão que dá uma ajuda mensal no valor de R$ 200 para trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda para ajudar a combater CORONAVÍRUS. Confira se você tem direito ao benefício, diz a mensagem enganosa.

A corrente passou a ser compartilhada em grupo de WhatsApp neste domingo (22) e foi desmentida no mesmo dia pela Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. O golpe se aproveita de medidas anunciadas nos últimos dias pelo governo, mas que ainda não foram aprovadas e, portanto, não estão em vigor.

Outras mensagens que circulam nas redes sociais contém fake news sobre a situação da pandemia do novo coronavírus. Segundo pesquisa do dfndr lab, cerca de 42,5 milhões de brasileiros já receberam ou acessaram notícias falsas sobre a Covid-19. Para 43,2% dos entrevistados, o WhatsApp é o principal vetor para os boatos.

O mensageiro tem tomado medidas para evitar desinformação no aplicativo, como o lançamento de um site exclusivo para informações sobre o novo coronavírus. Além disso, a versão beta do WhatsApp anunciou, neste sábado (21), testes de uma ferramenta para pesquisar diretamente no Google o texto de mensagens frequentemente encaminhadas. O objetivo do recurso é permitir que os próprios usuários possam conferir a veemência das informações muito repassadas no aplicativo.

Como se proteger

O laboratório especializado em segurança digital da PSafe indica aos usuários alguns métodos para evitar ataques pelo WhatsApp. É preciso desconfiar de mensagens sensacionalistas ou que oferecem brindes, além de buscar fontes oficiais, como o Ministério da Saúde, e jornais e sites confiáveis que possam confirmar uma informação.

O Ministério da Saúde conta com o WhatsApp (61) 99289-4640 para desmentir as fake news enviadas por cidadãos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um bot (em inglês) no WhatsApp, na última sexta-feira (20), para esclarecer dúvidas de usuários por meio de respostas automatizadas, como métodos de prevenção, mitos e verdades, e sintomas do novo coronavírus.

O laboratório também disponibiliza um serviço de checagem de links pelo endereço (psafe.com/dfndr-lab/pt-br/?utm_source=blog&utm_content=pandemia), que sinaliza em poucos segundos se uma página pode oferecer ameaça. Também é importante manter um software antivírus instalado em seu celular com Android ou iPhone (iOS).

Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2020/03/auxilio-coronavirus-e-outros-golpes-no-whatsapp-atingem-2-milhoes.ghtml

Governo Bolsonaro admite não ter estudo que comprove a eficácia de isolamento parcial



O governo Bolsonaro considera o isolamento parcial um “princípio”, e não possui nenhum estudo técnico para embasar a defesa que vem fazendo da medida no combate ao contágio do novo coronavírus. Sem provas, mas com convicção.
Isolamento parcial, ou “vertical” como gosta de chamar o governo, consiste em tirar do convívio social só os grupos mais suscetíveis ao novo coronavírus, tais como pessoas acima de 60 anos e portadores de enfermidades como hipertensão, diabetes e doenças respiratórias crônicas.
Bolsonaro, que vem encorajando atos em favor da volta ao trabalho para evitar maiores danos à economia com períodos de quarentena. São Paulo, mais populoso estado e centro da pandemia no país, ficará até 7 de abril com os serviços não essenciais fechados.
No entanto, autoridades federais admitem que não há estudos que justifiquem a medida. Na manhã desta sexta (27) o secretário especial de Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que o isolamento parcial é “um princípio” do governo federal ao qual os estados deveriam se ajustar. O secretário apresentou um slide com o que o governo considera necessário para o isolamento parcial na área econômica: manter abertos serviços essenciais e garantir a cadeia de suprimentos, o que estados como São Paulo já tem feito.
Fonte: https://revistaforum.com.br/coronavirus/governo-bolsonaro-admite-nao-ter-estudo-que-comprove-a-eficacia-de-isolamento-parcial/

Salvador completa 471 anos sem festa, mas com resignação. Parabéns!



Salvador completa 471 neste domingo (29). Pelo menos simbolicamente. Assim como  o dia 25 de dezembro foi definido como data do natalício de Jesus Cristo, a comemoração soteropolitana é um acordo tácito criado a partir de uma tradição. Porém, apesar de tantas mudanças e da promessa de novos tempos para a cidade, o momento não é de celebrar. Há muito tempo não vivíamos sob tanta tensão – e viveremos com medidas restritivas em meio ao novo coronavírus por um período maior do que qualquer um gostaria.

De certo, a Cidade da Bahia nunca esteve tão bem no quesito investimento público. A disputa por protagonismo político entre o governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto fizeram com que a capital baiana se tornasse, durante muito tempo, um imenso canteiro de obras. As intervenções vêm desde o metrô e as linhas azul e vermelha, intervenções do governo, até o BRT e as obras de macrodrenagem, projetos da prefeitura. É como se a cidade vivesse novos ares. Pena que a crise com a Covid-19 vai impedir que se comemore qualquer coisa.

A festa chegou a ser prometida. A população teria Psirico, Wesley Safadão e DJ Alok, como uma compensação pela chuva que atrapalhou um dos dias do Festival Virada Salvador 2020. Não há condições para que os festejos aconteçam. O receio de que o novo coronavírus se espalhe pela cidade diante da aglomeração de pessoas é grande – e extremamente racional. Entre arriscar um pico de contaminação e adiar a celebração, a prefeitura agiu corretamente.

A depender da evolução dessa crise, o próximo prefeito terá um desafio ainda maior que ACM Neto teve em 2013, após assumir o Palácio Thomé de Souza depois de oito anos de João Henrique. Apesar das medidas restritivas aparentemente apresentarem resultados inicias satisfatórios, não é descartada uma terra arrasada – não apenas aqui, mas em todo o mundo – depois que a pandemia passar. Pelo menos do ponto de vista humano.

De qualquer sorte, é preciso lembrar que Salvador já não é mais uma cidade tão nova. Já passou por outros momentos delicados na história, como as lutas pela independência e até mesmo contra outras epidemias, como a cólera no século XIX ou a gripe espanhola, há pouco mais de um século. E, com certeza, vai superar mais esse momento. Parabéns, Salvador! Boa sorte nesse futuro. E, principalmente neste momento, todos nós te desejamos saúde.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/fernando-duarte/27-salvador-completa-471-anos-sem-festa-mas-com-resignacao-parabens.html

Pandemia afeta cronograma de teste de urnas eletrônicas para as eleições



A pandemia do novo coronavírus já comprometeu o cronograma interno de cartórios eleitorais, que tiveram que abortar ou adiar indefinidamente testes que seriam feitos com as urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições municipais.

Isso fez reforçar, dentro da Justiça Eleitoral, questionamentos a respeito da possibilidade de o pleito deste ano ser realizado, sem contratempos, na data prevista. À Folha o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que estuda ajustes no formato dos testes devido ao contratempo.

A previsão atual é a de que o primeiro turno aconteça no dia 4 de outubro e o segundo, no dia 25 do mesmo mês. Congressistas, porém, defendem que a votação seja adiada.

A interrupção dos trabalhos na Justiça Eleitoral causada pela epidemia fez parte dos cartórios suspender o chamado sistema de teste exaustivo das urnas (STE), que avalia se as máquinas têm problemas.

Nesse teste, que dura aproximadamente cinco horas para cada urna, os equipamentos são ligados a um programa que avalia se há defeitos de uso. É analisado se há erros, por exemplo, nas teclas, na bateria ou na impressora do boletim. Se alguma delas apresentar problema, é encaminhada para manutenção.

Até a eleição, estavam previstos dois ou três testes exaustivos em São Paulo. Alguns cartórios conseguiram finalizar o primeiro teste exaustivo, mas o restante, nem isso.

Outro problema foi a suspensão de uma eleição simulada que envolve todos os cartórios eleitorais do Brasil.

Essa eleição simulada acontece com partidos e candidatos fictícios e tem como objetivo testar o funcionamento dos sistemas eleitorais de totalização de votos que serão usados na eleição verdadeira. Os eleitores são os funcionários da própria Justiça Eleitoral.

A justificativa para esse simulado é a mudança dos sistemas de totalização e divulgação, que são atualizados a cada eleição. O teste permite antecipar eventuais problemas que poderiam ocorrer em outubro.

Quando a pandemia estourou, os cartórios estavam na fase de alimentação das urnas com os candidatos fictícios. O trabalho é feito de forma sincronizada entre os cartórios, com prazos rigorosos, como se fosse uma eleição de verdade. No entanto, a quarentena fez o simulado ser abortado.

Outra preocupação nos cartórios é o prazo de fechamento de cadastro, como alistamento eleitoral --o cadastro obrigatório de eleitores-- e transferências de títulos. A data limite é em 6 de maio, e funcionários acham improvável completar todo o trabalho até esse período.

Na semana passada, o TSE instituiu plantão extraordinário até o dia 30 de abril. A decisão assinada pela presidente do órgão, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber, suspende prazos processuais, atendimento presencial e coleta biométrica.

Desde que os casos positivos para a Covid-19 aumentaram no Brasil, cresceram também movimentos a favor do adiamento das eleições. Um desses gestos foi feito a prefeitos no último domingo (22) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

No entanto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discordou, e o futuro presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, lembrou que a data está prevista na Constituição, mas que, se houver mudança, trabalhará "com essa nova realidade".

Já Rosa Weber disse em nota que o debate sobre adiamento das eleições é precoce, além de o tema estar previsto na legislação constitucional e infraconstitucional.

Ela ainda afirmou que pôs na pauta do plenário do tribunal a prorrogação do prazo de filiação partidária, mas o colegiado foi unanimemente contra.

Para mudar a data das eleições, uma PEC (proposta de emenda à Constituição) teria que ser aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado.

Essa medida já foi levada à mesa da Câmara pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), com proposta de adiamento das eleições municipais para 2022. À coluna Painel, da Folha, ele defendeu que os mandatos atuais sejam prorrogados até lá e que a unificação dos pleitos seja definitiva.

Na quarta (25), a OAB de São Paulo divulgou um comunicado em que dizia haver precipitação na discussão sobre adiamento das eleições.

"Até a última hora, não se deve desistir da realização dessas eleições que, como é sabido, têm importância vital para a democracia de nosso país e dizem respeito à unidade federativa cuja organização e representação é a mais próxima e íntima do eleitorado", disse a entidade.

"Ressalte-se, no entanto, que diversos atos preparatórios, de iniciativa tanto da Justiça Eleitoral quanto dos partidos políticos, devem ter seu andamento e execução adaptados às posturas e medidas de saúde que são indicadas internacionalmente."

Questionado sobre as suspensões dos testes nas urnas, o TSE informou que está atento "às inevitáveis alterações ante o atual cenário de excepcionalidade a todos imposto" e "vem estudando ajustes nos formatos de realização dos referidos testes".

"O Plano Geral de Testes contempla 19 testes, com objetivos, complexidades e amplitudes diversos. De fato, o 8º simulado nacional de hardware (que inclui o Sistema de Testes Exaustivo - STE) precisou ser suspenso pouco após ultrapassar a metade da execução planejada, em virtude das políticas de isolamento adotadas pelas autoridades públicas", informa o órgão.

"Destaco, contudo, que os testes são qualitativos e não impeditivos", acrescenta.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/73213-pandemia-afeta-cronograma-de-teste-de-urnas-eletronicas-para-as-eleicoes.html

Bahia registra primeira morte por coronavírus; vítima tinha 74 anos



A Bahia confirmou o primeiro caso de morte de coronavírus neste domingo (29). De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesab), a vítima foi um homem de 74 anos, que estava internado num hospital privado de Salvador. 

Segundo a pasta, ele estava entubado e em diálise constante. A unidade hospitalar em que ele estava internado não foi divulgada.

Oficialmente, a Bahia, até o momento, possui 127 casos da doença. O primeiro caso de um paciente com Covid-19 na Bahia foi registrado no dia 6 de março, em Feira de Santana. Um novo boletim será divulgado pela Sesab às 17h para atualizar as informações. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/23892-bahia-registra-primeira-morte-por-coronavirus-vitima-tinha-74-anos.html

sábado, 28 de março de 2020

Prefeito Antônio Felícia morre por Covid-19 no Piauí, primeira morte no Estado

Prefeito Antônio Felícia tinha 57 anos (Foto: Divulgação/PT)

Antônio tinha 57 anos e era prefeito da cidade São José do Divino; ele tinha diabetes e apresentou uma evolução rápida da doença
A Secretaria de Saúde do Piauí registrou a primeira morte por Covid-19 no Estado. A vítima foi o prefeito da cidade de São José do Divino, Antônio Felícia, que morreu na madrugada dessa sexta-feira, 27. Ele tinha 57 anos e era diabético.
O prefeito morreu no Hospital Dr. José Brito Magalhães, no município de Piracuruca, com sintomas suspeitos de Covid-19. Como Antônio não fez testagem para confirmar o caso, a doença só pode ser confirmada após o falecimento.
Em nota, o Governo do Piauí lamenta a morte e manifesta "apoio e se solidariza com familiares, amigos, admiradores e com o povo de São José do Divino". Também em nota, a Associação Piauiense de Municípios (APPM) afirma estar "rogando para que [os familiares] encontrem resignação e resiliência neste momento de dor".
Fonte: https://www.opovo.com.br/coronavirus/2020/03/28/prefeito-antonio-felicia-morre-por-covid-19-no-piaui--primeira-morte-no-estado.html

Governo brasileiro fecha fronteiras aéreas para estrangeiros de todas as nacionalidades



O governo brasileiro decidiu ampliar todas nacionalidades a restrição à entrada de estrangeiros por via aérea. Mais cedo, o Ministério da Justiça tinha publicado uma norma proibindo a entrada de estrangeiros no Brasil para os casos em que o ingresso em território nacional em caráter temporário, como em uma conexão. 

Em portaria de Nº 152 publicada nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial da União em edição extra, ficou proibido o ingresso de não brasileiros por via aérea foi estendido a todos os países. A medida foi assinada pelo ministro da Casa Civil o General Braga Netto, o ministro da Saúde Henrique Mandetta, o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro e o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas.

A medida se aplica a brasileiros e a estrangeiros nos seguintes casos: imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro;profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro; estrangeiros que seja cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de brasileiro; estrangeiro cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo governo brasileiro em vista do interesse público; e portador de Registro Nacional Migratório.

As regras não são aplicadas também para transporte de cargas e para passageiro em trânsito internacional, desde que não saia da área internacional do aeroporto e que o país de destino admita seu ingresso, e pouso técnico para reabastecer, quando não houver necessidade de desembarque de passageiros das nacionalidades com restrição.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/246050-governo-brasileiro-fecha-fronteiras-aereas-para-estrangeiros-de-todas-as-nacionalidades.html

Sem isolamento e ações contra a Covid-19, Brasil pode ter até 1 milhão de mortes, diz estudo



Um estudo feito pelo Imperial College de Londres diz que o Brasil em caso de nenhuma estratégia de isolamento e de enfrentamento da pandemia fosse feita, poderia ter mais de 1,15 milhão de mortes devido à Covid-19.O estudo analisa impacto em 202 países, eles concluíram que, se os governos adotarem medidas rigorosas cedo, como testes de diagnóstico, isolamento de doentes e distanciamento social para frear a disseminação do vírus, 38,6 milhões vidas podem ser salvas. Isso representa uma redução de mortalidade de cerca de 95%.

Com estratégias de supressão rígidas para toda a população, que são aquelas que buscam bloquear a circulação do vírus, o estudo diz que o número de mores pode ser reduzido para 44,2 mil, segundo o G1.

Foi o Imperial College o instituto responsável por outro estudo que virou um marco na pandemia: um modelo matemático deu um panorama extremamente sombrio de como a doença ia se propagar pelo país, como ia impactar o sistema público de saúde (o SUS do Reino Unido, chamado de NHS) e que até 250 mil pessoas poderiam morrer. Depois do estudo, a estratégia do governo britânico mudou, abandonando a "imunização de rebanho".

Para o Brasil, no novo estudo, o cenário sem qualquer medida de enfrentamento aponta: Mortos: 1,15 milhão; Infectados: 187,7 milhões; Hospitalizações: 6,2 milhões; Casos graves: 1,5 milhão; Assinam o estudo quase 50 cientistas, incluindo um grupo relacionado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Em um cenário com a implementação de medidas parciais de isolamento para a população, com restrições a eventos e aglomerações, o número de mortes cai para 627 mil, e o de infectados para 122 milhões.

Há, ainda, um cenário com isolamento imposto somente para idosos: 529 mil mortos; 120 milhões de infectados; 3,2 milhões de hospitalizações; 702 mil casos graves.

"Nós estimamos que a ausência de intervenções resultaria em 7 bilhões de infecções e 40 milhões de mortes no mundo todo pela Covid-19 neste ano. Estratégias de mitigação focadas na blindagem a idosos (redução de 60% dos contatos sociais) e desaceleração, mas não interrupção, da transmissão (redução de 40% dos contatos sociais para uma população mais ampla) poderiam reduzir esse ônus pela metade, salvando 20 milhões de vidas", disseram os autores.

"No entanto, prevemos que, mesmo nesse cenário, os sistemas de saúde em todos os países será sobrecarregado rapidamente. É provável que esse efeito seja ainda mais grave em contextos de baixa renda, lugares onde a capacidade é mais baixa", complementam.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/246054-sem-isolamento-e-acoes-contra-a-covid-19-brasil-pode-ter-ate-1-milhao-de-mortes-diz-estudo.html

Plataforma digital garante acesso a livros em tempos de distanciamento social



Dentre as medidas disponibilizadas pela prefeitura para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) e manter o isolamento social está a possibilidade de acesso gratuito a livros digitais, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). A plataforma digital foi criada em dezembro de 2018, sendo incrementada neste momento de crise. O site já recebeu cerca de 15 mil acessos desde que foi criado. 

O site disponibiliza um acervo com 110 livros acessíveis para o público. “A plataforma surgiu com o foco de conquistar os leitores digitais.Resolvemos utilizar as ferramentas digitais para conquistar o público. No site, é possível que a pessoa crie textos e publique para que outras pessoas também vejam”, conta Jane Palma, gerente de biblioteca e promoção da leitura do município.

Navegando pelo site, os leitores poderão encontrar diversos gêneros literários, como romance, conto, drama, crônica, poesia, história infantil e quadrinhos. Os livros podem ser acessados e lidos através do link caminhosdigitaisdaleitura. salvador. ba. gov. br. Quem tiver interesse em escrever e publicar livros deve fazer um cadastro no site.

“O site é bem simples e fácil de acessar. Tanto para publicar, como para buscar livros. Eu mesmo já publiquei livros solos de poemas, infantis e antologia de poetas de Salvador”, diz Valdeck Almeida, escritor, poeta e usuário da plataforma digital criada pela FGM.

Durante esses dias de distanciamento social, Valdeck recomenda que, por questões de saúde pública, as pessoas cumpram as medidas determinadas pela Prefeitura e aproveitem para se distrair lendo mais livros. “Nesse momento, precisamos nos distrair. Ao acessar o site, sugiro que as pessoas leiam os livros sobre a capoeira e conheçam um pouco sobre a origem da história”, recomenda.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/246055-plataforma-digital-garante-acesso-a-livros-em-tempos-de-distanciamento-social.html

Covid-19 Benefícios do Mais Futuro podem ser usados na função débito

Os estudantes beneficiários do auxílio-permanência do programa Mais Futuro poderão utilizar o valor depositado da bolsa por meio da função débito do seu cartão, segundo informações do Banco do Brasil.  A superintendência do banco chama a atenção para esta possibilidade, para que se evite aglomerações nas agências bancárias e sejam cumpridas as recomendações de combate ao Coronavírus (COVID-19). 

O governador Rui Costa anunciou, nesta sexta-feira (27),  a antecipação do pagamento da bolsa, que seria feito entre 5 e 10 de abril, mas estará disponível já nesta segunda-feira (30/03). Com um investimento de R$ 4,7 milhões, a iniciativa contempla mais de 12 mil estudantes das universidades estaduais (UNEB, UEFS, UESB e UESC).

O coordenador de Projetos e Programas Estratégicos da Secretaria da Educação do Estado (SEC), Marcius Gomes, falou da importância da decisão do governador Rui Costa pela manutenção dos pagamentos dos auxílios-permanências aos estudantes, diante da suspensão das aulas, por conta da pandemia do Coronavírus. "A partir do diálogo com os reitores e estudantes universitários, neste momento de crise no combate à doença COVID-19, estamos atentos às necessidades básicas que são impostas pelo isolamento e distanciamento sociais. Este apoio financeiro, certamente, irá assegurar a milhares de famílias, que em sua maioria são carentes, questões como alimentação e outras necessidades", afirmou.

O programa Mais Futuro, criado em 2017, oferece uma bolsa de R$ 300 para quem estuda a até 100 quilômetros de onde mora e de R$ 600 para os que vivem a uma distância maior, pois para estes há a necessidade de moradia temporária na cidade onde estudam.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/246057-covid-19-beneficios-do-mais-futuro-podem-ser-usados-na-funcao-debito.html

Espanha tem 832 mortes em um dia pelo novo coronavírus



O Ministério da Saúde da Espanha registrou nas últimas 24 horas 832 mortes pelo novo coronavírus. Na sexta-feira (27), o número de casos subiu de 64.059 para 72.248.

Segundo informações das autoridades locais, esse foi o maior número de mortes em razão do Covid-19 em um único dia no pais.

A Espanha é o segundo país mais afetado da Europa entre mortos e infectados, ficando atrás da Itália, que registrou na sexta-feira 919 óbitos. O maior número diário desde que a pandemia atingiu o país, no começo deste ano, que já soma 9.134 mortos.

Para piorar o problema na Itália, o instituto de saúde italiano havia afirmado que a transmissão do coronavírus não chegou ainda ao pico, e que as medidas de restrição devem ser prorrogadas.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/73142-espanha-tem-832-mortes-em-um-dia-pelo-novo-coronavirus.html