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"Pacientes esquecidos
Vivemos em um mundo em que as pessoas deixam os seus pais em hospitais, e não ligam para saber como vai, é triste ler essa reportagem e não fazer nada por esses pacientes que praticamente vivem nesses lugares, pelo o menos é cuidado, a reportagem foi muito feliz levando aos seus leitores esta questão do abandono.
Eduardo José Castro dos Santos, Inhambupe BA"
Veja parte da reportagem abaixo
Hospitais viram a casa de pacientes sem vínculo familiar
Os quatro principais hospitais públicos situados em Salvador – Roberto Santos, Geral do Estado, Ernesto Simões e Subúrbio – tinham, em conjunto, até a última sexta-feira, 14 pacientes internados que não têm registro ou referência familiar. Situação similar ocorre no Centro Médico Social Augusto Lopes Pontes (CMSALP) das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).
Com 140 leitos para pacientes em situação de risco de saúde e social,
eles estão com 18 que não possuem referência familiar ou foram
abandonados. Raimundo Félix, por exemplo, mora há 30 anos numa outra
unidade da instituição – o Centro de Reabilitação e Prevenção de
Deficiências (CRPD).
Não há dados gerais sobre a situação em Salvador e a Secretaria da
Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que precisaria de pelo menos
uma semana para fazer levantamento em todas as suas 46 unidades
hospitalares.
A coordenadora do Serviço Social do Hospital Roberto Santos, Nazarela
Guimarães, afirma que a maior parte dos pacientes nestas condições
perdeu os laços familiares antes mesmo da doença e que são poucos os
casos de familiares que os levam e depois abandonam. “Se percebemos
possibilidade de abandono, pegamos com os acompanhantes os contatos e
endereço. Se levam muito tempo sem visitar um paciente, logo entramos em
contato”.
O pior, entretanto, ocorre com moradores de rua, que são levados,
geralmente, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou por
populares. “Chegam sem documentos. Em alguns casos, nunca tiraram
documentos, e não temos referência de onde vieram”, diz Nazarela.
Quando dizem um nome, é feita uma investigação com o Instituto Pedro
Mello para confirmar a identidade por meio de reconhecimento de
digitais. Nazarela Guimarães sugere que tanto o Samu quanto pessoas que
levem moradores em situação de rua aos hospitais informem o local onde
eles costumavam ficar.
“Com esta informação, podemos fazer uma investigação e tentar
levantar mais dados do paciente”, argumentou. Ela explica que moradores
de rua geralmente ficam em perímetros limitados e que são conhecidos por
pessoas das regiões por onde perambulam.
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