O ex-seminarista Gil Rugai foi condenado pelas mortes do pai, Luiz
Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Triotino, em 2004. O
corpo de jurados respondeu a oito perguntas
que deram base a condenação do réu. Neste momento, o juiz redige a
sentença, que será lida em plenário em breve. A decisão saiu nove anos
depois do crime e após cinco dias de júri popular.
Os debates:
Construíram um psicopata com base em uma investigação mais ou menos, diz defesa
Rugai disse que seria mais feliz se o pai morresse, relata promotor aos jurados
Segundo o promotor Rogério Zagallo, dos sete jurados que votariam,
quatro decidiram pela culpa do réu e um pela absolvição. Os votos dos
outros dois jurados não precisaram ser abertos, já que a maioria havia
decidido pela culpa.
O interrogatório: 'Não fui eu. Agora quem foi eu não sei', diz Gil Rugai
Desde segunda-feira, advogados de defesa e acusação travaram o debate sobre a culpa ou inocência do réu
. A defesa tentou desqualificar as provas
colhidas pela investigação. Já a acusação apostou nos depoimentos
de pessoas próximas à família e da casa onde ocorreu o crime.
Os advogados de defesa chegaram a apontar um novo suspeito para o assassinato. Agnaldo Silva
, ex-funcionário de Luiz Carlos em sua produtora de vídeo, teria mentido
em seu depoimento à polícia ao dirigir a suspeita para Gil Rugai.
Para a acusação, os depoimentos de advogados e
ex-funcionários da produtora de Luiz Carlos Rugai, que citam os
desfalques na empresa, a mudança de chaves e alarmes do escritório e
residência do casal, eram fortes indícios da autoria do crime. Segundo o
promotor, não há dúvidas de que o réu assassinou as vítimas porque foi culpado pela falsificação de uma assinatura
.
4º dia de júri: Defesa aponta braço-direito da vítima como "verdadeiro suspeito"
3º dia de júri: 'Eu acredito nele', declara irmão de Gil Rugai
2º dia de júri: Promotor do caso Rugai espera 'ansioso' relação entre vídeo e homicídios
1º dia de julgamento: Acusação minimiza lapso em vídeo que 'trocou os pés' de Gil Rugai
O crime
De acordo com o Ministério Público, Gil Rugai, então com 21 anos, teria
aproveitado o silêncio da noite do dia 28 de março para se aproximar da
casa dos pais, na rua Atibaia, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, e
arrombar uma das portas a pontapés. Empunhando uma pistola calibre 380,
o jovem matou o casal: Alessandra levou seis tiros e Luiz Carlos foi
morto depois de receber cinco tiros nas costas
Promotoria e Polícia Civil afirmam que as provas colhidas
durante o processo colocam o estudante na cena do crime. Em vão, a
defesa tentou provar que o acusado era inocente e que trabalhava na hora
do crime.
Antes da decisão desta sexta-feira, a disputa judicial
que durou nove anos e já prendeu e soltou Rugai duas vezes, colocou sob
suspeita um juiz e uma promotora e gerou uma série de provocações entre
defesa e Ministério Público.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2013-02-22/gil-rugai-e-condenado-pelas-mortes-do-pai-e-da-madrasta.html