sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Abolir gases HCFCs é o novo desafio global


Em tempos em que o debate ambiental é pautado pelas mudanças climáticas, uma conquista importante passou praticamente despercebida: o fim, em 1º de janeiro, da produção de CFCs (sigla para clorofluorcarbonos) pelos 196 países que assinaram o Protocolo de Montreal, criado para controlar as emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio da Terra.

A data é um marco de um processo que começou com a assinatura do acordo, em 1987. A produção desses gases caiu 99,7% entre o ano anterior ao protocolo, 1986, e 2008: de 1,07 milhão de toneladas para 2.746, de acordo com dados do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). A queda ocorreu nos dois grupos de países criados pelo protocolo: os que tinham consumo inferior a 300 gramas por habitante (geralmente nações em desenvolvimento) e os que tinham consumo superior a esse patamar.

No primeiro caso, a redução foi de 115.161,6 toneladas (no pico de 1995) para 2.583,6 toneladas — um recuo de 97,75%, auxiliado por um fundo multilateral que ajuda as nações mais pobres a fazerem a conversão de clorofluorcarbonos a um gás menos poluente. No grupo dos países que mais emitiam CFCs, a diminuição foi de 1,01 milhão de toneladas, em 1986, até as 162,4 toneladas de 2008, ou seja, uma redução de 99,98%.

Abolição dos HCFCs

O desafio, agora, é concentra-se em outro tipo de gás prejudicial à atmosfera, os HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), também usados como fluido de refrigeração para geladeiras e aparelhos de ar condicionado. Estes surgiram como alternativa aos CFCs, já que têm uma capacidade 90% menor de destruir a camada de ozônio, por conterem hidrogênio em sua composição, o que muda as propriedades da substância, explica o oficial de projetos do PNUD, Ruy de Goes. “Porém, estes elementos continuam agredindo a atmosfera, ainda que em menor escala”, afirma. “E são supergases de efeito estufa, ou seja, têm potencial altíssimo para aumentar o aquecimento global”, acrescenta.

Ainda em que menor escala, em relação aos CFCs, os HCFCs continuam a agredir a atmosfera

A meta do Protocolo é abolir os HCFCs até 2040 nos países signatários do acordo, gradativamente. Até 2013, cada país poderá liberar a quantidade que quiser de HCFCs, mas, a partir de então, precisa voltar ao patamar médio de 2009/2010. Em 2015 será aplicado um corte de 10% sobre esse patamar médio, e a previsão é que somente um valor residual persista em 2030, o que facilita a eliminação total da produção até 2040.

Os países em desenvolvimento que precisarem fazer a conversão de tecnologia poderão recorrer ao fundo multilateral do Protocolo de Montreal. Esse dinheiro é transferido aos governos, que repassam a uma agência implementadora (caso do PNUD), responsável por liberar a verba para projetos que auxiliem as indústrias nacionais a fazerem a transição.

Muitas fabricantes já utilizam, em seus produtos, gases que não agridem a camada de ozônio nem intensificam o aquecimento global — como isobutano ou ciclopentano, hidrocarbonetos usados na espuma que faz a proteção térmica dos refrigeradores ou ar condicionados. “O único problema é que estes gases são inflamáveis, de uma família próxima ao gás de cozinha”, afirma Ruy de Goes.

Plano Nacional de Eliminação dos CFCs

No Brasil, as alternativas aos clorofluorcabonos passaram a ser mais usadas a partir de 1999, quando foi proibido o uso dos CFCs como fluido refrigerador de geladeiras e ar condicionados. O gás continuou sendo importado até 2006 pelo setor de serviços, e até o ano passado pelo de saúde.

Para eliminar totalmente a substância, o governo federal lançou o Plano Nacional de Eliminação dos CFCs, com 16 projetos. Um deles já treinou técnicos em refrigeração, oficiais de alfândega e funcionários do IBAMA para evitarem liberação dos gases poluentes durante a manutenção de geladeiras ou equipamentos de ar condicionado mais antigos, que ainda usam os clorofluorcabonos.

Um projeto chamado Recolhedoras já distribuiu 2 mil máquinas coletoras de gases, contabiliza Tatiana Zanette, analista ambiental da Coordenação de Proteção da Camada de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente.
Foram criadas no Brasil quatro centrais de regeneração (duas em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma no Recife), e uma quinta será inaugurada até o fim deste ano no Rio Grande do Sul. Além disso, a intenção é criar 120 unidades de reciclagem em municípios não atendidos pelas centrais. A seleção das empresas que poderão receber os equipamentos para reciclar os gases será feita pelo PNUD.

Formação de cooperativas de catadores brasileiros é referência mundial

O modelo brasileiro para a formação de cooperativas de catadores de lixo e seleção de materiais recicláveis ultrapassou as fronteiras do Brasil. Além de ser adotado por países da América Latina, ele já chegou à Ásia e ao Leste Europeu, passando a ser uma referência internacional.

Criado pela organização Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), fundada em 1992, o projeto já chegou a Tailândia, na Ásia. Neste ano, outros dois países asiáticos – Filipinas e Indonésia – devem implantá-lo. A Índia estuda a possibilidade fazer o mesmo, aproveitando a sua rede de organizações de catadores.

Na América Latina, onde já foi implantado pela Colômbia, o projeto deve começar a ser desenvolvido pelo Peru. No Leste Europeu, a Rússia adota o sistema brasileiro. Na Ásia, a China já o vem usando.

O diretor executivo do Cempre Brasil, André Vilhena, disse que o modelo se ajusta bem a países em desenvolvimento, no quais há a necessidade de criação de postos de trabalho para uma parte da população que tem dificuldade de se empregar. Nesse caso, a coleta seletiva aparece como uma oportunidade, afirmou.

Vilhena destacou que o modelo de reciclagem do Cempre passou a ser referência internacional, por se tratar de um projeto que dá enorme contribuição à inclusão social. “Por isso, os países em desenvolvimento têm se inspirado nesse sistema, porque, em geral, têm desigualdade social em grande escala. Há necessidade urgente de criação de emprego e renda para a população e a coleta seletiva aparece como oportunidade, principalmente para a camada da população que tem baixa qualificação e, portanto, dificuldade de inserção no mercado tradicional de trabalho”.

O Cempre já apoiou no Brasil mais de 450 cooperativas de catadores, que somam cerca de 25 mil cooperados. Atualmente, a ONG apoia de forma direta 50 cooperativas com capacitação e doação de máquinas e equipamentos. O modelo de reciclagem do Cempre foi o tema do segundo encontro da Aliança Global para Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável (Garsd, na sigla em inglês), em novembro de 2009, na Tailândia. A próxima reunião do Garsd está prevista para 2011, na Colômbia.

Casca de coco reciclada é negócio

Casca de coco é reaproveitada no Espírito Santo e cerca de 60 toneladas do material deixam de ir para o lixo.

Tudo graças a um técnico de informática aposentado que, em 2007, decidiu abrir uma empresa que pudesse transformar as sobras em um negócio rentável.

Em parceria com o aterro sanitário privado Marca Ambiental, na região metropolitana de Vitória, Sebastião Martins Gomes fundou a Biococo.

Com investimento de R$180 mil para abrir a empresa, ele hoje processa toneladas de casca de coco descartadas no aterro sanitário pela prefeitura.

A primeira etapa para reaproveitar o material é a desfiagem e secagem. Depois, as fibras são trançadas, recebem látex e se transformam em biomanta. O material biodegradável funciona como um forro em áreas desmatadas e ajuda a fixar e manter a umidade da terra. Com isso, o reflorestamento de áreas degradadas é muito mais fácil.

Ao todo são produzidos 4 mil m² por mês de fibra de coco, vendidos a R$ 3 o m². O pó de casca de coco compostado também é produzido para cultivo de bromélias, samambaias e mudas em geral. A Biococo também quer produzir vasos para plantas, bolsas, bandejas e peças de artesanato.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Marco Regulatório da Internet no Brasil

A internet está de novo na mira dos legisladores federais – e desta vez, parece, de forma definitiva. É que o Congresso Nacional deverá apreciar, nos próximos dias, diversos projetos de lei que pretendem regulamentar a internet, criando novas condutas criminosas.
Com a criação desses novos crimes, os crackers – que é como são chamados os especialistas mal-intencionados da internet – não terão vida fácil.
Entre as principais propostas desses projetos estão a criação de mecanismos para identificação dos criminosos. Caso os textos sejam aprovados como estão, o acesso não autorizado a computadores e redes passará a ser crime, assim como a destruição ou modificação de dados de terceiros e a disseminação de vírus.
Outro ponto positivo destes projetos de lei é a tipificação dos crimes de ofensa à honra e aos bons costumes com uso da internet. Com isso, a divulgação de fotos e vídeos ofensivos, especialmente em sites de relacionamentos, também passará a ser crime – um alento para quem já se sentiu prejudicado por essas práticas.

Liberdade e inclusão digital

Os projetos também consideram crime a divulgação de pornografia e de materiais que ofendam os bons costumes.
Há aqui boa margem para confusão, pois sempre existirão dúvidas do que é material pornográfico ou contrário aos bons costumes. Essa discussão já conta com vasta literatura – serviu até de argumento para cinema, em “O Povo Contra Larry Flynt” (1996), de Milos Forman – e representa potencial ameaça à liberdade de expressão e artística.
O mais grave é que, talvez pela falta de conhecimento técnico sobre o tema, os projetos de lei – caso sejam aprovados com os textos atuais – ameaçam ir na contramão das demandas populares e dificultar o acesso à internet.
Explica-se. Esses projetos prevêem a criação de um sistema capaz de identificar o usuário antes do acesso à internet. A instalação de tal sistema implicará em duas situações igualmente prejudiciais. Se o cadastro for suficientemente simples para que qualquer pessoa possa acessá-lo, então o sistema poderá ser facilmente burlado, e será ineficaz.
Por outro lado, o sistema poderia ser mais elaborado e supostamente mais seguro, mas isso acabaria afastando muitos usuários do acesso à internet, contrariando os esforços mundiais para expansão da inclusão digital.

Privacidade e direitos fundamentais

Outro ponto bastante controvertido é o que obriga provedores de acesso a armazenar os dados de conexão dos usuários à internet por até três anos.
Pela proposta inicial, estes dados estariam à disposição da polícia, que poderia ter acesso a eles quando necessário. Após severas críticas, este ponto da lei foi modificado. Pelo texto mais recente, os provedores estariam obrigados a armazenar as informações da conexão e a só fornecer os dados mediante ordem judicial.
Uma regulamentação do uso da internet no Brasil é bem-vinda, pois visa coibir práticas criminosas que ocorrem costumeiramente dentro da rede mundial. É preciso, no entanto, que os legisladores tomem cuidado para não cometer abusos e ferir os direitos fundamentais dos cidadãos que utilizam a internet.
Sem regulamentação, beiramos o caos eletrônico. Contudo, o marco regulatório da internet e o Direito em si não se prestam exclusivamente para punição e proibição, mas sim para regulamentação da vida em sociedade. E um dos cenários dessa sociedade é justamente a internet, ferramenta indispensável no mundo de hoje.

Copa do Mundo vira ameaça na web

De acordo com avaliações da Symantec, as fraudes relacionadas à Copa do Mundo podem ser as principais ameaças para 2010. A maioria das tentativas de ataque e invasão começa com mensagens que atraem a atenção dos usuários com ofertas teoricamente imperdíveis, vídeos curiosos e links para notícias falsas. Ao acessar esse conteúdo, a vítima contrai vírus, malware e outras pragas que podem roubar seus dados pessoais e bancários. Paul Wood, analista sênior do Symantec Hosted Services, afirma que durante os eventos esportivos de grande escala, há um aumento sensível no número de ameaças virtuais. “Os ataques do tipo phishing aumentaram em 66% durante a Olimpíada de Pequim em 2008. O fato de duas empresas do ramo de cabos submarinos de comunicações terem chegado à África do Sul em julho de 2009 agrava ainda mais a ameaça; a atividade maliciosa costuma aumentar consideravelmente em países após com maior penetração de banda larga”, comenta.

5 bi de assinaturas de celulares em 2010


O mundo deverá atingir a marca de 5 bilhões de assinaturas de celulares antes do fim de 2010, prevê a International Telecommunication Union (ITU), órgão que regula os padrões globais de telecomunicações. Em 2009 foram cerca de 4,6 bilhões de assinaturas de celular.
Segundo o censo dos EUA, o mundo tem atualmente cerca de 6,8 bilhões de habitantes. Se a previsão do ITU se confirmar, até o fim do ano haverá em média uma linha de celular para cada 1,36 pessoa.
A ITU vê crescer as oportunidades especialmente em serviços bancários. O crescimento de assinaturas de celular indica que muitas pessoas que têm aparelho não têm conta em banco, principalmente em países em desenvolvimento. Outra área que poderá se beneficiar com a expansão da comunicação móvel é a de saúde, aponta a entidade.




Novo vírus contamina 75 mil PCs


Novo vírus capaz de reunir informações0 de sistemas financeiros online, redes sociais e e-mails já contaminou 75 mil computadores em 2.500 organizações ao redor do mundo. Segundo informações da empresa de segurança NetWitness, o ataque foi registrado pela primeira vez em janeiro de 2010.

O vírus recebe o nome de “Kneber Botnet” age por meio da transmissão de informações de máquinas infectadas para os criadores do malware. Isso ocorre pelo fato do sistema de “botnet” criar uma rede entre os computadores infectados que permite o controle das informações pelos crackers a partir de uma máquina central.

Pesquisa elaborada pela empresa de segurança de softwares Herndon, revela que muitos sistemas comerciais e governamentais foram comprometidos com o vírus. Cerca de 68.000 dados de login e acesso a e-mail, bancos online e sites como Hotmail e Yahoo foram afetados.

NET deverá transmitir em 3D até o fim do ano



A companhia de TV a cabo NET anunciou nesta quarta-feira, 17, que deverá começar a transmitir programação em 3D no Brasil até o fim deste ano. De acordo com a empresa, a infraestrutura para veiculação do conteúdo já está toda pronta. Os conversores estão aptos a receber as imagens em 3D, e a rede da operadora também é capaz de emitir o novo tipo de sinal. Em 2010, a empresa planeja investir proximadamente R$ 200 milhões no desenvolvimento de conteúdo 3D e em TV Digital. Para visualizar a programação, os usuários precisarão utilizar um aparelho televisor que comporte a tecnologia e também de óculos especiais. A transmissão de conteúdo em três dimensões no Brasil deve ganhar forças na Copa do Mundo, no meio do ano, ocasião em que a FIFA (Federação Internacional de Futebol) e a Sony exibirão 25 jogos da Copa do Mundo nesse novo formato. O Rio de Janeiro foi a cidade escolhida para a exibição das partidas no país.

Seu nome em diversos idiomas



Antes de fazer aquela tatuagem com o nome da sua mãe em ideogramas talvez seja melhor você dar uma olhada nesse site. É o Lexiquetos. Aqui você pode conferir como seu nome é escrito nas mais diferentes línguas. Já pensou em poder assinar por aí em chinês? Ou em hieróglifos egípcios? Aqui você pode ter uma idéia do trabalho que isso daria!

A página é simples. É só clicar no idioma que você quer conhecer e, em seguida, digitar o nome no campo disponível na página seguinte. O site é em espanhol, mas nada que dificulte a navegação. Aqueles que têm o portunhol um pouco mais avançado podem desfrutar de outras seções do Lexiquetos, como um glossário de palavras em outros idiomas ou até um quizz para aprender um pouco de outras línguas. Todas as opções do site estão diretamente na página inicial, não tem erro na hora de conferir os serviços.

E aí, ficou curioso para testar? Para conhecer um pouco mais de outros idiomas acesse o endereço que está logo abaixo e divirta-se!



Vista do viveiro da Copener


De onde surgiram as pedras e como ocorre a formação das rochas?


Nos primórdios da formação da Terra, houve um agrupamento dos corpos mais densos existentes (como ferro e níquel), formando rochas no núcleo do planeta. Daí em diante, a formação de rochas passou a ser uma atividade ininterrupta. Fábio Ramos de Andrade, professor de Mineralogia do Instituto de Geociências da USP, explica que há três grandes grupos de rochas, formados por diferentes processos. "As magmáticas provêm da cristalização de magmas (como larvas de vulcões). Existem também as sedimentares, que resultam da sedimentação de materiais erodidos e acumulados em beiras de rios, mares, lagos, dunas etc. Por fim, há as rochas metamórficas, que são minerais transformados pela ação de pressões e temperaturas elevadas, decorrentes de movimentos tectônicos", explica.

Fonte: Guia de curiosos da internet

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Viveiro de mudas de Eucalyptos


Como um vulcão entra em erupção?


A Terra é formada por placas endurecidas, que são a crosta terrestre, e por placas de rochas derretidas, o magma que fica no interior do planeta. Um vulcão entra em erupção quando as placas se movimentam e o magma é lançado para fora. Essa massa, conhecida como lava, é composta de metais, como magnésio e ferro, e atinge uma temperatura de 1.200 graus.

Fonte: Guia de curiosos da internet

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Paisagem Rural


Como se formam as pedras?


O professor Joel Sígolo, do Instituto de Geociências da USP, explica que existem três tipos de rochas na Terra, classificadas conforme sua origem. As magmáticas ou ígneas surgem a partir da solidificação de materiais fundidos (antigas rochas terrestres), como, por exemplo, lavas vulcânicas. Existem também as rochas sedimentares, que resultam do acúmulo de diversos sedimentos, como areia de praia e argila. Existem ainda as rochas metamórficas, que são formadas a partir da transformação das duas anteriores por ação de alta temperatura e pressão sobre as rochas preexistentes. Na natureza, esta situação acontece quando continentes colidem. Segundo o professor, as rochas quando estão na superfície da Terra sofrem constantes desgastes (erosão) e tendem a reduzir de tamanho.

Fonte: Guia de curiosos da internet