quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Presidenciáveis distorcem dados sobre a privatização da telefonia


Dilma Rousseff e José Serra distorceram informações sobre a privatização da telefonia, levada a cabo em julho de 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Ao dizer que a expansão dos telefones no país é fruto do crescimento da renda da população e não da privatização, Dilma ignorou que as estatais não conseguiam atender a demanda e que 18,5 milhões de pessoas estavam esperavam para comprar telefone.

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As estatais estavam amarradas ao Orçamento da União e não tinham autonomia para investir o volume de dinheiro necessário.

Em 96, a Telebrás teve lucro recorde de R$ 3,3 bilhões, e, ainda assim, foi obrigada a cortar R$ 1,5 bilhão de seu orçamento, em 97, porque o governo precisava gerar superavit nas contas públicas.

O candidato tucano, por sua vez, exagera ao dizer que, sem a privatização, o Brasil seria o país do orelhão, e que ninguém teria acesso a telefone celular.

Antes da privatização, uma emenda constitucional derrubou o monopólio da telefonia e empresas privadas passaram a oferecer o serviço celular, a partir de 1997, em competição com as estatais.

Ou seja, ainda que o governo tivesse mantido a Telebrás estatal, haveria no Brasil o celular privado.

RENDA

Dilma disse que o pobre passou a ter telefone, porque passou a ter renda no governo petista. A história e os dados oficiais do setor mostram que é uma meia verdade.

No período estatal, cerca de 250 mil famílias da Grande São Paulo recorriam a sistemas de telefone clandestinos, porque a antiga Telesp não conseguia expandir na velocidade necessária.

À época, cada grupo de dez famílias compartilhava uma linha, que era alugada no mercado paralelo. A escassez do serviço alimentava um mercado especulativo, que desapareceu à medida que as empresas privatizadas expandiram a oferta.

A principal razão para o crescimento da rede de telefonia fixa foi o sistema de metas de universalização, imposto nos contratos de concessão. As empresas privatizadas tiveram um plano inicial de metas de expansão e de qualidade por cinco anos.

De 1998 até agora, foram investidos R$ 180 bilhões no setor. A telefonia fixa cresceu de 20 milhões para 38,8 milhões de linhas nos quatro anos após a privatização.

Na gestão Lula, a quantidade de telefones públicos encolheu, contradizendo a ironia de Serra de que o Brasil do PT é o país do orelhão.

Lula encontrou 1,4 milhão de orelhões instalados ao assumir e deixará 1,1 milhão. A diminuição também se deu por conta da proliferação dos celulares.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/817467-presidenciaveis-distorcem-dados-sobre-a-privatizacao-da-telefonia.shtml

Fiador deixa de ser exigido em contratos do Fies para alunos de licenciatura ou com baixa renda


O MEC anunciou nesta nesta quarta-feira (20) a regulamentação do fundo garantidor do Fies (Financiamento Estudantil). A partir de agora, alunos de baixa renda não precisarão mais ter fiador na hora de pedir o crédito.

A medida vale para quem possuir renda familiar mensal per capita de um salário mínimo e meio ou estiver matriculado em um curso de licenciatura. Também podem dispensar o fiador bolsistas parciais do Prouni (Programa Universidade para Todos) que assinem contrato a partir de agora para financiar o resto da mensalidade. Contratos antigos que já têm fiador não poderão entrar no fundo garantidor.

Para que o estudante tenha acesso ao financiamento, será preciso que a instituição de ensino tenha aderido ao fundo. Essa adesão é voluntária, já que o dinheiro da garantia virá das próprias faculdades e de recursos do Tesouro Nacional. A adesão das faculdades começa nesta quarta.

A opção pelo uso ou não do fiador será feita no momento do pedido do financiamento.

Programa

As inscrições podem ser feitas em qualquer época do ano pelo site do programa. Os alunos podem solicitar o benefício em qualquer época do ano, com financiamentos de 50%, 75% ou 100% do valor da mensalidade.

Os candidatos que têm 60% ou mais da renda familiar mensal bruta per capita comprometida com a mensalidade podem pedir financiamento de 100%. Estudantes com comprometimento de renda igual ou superior a 40% e inferior a 60% podem pedir financiamento de 75%. Já alunos com comprometimento de renda igual ou superior a 20% e inferior a 40% podem financiar 50% da mensalidade.

Estudantes matriculados em curso de licenciatura ou com bolsa parcial do Prouni (Programa Universidade para Todos) poderão financiar até 100% do valor a ser pago.

A partir do primeiro semestre de 2011, será exigida a participação no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para pedir o financiamento.

Fonte: UOL

Cabeleireiras nuas deixam clientes de cabelo em pé


Se o seu marido, de repente, começar a cortar o cabelo três vezes por semana, desconfie.

Ele pode dar a desculpa de que está cansado de ser descabelado por aquele tiozinho velho de bigode, que há anos corta o cabelo da família.

Mas, graças a um salão da Austrália, agora a "coisa é mais embaixo".

Segundo o jornal Metro, todas as cabeleireiras do novo salão não usam nenhuma roupa acima da cintura - exatamente, topless.

O polonês Wojtek Wasilewski, de 26 anos, criador do serviço, levou um ano e meio para achar suas quatro profissionais.

- Eu queria fazer o salão parecer um "clube de cavalheiros". Tá bombando. O telefone não para de tocar. Não estou surpreso. Elas são maravilhosas.

O preço não foi divulgado, mas deve fazer os clientes saírem duros de lá.

Fonte: http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/cabeleireiras-peladas-dao-trato-na-cabeca-de-cima-do-cliente-20101019.html

Concurso Público dos Correios é cancelado mais uma vez


Prova deve ser aplicada no dia 28 de novembro conforme o previsto, diz Cesgranrio

Segundo determinação da 5ª Vara da Justiça Federal de Brasília, o contrato com a organizadora do concurso dos Correios foi suspenso. O comunicado, com a decisão do juiz federal substituto Paulo Ricardo de Souza Cruz, foi publicado no site da empresa na última segunda-feira (18) e não diz o motivo da suspensão.

A assessoria de imprensa da Cesgranrio, empresa contratada para organização do processo seletivo, diz que até o momento não recebeu nenhum comunicado oficial e nega alteração no cronograma previsto. Com a prova marcada para o dia 28 de novembro, o concurso será aplicado em 500 cidades do país para cerca de 1 milhão de inscritos.

Na nota publicada na internet, os Correios afirmam estar “tomando todas as providências cabíveis com o objetivo de garantir a continuidade do processo”. Procurada pela reportagem do R7, a assessoria dos Correios afirmou que a empresa entrará com recurso para recorrer da decisão da Justiça ainda nesta terça-feira (19). Também disse que o cronograma do concurso "por enquanto" não será alterado.

Cargos e salários

Mais de 1 milhão de pessoas se candidataram às 6.565 oportunidades de nível médio e superior com salários entre R$ 703 e R$ 3.731 dos Correios.

Das oportunidades oferecidas no concurso, 6.065 exigem apenas nível médio de escolaridade dos candidatos. A maior parte - 5.344 vagas - é para carteiro. Há ainda 200 chances para operador de triagem e 521 para atendente comercial. Todas as funções têm salário inicial de até R$ 706,48.

Já as vagas para candidatos com nível superior são para administrador, advogado, analista de desenvolvimento de sistemas, arquiteto, assistente social, engenheiro (civil, de produção, eletricista, eletrônico e mecânico), psicólogo, auxiliar de enfermagem, enfermeiro, engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho e técnico em segurança do trabalho. Para essas funções, a remuneração inicial é R$ 3.138,37.Para todos os funcionários são oferecidos benefícios como assistência médica e vale-alimentação.

Fonte: R7

LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

O Município de Inhambupe localiza-se na zona fisiográfi ca Litoral Norte do estado da Bahia, sendo integrante do chamado “Polígono das Secas”. Tem uma extensão territorial de 1.141km1, de acordo com o Mapa do Município, elaborado em setembro de 2005.
O acesso à sede municipal se dá pelas rodovias federais BR 324, BR 101 e BR 110, todas asfaltadas, sendo que esta última corta a cidade de Inhambupe no sentido Sul / Norte, seguindo em direção a Paulo Afonso, na divisa dos estados da Bahia e de Alagoas.

Fonte: Plano Diretor de Inhambupe 2006

OS 10 MAIORES MITOS SOBRE CERVEJA


  1. Cerveja normal ou light - As cervejas light têm em geral entre 90 a 100 calorias, contra as menos de 200 calorias das convencionais. Um amante de cerveja diz que a diferença é a mesma entre comparar um McDonalds com um Restaurante 5 estrelas. Os que buscam uma vida mais saudável e estão acostumados com dietéticos e light, dizem que a diferença é imperceptível. Portanto, a menos que você beba 300 cervejas por semana, opte por uma cerveja boa e convencional, nada de light.

  2. Quanto mais escura é a cerveja, mais álcool contém - Nem sempre. A cerveja Guinness, por exemplo, é preta, e tem 4,2% de álcool. A cor da cerveja vem do malte torrado, o que não representa nada no teor alcoólico. Já os demais componentes são responsáveis pelo álcool, mas não influenciam na cor.

  3. A cerveja fica com o gosto ruim se esquentar e gelar novamente - pode acontecer caso a cerveja passe pelo processo de gelar/descongelar por muitas vezes. Mas muitas pessoas acreditam que o gosto fica esquisito quando se gela uma cerveja que já foi gelada e voltou à temperatura normal. A cerveja pode estragar com o ar, a luz e o tempo. A temperatura não estragará sua cerveja a menos que seja extrema.

  4. As cervejas dos EUA têm menos álcool que as demais - Algumas pessoas notam uma diferença no rótulo, sobre o teor alcoólico das cervejas comercializadas nos EUA. Os americanos usam a média de álcool por peso, enquanto os demais países adotam o padrão de álcool por volume. Uma vez que a cerveja pesa menos que a água, as cervejas americanas apresentam números menores, mas não menos álcool.

  5. A cerveja Guinness servida na Irlanda é melhor - O processo de fabricação da cerveja é de baixo custo, então porque essas marcas arriscariam sua reputação ao fabricar cerveja diferente para exportação? Não faz muito sentido, e não é verdade. Com raras excessões, a cerveja exportada é exatamente igual à local. A única diferença é o frescor devido ao tempo gasto na exportação.

  6. A cerveja não deveria ser amarga - O amargo da cerveja vem de um componente (presente em todas cervejas) responsável pelos maltes doces e que age como conservante. Algumas cervejas têm mais (como a India Pale Ales) e outras têm menos, caso da Wheat Beer.

  7. As melhores cervejas estão nas garrafas verdes - as garrafas escuras (em geral marrons) protegem muito mais a cerveja da luz do que as claras (verdes ou transparentes). O mito surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, quando os europeus consumiam cervejas importadas que eram produzidas e envasilhadas em garrafas verdes devido à escassez local.

  8. As cervejas da Tailândia contêm formaldeído - Acredita-se que as cervejas fabricadas em Singha contêm na fórmula formaldeído. A explicação mais aceitável é que as cervejas fabricadas em Singha contêm muito mais álcool e são muito mais amargas. Quando soldados americanos ou ingleses bebiam na Tailândia, ficavam bêbados com maior facilidade e muito mais rápido do que costumavam, além de sentirem um amargo muito mais intenso. A explicação sugerida é que continha formaldeído em sua fórmula. Loucura.

  9. A cerveja Corona é urina mexicana - Durante a década de ‘80, surgiu um rumor de que trabalhadores da fábrica de cerveja Corona (bem popular nos EUA) estavam urinando nos tanques das cervejas destinadas aos EUA. Certamente seria, no mínimo, desagradável, se fosse verdade. Mas como todo mito, isso causou transtornos para a fábrica - sua popularidade foi diminuindo entre os consumidores de cerveja americanos e quem se beneficiou com isso foi a Heineken. Peraí, e onde a Heineken entra na história? Ela foi a responsável por espalhar o rumor (aconteceu um caso similar a este aqui no Brasil, envolvendo a Coca-Cola e a Dolly). O responsável da Heineken admitiu a concorrência desleal e a Corona teve sua popularidade em alta novamente. Mas esse rumor é espalhado até hoje por todo o país!

  10. Mulheres não gostam de cerveja - Quem será que inventou isso?! Algumas mulheres bebem muito mais do que homens. Há milhares de casos em que a mulher agüenta beber muito mais do que o homem.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Serra é entrevistado pelo JN


O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, foi entrevistado ao vivo nesta terça-feira (19) no Jornal Nacional pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes.

A candidata Dilma Rousseff (PT) foi entrevistada na segunda-feira (18). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio.

Veja ao lado a íntegra da entrevista em vídeo. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.

William Bonner: Boa noite, candidato.

José Serra: Boa noite, William. Boa noite, Fátima. Boa noite a quem está nos vendo e escutando.

William Bonner: Muito bem. Esta entrevista terá dez minutos com uma tolerância de um minuto e mais 30 segundos como mensagem do candidato aos seus eleitores. Essa tolerância é para evitar interrupções e para a conclusão do raciocínio do candidato, e o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, o senhor teve no primeiro turno um desempenho inferior ao que o seu colega Geraldo Alckmin conseguiu na eleição presidencial de 2006. Ele teve nove pontos percentuais a mais que o senhor obteve desta vez. A que o senhor atribui essa resposta dos eleitores a suas propostas?

José Serra: Olha, primeiro, os outros candidatos eram diferentes, inclusive não tinha uma terceira candidata, ou um terceiro candidato, tão forte quanto a Marina. E no primeiro turno, na verdade, os eleitores fazem uma aproximação pro voto, né, não é um julgamento definitivo. E de todo modo eu cheguei a ter 33 milhões de votos, a Marina 20, de maneira que isso representou a maioria da população brasileira, mostrando que na verdade o Brasil quer um segundo turno, né, porque segundo turno tem muito mais possibilidade, entre os dois mais votados, de ter conhecimento, de iluminar a cabeça e a mente para o dia da eleição.

Fátima Bernardes: Agora, esse segundo turno, ele está radicalizado. Uma mistura entre religião e política que normalmente não costuma dar certo em lugar nenhum. A sua campanha tem explorado posições do PT e da candidata do partido, por exemplo, em relação ao aborto. Essa mistura, política e religião, não deveria ser evitada?

José Serra: Olha, não fomos nós que levantamos, nem nós exploramos. Acontece o seguinte: a Dilma manifestou-se a favor do aborto. Deu uma entrevista que está, enfim, tem o vídeo. O PT no final do ano passado fez aquele programa nacional de direitos humanos que tornava transgressor, criminoso aquele que fosse contra o aborto. Então eles puseram a questão no ar.

Fátima Bernardes: Mas a sua campanha também, candidato.

José Serra: Eu sempre manifestei, eu sempre manifestei o seguinte: eu sou contra a liberação do aborto e nunca explorei isso do ponto de vista de que ela estaria errada por ser a favor do aborto. O que acontece é que ela afirmou uma coisa e depois afirmou o oposto. Nem reconhece que disse o oposto e numa campanha esses temas, Fátima, acabam sendo postos pela própria população.

Fátima Bernardes: Mas candidato...

José Serra: Nunca me passou pela cabeça transformar isso num centro de campanha.

Fátima Bernardes: Mas candidato, sua campanha tem mostrado, falado insistentemente em Deus, tem mostrado imagens de missas, de cultos religiosos. Questões como essas do aborto, até mesmo a união civil entre homossexuais, elas não deveriam receber um tratamento de políticas públicas e não uma abordagem do ponto de vista da religião? Isso não contribui assim para um retrocesso no debate político?

José Serra: Olha, eu insisto: quem introduziu esse ingrediente na campanha foi o PT e foi a Dilma. Como eu tenho uma posição contrária ao aborto eu sempre fui perguntado, e sempre disse isso.

Fátima Bernardes: Mas é um retrocesso, o senhor considera um retrocesso?

José Serra: Todas as campanhas que eu fiz, eu sempre visitei igrejas, né, eu sou católico, mas sempre visitei igrejas, inclusive igrejas cristãs, evangélicas. Sempre falo no meu linguajar cotidiano, porque está incorporado, eu sempre digo: 'se Deus quiser'. Eu sou uma pessoa religiosa. Não há nada forçado neste sentido. E, aliás, a candidata não fez outra coisa se não passar a freqüentar igrejas, coisa que habitualmente ela não fazia. Então isso dá um tipo de aquecimento que se transforma no que você falou. Agora o que eu quero dizer é que a base disso está no fato de que uma hora ela disse uma coisa e em outra hora ela diz o oposto. Aliás, não é o único caso que isso acontece.

Wiiliam Bonner: Candidato, na sua propaganda eleitoral o senhor tem mostrado obras grandes que realizou como governador em São Paulo: Rodoanel, a ampliação da Marginal do Tietê. Essas obras foram tocadas, em parte ou totalmente, pela Dersa, que é a empresa estadual que cuida disso. Quando o senhor era governador, o diretor da Dersa era Paulo de Souza, também conhecido como Paulo Preto por alguns. Paulo Preto foi acusado de ter arrecadado ilegalmente dinheiro para a campanha do PSDB e de ter ficado com esse dinheiro pra ele. O PSDB e o senhor já negaram essa afirmação, disseram que não houve essa arrecadação. Mas o fato é que antes de os senhores negarem isso, Paulo Preto, ao jornal “Folha de S.Paulo”, disse o seguinte: "Não se abandona um líder ferido na estrada”. O que que ele quis dizer com isso?

José Serra: Olha, William, antes dessa entrevista nós já tínhamos desmentido. Não houve desvio de dinheiro na minha campanha, que seria a vítima no caso. Ou seja: não houve ninguém que tivesse doado, o dinheiro não tivesse chegado, e a pessoa tivesse feito chegar a gente de que a contribuição não tinha chegado, porque ele tinha dado e não chegou. Isso não aconteceu.

William Bonner: Mas esta frase, esta frase: "não se abandona um líder ferido na estrada".

José Serra: Esta frase...

Wiiliam Bonner: Parece ameaça.

José Serra: Não, não. Porque sempre tem, dentro de um partido, gente que gosta de um, gente que não gosta de outro, mas o fato é que não houve o essencial que é o desvio de dinheiro da minha campanha, porque eu saberia. Em todo o caso, nós seríamos a vítima. Você percebe? Quer dizer, e aí não se trata, inclusive, nem de dinheiro do governo. É um dinheiro que foi contribuição para uma campanha. Eu desmenti isso há muito tempo. E o assunto volta posto, inclusive pelo PT, porque o que eles gostam de fazer? De vir com ataques esses às vezes meio incompreensíveis para nivelar todo mundo, como se os escândalos da Casa Civil, como se os escândalos desse senhor Cardeal agora na Eletrobras, como se tudo isso pudesse ser também reproduzido, o que não aconteceu do outro lado. Eu não tenho nenhum chefe da Casa Civil...

William Bonner: Sim, candidato.

José Serra: ...que ficou do meu lado que aprontou tudo que a Erenice aprontou. Braço direito da Dilma.

William Bonner: Sim, mas eu tenho de observar o seguinte: primeiro, Paulo de Souza tinha um cargo estratégico no seu governo. Era um cargo importante, de grandes obras. E teve uma filha dele, inclusive, contratada pelo senhor tanto na Prefeitura de São Paulo quanto no governo do estado em cargo de confiança. Quer dizer: essa relação sua com parentes, também de alguma maneira não configura aí um nepotismo dentro do governo?

José Serra: Veja, essa menina foi contratada, eu nem conhecia, não foi diretamente por mim, para trabalhar no cerimonial, que é, que faz recepções, que cuida de solenidades e tudo mais, entre muitas outras. Tinha um currículo, sabia dois idiomas, ou sabe dois idiomas, sempre trabalhou corretamente. Inclusive eu só vim a saber que era filho de um diretor de uma empresa muito tempo depois. Ela não está em nenhum cargo, nunca teve nenhuma acusação, nem nenhum cargo que tome decisões, faça lobby, pegue dinheiro, como no caso dos filhos da Erenice.

Fátima Bernardes: Candidato, no debate ainda no primeiro turno aqui na TV Globo, numa resposta à candidata Marina Silva, o senhor disse o seguinte: “Você e a Dilma têm muito mais coisas parecidas do que quaisquer outros candidatos aqui. Você estava no governo do mensalão, não saiu do governo, continuou lá, como ela”. Hoje, diante da necessidade de conquistar eleitores que votaram na então candidata Marina, o senhor se arrepende do que disse?

José Serra: Olha, eu quero completar como é que foi o assunto, porque a Marina estava dizendo que eu e a Dilma éramos parecidos, né? Não sei se ela acha isso no fundo da alma. Eu disse: “Não, nós não somos parecidos”. Agora, você não pode medir os outros pela sua régua. Se eu usasse a minha régua, eu poderia dizer: “Você e a Dilma têm semelhanças, porque ambas participaram de um governo do PT que tinha o mensalão e ambas não saíram do governo”. Isso não foi propriamente uma acusação. Isso foi mostrar como, se você começar a fazer comparação, você pode chegar a qualquer conclusão, né? Você pode dizer: fulano e sicrano torcem pro mesmo time, logo eu posso dizer que vocês são parecidos. Porque ela dizia que éramos parecidos por outros motivos, porque uma preocupação com obras, uma preocupação com propostas concretas, isso mais no meu caso, inclusive.

Fátima Bernardes: Mas não é uma forma muito fácil de atrair eleitores com uma declaração como essa?

José Serra: Mas eu posso te dizer o seguinte: eu gosto muito da Marina, é uma pessoa que eu admiro, e ela fez uma boa contribuição no Brasil para a democracia, ajudando a ter o segundo turno e aproximando gente que não participa habitualmente de eleição do processo eleitoral, coisa que fortalece a democracia. E agora, com muita alegria, eu estou recebendo o apoio de militantes do PV, como o Fernando Gaveira, Gabeira, o Fábio Feldmann, que foi candidato a governador em São Paulo, diretórios, parlamentares. Por quê? Porque eu tenho, na minha folha de serviços como prefeito e governador, uma ação ambiental muito avançada, inclusive fizemos a lei de mudanças climáticas do estado de São Paulo, considerada uma das três mais avançadas do mundo.

William Bonner: Candidato, com relação à economia. O senhor tem prometido aí coisas grandes, né? Salário mínimo de R$ 600, aumento de 10% para aposentados, 13º para o Bolsa-Família. Essas propostas não colocam em risco a estabilidade da economia, uma economia que todo mundo sabe que está com um crescimento de gastos públicos preocupante?

José Serra: Olha, William, eu fiz essas propostas porque eu acho que são fundamentais do ponto de vista social. Os aposentados ficam para trás, o salário mínimo ainda é pouco em relação às necessidades de consumo das pessoas e o Bolsa-Família é muito pequeno, dá menos de R$ 1.000 por ano. Então eu propus fazer o 13º do Bolsa-Família, programa que eu vou manter e afirmar, dar 10% para os aposentados, o dobro do que o governo quer, e fazer o mínimo em R$ 600. Isso tem um custo. Eu calculei aproximadamente, em números redondos, 1% do atual orçamento, 1% do orçamento previsto. Ora, é, tem subestimativa de receitas, ou seja: tem receitas, dinheiro que vai entrar para o governo no ano que vem, que está subestimado. Isso tem sido feito nos últimos anos no caso da Previdência. Tem também o efeito que as próprias medidas vão causar sobre a arrecadação, que é positivo. Mas corte de desperdícios, encolhimento de cargos de confiança, gente que não faz concurso, que está lá por apadrinhamento político. Com isso, nós vamos ser capaz de cobrir esse 1%. E, do ponto de vista do país, representa um grande salto social e uma medida de justiça, eu diria.

Fátima Bernardes: Mas candidato, se isso fosse assim possível, se a conta fosse viável do jeito que o senhor está falando, por que ela não foi feita agora? Quer dizer, por que ela não teria sido feita já? Acho que aumentar salário mínimo é o desejo de todo político.

José Serra: Sem dúvida.

Fátima Bernardes: Quer dizer, será que essa conta, esse ajuste, não é um pouco mais complicado?

José Serra: Porque eles têm outras prioridades. Por exemplo, estão desenvolvendo muitos e muitos subsídios a investimentos que provavelmente não são rentáveis, né? O governo hoje está distribuindo isso por todo canto. Muito desperdício, muito desvio de dinheiro público, Fátima.

William Bonner: Candidato.

José Serra: Muito desperdício. Nós vamos enxugar tudo isso para poder atender os mais necessitados.

William Bonner: Candidato, eu vou pedir, então, agora. Chegamos ao fim do tempo, eu vou pedir agora que o senhor se despeça dos eleitores com a sua mensagem em 30 segundos.

José Serra: Tá legal.

William Bonner: Por favor.

José Serra: Muito obrigado. Olha, eu, com a consciência tranquila, queria pedir a você, que está me vendo, o seu voto no dia 31 de outubro. Se você já vota em mim, conquista outro voto. Eu já disputei nove eleições, lutei bastante na vida. Disputei eleição, ganhei, de deputado, senador, fui ministro, eleito prefeito, eleito governador. Lutei bastante para isso e, como presidente, eu vou lutar muito para melhorar a saúde, a educação, a segurança e os problemas, e as questões sociais. Vamos juntos, de braços dados...

William Bonner: Obrigado, candidato.

José Serra: ... coração aberto, cabeça erguida, ganhar a eleição.

William Bonner: Seu tempo, candidato.

Fátima Bernardes: Muito obrigada, candidato, pela sua participação aqui pela segunda vez no Jornal Nacional.

José Serra: Eu que agradeço enormemente a vocês.

Fonte: http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/serra-e-entrevistado-pelo-jn.html

Inhambupe antigamente


Tabagismo passivo pode triplicar os riscos de câncer de mama, diz estudo


Mulheres que, constantemente, são expostas à fumaça do cigarro, mesmo que não fumem, têm três vezes mais chances de desenvolver câncer de mama do que as não fumantes que não convivem com o cigarro alheio, segundo estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública do México. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Lizbeth Lopez-Carrillo, cerca de 6 milhões de mexicanas com idades entre 12 e 65 anos que nunca fumaram são expostas ao tabagismo passivo. E isso aumenta seus riscos de ter câncer de mama.

Avaliando 504 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e o mesmo número de mulheres saudáveis da mesma idade, os pesquisadores notaram que aquelas que haviam sido expostas ao fumo passivo tinham três vezes mais chances de terem confirmação do câncer de mama, comparadas àquelas que não conviviam com o cigarro. E, entre as fumantes, o risco era ainda maior, mais apenas se as participantes tivessem começado a fumar entre a puberdade e o nascimento do primeiro filho.

“A exposição ao tabagismo ativo e ao passivo é um fator de risco modificável para câncer de mama”, disse a pesquisadora na Conferência da Associação Americana de Pesquisa do Câncer. “Reduzir não apenas o tabagismo ativo, mas também o fumo passivo irá prevenir novos casos de câncer de mama nessa população”, concluiu a especialista.

Fonte: http://blogboasaude.zip.net/arch2010-10-03_2010-10-09.html#2010_10-05_12_33_51-119648571-0

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dilma é entrevistada pelo JN


Candidata do PT foi a primeira de série de entrevistas do segundo turno.
José Serra, do PSDB, será ouvido nesta terça-feira.


A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, foi entrevistada ao vivo nesta segunda-feira (18) no Jornal Nacional pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes.

O candidato José Serra (PSDB) será entrevistado na terça-feira (19). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio.

Veja ao lado a íntegra da entrevista em vídeo. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.

Fátima Bernardes: Boa noite, candidata.

Dilma Rousseff: Boa noite, Fátima. Boa noite, Bonner. Boa noite você que nos acompanha.

Fátima Bernardes: A entrevista terá dez minutos com tolerância de um minuto para que a candidata conclua uma resposta sem ser interrompida e mais 30 segundos para a mensagem dela aos eleitores. O tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidata, a senhora liderou grande parte da campanha e esteve muito perto de vencer no primeiro turno. Como a senhora explicaria a decisão do eleitor de levar essa disputa pra um segundo turno?

Dilma Rousseff: Olha, Fátima, eu acho que o eleitor queria uma oportunidade a mais para poder refletir e para poder, cotejando as propostas, ter uma opção agora com mais clareza. Agora, a verdade é que nós, eu sou muito grata aos eleitores que votaram em mim, porque eu tive 47 milhões de votos e veja que coisa curiosa: eu acredito que eu seja a mulher mais, a segunda mulher mais votada da história do planeta, a primeira sendo a Indira Gandhi.

William Bonner: Candidata, quando terminou o primeiro turno, a senhora e alguns dos seus assessores, enfim, partidários do Partido dos Trabalhadores chegaram a dizer que aquela discussão, aquela polêmica sobe o aborto tinha motivado essa decisão do eleitor no fim do primeiro turno. Essa polêmica toda, essa discussão não teria se dado por causa de sua mudança de posição sobre a legislação referente ao aborto? Eu digo isso porque pessoalmente a senhora sempre se manifestou contrária ao aborto. O que a senhora fez em algumas entrevistas, na revista "Marie Claire", na "Folha de S.Paulo", foi dizer que era favorável à mudança da legislação, à legalização do aborto. Não teria sido mais natural num país tolerante como é o nosso que a senhora tivesse admitido publicamente essa mudança de opinião a respeito?

Dilma Rousseff: Veja bem, Bonner, eu acredito que nessa história do aborto houve muita confusão. Há uma diferença, Bonner, entre a posição individual minha como cidadã: eu sou contra o aborto. Sou contra o aborto porque eu acho uma violência contra a mulher, e não acredito que mulher alguma é a favor do aborto. Acho que as pessoas que recorrem ao aborto o fazem em situação-limite. O que é que acontece com o presidente da República? Ele não pode fingir que não existem milhares de mulheres, principalmente, até milhões, pelos dados até publicados pelo [jornal O] "Globo" são milhões de mulheres, três milhões e meio de mulheres que recorrem ao aborto. Nós não podemos fingir que essas mulheres não existem. E mais: não podemos fingir que essas mulheres, elas fazem isso em situações muito precárias, e provoca, recorrer ao aborto provoca risco de vida e em alguns casos a morte. Pois bem, a minha posição sempre foi a seguinte: você não pode colocar essas mulheres, prender essas mulheres. Não se trata de prender as mulheres, se trata de cuidar delas. Porque você não vai deixar três e meio milhões de mulheres ameaçadas a sua saúde. Então são duas posições diferentes. Quando a gente diz que o aborto não é um caso de polícia, no Brasil ele é um caso de saúde pública, o que que nós estamos falando? Nós estamos falando o seguinte: para prevenir para que não haja o aborto, primeira questão, nós temos que tratar a quantidade imensa de gestantes adolescentes que recorrem ao aborto ou porque têm medo da família, da família não aceitar, ou porque já não têm laços familiares efetivos que podem garantir a ela o apoio pra poder ter a criança.

William Bonner: Agora, na semana passada, a senhora divulgou um documento em que a senhora afirmou o compromisso de não propor nenhuma modificação na legislação. Algumas pessoas que defendem o aborto, né, como uma questão de saúde pública, como a senhora mesma já fez no passado, entenderam que esse seu compromisso seria um recuo, uma concessão, digamos assim, excessiva aos religiosos, que entra em contradição com algo que a senhora mesma defendeu. A senhora dizia: é uma questão de saúde pública e é um absurdo, a senhora disse isso para a “Folha de S.Paulo”, é um absurdo que não se legalize a questão. Daí a questão. A senhora não vê essa contradição?

Dilma Rousseff: Não, não vejo. Sabe por que, Bonner? Porque ninguém em sã consciência vai propor prender 3,5 milhões e meio de mulheres. Até porque tem um problema concreto, prático. Eu não concordo com a mudança na legislação. A legislação prevê aborto em dois casos. Prevê no caso de estupro e de risco de vida pra mulher. Então há, necessariamente, uma forma de a gente conduzir isso sem alteração. E acredito que um processo de alteração, por exemplo, por plebiscito, seria muito ruim. Porque dividiria o Brasil de ponta a ponta. Não levaria a uma forma de, eu diria, de acordo e de consenso. Pelo contrário: os países que fizeram isso tiveram péssimas experiências. Então eu fiz uma carta que é uma carta a todos os religiosos, mas é uma carta pública ao povo brasileiro no sentido de que acredito que a legislação.

Fátima Bernardes: Pode ser mantida...

Dilma Rousseff: Pode ser mantida, e não é necessário alterar os termos da legislação.

Fátima Bernardes: Candidata, os institutos de pesquisa atribuíram não a essa questão do aborto, mas ao escândalo da sua ex-assessora Erenice Guerra, essa ida pro segundo turno, ao escândalo envolvendo contratação de familiares, de parentes, e tráfico de influência. A senhora chegou a dizer num primeiro momento que essas denúncias eram factóides, depois a senhora mesma reconheceu que sua ex-assessora errou e que o seu partido investiga os erros. Agora a questão que surge é a seguinte: como é que isso aconteceu num ministério que a senhora comandou, a Casa Civil, e que garantias a senhora oferece ao eleitor de que isso não venha a se repetir no caso de a senhora ser eleita?

Dilma Rousseff: Olha, Fátima, a gente tem de ser muito claro com o eleitor e não tentar enganá-lo. Erros e pessoas que erram acontecem em todos os governos. O que diferencia um governo de qualquer outro governo é a atitude desse governo em relação ao erro. A nossa atitude é: nós investigamos e punimos. Por exemplo, no caso da Erenice: eu não concordo com a contratação de parentes e amigos. Sempre fui contrária ao nepotismo. Jamais deixei que se praticasse.

Fátima Bernardes: Mas ele aconteceu.

Dilma Rousseff: Sempre pode acontecer. As pessoas podem errar em vários momentos. Não tem como você saber que a pessoa vai errar ou não a priori. O que você tem de garantir é que haja punição. Por exemplo, eu vou te dar um exemplo.

Fátima Bernardes: A senhora acha que houve alguma falha, por exemplo, na estrutura montada pela senhora na Casa Civil para que esse erro pudesse acontecer?

Dilma Rousseff: Veja bem, ninguém controla o governo inteiro. O que você tem de ter garantia, vou repetir, é que havendo o mal feito, você investigue e pune. Nós estamos, nós estamos claramente, já 16 pessoas depuseram no caso da Erenice e a polícia está investigando se houve ou não houve tráfico de influência. Quanto à nomeação de parentes, foram todos, os que estavam ainda no governo, porque a grande maioria não estava, foram demitidos. Veja você, há uma diferença entre nós e o meu adversário. O meu adversário tem uma acusação gravíssima, que é o caso Paulo Vieira de Souza. O Paulo Vieira de Souza está investigado na operação da Polícia Federal chamada Castelo de Areia por propina, porque ele era diretor do equivalente aqui no Rio ao departamento de estradas, e ele cuidava das mais importantes obras do governo do estado de São Paulo. Até agora não houve uma investigação e não houve nenhum processo, pelo contrário: há uma diferença entre quem investiga e pune e quem acoberta e não pune, quem acoberta e cria uma coisa que se chama impunidade, porque a gente tem de perceber isso. Um governo é como uma empresa: ninguém sabe absolutamente de tudo o que acontece na empresa, mas o que que você tem de ter? Você tem de ter mecanismos para, havendo conhecimento daquela atividade, eu quero te dizer: no meu governo, eu serei implacável tanto com essa questão de nepotismo, né, que é a contratação de parentes, quanto com tráfico de influência ou conhecimento de qualquer mal feito relacionado à propina ou outras variantes disso.

William Bonner: Me permita fazer uma questão agora sobre a campanha eleitoral. Nesse segundo turno, o ex-deputado Ciro Gomes se juntou a sua equipe para coordenar a sua campanha na eleição. É curioso, porque há seis meses, o candidato Ciro... o então... o ex-deputado Ciro Gomes chegou a dizer que o seu adversário, candidato José Serra, do PSDB, é mais preparado do que a senhora para ser presidente da República. Sobre o PMDB, que é o partido do seu candidato a vice, Michel Temer, ele disse que era um ajuntamento de assaltantes, palavras dele, e sobre o próprio Michel Temer, o seu candidato a vice, ele chegou a dizer que era o chefe dessa turma. A minha pergunta é a seguinte, candidata: foi a sua equipe que pediu ajuda a Ciro Gomes ou foi ele que ofereceu ajuda a sua campanha?

Dilma Rousseff: Veja bem, eu tenho uma relação muito longa, de há muito tempo com o deputado Ciro Gomes. Nós participamos do mesmo governo e eu sempre disse em todo esse processo que eu respeitava, tinha uma excelente relação com ele e entendia, inclusive, que naquele momento ele estivesse magoado pela circunstância que levou ele a não ser candidato. E eu vou ter sempre, eu sei como é que é a forma pela qual e o temperamento do deputado Ciro Gomes. Ele nos procurou e nós...

William Bonner: Foi ele que procurou? Aí a senhora...

Dilma Rousseff: ... aceitamos prontamente. Por quê? Porque o deputado Ciro Gomes, eu convidei para ir a minha casa, inclusive a jantar. Eu já não lembro se foi janta ou se foi o almoço. Por quê? Porque eu tenho uma relação pessoal, mas nesse momento ele não me apoiou formalmente.

William Bonner: Certo.

Dilma Rousseff: Ele foi me apoiar depois, agora, no primeiro turno, a partir do fato que ele foi coordenador da campanha do Cid e que o governador Cid, também pelas nossas relações, me apoiava.

William Bonner: Não, é só porque, para concluir, a senhora tem direito a 30 segundos para se despedir de seus eleitores.

Dilma Rousseff: Ah, já estamos no fim?

William Bonner: Já terminou, já foi aquele minutinho de tolerância.

Dilma Rousseff: Primeiro eu queria agradecer muito ao acompanhamento dos ouvintes e fazer um apelo de forma muito humilde. Eu peço o voto e o apoio de vocês que me assistem, porque eu represento um projeto que transformou o Brasil, que fez com que o Brasil distribuísse renda, que o Brasil criasse um grande mercado consumidor, pagasse o FMI. Mas sobretudo também que nós nos tornamos respeitados lá fora. Eu vou continuar isso, eu assumo esse compromisso com vocês. E eu gostaria muito, se Deus quiser e contar com o seu voto, de ser a primeira presidenta do Brasil.

Fátima Bernardes: Muito obrigada, candidata Dilma Rousseff, pelo seu retorno aqui ao Jornal Nacional.

Dilma Rousseff: Muito obrigada, Fátima e Bonner.


Fonte: http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/dilma-e-entrevistada-pelo-jn.html

Nem com reza brava

Sem rasgar a cartilha de gestão pública do PSDB, é impossível cumprir as promessas de Serra para a área social

Em uma campanha presidencial marcada pela apuração de escândalos de compreensão um tanto complexa para o eleitor, é de causar espanto a falta de olhar crítico da mídia para as promessas do candidato José Serra, impraticáveis diante dos paradigmas de gestão tucanos. O presidenciável promete elevar para 600 reais o salário mínimo, hoje em 518 reais, reajustar em 10% as aposentadorias e pensões pagas pelo INSS e criar um 13º pagamento para o Bolsa Família. O rosário é mais comprido, mas não é preciso acompanhar o devaneio para revelá-lo como tal.

Consta no Orçamento de 2011 a proposta de elevar o salário mínimo para 538,14 reais. Serra propõe desembolsar 61,86 reais a mais por assalariado, para atingir os 600 reais. Apenas essa promessa de campanha custaria, portanto, 12,3 bilhões de reais. O montante é próximo ao orçamento total do programa Bolsa Família, atualmente em 13,7 bilhões de reais. Aliás, criar uma parcela a mais para o programa acrescentaria 1,14 bilhão de reais ao cálculo – em valores correntes. Finalmente, há o reajuste dos benefícios da Seguridade Social. Nesse caso, apelo ao cálculo do economista do Ipea Marcelo Caetano, que avaliou em 6,2 bilhões de reais o esforço adicional exigido pelo presente oferecido pelo tucano aos aposentados e pensionistas.

Acompanharam? No total, as promessas de campanha de Serra – uma vez eleito, e uma vez cumpridas – custariam a bagatela de 19,6 bilhões de reais aos cofres públicos. Há outros meios, talvez até mais precisos, de se realizar esse cálculo, mas dificilmente a cifra final será menos portentosa.

Para dar prosseguimento ao exercício, é forçoso imaginar que, apesar da mão aberta de Serra, a agenda neoliberal dos anos FHC não será rasgada, e um esforço fiscal terá de ser feito para pagar a conta da eleição. Contemos, a partir de agora, com a ajuda do especialista em contas públicas Amir Khair, ex-secretário de Finanças de São Paulo. Cumpre destacar que essa simulação foi feita por ele, em uma entrevista recente a CartaCapital, apenas para mostrar as limitações das estratégias de ajuste fiscal, seja qual for o candidato eleito. Mas o resultado se presta bem ao nosso exercício.

O gasto federal corresponde a uma parcela de 43% dos desembolsos totais do setor público. O restante fica a cargo das prefeituras e estados, acostumados a viver no limite da Lei da Responsabilidade Fiscal. Ou seja, é com essa base que o presidente da República pode trabalhar. De acordo com Khair, cerca de 80% do orçamento federal está legalmente engessado. Tratam-se de salários e outras obrigações constitucionais, que, como tais, só podem ser mudadas após exaustivas negociações no Congresso.

Da pouca margem de manobra que resta ao Executivo, o economista se dispõe a imaginar que um “choque de gestão” permita um corte de 30%. O extraordinário sacrifício equivaleria a 2,58% do gasto público nacional – o equivalente a 0,4% do PIB. Em cifras, 9,9 bilhões de reais. Conclusão: o máximo de “competência” na gestão pública não levaria Serra a cobrir sequer a metade de suas promessas de campanha.

Ele continua a criticar o endividamento público. Ao mesmo tempo em que promete elevar gastos sociais, ampliar investimentos e cortar impostos. Como, José?

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/nem-com-reza-brava

PV e Marina: Nem Dilma, nem Serra


Convenção do partido define pela “independência“ no segundo turno

A convenção nacional do Partido Verde definiu que o partido não dará apoio a nenhum dos dois candidatos no segundo turno das eleições presidenciais. Por 88 votos a 4 foi vitoriosa a tese defendida pela senadora Marina Silva e seu grupo. Os dirigentes do PV, comandados pelo presidente José Luiz Penna, defendiam o apoio ao candidato José Serra quando a discussão se iniciou, ao pagar das luzes do primeiro turno. De lá para cá, o debate entre os verdes se acirrou até culminar com o evento de ontem que oficializou a posição de “independência”, como eles chamaram.

Antes, o partido havia encaminhado às coordenações das duas campanhas uma plataforma contendo propostas programáticas para apreciação de ambas. Tanto Dilma quanto Serra responderam positivamente ao documento, o que deve ter dado substância para a decisão final do encontro de ontem.

A decisão possibilita que individualmente os membros do partido possam defender posições diferentes da aprovada. Marina Silva já declarou que seu voto não será aberto. Entretanto, companheiros seus preferiram manifestar suas preferências: Gilberto Gil, o ministro Juca Ferreira e Sarney Filho estão com Dilma. Fernando Gabeira, Fabio Feldmann e Luiz Bassuma, deputado baiano, apóiam Serra.

Segundo a última pesquisa do instituto Datafolha, mais da metade dos eleitores de Marina no primeiro turno (51%) manifestam a intenção de votar em Serra no segundo turno ante 21% que optaram por Dilma.
Marina deve voltar ao Senado nesta semana.

O que nosso leitor achou da decisão?

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/pv-e-marina-nem-dilma-nem-serra

Em debate Folha/RedeTV!, presidenciáveis diminuem tom agressivo


Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) mudaram de estratégia e diminuíram o tom agressivo ontem no debate Folha/Rede TV, mas não escaparam de ter de responder sobre acusações contra ex-assessores.

Dilma deixou de lado a agressividade do debate anterior, na Rede Bandeirantes, e tentou colar em Serra o rótulo de "privatista". Ela insistiu em comparar o governo Fernando Henrique Cardoso ao de Lula e em criticar a gestão tucana em São Paulo.

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Assista ao debate Folha/RedeTV! com presidenciáveis
Para grupo de indecisos, Serra venceu debate Folha/RedeTV!
Em debate, Serra e Dilma se defendem de acusações contra aliados
Início de debate é marcado por trocas de acusações sobre privatizações
Dilma e Serra evitam pergunta sobre defeito e qualidade do adversário em debate
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A princípio na defensiva pela necessidade de negar que vá privatizar empresas se eleito, Serra contra-atacou ao rotular Dilma de "antipaulista", pelas reiteradas críticas ao governo do Estado. Ela acusou o golpe e por várias vezes disse que não tinha nada contra o "povo paulista", mas contra gestões do PSDB.

Dilma e Serra foram questionados sobre corrupção apenas nas intervenções das jornalistas Renata Lo Prete, editora do*Painel*, e Patrícia Zorzan, da Rede TV!

O tucano negou ter relação com o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Disse desconhecer desvio na campanha e que, se tivesse havido, ele seria "vítima": "Não tem nada a ver isso com negar mensalão, negar desvio na Casa Civil".

Dilma foi questionada sobre tráfico de influência na Casa Civil, que derrubou Erenice Guerra. "A Erenice cometeu um erro. Eu sou contra contratação de parentes."

O tema da descriminalização do aborto não foi debatido. Serra e Dilma também não falaram da quebra do sigilo fiscal de tucanos em agências da Receita Federal.

Já Serra concentrou ataques na área da segurança e tentou usar as perguntas sobre privatização para criticar o aparelhamento de estatais.

Dilma tentou surpreender o adversário com uma pergunta sobre a venda da empresa privada Gas Brasiliano.

A petista acusou o tucano, quando governador de São Paulo, de tentar impedir que a Petrobras comprasse a empresa, dando preferência a uma concorrente japonesa: "Prefere-se uma empresa japonesa, privada, e falam que gostam da Petrobras".

"A candidata na TV mente o tempo inteiro sobre a Petrobras", rebateu Serra.

No segundo bloco, Dilma insistiu no tema, sugerindo que Serra poderia privatizar o pré-sal. O tucano devolveu citando "loteamento político" de estatais e sugeriu que Fernando Collor (PTB) ficaria com a BR Distribuidora em eventual governo dela.

O tucano também defen deu a privatização da Telebrás. "Hoje, um mecânico, um marceneiro, podem receber telefonema enquanto estão trabalhando", disse.

Serra rotulou a adversária como antipaulista. "Dá a impressão que a Dilma é candidata ao governo de São Paulo". Dilma rebateu: "O senhor fica um pouco pretensioso. Não pode se comparar com o povo de São Paulo".

O tucano disse que drogas chegam ao país porque o policiamento de fronteiras é ineficaz. Ela respondeu citando projeto da PF de usar aviões não tripulados e citou a cracolândia de SP: "Tenho um compromisso que é livrar São Paulo do PCC", disse.

No final, Dilma citou Lula e disse que "a esperança vai vencer o ódio", e Serra lembrou sua biografia.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/816030-em-debate-folharedetv-presidenciaveis-diminuem-tom-agressivo.shtml

Igreja iluminada


50 FATOS CIENTÍFICOS CURIOSOS


01. A velocidade da luz, geralmente arredondada em 300.000 km/s, é de exatamente 299.792,548km/s.

02. São necessários 8 minutos e 17 segundos para a luz viajar da superfície do sol à terra.

03. 10% de todos os humanos já nascidos, estão vivos neste momento.

04. A terra gira à 1.600 km/h, mas viaja em sua órbita ao redor do sol a mais de 107.000 km/h.

05. Todo ano, um milhão de terremotos sacodem a terra.

06. Quando Krakatoa entrou em erupção, em 1883, a força de sua explosão foi tão grande que pode ser escutada à mais de 7.700 km. de distância, na Austrália.

07. A cada segundo, 100 raios atingem a superfície terrestre.

08. Todo ano, 1.000 pessoas morrem vítimas de raios.

09. Em outubro de 1999, um iceberg do tamanho de Londres, soltou-se do continente Antártico.

10. Se você conseguisse dirigir seu carro na vertical, direto para cima, levaria apenas uma hora para chegar ao espaço (algo em torno de 65 km).

11. A tênia, um verme que pode viver no sistema digestivo humano, pode atingir quase 23 metros de comprimento.

12. A Terra tem 4,56 bilhões de anos, a mesma idade da Lua e do Sol.

13. Os dinossauros extinguiram-se antes da formação das Montanhas Rochosas e dos Alpes.

14. A aranha viúva negra, come o macho depois do acasalamento.

15. Quando uma pulga salta, a aceleração à qual ela se submete chega à 20 vezes a de um ônibus espacial durante o seu lançamento.

16. Se o sol tivesse apenas 1 centímetros de diâmetro, a estrela mais próxima dele estaria à 285 quilômetros de distância.

17. Astronautas não conseguem arrotar quando no espaço – não existe gravidade para separar os líquidos dos gasosos em seus estômagos.

18. O ar no topo do monte Everest, à 8.850 metros de altura, só tem um terço da densidade que apresenta ao nível do mar.

19. 1/1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de segundos antes do Big Bang, o universo era do tamanho de uma ervilha.

20. O DNA foi descoberto em 1869 pelo suíço Friedrich Mieschler.

21. A estrutura molecular do DNA foi determinada pela primeira vez em 1953 por Watson e Crick.

22. O primeiro cromossoma humano foi construído por cientistas americanos em 1997.

23. O termômetro foi inventado em 1607 por Galileu Galilei.

24. Alfred Nobel, pai do famoso prêmio, foi o inventor e fez fortuna com a dinamite em 1866.

25. Wilhelm Rontgen venceu o primeiro prêmio Noval de física em 1895, por ter descoberto o raio-x.

26. A maior árvore documentada foi um eucalipto australiano, que em 1872 tinha pouco mais de 130 metro de altura.

27. Christian Barnard fez o primeiro transplante de coração em 1967, o paciente sobreviveu 18 dias com o novo órgão.

28. Uma enguia elétrica pode dar um choque de 650 volts.

29. Comunicações sem fio deram um grande passo em 1962, com o lançamento do Telstar, o primeiro satélite capaz de retransmitir sinais de telefone e televisão.

30. O vírus Ebola mata 80% dos humanos que infecta.

31. Dentro de 5 bilhões de anos, o sol vai ficar sem energia e se transformar em um “gigante vermelho”

32. As girafas dormem apenas vinte minutos por dia. Eventualmente, elas podem dormir até 2 horas por dia, mas nunca de uma só vez, sempre em pequenos cochilos.

33. O corpo humano tem mais de 96.000 km de vasos sangüíneos.

34. Uma célula sangüínea leva apenas 60 segundos para completar uma circulação completa pelo corpo.

35. No dia que Alexander Graham Bell foi enterrado, todo o sistema de telefonia dos EUA foi desligado por um minuto, em sua homenagem.

36. O chamado de baixa freqüência feito pela baleia jubarte, é o som mais barulhento produzido por um ser vivo.

37. 25% de todas as plantas do mundo estão ameaças de extinção até o ano 2010.

38. Cada pessoa perde 40 kg. de pele durante sua vida.

39. Com 37 centímetros, as lulas gigantes são os seres vivos com maior olhos da Terra.

40. O Universo contém mais de 10 bilhões de galáxias.

41. Quando se colocam larvas sobre feridas, elas curam mais rápido e sem risco de infecções ou gragrenas.

42. Mais germes se transferem em um aperto de mãos que em um beijo.

43. A velocidade mais rápida com que a chuva cai, são 29 km/h.

44. Seria necessária uma hora inteira para um objeto pesado afundasse 10,9 km., no local mais profundo de todos os oceanos.

45. Cerca de um quatrilhão de neutrinos do Sol passaram através do seu corpo enquanto você lia esta frase.

46. O local mais profundo de todos os oceanos são as Fossas Marianas, no pacífico, com exatos 10.910 metros.

47. A cada hora, o universo se expande 1,6 bilhões de quilômetros (um bilhão de quilômetros em cada direção).

48. Parte da interferência na sua TV se deve as ondas do Big Bang que gerou o universo.

49. Mesmo viajando à velocidade da luz, seriam necessários dois milhões de anos para ir da Terra à galáxia mais próxima, Andrômeda.

50. Um dedal de neutros de uma estrela, pesa mais de 100 milhões de toneladas.

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