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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Águia, gavião e falcão: qual é a diferente entre essas aves?

Desde tempos antigos, as águias, gaviões e falcões têm cativado a imaginação das pessoas com sua majestade e habilidades de caça. Essas aves de rapina, conhecidas como os "senhores dos céus", são admiradas por sua força, velocidade e adaptabilidade em uma variedade de habitats ao redor do mundo. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre as diferenças entre esses magníficos predadores.

Águias

Águia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Águia-de-cabeça-branca. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

As águias se destacam como os maiores raptores, reconhecidas por suas envergaduras imponentes, garras poderosas e corpos robustos. Possuem cabeças grandes com bicos curvos adaptados para arrancar carne de presas maiores. Exibem uma plumagem escura ou marrom, com destaque para o branco na cabeça e no pescoço em várias espécies.

Elas podem alcançar envergaduras que ultrapassam os 2 metros e pesos de até 7 kg. Em termos de velocidade, algumas espécies, como a águia-real, podem voar a até 145 km/h em voo normal e ainda mais rápido durante um mergulho. Preferem habitats abertos e selvagens, construindo grandes ninhos em árvores altas ou falésias. São monogâmicas e retornam aos mesmos locais de nidificação.

Gaviões

Gavião-de-cauda-vermelha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Gavião-de-cauda-vermelha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os gaviões são ágeis caçadores, de porte menor em comparação com as águias, com asas e caudas proporcionais ao seu tamanho. Podem medir entre 40 e 50 centímetros de comprimento, com uma envergadura que pode alcançar até um metro e peso que varia entre 300 gramas e 1,5 kg, dependendo da espécie.

Em termos de velocidade, alguns gaviões, como o gavião-de-cauda-vermelha, podem voar a até 193 km/h em mergulhos rápidos para capturar presas. Adaptam-se a uma ampla gama de ambientes, desde florestas até áreas urbanas, construindo ninhos em diferentes locais, como árvores altas, arbustos densos ou no chão. São monogâmicos e cuidam dos filhotes até que sejam independentes.

Falcões

Falcão-peregrino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Falcão-peregrino. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os falcões destacam-se pela sua aerodinâmica e habilidade na caça em pleno voo, com asas longas e pontiagudas facilitando voos velozes e mergulhos precisos. Podem medir entre 30 e 50 centímetros de comprimento, com envergadura de até 1 metro e peso entre 100 gramas e 1 kg, dependendo da espécie.

Os falcões são reconhecidos por sua velocidade, com o falcão-peregrino sendo o mais rápido de todas as aves, atingindo velocidades de mergulho que ultrapassam os 300 km/h. Progridem bem em ambientes abertos e alguns adaptam-se a áreas urbanas, fazendo ninhos simples em rochas ou estruturas elevadas. 

Ao entender as diferenças entre essas aves poderosas, podemos não apenas apreciar melhor sua beleza e importância ecológica, mas também fortalecer nossa conexão com a incrível diversidade da vida selvagem. Que a presença majestosa das águias, a agilidade dos gaviões e a velocidade dos falcões continuem a inspirar e encantar aqueles que observam o reino das aves de rapina nos céus. 

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/aguia-gaviao-e-falcao-qual-e-a-diferente-entre-essas-aves

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Ming: o molusco gigante que viveu mais de 5 séculos

No fundo do oceano, em um lugar remoto ao largo da costa da Islândia, uma descoberta incrível foi feita em 2006: um molusco-quahog gigante, conhecido cientificamente como Arctica islandica, foi trazido à superfície. Mas este não era um quahog comum, era um ancião marinho, um sobrevivente dos séculos, que poderia muito bem ser um professor de história. 

Batizado de Ming — em homenagem à dinastia chinesa Ming, já que o molusco havia nascido enquanto a dinastia atuava —, este quahog-oceânico se tornou uma lenda científica, revelando segredos que vão da ciência do envelhecimento às mudanças climáticas. Como isso é possível?

Ancião das profundezas

Ming, o molusco gigante. (Fonte: Science Nordic, Bangor University / Divulgação)
Ming, o molusco gigante. (Fonte: Science Nordic, Bangor University / Divulgação)

Ming não era um molusco qualquer. Sua idade, inicialmente estimada em 405 anos e posteriormente corrigida para impressionantes 507 anos, transformou o pacato quahog no molusco mais antigo já documentado. 

Ao que as medições por carbono-14 apontaram, nosso ancião nasceu por volta de 1499, ou seja, foi contemporâneo de figuras históricas como Colombo, Leonardo da Vinci e Pedro Álvares Cabral. Além disso, atravessou grandes momentos da humanidade, testemunhando o Renascimento, a Reforma Protestante e a Revolução Russa.

Nesse cenário, a pergunta que fica é: como um molusco pode viver tanto tempo? A resposta está em sua biologia única.

Ao que indicam os especialistas, são três fatores que contribuem para a longevidade da espécie: o baixo consumo de oxigênio, o metabolismo lento e uma incrível capacidade de manutenção celular ao longo dos anos. Com esses mecanismos, a vida útil do quahog-oceânico tende a ser maior, principalmente por viver como se fosse em câmera lenta. 

Morte trágica

De todos os trágicos eventos ocorridos no planeta e dos perigos marinhos enfrentados, Ming não sobreviveu ao maior terror da Terra: o ser humano

Arrancado de seu habitat natural durante uma expedição científica, ele não sobreviveu à jornada para a superfície. Congelado acidentalmente a bordo do navio, Ming se tornou uma vítima involuntária da busca pelo conhecimento. 

Sua morte gerou controvérsias, com alguns condenando os cientistas como "assassinos de moluscos", enquanto outros reconheciam o valor de seu sacrifício para a ciência.

Legado científico

Cada anel que surge na concha é um ano de vida do animal. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Cada anel que surge na concha é um ano de vida do animal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Apesar da tragédia de sua morte, o legado de Ming vive através da ciência. Os estudos feitos a partir do molusco forneceram informações importantes sobre o envelhecimento biológico, as mudanças nos oceanos e até mesmo as complexidades do clima global. 

A idade do quahog-oceânico está impressa em sua concha, pois os cientistas afirmam que os anéis que se formam na estrutura representam o tempo de existência do molusco. Para cada ano que passa, um anel é criado — mecanismo semelhante ao que acontece com os anéis das árvores.  

Esses "anéis de crescimento" funcionam como uma espécie de cápsula do tempo, não só revelando a idade do animal, mas também fornecendo informações valiosas sobre as condições ambientais ao longo dos séculos. 

Eles podem, por exemplo, ajudar-nos a identificar a temperatura do oceano em períodos específicos, o que abre portas para entendermos melhor como que as variações térmicas das águas impactam o clima.

Os pesquisadores indicam também que Ming pode não ser único. Especula-se que outros quahogs oceânicos ainda mais antigos possam estar escondidos nas profundezas do mar, guardando segredos ainda maiores.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/ming-o-molusco-gigante-que-viveu-mais-de-5-seculos

terça-feira, 14 de maio de 2024

Chocolate rosa: o que aconteceu com a "maior inovação dessa indústria desde o chocolate branco"?

O chocolate rosa é mais do que uma simples novidade na indústria de chocolates. Desde o seu lançamento, essa iguaria tem despertado curiosidade e entusiasmo, transformando a paisagem dos doces com sua cor rosa distinta e sabor frutado. Conheça mais sobre sua origem e a rápida ascensão como um dos tipos mais cobiçados de chocolate.

Complexidade de sabor

O chocolate rosa é feito a partir de grãos de cacau rubi. (Fonte: Getty Images / Reprodução)




Também conhecido como chocolate rubi, ele é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento pela Barry Callebaut, uma das maiores processadoras de cacau do mundo. Lançada em 2017, essa variedade é feita a partir de grãos de cacau rubi, cuidadosamente selecionados por suas características únicas que conferem ao chocolate sua cor e sabor distintos.

Uma das características mais marcantes do chocolate rosa é seu sabor levemente agridoce, que lembra frutas como framboesa ou cranberry. Diferente dos tradicionais chocolates amargo, ao leite e branco, o rosa tem uma acidez natural que complementa sua doçura, criando uma combinação irresistível.

Além disso, ele tem uma textura cremosa e uma coloração que o torna esteticamente atrativo, tornando-o popular não apenas pelo sabor, mas também pela experiência visual que oferece aos consumidores. Sua versatilidade na culinária e confeitaria tem inspirado uma série de novos produtos e criações artísticas, impulsionando sua presença no mercado global de doces.

Expansão global

O chocolate rosa está disponível em lojas especializadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)



Após seu lançamento e sucesso inicial, o chocolate rosa continuou a expandir sua presença global e conquistou rapidamente o mercado internacional. Grandes marcas incluíram esse item em suas linhas de produtos, como Kit Kat, Häagen Dazs e Starbucks. Assim, ele se tornou presente em muitas prateleiras e menus ao redor do mundo. Sua popularidade está bastante ligada à tendência "rosa millennial", que influenciou fortemente as preferências de consumo na década de 2010.

Embora ainda seja considerado uma novidade em muitos mercados, a iguaria está disponível em lojas especializadas de chocolates, butiques de confeitaria e algumas grandes cadeias de varejo em várias partes do mundo. Sua presença no mercado reflete a demanda dos consumidores por experiências gastronômicas exclusivas e pela busca por novas variedades de chocolates.

Além disso, ele se tornou um destaque em eventos gastronômicos e festivais de chocolates, onde chefs e chocolatiers renomados o utilizam em criações inspiradoras. A disponibilidade do chocolate rosa é frequentemente associada a tendências de consumo e à busca por sabores inovadores, especialmente entre os consumidores mais jovens e influenciados pelas mídias sociais.

O interesse do público e a demanda crescente por essa novidade gastronômica continuam a impulsionar a inovação na indústria de chocolates. À medida que mais empresas exploram o potencial do chocolate rosa em suas criações, a expectativa é que ele permaneça relevante e emocionante para os consumidores em todo o mundo.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/chocolate-rosa-o-que-aconteceu-com-a-maior-inovacao-dessa-industria-desde-o-chocolate-branco

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

4 SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS USADAS POR NOSSOS ANCESTRAIS

Os seres humanos sempre procuraram por maneiras de alterar seu estado mental, seja para relaxar ou simplesmente para ter sensações novas. E, muitas vezes, foi na própria natureza que eles encontraram as ferramentas para conseguir fazer isso. 

Ao longo da história, houve uma série de substâncias que já foram experimentadas por seu potencial alucinógeno. Confira a seguir quatro desses casos.

1. Cravagem

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Cravagem é o nome em português dado para ergot, que, no francês, significa “esporão”. Trata-se de uma doença causada por fungos e que acomete certas gramíneas, provocando o apodrecimento da espiga antes que chegue à maturação.

Quando consumida por humanos, a cravagem transmite uma doença chamada ergotismo, que pode ser fatal. Os sintomas incluem alucinações, delírios, espasmos musculares e convulsões.

Há indícios históricos que sugerem que, na Grécia antiga, durante os rituais de iniciação dos mistérios de Elêusis, dedicados às deusas agrícolas Deméter e Perséfone, as pessoas consumiam uma bebida contendo centeio infectado. Já na Revolução Francesa, a cravagem pode ter a ver com o episódio conhecido como Grande Medo, quando os camponeses ficaram aterrorizados pela possibilidade de que suas colheitas fossem roubadas e se revoltaram contra os seus senhores.

2. Castanheiro-do-diabo

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O castanheiro-do-diabo (também chamado de espinheiro) é uma erva daninha que chamou a atenção em 2022, quando contaminou grandes lotes de espinafre na Austrália. As pessoas que comeram o vegetal infectado descreveram depois ter tido alucinações, visão turva e cólicas abdominais.

Assim como a cravagem, o castanheiro-do-diabo possui alcaloides. Alguns deles são tóxicos e podem bloquear neurotransmissores, afetando o sistema nervoso e provocando delírios, inquietação e confusão.

No século XVI, uma unidade de soldados britânicos na Virginia teria experimentado uma grande alucinação coletiva ao compartilhar uma refeição contendo essa planta. Eles se despiram e, supostamente, começaram a se beijar. Foi a partir de então que a erva ganhou a associação com o diabo.

3. Noz-moscada

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A noz-moscada é uma especiaria comercializada e consumida em receitas pelo mundo todo, inclusive no Brasil. E ela já foi considerada uma das mais valiosas o mundo. Tanto que a Companhia Holandesa das Índias Orientais escravizou as populações das ilhas onde ela crescia, punindo com morte quem resolvesse plantá-la em outro lugar.

Ela sempre foi muito cobiçada, pois se acreditava que ela tinha poderes medicinais. Na Idade Média, achava-se que ela seria capaz de afastar a peste bubônica. Mas, além disso, a noz-moscada tem miristicina, composto que pode alterar a mente e provocar alucinações. Ainda hoje há quem tente consumi-la em grandes quantidades para obter esse efeito.

4. Sálvia

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A sálvia é uma plantinha mexicana bastante conhecida aqui no Brasil. Só que, em sua "casa" original, ela tem caráter sagrado e é empregada no tratamento de pessoas com vícios em drogas. A crença ancestral é de que a sálvia seria capaz de curar os seres humanos de vários malefícios, caso consumida da forma correta.

O povo mazateca do sul do México costuma preparar rituais em que os pacientes entram em uma dieta rigorosa e se abstêm de sexo, álcool e alguns alimentos, antes de começar a consumir a sálvia. Supostamente, isso provocaria a limpeza do organismo. 

Recentemente, a ciência começou a comprovar que há algum fundamento nessa ideia: a sálvia é capaz de alterar o nível de dopamina no cérebro, ajudando no tratamento para sair do vício em cocaína, por exemplo, já que a pessoa passaria a se sentir "desligada" do seu corpo, diminuindo seu sofrimento.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127656-4-substancias-alucinogenas-usadas-por-nossos-ancestrais.htm

domingo, 21 de janeiro de 2024

VOCÊ SABIA QUE OS COPOS DECORADOS CONTÊM ALTOS NÍVEIS DE CÁDMIO E CHUMBO?

Praticamente todo brasileiro já teve em casa um daqueles copos enfeitados com um desenho, seja de requeijão, goiabada ou qualquer outro tipo.

E caso você ainda guarde um deles no seu armário, é bom ter cuidado, pois eles podem ser tóxicos à saúde, com altos níveis de cádmio e chumbo em sua composição. Essa informação foi divulgada pelo pesquisador Dr. Andrew Turner, da Universidade de Plymouth, do Reino Unido.

Perigo ao alcance da boca

Caso tenha algum copo decorado, é bom deixá-lo apenas como objeto decorativo. (Fonte: Helissa Grundemann/Shutterstock/Reprodução)Caso tenha algum copo decorado, é bom deixá-lo apenas como objeto decorativo. (Fonte: Helissa Grundemann/Shutterstock/Reprodução)

Durante o seu estudo, Turner realizou 197 testes em um total de 72 produtos de vidro, tanto novos quanto de segunda mão. A leva incluia modelos variados de copos, taças de cerveja e jarras.

Nos experimentos, o pesquisador identificou a presença de chumbo em 139 objetos analisados, enquanto o cádmio estava em 134. Esse material não foi encontrado apenas nas superfícies dos vidros, mas também nas bordas em que os lábios tocam. Essa área, inclusive, com uma concentração até 1000 vezes acima do nível de segurança.

Para o pesquisador, provavelmente o que acontece é que os flocos de tinta acabam se soltando durante o uso, fazendo com que tais substâncias sejam ingeridas no dia a dia. "A presença de elementos perigosos na pintura e no esmalte de vidro decorado tem implicações óbvias tanto para a saúde humana como para o meio ambiente. Por isso, foi uma verdadeira surpresa encontrar níveis tão elevados de chumbo e cádmio, tanto na parte externa do vidro como em torno da borda", comentou Turner. 

"Existem riscos genuínos para a saúde pela ingestão de tais níveis das substâncias durante um período prolongado, então este é claramente um problema que a indústria internacional de produtos de vidro precisa resolver com urgência", avaliou o pesquisador.

O problema está nas tintas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Apesar de serem bem nostálgicos e belos enfeites de decoração, o principal perigo dos objetos de vidro decorados está na composição das tintas. No caso do chumbo, ele é encontrado em praticamente todas as cores, enquanto o cádmio está mais presente no esmalte vermelho.

Um dado importante é que as concentrações de chumbo variaram entre cerca de 40 a 400.000 partes por milhão (ppm), enquanto as quantidades de cádmio variaram entre 300 a 70.000 ppm. Para comparação, o Escritório Norte-Americano de Avaliação de Riscos Ambientais à Saúde indica que os limites para a área dos lábios de vidros decorados são de 200 ppm para o chumbo e 800 ppm para o cádmio.

"Dado que alternativas mais seguras estão disponíveis para a indústria, os resultados globais deste estudo são surpreendentes e preocupantes," acrescentou o Dr. Turner.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128488-voce-sabia-que-os-copos-decorados-contem-altos-niveis-de-cadmio-e-chumbo.htm